domingo, 28 de julho de 2019

Laguna Loire - Guerreiro errante...

- Laguna Loire -
Ano de criação do personagem: 2014

Laguna Loire estava agora ao topo de seus 16 verões, residente desde o nascimento no vilarejo de Anton, situado à 21 Km da cidade mestre de Greyhawk, aos pés da montanha Silvanest. Seus pais jaziam mortos no cemitério local devido ao ataque de um "réptil voador" enquanto trafegavam levando seu comércio até a "cidade mestre" e desde então, ele vive sob a tutela do paladino de Bahamut Ark Belouf, a quem ele podia considerar pai, mas preferia tratar e chamar de mestre. Laguna ali vivia, trabalhava e treinava, tudo sempre ao lado do paladino seu mestre, ajudando a manter o local com seu trabalho e ao mesmo tempo, servindo de instrução para seu futuro uma vez ter perdido aqueles que deram-lhe a vida... O jovem mantinha uma certa curiosidade em visitar a antiga cabana onde moravam, mas preferia não o fazer para evitar mexer em feridas ainda não cicatrizadas e assim os anos foram se passando... Ostentava porte atlético, 1,79 cm de altura... Tinha temperamento calmo, sempre paciente, tranquilo e determinado, prezava resolver os detalhes da forma mais pacífica possível... Com um semblante belo e que cativava as meninas, o jovem não se atinha a estes detalhes e sentia-se uma pessoa normal apesar das diferenças latentes por seus poderes que manifestavam-se há anos e dos treinamentos que suportava mesmo quando rapazes de sua idade não podiam se equiparar... Ainda assim, não se notavam em Laguna Loire pretensões a ser diferente de qualquer outro, muito ao contrário, se aproximava sempre de todos que podia, sempre buscando ajudar, tanto os maltrapilhos necessitados ou os aristocratas das mais altas classes que solicitassem seus préstimos (desde que dentro das leis)... Para Laguna, todos eram iguais com os mesmos direitos e deveres, mas acreditava que muitos mais haviam de necessitados, que por algum motivo que ele não tinha a capacidade de compreender, não haviam recebido a mesma determinação e amigos que Laguna havia... Assim, para que outros pudessem perseverar mesmo com menos que ele, ele se dedicava e muito a eles, os menos favorecidos, os que careciam de sua ajuda para conseguir se tornarem melhores em vida como todos tinham direito a ser. As vezes um tanto tímido em seus contatos diários, outros mais reservado, mas se notava algo especial naquele garoto que vivia por vezes escondido entre seus cabelos compridos e negros, sempre sorridente e entusiasta!

Hoje ele contemplava seu décimo sexto verão de existência e revisava suas metas... Ele não buscava algo como poder, magia, juventude, conhecimento, riquezas... A vida dele, segundo ele mesmo, existia para ajudar ao próximo, esse era o seu sentido para sua existência... Ele sentia que nasceu para algo especial ao mesmo tempo que achava aquilo prepotência de sua parte... Tentando analisar o que esperar do futuro ele revisava seu passado e tentava retornar ao dia fatídico da morte de seus pais... Pouco o jovem se lembrava da morte deles, segundo seus próprios relatos, eram vagas as lembranças, vagas imagens confusas em sua mente, nada muito claro mas que o acordavam as vezes durante a noite... Imagens borradas e sem cor, de uma criatura voando e vindo em direção a carroça dele e de seus pais... No momento do ataque, ele sempre despertava sem ver o que acontecera depois... Embora ele sequer tivesse idade para recordar o que houve, apesar de saber que não era uma responsabilidade sua, Laguna gostaria de ter na época, mais idade, mais capacidades, para impedir que seus pais tivessem partido tão cedo... As saudades contidas brotavam em forma de lágrimas... 

Sem preconceitos, ódio ou revoltas específicas contra qualquer raça ou ser, ele apenas abomina a maldade que se esconde nos corações, seja qual for o ser vivo... Inquietava o jovem aprendiz de paladino ver a maldade à sua frente, manifestante, e nada poder fazer para destruí-la ou salvar aquele que está sob seu jugo. Fossem magias, atitudes, situações, qualquer que fosse o ato cruel ou maligno recebia a repulsa de Laguna... Parecia que por mais que ele tentasse buscar seus planos para o futuro, tudo que lhe aguçava a alma e a vontade era, combater a maldade e ajudar aos menos favorecidos... Por que tais sentimentos eram tão fortes nele se o próprio Ark não enfatizava tanto isso durante seus anos com ele era uma pergunta que sempre se fazia... O jovem continuava a analisar sua vida, tanto o antes quanto o agora e o depois... Detestava o calor, se sentia desconfortável, desanimado e sem conseguir relaxar... Era do tipo que gostava de ler e escrever... Seguidamente estava com papéis a sua volta, escrevendo detalhes sobre seus treinos, sobre suas tarefas e sobre pessoas que ele vê em seu dia a dia... Boa música lhe agradava, assim como o som de uma pequena cachoeira despejando água de forma tranqüila em um riacho, ou mesmo o crepitar de uma fogueira a noite, enchendo os olhos com suas chamas em constante movimento... Sempre foi bastante dedicado a estudos, tudo que lhe era indicado por mestre Ark era lido com gosto e prazer e sempre que algo batia em sua mente como curiosidade, fosse qual fosse o assunto, ele buscava um livro ou pergaminho, até mesmo um bardo que o ensinasse sobre, de forma a se inteirar e aprender sobre o mesmo. Lembrava-se de suas reflexões noturnas antes de dormir, analisando seu dia que se passou... Pensava nos erros, buscava ajustes para não errar novamente no que se considerava culpado, procurava maneiras de ajudar alguém a quem não conseguiu no dia em questão, pensava em como ser alguém melhor no dia seguinte... Ele sorria ao lembrar dessa parte pois tais reflexões, costumavam lhe fazer muito bem e sempre após elas, ele não falhava uma noite sequer a fazer uma pequena prece a sua divindade... 

O jovem suspira e continua a divagar... Ele se senta e lembra das palavras ditas por Ark há poucas horas: “ – Seu décimo sexto verão chegou garoto... Hora de encontrar seu rumo, seja ele qual for... Veja, não estou dizendo que deva ir embora, seu rumo pode ser continuar aqui como agricultor e acredito que eu até iria preferir isso, mas... É uma decisão sua... Tire o dia de folga e reveja sua vida e seus anseios para o futuro... Depois volte e me conte o que decidiu... Lhe aguardarei na antiga cabana de seus pais...” O jovem faz uma careta, não conseguia chegar a qualquer definição, mas precisava... Ele então continua sua auto análise... 

Se considerava alguém racional, mas, seu coração e emoção com certeza falavam mais alto em momentos de tensão ou de descarga de adrenalina... Suas emoções eram o que ele mais prezava, seus sentimentos eram o mais importante em sua vida e ele tentava sempre separar uma coisa de outra mas, nem sempre conseguia e o coração era sempre mais forte que a razão... Em missão, sempre seu dever falava mais alto, não importavam seus pensamentos, porém estes pensamentos e sentimentos, poderiam o fazer mudar de idéia se considerar que algo estava indo contra seus princípios e Ark já havia dito que seu coração mole poderia ser sua maior fraqueza dependendo do momento... O jovem sabia do que Ark Belouf falava... Derrotar o dragão vermelho que matou seus pais... Muitas vezes o paladino disse ao garoto, “ - É complexo garoto, veja... Não deve enfrentar um oponente tão mais forte que você... Claro, você deve ser uma pedra contra o mal mas não deve ser burro... Se tem como encontrar esse mal em outro momento, então reúna, reagrupe, busque ajuda e então retorne para desafiar seu oponente com mais recursos, porém... NUNCA, JAMAIS entre em uma luta desleal porque tem mais poder que seu aliado... A luta deve ser justa, se se tornar amplamente mais forte, despoje-se de alguma vantagem ou arme seu inimigo para que fiquem iguais e então, aí sim, viva o combate! Assim diz Bahamut fedelho...” Mas e quando esse oponente matou alguém cruelmente e riu de sua atitude? Laguna acreditava que não conseguiria reagir pela razão e iria com toda certeza reagir pela emoção do momento, indiferente da diferença de capacidades entre os dois... Ele preferia perder a vida do que desapontar a vingança que ele acreditava que seus pais esperavam dele... A emoção dominaria a lógica ele sabe... “ - Será que a meta que tenho no coração é essa? Destruir Melnyr a qualquer custo?” Ele fica a remoer o assunto e a pensar no que seu mestre lhe propôs para o dia de hoje... 

Muitos na vida tentaram arriscar qual seria o destino de Laguna ao crescer... O viram como protetor da vila no lugar de Ark Belouf, outros o viam como segundo em comando... Alguns ainda arriscaram que ele seria agricultor e até mesmo atendente de taverna ou clérigo devido sua compaixão para com todos... O jovem por sua vez jamais desconsiderava uma sabedoria popular ou uma crença dos mais velhos, ele acreditava que toda lenda tinha algum fundamento senão não existiria... Mas ao mesmo tempo ele sabia discernir (ou pelo menos achava que sabia) o que poderia ser apenas lenda enquanto o que poderia ser real, afinal ele estudava com seu mestre diariamente e tinha conhecimentos além do adequado pra sua idade, de maneira alguma poderia ser considerado uma pessoa sem cultura. Havia estudado a leitura, a escrita, os números, os conhecimentos e os deuses também... E a cada linha de seu raciocínio ele se sentia mais confuso e até perdendo a linha da composição e meta que queria descobrir... Ele então relembra seus estudos sobres as divindades e divaga nos pensamentos... O jovem acreditava que os deuses não eram seres que deviam resolver os problemas dos mortais como a maioria pensava que sim... Ele cogitava que deuses eram uma espécie de suporte, um apoio, alguém que estava ali para quando os mortais não pudessem resolver as coisas, apenas isso e nada além! Os deuses não eram, na visão do jovem, responsáveis por suas vitórias ou derrotas, somente cada um dos seres vivos eram responsáveis por si próprios e todos aqueles que tinham alguma capacidade, responsáveis por todos os mortais. Ele lembra que isso o fez simpatizar em seguir a divindade que aprendeu a considerar justa e honesta, destemida mas não exigente de dedicatórias sem fim aos seus poderes ou capacidades assim como seu mestre Ark Belouf... Laguna vê no invencível dragão de platina Bahamut, a personificação da divindade que diz “ - Faça o seu melhor e quando você tiver excedido todos os seus limites , eu surgirei e te colocarei de pé novamente para que possa tentar mais uma vez...” O jovem sorri e acena positivamente concordando: “ - Temos o livre-arbítrio e a obrigação sagrada de vencermos nossas próprias batalhas, para isso ganhamos a oportunidade de estarmos vivos!” 

O aprendiz de paladino busca com os olhos a antiga cabana de seus pais... Ele então olha para o sol e percebe que o dia se aproximava do fim e uma resposta ele deveria dar a seu mestre... Ele se considera pronto para algo mas, ainda não sente em suas veias e íntimo, exatamente o que é este “algo”... O jovem levanta-se então e caminha em direção à sua cabana quando um vento que soprava do norte faz o tempo fechar misteriosa e rapidamente... Uma tempestade se forma e um potente raio atinge o jovem Laguna com a fúria dos deuses que desaba ao chão inconsciente... A tempestade e o vento desaparecem tão velozes quanto surgiram e na mente em coma de Laguna imagens se formam... Elas mostram os dragões cromáticos, inimigos declarados do rei de platina planejando o fim do mesmo e por consequência o fim de todos aqueles que o seguem ou poderão vir a segui-lo... Ele observa um dragão vermelho se disfarçar de humano e vagar pelo mundo chegando ao seu vilarejo muitos anos atrás... Ele observa o mesmo sondando por tudo e se detendo em observar Ark e depois sua família... Era possível ao jovem ouvir ele comentar com os demais de sua raça “ -  A cria humana é destinada a ser seguidor do maldito, ele precisa morrer...” Ele então viaja para o dia da ida ao mercado de Greyhawk, do dragão surgindo por sobre a carroça, da baforada, do calor, do cheiro da carne queimada e da morte de seus pais... Ele via o dragão rugir e rir ao lado dos restos da carroça e alçando vôo logo em seguido com muito pó e fuligem... Ele chora, ele se revolta e então quando ia observar seus pais mortos, ele se acorda abruptamente... Ele se levanta, ele limpa as lágrimas e esbraveja baixinho: “ – O alvo era eu... Não meus pais... Malditos cromáticos...” O jovem se põe a correr em direção a antiga casa de seus pais e quando o sol se põe, ele abre a porta da mesma enquanto Ark Belouf bebia seu vinho vermelho diante da fogueira... O jovem observa o interior da cabana e logo acima da chaminé, pendurada em um suporte rústico de chifre de dragão Laguna observa algo que chama-lhe a atenção... Uma espada com brilho azulado resplandece sobre ela e como se o chamasse ela ficava ali, a brilhar diria-se até... Laguna caminha até ela enquanto escuta uma voz em seu íntimo:
“ – Seus pais foram vítimas meu servo... Você era o alvo por ter sido acolhido no berço por mim... Eu quero te ajudar a trazer a justiça para seus pais e em troca tu será meu braço neste mundo perdido para trazer justiça a todos os outros... Você aceitará a proposta deste velho eremita jovem Laguna?” 

O jovem apanha a espada, faz alguns movimentos com ela e então observa Ark Belouf... Esse por sua vez toma mais um gole de seu vinho e finalmente olha para o jovem: “ – Sabia que não precisaria te dizer uma única palavra, que tu encontraria o caminho... Seja bem vindo filho meu, ao mundo dos seguidores de Bahamut!” Laguna olha para a lâmina uma vez mais e então senta-se para estar com seu pai adotivo e mestre, finalmente com a resposta que buscou durante o dia em seu coração e agora, devidamente consciente do que tinha nascido para fazer... 

Alguns dias depois, ao pé do túmulo de seus pais, já trajando sua primeira corselete de couro e sua espada devidamente embainhada nas costas, Laguna se ajoelha e conversa com eles: “ – Pai... Mãe... Desculpe por ter sido o motivo de suas mortes... Eu vou partir e me tornar a justiça para todos aqueles que como vocês, não a obtiveram em vida ou em morte... Eu prometo que irei se necessário até as últimas conseqüências, em nome de quem precisar de mim e em nome de Bahamut... Agora eu sei minha meta, eu tenho o dever de lutar até o fim completo da maldade ou de meus dias... Nunca desistir desta obrigação e honrar este juramente até meu último suspiro é o que farei e sei que... Seus corações e almas me ajudarão nos momentos mais obscuros...” Laguna se ergue, limpa as lágrimas e respira a plenos pulmões... O ar renova suas forças e determinações... O agora paladino não sente qualquer escuridão interior em seu ser, somente a luz e os clamores do deus dragão de platina e daqueles que ama o impulsionando a fazer o que nasceu para fazer, ou seja, ser Bahamut e sua justiça entre os mortais! 

Assim, seja por levar justiça, paz e proteção a quem precisa ou se melhorar como pessoa, Laguna Loire agora era um paladino e servo da justiça. Parado em um único local ele não poderia ajudar muitas pessoas, da mesma forma que isolado em determinado ponto do mundo, não teria experiências únicas que poderiam fazê-lo ser alguém definitivamente melhor como ele esperava! O mundo era uma escola e uma missão... Laguna queria aprender a ser mais útil da mesma forma que cumprir as missões que um paladino nasceu para executar e por isso, se aventurar era totalmente necessário... Vingança não mais ocupava a mente do jovem Laguna agora... Estando próximo das pessoas, ele poderia buscar aprendizado, apoio, superação e principalmente, afinidade entre todos os seres vivos... Um guerreiro do bem, disposto a dar sua vida por aquilo que acreditava e pelas pessoas que amava, procurando a todo tempo criar a unidade entre os seres vivos para assim ajudar as almas sofridas... Eis o nascimento do paladino Laguna Loire no mundo Oerth!

Final da aventura: Laguna terminou seus dias no alto de seus 38 verões com 24º Nível Efetivo de personagem, sendo 4 de paladino de Bahamut, 10 de guerreiro e 10 de Soldado da Luz, de desesperadora em uma batalha falta contra um vampiro ancestral, Lorde em uma terra sombria chamada Ravenloft, em uma floresta perto da cidade que ele e seus companheiros Conan (o bárbaro)Merlin (o feiticeiro)Aramil (o elfo ranger) fundaram, Nova Aurora! Dos 4, somente Conan sobreviveu mais foi transformado em morto vivo escravo de Kass, o vampiro ancestral!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

NeoChangeman - Episódio 25 - Indrik, o Sagrado (Parte Final)

No último episódio:

Kanydai“ – BioChymera... Se se moverem, atire à vontade... Eu vou separar suas cabeças do corpo e levar para o Imperador... Pena que serão apenas quatro, eu gostaria que tivesse sobrado algo da quinta cabeça para levar comigo... AHAHAHAHAHAHAHA!” Kanydai se aproxima deles, BioChymera faz mira, os soldados Makura mantém todos sob custódia e então Hayate pensa em se mexer devido a gravidade mesmo que estragasse o plano inicial, mas é surpreendido por centenas de soldados Makura cercando a todos por todos os lados... Em especial, um laser mira a cabeça do comandante dos Comandos Terrestres... BioChymera, mesmo sem olhar para o veterano, mantinha uma arma apontada para sua cabeça... Um terremoto então é sentido, chama a atenção de todos mas logo desaparece mantendo a tensão do local... Na árvore ao longe, Altair começa a perder as esperanças...
Altair“ – Se algo não mudar, Indrik matará a todos... O que foi que eu fiz...”

Orfanato de Kinki21:07Dia quinto após a tragédia:

Todos descem do carro e seguem senhora Yoshimi em silêncio... Ao se aproximarem do local que a idosa senhora apontava, eles observam Shiori ao chão, de costas para a parede com lágrimas aos olhos... Senhora Yoshimi faz gestos para se aproximarem das paredes, ouvirem o que acontecia, pois era isso que ela queria mostrar... Ao encostarem os ouvidos nas paredes, eles conseguem ouvir as vozes dos pequenos lá dentro... Sim, as crianças não haviam dormido como Shiori e Mitsu pensaram, muito pelo contrário, estavam bem despertas e a conversa delas é que chamava a atenção... Eles então se esforçam no silêncio para ouvir tudo...
Hishiro: “ – Então gente... Todos estão tristes com a partida do irmão Satoshi... Mas a tia Shiori tá mais... A gente tem de ajudar ela... Não podemos chorar, não podemos mostrar que estamos tristes... Temos de ser fortes como ele foi, até o final...”
Hikari: “ – O Hishiro tá certo... Eu vi a tia Shiori e a tia Mitsu discutindo agora lá fora... A tia Shiori ainda não entende o que o mano fez por nós... Temos de mostrar a ela que ele nos amou como nenhuma familiar nosso fez ou pode fazer...”
Hitomi: “ – Mas e se ela for embora também?” 
Akemi: “ – Ela não vai embora, não pode pensar dessa forma, tem de acreditar... A Sayuri sempre me dizia que ela iria me cuidar por muito tempo e me cuidou... Aí eu vim pra cá e o mano Satoshi nos cuidou até agora... E eu tenho certeza de que como a Sayuri e o Satsohi, a tia Shiori agora é quem vai cuidar da gente, por muito tempo...”
Hishiro: “ – Por isso a gente tem que dar forças pra ela! Vamos ser fortes como os NeoChangeman são... Todos concordam?” Todos os pequenos acenam com a cabeça em sinal positivo e se preparam para voltar para a cama quando uma batida de leve na porta chamou a atenção dos mesmos... Eles se assustam pois pelas regras não deveriam estar acordados aquela hora, mas senhora Yoshimi adentra com um sorriso no rosto:
Senhora Yoshimi: “ – Muito bem, muito bem, muito bem... Parece que temos crianças sem sono aqui... O que me dizem de... Uma roda de histórias antes de dormirem?” Todos seu surpreendem, batem palmas e ficam felizes em ganhar um agrado ao invés de um castigo. A matriarca do local interrompe a bagunça e continua:
Senhora Yoshimi: “ – E temos visitas, olhem só, tia Shiori trouxe seus amigos para contar histórias para vocês!” Os jovens e Ozoora adentram o dormitório e são recebidos com muita festa pelos pequenos e apesar de o veterano escolhido de Pégasus ainda não ser conhecido pelas crianças, alguém naquele orfanato conhecia seu passado... Senhora Yoshimi estranhamente olhava para ele com olhos de esperança, pois, ele poderia fazer a diferença nos dias que viriam, ela sentia isso... O círculo rapidamente foi feito, as crianças escolheram seus pares e claro, Akemi estava no colo de Mitsu que agora estava bem mais calma. Shiori que havia se recomposto, afinal precisava ser forte pelas crianças, contava histórias, puxava canções e, a proprietária trouxe biscoitos e leite para todos... Pelo menos por uma hora rolaram muitos risos, muitas alegrias e aquelas crianças tiveram um pouco de acalento, porém, não era possível dizer que somente as crianças tiveram tal retorno, os adultos ali presentes puderam experimentar um pouco de sorrisos depois de dias tão turvos e todos se sentiam bem... Todos consideravam que afinal, estavam cuidando do bem mais precioso para o amigo que perderam, a felicidade e bem estar das crianças, a alegria que contagia a qualquer um e a esperança que elas colocam nos corações de todos com suas inocências e determinações que ninguém mais possui... Após muitas brincadeiras e muitos bons sentimentos, elas finalmente caíram em sono profundo e foram acomodadas em suas camas para dormir... 

Senhora Yoshimi foi a última a se retirar do dormitório, conferindo cada uma delas e fechando a porta atrás de si... Ela parou por alguns segundos observando a todos do lado de fora do dormitório e então convidou para se sentarem na sala de estar... Todos acomodados e se olhando uns para os outros ou para o nada... Shiori, Ryuichi, Hiroko, Hideki, Ozoora e Mitsu...
Senhora Yoshimi: “ – Então... De quem foi a brilhante ideia de virem aqui tão tarde?”
Ryuichi: “ – Foi minha, me perdoe... Eu busquei cada um deles e tentei trazer meu pai também, mas ele preferiu ficar em seus afazeres... Na verdade, creio que cada um de nós concordou que honrar Satoshi é fazer aquilo que ele esperava de cada um individualmente e assim... Cogitamos que dar atenção a essas crianças seria o que ele esperava de nós agora... Por isso viemos para cá... Mesmo... De noite...”
Ozoora: “ – Tsurugi preferiu ficar na base pois, considerando o mesmo pensamento, ele cogitou que Satoshi espera dele a liderança dos Defensores e como tal, ele preferiu ficar a postos...” Senhora Yoshimi com olhar de cobrança pergunta:
Senhora Yoshimi: “ – E você vai se apresentar quando? Quando se entra em uma residência, é educado se apresentar aos que o recebem...” Ozoora se levanta completamente corado e fazendo uma majestosa reverência, sem se erguer tenta corrigir:
Ozoora: “ – Me desculpe, quanta falta de etiqueta minha, eu me chamo...”
Senhora Yoshimi: “- Yuuma... Yuuma, Ozoora... O veterano Change-Pégasus... Aquele que quis dar sua vida por seu cavalo recém encontrado e que o viu morrer em combate para ajuda-lo... Eu te conheço senhor Ozoora...” Ele se ergue vagarosamente e surpreso, os demais também se olham e ficam a tentar entender, a matriarca esclarece:
Senhora Yoshimi: “ – Sente-se... Depois de certo fato, passei a acompanhar os feitos de vocês quando em sua época lutaram... Foi há alguns anos atrás... Houve um dia, logo que a invasão começou, os inimigos adentraram essa cidade... Vocês chegaram em suas motos com velocidade... Eu estava na feira quando aqueles soldados melequentos passaram atacando a todos e vocês chegaram... Eu tentei fugir e o maldito azul me puxou pelo braço e ergueu aquela arma terrível... Uma fração de segundos e então você chegou com um salto, atingiu ele o arremessando para longe e se colocou entre mim e a arma dos demais Hidler... Seus amigos chegaram e derrotaram a todos enquanto você me protegia... Logo após você e seus amigos me cercaram e você me conduziu até a ambulância... Se estou viva hoje, devo minha vida a você senhor Ozoora... E nunca tive chance de agradecer-lhe... Obrigado!” Todos sorriram felizes, Ozoora com sua costumeira timidez ficou da cor do uniforme de Ryuichi e então fazia reverências desconexas até se sentar de novo e continuar a ouvir...
Senhora Yoshimi: “ – Mas embora eu saiba sobre seu passado, eu não sei o que se passou com você depois do fim da batalha... Por onde tem andado senhor Ozoora e porque ressurgiu só agora?” Isso pareceu despertar a curiosidade de todos e então o veterano parecendo juntar as pontas das informações começou a explanar...

Montanha Belukha – 08:44hs – Dia sexto após a tragédia:
Kanydai saboreia o momento... Ele ri, ele comemora, ele tripudia e aproveita a incapacidade dos guerreiros de fazerem qualquer movimento... Ele se aproxima correndo e chuta violentamente os NeoChangeman tentando buscar uma reação deles e obtém sucesso... A raiva toma conta dos jovens, os mesmos tentam se erguer e se posicionar mas rapidamente são atingidos de forma precisa e violenta por novos disparos de BioChymera... Kanydai gargalha e dá pulos de felicidade, sua vingança estava começando a acontecer... Os impactos dos disparos inimigos são potentes, dolorosos, arrancam lágrimas de alguns dos guerreiros enquanto eles rodopiam no ar novamente caindo de forma cruel ao solo uma vez mais... Robother apenas observa e saboreia a vitória que alcançavam e continua a manipular os dados para manter e aumentar a precisão de seu guerreiro híbrido mortal... Já Ryuichi, Hideki, Hiroko e Mitsu reúnem suas forças para tentar pensar em algo, mas nada lhes vem a mente... Em seus pensamentos eles se perguntam como BioChymera consegue os afetar tão gravemente, porque não conseguem manifestar seus poderes e agir para repelir os ataques, e eis que os Densetsu-Ju, em seus pensamentos, se manifestam:
Densetsu-Griphon: “ – Seu corpo está ferido... Movimentação lenta e sendo mais machucado a cada  novo instante...”
Densetsu-Mermaid: “ – Sequer a concentração para uma manifestação e uso de nossas capacidades, que resolveriam a situação, é possível minha doce criança...”
Densetsu-Phoenix: “ – Suas chamas não podem queimar devido a exaustão de seu corpo minha guerreira...”
Densetsu-Dragon: “ – Máquina e orgânico unidos por uma mira tecnológica... Se se moverem, irão ser mais feridos e suas chances de revidar diminuem a cada novo impacto...” Kanydai interrompe a cena, guardando suas adagas e abrindo os braços...
Kanydai: “ – OK, darei uma chance a vocês... Segure os disparos BioChymera, só ataque se fugirem das regras... Deixe-os tentar pelo menos... Vão infelizes, ergam-se... Não os impedirei desta vez... Tentem nos atacar com suas próprias forças e vejam se conseguem chegar até mim, Robother ou BioChymera... Mas se forem atingidos de novo, eu irei surrá-los até a morte e SEPARAREI SUAS MALDITAS CABEÇAS DE SEUS CORPOS!!” Humilhados, os guerreiros tentam... Eles buscam dar suporte à Mermaid para invocar seu poder, mas ela novamente é atingida na cabeça por um disparo...
NeoGriphon: “ – MERMAID!!” 
NeoDragon: “ – Kanydai seu maldito...” O general dá de ombros e completa:
Kanydai: “ – Acha que BioChymera não tinha essa informação gravada também? Invocar o turbilhão de água e tentar virar o jogo com isso... Mas que coisa feia e mais suja de ser feita... Vocês tentaram usar de suas mágicas, ele revidou... Vamos, ainda podem tentar, eu deixo, mas façam isso direito, façam como guerreiros, sem mágicas!” Os NeoChangeman então se levantam, NeoPhoenix, ajuda NeoMermaid... Eles mal conseguiam ficar em pé, mas avançavam a passos curtos e seguiam em direção ao inimigo, porém, Kanydai baixa os braços depois de alguns segundos como se desapontado estivesse, ele faz um gesto para BioChymera e novamente todos os NeoChangeman são atingidos na cabeça pelos disparos precisos e potentes, caindo mais dezenas de metros para trás ficando imóveis... A situação parecia convergir para a vitória de Makura finalmente...

Orfanato de Kinki – 22:35 – Dia quinto após a tragédia:
Ozoora: “ – Bom... Na verdade tudo começou para mim quando tivemos um entrave com o comando, ainda em nossa época... Sobre um cristal que encontrei... Ele pertencia ao mundo do alien aliado de Gozzma chamado Pikarla... Ele e Gozzma queriam esse cristal pois fazia parte da constituição do planeta deste monstro, que foi destruído por Bazoo e se espalhou pelo espaço... Um grande fragmento dele caiu aqui na Terra e eu o encontrei, mas Gozzma descobriu que eu tinha o cristal que procuravam e tomando a neta do chefe geral como refém queriam me obrigar a revelar onde havia escondido o minério... Eu então coloquei um cristal falso em uma caverna, plantei bombas no local e levei Pikarla até lá depois... Todos os inocentes foram salvos e Pikarla recebeu uma bela explosão na cara! Gozzma e o alien, bem furioso até, consideraram... Não, na verdade todos consideraram que o cristal havia sido destruído com a explosão, mas...” Alguém surge na porta de entrada, todos olham para o recém chegado que já fazia uma leve reverência cumprimentando a todos para logo em seguida continuar a narrativa de Ozoora:
Comandante Tsurugi: “ – Como ele havia plantado um falso cristal guardando o original consigo, acabou enganando a todos não é mesmo Ozoora?" Tsurugi sorri demonstrando que isso não afetou a amizade e confiança entre eles e continuou:
Comandante Tsurugi: " - Dois anos depois do fim de Gozzma, Ozoora me procurou para finalmente contar que o cristal da caverna era falso, que ele havia ficado com o verdadeiro e que precisava de ajuda para realizar um plano audacioso... Combater a fome na cidade! De início aquilo pareceu mais um sonho distante que um plano, mas ouvi tudo e o plano era simples e singelo, vender o cristal, conseguir algum dinheiro e distribuir comida aos necessitados, comida que ele mesmo iria cozinhar em seu tão sonhado restaurante, que na verdade seria sua própria cozinha, para levar a todos que precisassem...”
Ozoora: “ – Não pense que isso era algo louvável, não, muito pelo contrário... Nunca fui o melhor guerreiro dentre eles e sempre achei que a luta não fosse tudo... Como vi cada um deles seguir um caminho, eu lembrei do meu, abrir um restaurante, mas... Isso parecia tão egoísta com algo que ganhei e não que tenha conquistado, que achei que deveria ir além e sabia que Tsurugi teria uma boa ideia para me passar...”
Comandante Tsurugi: “ – Mas no final quem salvou tudo foi o Hayate...” Mitsu se ajusta no sofá com espanto:
Mitsu: “ – O tiozão tendo boas ideias?” Alguns sorrisos foram disparados, inclusive de Tsurugi:
Comandante Tsurugi: “ – Sim Mitsu... Ozoora sempre foi como Satoshi... Hábil, veloz, emotivo e sem dúvida alguma o grande coração da equipe... Hayate entendeu isso e achou que Ozoora merecia uma oportunidade mais ampla de exercitar seu coração infinito... Através de Sakura, o anjo do planeta Meril, conseguimos contatos no universo que trocam até o dia de hoje, fragmentos do cristal por enormes quantias de ouro que a eles não tem qualquer serventia, e com isso Ozoora construiu um Império benevolente que todos vocês conhecem por sua ajuda humanitária mundo afora! O Cristal-X como foi chamado por nós, deixou Ozoora milionário e ele está erradicando a fome no mundo, com seus restaurantes que ele tanto sonhou!” Todos se olham sem entender do que o comandante falava e a matriarca é quem completa:
Senhora Yoshimi: “ – A X-Food seus tontos! Você juntou seu sonho à atitude de fazer o bem e conseguiu com seu trabalho e finanças que adquiriu derrotando os invasores, uma forma de melhorar e humanizar a vida em nosso planeta... Você lutou sem lutar senhor Ozoora, isso é admirável!”
Comandante Tsurugi: “ – E quando soube da nova invasão, eu fui conversar com Ozoora e ele se prontificou a suprir tudo relativo a alimentação e finanças que precisássemos... Todos os custos dos Defensores da Terra são arcados pela X-Food de Ozoora, desde antes de reestruturarmos tudo, pois isso impede que qualquer governo tente nos controlar, como aconteceu conosco no exemplo citado de Pikarla! Somos livres e independentes de qualquer governo terrestre!” Senhora Yoshimi começa a bater leves palmas e todos ainda estarrecidos começam a fazer o mesmo... Ozoora fica completamente encabulado mas consegue proferir palavras:
Ozoora: “ – Eu não queria mais combates, mas isso não poderia significar que eu deveria parar de lutar pela Terra... Apenas mudei as táticas!” Todos ficam impressionados com a história e começam a relembrar de toda a alimentação da base, vários funcionários da X-Food presentes sempre com a logística, tudo fazia sentido agora...
Ryuichi: “ – Então antes mesmo dos Defensores, existia Yuuma Ozoora por detrás deste grupo!”
Comandando Tsurugi: “ – Sem ele e sua fortuna Ryuichi, não teríamos o poderio tecnológico que temos hoje... Se não estão sozinhos neste combate, devem isso ao senhor Ozoora!” O alarme dos bracers soa antes que possam agradecer a Ozoora, Tsurugi responde imediatamente e então confirma a todos:
Comandante Tsurugi: “ – Eu estava em dúvidas, mas Sayaka acaba de confirmar... Makura está agindo, não no Japão, mas na Rússia... Estão prontos para sua primeira missão no exterior?” Os quatro jovens são certeiros em responder e fazendo uma reverência apressada, se retiram do local junto de Tsurugi... Shiori fica olhando para o chão, temendo que algum deles a olhasse incitando ao combate, mas nem mesmo Tsurugi o fez... Os jovens respeitavam a decisão de Shiori e jamais a obrigariam a isso... Senhora Yoshimi por sua vez olhava fixo para Shiori, a ponto da mesma não ter como ignorar e acabar por olhar nos olhos da senhora, um tanto irritada com a persistência de Yoshimi, argumentando:
Shiori: “ – A senhora também vai me dizer que proteger quem eu amo é ir me arriscar a lutar longe deles para impedir que os inimigos cheguem até aqui?” Senhora Yoshimi sorriu...
Senhora Yoshimi: “ – Eu não falei nada... Você é que está considerando...” Ela se levantou e se retirou da sala com calma convidando Ozoora:
Senhora Yoshimi: “ – Vamos a cozinha tomar um chá senhor coração mole, de lá acompanharemos as notícias... Aliás, você já virou a noite assistindo notícias e tomando chá? É bem interessante...” Dizia a matriarca enquanto ia em direção ao cômodo... Ozoora um tanto sem jeito pela situação, se levanta e segue a senhora enquanto Shiori limpa as lágrimas e corre para seu quarto! 

Orfanato de Kinki –11:44hs (equivalente a 08:44hs na Montanha Belukha – Rússia) – Dia sexto após a tragédia:
Senhora Yoshimi acompanhada de Ozoora ainda assistia os noticiários, desde que começou o embate ela estava acompanhando a transmissão... Shiori de fora da cozinha observava a tela e se contorcia em lágrimas e desespero... Ela observa os colegas de Satoshi a serem massacrados... Em seu íntimo, a raiva preenchia seu ser... Ódio puro, pela morte do amado, pelas crianças que sentem sua falta, pelos sacrifícios que ele precisou fazer, pelas batalhas sem fim, pelos inimigos que vieram atrás do jovem guerreiro e por aqueles que trouxeram este inimigo ao nosso mundo... Ela parecia em uma espécie de transe, as imagens na TV já não faziam diferença aos seus sentidos, ela estava apenas remoendo aquele dilema, dilema este banhado pelas lágrimas sem fim que escapavam de seus olhos... Satoshi amava as crianças e as queria em segurança... Suas palavras mais marcantes foram “proteja as crianças” e ela queria fazer isso a plenas capacidades, mas ele foi ao embate e morreu por isso, ficando longe de quem queria proteger... Um piscar de olhos e senhora Yoshimi estava ao seu lado a observando... Em tom sereno mas imperativo ela observa a moça e desfere:
Senhora Yoshimi: “ – Quando a invasão ocorreu, ele lutou e protegeu as crianças com sua vida... Quando os poderes surgiram ele foi junto a desconhecidos e lutou diante de todos... Quando as crianças estiveram em risco, ele sem poder se mover, ainda assim lutou... Ele amava essas crianças e todas as outras, não, ele ainda as ama, mas... Para proteger quem amamos, precisamos às vezes nos tornar muito mais que um abrigo ou que um abraço... Ele cresceu lutando e morreu lutando e seu nome e amor está gravado em nossos corações, porque ele... LUTOU! E ele confiou isso à você... E sinceramente falando...” Senhora Yoshimi vira-se dá de ombros e adentra a cozinha vagarosamente sem olhar para Shiori mais...
Senhora Yoshimi: “ – Se eu soubesse quem matou o homem que amo e pudesse chutar seus sacos com um belo poder para saberem que nunca mais devem mexer com alguém que me é importante... Eu não perderia essa chance por nada mais nesse mundo!” A expressão da senhora Yoshimi muda de sério para um tom de satisfação e então Ozoora resolve se pronunciar:
Ozoora: “ – Eu acho Shiori que...” Senhora Yoshimi o interrompe sentando-se à mesa e focando nos noticiários:
Senhora Yoshimi: “ – Ela já foi... Ela queria fazer o certo, mas tinha dúvidas... Suas dúvidas sumiram! Se prepare para um show meu jovem amigo!” Ozoora olha para fora, não vê Shiori... Ele corre para fora da residência, não a encontra e retorna a cozinha com expressão de susto... Senhora Yoshimi faz gestos para que o veterano sente e completa:
Senhora Yoshimi: “ – Eu conheço meus filhos... Sente-se e prepare-se para ver um Pégasus em ação como jamais qualquer ser presenciou neste mundo senhor X-Food!” Ozoora então sem entender muito, obedece e fica acompanhando o noticiário um tanto receoso... 

Há várias quadras dali Shiori corre pelas ruas, ela não sabe pra onde está indo, nem porque realmente se pôs a correr, mas ela sente algo em si que a impele a isso desde que assimilou as palavras de senhora Yoshimi... Ela acelera, suas lágrimas escorrem espessas, ela quer gritar mas ainda se contém... Sua fúria aumenta e então uma voz que contrasta com todo aquele sentimento de rancor surge em sua mente, suave e confortável:
Densetsu-Pégasus: “ – A sua decisão foi firmada minha jovem guerreira... Sua comunhão está completa e agora somos mais do que dois seres, somos uma entidade em defesa deste mundo... Está pronta para viver uma nova vida?” Ela estranha a situação, mas se lembra da primeira vez que isto aconteceu... Lembrando-se de conversas com Satoshi ela se acalma embora não parasse de correr, na verdade, parecia que ela acelerava mais a cada instante... Sua mente pergunta sem vozes:
Shiori: “ – Eu estou fazendo o certo? É isso que Satoshi esperava de mim? É isso que você grande espírito espera de mim?” A velocidade começava a assustar quem estava pelas ruas e ela já não mais prestava atenção ao trajeto, era como se fosse guiada e então a voz novamente surge...
Densetsu-Pégasus: “ – O que esperávamos era uma decisão... Vida e morte fazem parte deste mundo assim como o concordar e discordar... Aguardavamos sua confirmação para então agirmos, e ela foi feita em seu coração...” Uma nova voz surge e ela a reconhece com inundações aos olhos:

“ – Pelas crianças assassinadas e por suas famílias agonizantes... Nós três juntos lutaremos... Meu amor Shiori...”

Um símbolo como nunca havia sido visto ainda surge diante de Shiori enquanto ela corre, algo que a maravilhou de forma sem igual, era tudo que ela sonhava em alcançar, a união completa com Satoshi e através do cordial Densetsu-Ju que agora firmava-se a ela como seu guardião, esse sonho, essa vontade, essa necessidade emocional foi finalmente atendida! O simbolo energiza-se entra em seu peito como um cometa, a moça se preenche de felicidade e alegria, assim como parecia ser preenchida por um poder que jamais sonhou... Sua fúria que deveria ser algo ruim preenchia suas forças e as amplificava e então, um grito sobe por sua garganta sem qualquer premeditação:
Shiori: “ – DENSETSU-FORM!!” Uma explosão em relâmpagos atinge a moça e a mesma em meio a um furor sem igual que embora assustasse não feria ninguém, bateu asas na forma de um vigoroso corcel alado, gigante para os padrões de um corcel terrestre, branco como a luz da lua, veloz como nada poderia descrevê-lo voando na direção do embate... No cerne de tal criatura lendária, a união entre Shiori e o ser transbordavam desejo em destruir o causador de todo seu sofrimento e quem estivesse atentando contra seus aliados e as crianças que Satoshi deu a vida para proteger, que se preparasse para o combate!

Montanha Belukha – 09:10hs (equivalente a 12:10hs em Kinki – Japão) – Dia sexto após a tragédia:
O cenário era dos piores... Hayate sob a mira de BioChymera, e mesmo que tentasse se soltar, haviam dezenas de Makura o segurando... Os Comandos, todos rendidos pelos soldados de mente coletiva devido a chantagem com o Comandante Hayate, os aldeões e os próprios NeoChangeman... Os guerreiros da Força Terrena por sua vez, derrubados, derrotados, feridos e desesperançosos... A cada tentativa um novo disparo e, estariam mortos não fosse o resistente NeoProtec... Suas lágrimas eram grandes por dentro de seus capacetes... Suas fúrias os impeliam mas seus corpos feridos não permitiam novas forças... Seus Densetsus, incapazes de assumirem forma não podiam nada diante da situação... E Kanydai ria debochadamente diante da esperada vitória... Ele então em um rompante de domínio da situação, empunha suas adagas novamente e se aproximando aponta para NeoGriphon:
Kanydai: “ – Você ficará por último... Ainda não esqueci das humilhações que me fez passar... Vou estripar primeiro você Dragon, pela petulância de os levantar contra nós... Depois, iremos nos divertir com as fêmeas e estriparei a meretriz de fogo inicialmente... E só então, irei arrancar membro por membro de sua doce sereia... Todos eles morrerão primeiro, para que vejas e se contorça sem nada poder fazer e depois... Só depois cortarei sua jugular de forma branda, para que sofra o máximo que puder até o final... Vamos ver vocês se enrolando em suas entranhas, AHAHAHAHA!” Kanydai vira-se para Ryuichi que o encara... O general ergue a adaga, os demais tentam se mover e gritam! Hayate vira o rosto tentando não ver a cena, cena esta que o helicóptero da agência de TV continuava a transmitir para o mundo inteiro... No Japão Ozoora Yuuma ergue-se da cadeira, com as duas mãos sobre a mesa aterrorizado, os Defensores da Terra de mãos atadas e senhora Yoshimi com expressão calma e serena como se aguardasse por algo aterrorizava ainda mais o veterano de Pégasus e então, de volta ao campo de batalha o impensável... Um gigantesco
terremoto abala os chãos... Altair baixa a cabeça em sinal de tristeza e então o terremoto cessa novamente... Alguns segundos de silêncio no local e logo o espanto de todos muda para outro ponto, ao observar ao longe, um estrondo gigante como uma explosão... Era possível ver nos céus, há dezenas de quilômetros talvez, a mancha azulada e branca que rompia as nuvens, como se uma tempestade aparecesse do nada... Tanto o terremoto que surgiu e sumiu, quanto a tempestade estranha ao longe chamaram a atenção de todos e logo após a tempestade e o impacto de algo que parecia um meteoro, se observava, na mesma direção, algo como uma verdadeira nuvem branca erguendo-se do chão e aumentando... Kanydai, que havia caído com o tremor inicial, se levanta assustado, BioChymera e Robother observam o acontecido mas o tempo de observação seria curto para todos ali... 

Montanha Belukha – Segundos atrás há dezenas de quilômetros do local do combate – Dia sexto após a tragédia:
Densetsu-Pégasus: “ – Nós estamos com você, faça o que deseja fazer minha pequena guerreira e salve vidas...” Shiori aterrissa ao solo pesadamente assumindo a forma de NeoPégasus como um verdadeiro meteoro, não daqueles que se encrava ao solo e fica ali, de maneira alguma... Como se estivesse ainda no céu ela avança, com tamanha força e velocidade em sua corrida que rasgava o chão por onde passava arremessando a neve para o alto formando uma nuvem branca que se elevava ao chão... 
NeoPegasus: “ – Pégasus... Satoshi... Eu protegerei a todos... Desculpe a demora mas eu agora estou aqui... Eu finalmente entendi... Eu vou lutar por tudo que você acredita Satoshi, porque eu também acredito!” Frações de segundos foram necessárias para ela cruzar dezenas de quilômetros e de forma brutal chegar ao campo de batalha! Em sua visão tudo se passava vagarosamente e ela conseguia reagir como se estivesse completamente livre... Sua mente conseguia definir os alvos de forma precisa... Como um meteoro ela chega a Kanydai e desfere um soco com o punho direito no queixo no monstro que o arremessou por cima da tropa Makura, se estatelando para além dezenas de metros atrás, rodopiando pelo chão de forma grotesca, terrivelmente ferido... Ela continua a avançar sem deter seu trajeto com o impacto, envolvida por relâmpagos como se fosse uma tempestade ambulante, indo para cima de BioChymera, explodindo seu cérebro computadorizado com apenas um impacto, desta vez da mão esquerda, fazendo o mesmo cair por terra se retorcendo com um buraco no crânio... Robother estava ao lado, recebeu o próximo impacto desferido desta vez pela perna direita da guerreira que arrancou sua mandíbula e parte do crânio devido a força do golpe! O corpo do general máquina começou a eletrocutar transmitindo essa energia para o que ele segurava e assim explodindo os aparatos que ele manipulava por completo! A nova guerreira de Pégasus então se solta em sua ação e avançando pelo terreno como um raio de luz, foi atingindo e destruindo simplesmente todos os Makuras que mantinham aldeões como reféns... Entre seu deslocamento e o último Makura que caiu passaram-se assustadores 5 segundos e ninguém sabia dizer o que estava acontecendo até que ela parou a frente dos NeoChangeman, ainda coberta de relâmpagos e estendendo a mão à NeoPhoenix dizendo entre lágrimas enquanto tudo entrava em curto e explodia ao redor de todos:

NeoPégasus: “ – Obrigado por não desistir de mim!” NeoPhoenix sorriu largamente por debaixo do capacete e se ergueu como pode apesar dos ferimentos segurando a mão da nova aliada, a reconhecendo mesmo através do uniforme! Ela então estende a mão a Hiroko e Ryuichi e Hideki já se erguiam... Todos se reúnem ao redor da moça e a agradecem com gestos e palavras demonstrando sua confiança nela e enquanto isso acontecia ali no campo de batalha, no Japão senhora Yoshimi, olha para Ozoora e rindo completa:
Senhora Yoshimi: " - Não te falei que ela daria um show?" Ela sorrindo volta a acompanhar o noticiário enquanto na zona de combate os Comandos assim que a distração iniciou já haviam iniciado suas manobras e os Makuras que antes os mantinham reféns agora jaziam ao chão em pedaços, convergindo então todos os guerreiros sob o comando de Hayate para remover a população do local... Enquanto os Comandos faziam o resgate, Altair sorria na árvore onde observava tudo e parecia mais tranquilo:
Altair: “ – Eles conseguiram... Eles evitaram a fúria de Indrik... A esperança renasce através do coração humano!” Enquanto todos os demais ajudavam os aldeões, os cinco NeoChangeman iam até Robother e BioChymera, visto que eles estavam apenas avariados e não mortos... Robother tentava analisar seu corpo e seu monstro mal percebendo a chegada dos guerreiros... Completamente avariado e confuso, ele se ergue e dispara diversos mísseis contra eles aleatoriamente... Uma barreira de chamas se ergue e desintegra todos os mísseis devido ao alto calor da muralha ígnea... Era NeoPhoenix que avançava muito ferida mas já capaz de realizar comunhão com seu Densetsu-Ju uma vez mais... Robother começa a recuar e então Kanydai surge, sua cauda havia sido decepada e ele pingava espesso sangue por diversas partes do corpo... Sua adaga circular vertia o mesmo sangue e os NeoChangeman entenderam o que ele precisou fazer devido a algum ferimento mais grave... Com os olhos fervendo ele balbucia cuspindo sangue:
Kanydai: “ – Não pode ser assim... Vocês não podem vencer de novo... BioChymera não foi vencido ainda... Ainda não estou derrotado seus malditos humanos arrogantes...” Kanydai então pressiona algo em sua veste, na altura do peito...

Neste momento haviam agora duas realidades a serem vistas... Uma, sob a perspectiva de NeoPégasus em sua velocidade assustadora, a outra, a dos NeoChangeman e demais seres no local, com a velocidade a que todos estamos acostumados... 

Na visão de Shiori/NeoPégasus, ao ouvir a voz arrogante de Kanydai, ele tem apenas tempo de pressionar o tal botão, após isso ela age... Ela pisa ao pé do lagarto humanoide para que ele não fosse arremessado para longe como antes e então inicia uma sequência de socos descomunais... Enquanto descarrega sua raiva ela profere:
NeoPégasus: “ – Ele sofreu quando criança, sofreu como adolescente e como adulto e ainda se sacrificou acreditando em seus ideais... Nós só tínhamos a ele e vocês o tiraram de nós... Pelas almas puras injustiçadas e por todos aqueles que ele amou, eu não darei meu último suspiro antes que você e toda sua corja estejam da mesma maneira que vocês dois ficarão agora GENERAIS MALDITOS!!! Ela arremete o pulso direito para trás, o energiza com relâmpagos atingindo o centro do peito do destroçado general fera, o arremessando contra Robother e ambos foram rasgando o chão até se chocarem contra as árvores e ficarem ali, sangrando e vazando líquidos... 

Na visão dos demais, o general fera pressiona um botão no peito, os NeoChangeman se protegem acreditando ser uma bomba... Logo em seguida eles se viram para o vilão, e tanto ele quanto Robother estavam incrustados dentro de tronco de árvores, terrivelmente massacrados... Se percebia de longe a extensão dos ferimentos a que os dois estiveram expostos, mas ninguém além de Shiori saberia explicar o que causou tal agressão, embora pudessem imaginar ao perceber a NeoPegasus com respiração ofegante e emanando relâmpagos por todo o corpo completando:
NeoPégasus: “ – Recebam o direito que não deram a Satoshi... Fujam com o rabo entre as pernas e avisem seu chefe... Quando estiverem em condições, venham me encarar!” O som característico do relinchar do Pégasus pode ser ouvido no local, seguido dos sons característicos dos demais Densetsu-Ju... Uma onda de coragem e nova vontade percorreu a todos que ali foram defender o local e parecia que a missão estava concluída, porém... Um novo som, algo como um ruído sibilante e então uma reação em cadeia se ouve, eles procuram a fonte, era o soldado restante... BioChymera começava a sofrer uma mutação... Como se estivesse queimando, sua pele começou a borbulhar e se multiplicar... Seu corpo começava a ficar gigante e as partes mecânicas foram se alastrando da mesma forma como se estivessem vivas... Na Armored Island, Sayaka e Nana se espantam ao presenciar que Makura dominava a tecnologia dos nanitas também permitindo o metal e tecnologia se multiplicar... BioChymera estava uma vez mais em pé, tanto seus componentes androides como orgânicos estavam agora gigantes e muito mais destrutivo... 

O campo de batalha só tinha agora os NeoChangeman e o monstro... Comandos e aldeões estavam longe para proteção e Tsurugi se sentia inútil sem poder enviar reforços... NeoDragon analisa as possibilidades e conclui:
NeoDragon: “ – Não há outra maneira... Precisamos das Densetsu-Form!” NeoPégasus dá um passo a frente e conclama:
NeoPégasus: “ – Estão muito feridos, Pégasus e eu cuidaremos disso...” Todos se alinham com a recém chegada e NeoMermaid é quem completa:
NeoMermaid: “ – Faremos isso juntos, como já foi e como sempre deve ser!” Todos acenam positivamente e assumem suas poses selvagens bradando:

“ – DENSETSU-FORM!”

Um estrondoso ruído emana do campo de batalha, tanto a terra quanto os ventos e os relâmpagos se manifestam e em segundos as cinco feras lendárias assumiam o local dos jovens guerreiros para combater o gigante BioChymera, porém... Antes mesmo que pudessem rugir, uma espécie de refluxo de energia ocorre, as feras se contorcem em agonia e uma explosão acontece... Em meio a poeira que começava a se distinguir após a reação, os NeoChangeman caídos, feridos, desgastados e completamente sem condições de combate já podiam ser vistos ao longe pelos espectadores e pelo helicóptero de reportagem...
NeoGriphon: “ – O que... Foi... Isso...” Ele tenta se reerguer mas não tem mais forças e ouve em sua mente a resposta desoladora:
Densetsu-Griphon: “ – Seus corpos... Eles atingiram o limite com a exaustão e os ferimentos...” Hiroko tentava erguer-se do solo pelo menos e nem isso conseguia:
NeoMermaid: “ – Afinal de contas o que está... Acontecendo...” Seu interior responde com voz melodiosa:
Denstesu-Mermaid: “ – O corpo humano, ele não é feito para tanto esforço nem tanta degradação de ferimentos... Nossa comunhão exige muito de sua constituição...” Mitsu urrava de raiva batendo ao chão...
NeoPhoenix: “ – Minhas pernas... Não se mexem... Nem as chamas... Eu consigo... Maldição!” Como um grito percorrendo seu corpo ela ouve:
Denstesu-Phoenix: “ – Vocês são esplêndidos, mas ainda são humanos.... Há um limite existencial para o que podem fazer...” Ryuichi conseguiu ficar de joelhos mas não tinha forças para se erguer...
Densetsu-Dragon: “ – Seus corpos estão sendo danificados... De forma irreparável ou até fatal, caso não encontrem a solução para a Densetsu-Form...” Ryuichi observa o gigante Chymera vindo em suas direções e ainda tenta:
NeoDragon: “ – E como encontramos essa solução?” Um leve silêncio impera e então a resposta:
Densetsu-Dragon: “ – Isso não pode ser ensinado... Só conquistado...” Eles observam a cena, Chymera ergue os braços e prepara-se para varrer o chão com seus golpes... A morte chegava para todos eles, pensavam os jovens naquele instante fatal e, como da primeira vez que se uniram, uma vez mais o planeta se manifestou... Os tremores de terra atingiram um ápice gigante, pedras desmoronaram, Comandos e aldeões caiam ao chão se de pé estivessem e os NeoChangeman tentavam não ser removidos do local pela ondulação do terreno... Súbito a montanha Belukha literalmente explode e do meio desta explosão e terra voando para todos os lados, do interior daquela polvadeira que chamou a atenção de todos, algo jamais visto por olhos estrangeiros surgia... Galopando... Gigante... Assustador... Um vulto monstruoso vinha como uma locomotiva aterradora... Seu único chifre era descomunal e assustava a qualquer um, fosse seu alvo ou não... Enquanto corria em suas quatro vigorosas e fortalecidas patas, vencia a distância entre a montanha e o campo de batalha,  e fosse o que fosse aquele ser, se notava claramente ele encravar o chifre ao chão em pleno movimento, arrancando gigantescos pedaços de solo que eram arremessados contra Chymera... A distância entre eles diminuía, BioChymera estava sofrendo diversos impactos rochosos arremessados pela criatura e os NeoChangeman nada podiam fazer, nem mesmo fugir... Os Comandos não podiam interferir e na Armored Island todos prenderam suas respirações de tanto temor pelo que poderia acontecer naquele momento... Na árvore de onde acompanhou tudo, Altair erguia-se atemorizado...
Altair: “ – Indrik... Não!”

Um poderoso monstro gigante que não poderia ser descrito com algo além de um rinoceronte gigante com um chifre anormal atacava BioChymera com fúria... Sua tática de luta era brutal, feroz, completamente selvagem... Junto aos Comandos ainda estarrecidos com a cena, Hayate pergunta a um dos aldeões ainda em estado de alerta tentando achar uma maneira de ajudar aos aliados:
Hayate: “ – Ei você... Me diga, o que é aquilo?” O comando que falava idioma russo traduz:
Comando" - Что это?" O aldeão ainda atemorizado assim como todos os outros diante da cena dantesca responde com receios:
Aldeão" - Это Индрик, сэр ... Король всех животных ... Он живет на священной горе, и никто не должен туда ступать ... И пока никто не ступает туда, он молчит и не заставляет землю дрожать ... Теперь он он в ярости, потому что его священная земля была осквернена ... Мы все умрем, сэр ..."
Comando: “ – Ele dizer algo como, ser Indrik... Rei de todos animais... Viver em montanha sagrada e ninguém dever pisar lá... Enquanto ninguém pisar lá, ele se mantér quieto e não fazer terra tremer... Agora, ele estar furioso pois o solo sagrado estar profanado... Todos nós morrer senhor...!” Hayate fica estarrecido, uma criatura de tal porte além dos Densetsu-Ju existir... Ele vira-se para o campo de combate, observa a cena seguinte... Ele não admite aceitar um fim sem luta, ele se levanta e e pensa em correr até lá para atirar contra Indrik, mas Altair surge ao seu lado do nada e toca em seu ombro acenando negativamente com a cabeça, dizendo que ele não deveria fazer aquilo... O veterano reluta, pensa em ignorar o velho eremita, mas algo parecia incomodar em sua mente para que seguisse a dica de Altair... Confuso e irritado, ele sente o peso da incapacidade uma vez mais... Um estrondo horrendo, todos se voltam ao campo de batalha de novo e a cena seguinte vista por todos é chocante... Chymera avança, Indrik move sua cabeça para a direita e para baixo enquanto galopa causando gigantes tremores... Ao atingirem o alcance de combate, com uma ferocidade ímpar, Indrik ataca com seu chifre... O mesmo atinge o peito de Chymera e órgãos gigantes saltam do interior do monstro híbrido ao chão... Ambos então ficam parados por alguns segundos... A poeira começa a ceder e Indrik mexe sua cabeça para os lados de forma brutal e mais pedaços de Chymera começam a ser arrancados com os movimentos e caem ao chão... O ser lendário russo então usa um movimento vigoroso para tentar arremessar Chymera para longe, mas o mesmo não se desprende de seu chifre... Indrik então avança com furor contra uma das máquinas de mineração e bate com Chymera contra ela dezenas de vezes fazendo com que o monstro se tornasse um amontoado de gosma e máquinas... Devido a destruição do corpo, BioChymera escorre do chifre ficando ao chão enquanto Indrik ergue suas patas dianteiras e bate ao solo pesadamente sobre a carcaça já sem vida do oponente até misturá-lo com o chão em uma cena bizarra e grotesca a olhos mortais... Indrik deixa de se mover então e fica observando os restos mortais do oponente ao redor de si mesmo... Ele solta uma bufada de suas ventas e continua ali por mais alguns segundos observando o local onde BioChymera deixou de existir... Os NeoChangeman e demais expectadores não se movem... Altair corre em direção ao local e tenta gritar para Indrik, mas ou o som não chegava ao ponto certo ou Indrik o ignorava...
Altair: “ – Não Indrik... São aliados... Por favor, detenha-se Indrik, detenha-se...” O poderoso e misterioso ser lendário vira seu olhar para os guerreiros caídos ao chão e à passos lentos se aproxima deles, parando metros à frente dos jovens... Uma nova bufada de respiração salta em direção aos guerreiros que ainda não sabem imaginar o que virá à seguir e então o impensável novamente se faz presente... O gigantesco e colossal ser, dobra sua pata direita como se fizesse uma reverência aos jovens e fica daquela forma, com a cabeça abaixada para o chão... Os jovens não sabem o que dizer ou o que pensar mas todos eles, liderados por NeoDragon, desativam seus capacetes e com forças que não imaginavam ter, erguem-se com dificuldade e repetem a reverência, iniciando por Ryuichi e seguido pelos demais, dobrando o joelho direito como um cavaleiro na idade média fazia à seu rei... Mas ao contrário do que eles imaginaram ser a cena, percebia-se com o passar dos segundos que a honraria vinha de Indrik para eles e não o contrário como eles achavam ser e tentaram fazer... Altair detem-se em sua corrida e começa a chorar... Ele se ajoelha ao chão agradecendo em prantos...
Altair: “ – Obrigado... Obrigado meu amigo... Obrigado...”

O gigante monstro se ergue então, assim como os NeoChangeman... Ele olha Altair nos olhos e se detém alguns segundos e então, vira-se e vai em direção à montanha novamente, desaparecendo dentro dela que volta a ficar como se nada tivesse acontecido, totalmente intacta... O chão antes escavado volta ao normal e os NeoChangeman desabam ao chão ofegantes... Altair corre até eles, Hayate e alguns Comandos também e o helicóptero aos céus a tudo gravava e transmitia para o mundo... Ozoora chorava de emoção e recebia o olhar de satisfação de senhora Yoshimi... Tsurugi e os demais comemoravam o final desesperador do embate... Os reforços russos liberados pelas negociações de General Nagayama começavam a chegar ao local mas nenhum deles entrava na área da Montanha sagrada e os jovens teriam de chegar até o socorro com suas próprias forças... Enquanto os Comandos e Altair ajudavam os mesmos a se locomover, Ryuichi pergunta a ele:
Ryuichi: “ – Afinal... O que foi aquilo Altair? Ele nos pediu uma reverência para nos deixar vivos?” Altair sorri largamente e lembrando do olhar de Indrik antes de sumir, repete suas palavras ao líder dos NeoChangeman:
Altair: “ – Indrik reconhece a majestade em forma de fera que habita vocês e os reverência como súdito fiel e pronto para o combate...” Os cinco se entreolham e então estupefatos ficam ao saber que o gigante e destrutivo ser os saudava como um guerreiro de seus exércitos e não como o soberano que ele demonstra em todas as suas capacidades... Hayate esbaforido ao lado deles os ajuda a carregar e indaga, de certa forma indignado:
Hayate: " - Afinal que idioma estão falando, não entendo uma só palavra..." Mitsu e os demais se olham e olham para Altair... Hideki é o primeiro a falar de certa forma surpreso...
Hideki: " - Como assim Hayate, estamos falando japonês..." Hayate se indigna e rebate:
Hayate: " - Uma pinóia que estão, não entendo uma única palavra... E o russo ali, diz que não é russo também..." Todos olham para Altair e ele sorri dizendo:
Altair: " - Mistérios de criaturas lendárias amigos... Eu não falo japonês, mas entendo o que dizem e vocês me entendem mesmo eu falando russo... Alguém duvida do impossível depois de hoje?" Todos sorriem (menos Hayate que continuava a não entender nada) e seguem em direção ao exterior da área sagrada de Indrik...

Um aprendizado gigante surgiu deste embate e os NeoChangeman haviam reconquistado seu quinto integrante bem como sua admiração pela Força Terrena que se mostrava muito mais ampla do que imaginavam... Ao saldo final de tudo, enquanto abraçavam Shiori e choravam juntos a decisão da nova aliada, Ryuichi olhou para o horizonte pensativo... Algo o incomodava mesmo naquele momento de reencontro e superação... Qual seria a solução para as Densetsu-Form? Estariam fadados a não mais poder usá-las? Os jovens, agradecendo novamente a decisão e chegada espetacular de Shiori, eram conduzidos para receber os primeiros socorros e um descanso merecido...

Conversa Especial - Akira Toriyama, Japan Project e projetos futuros!

A tecnologia, apesar de seus pontos ainda plausíveis de utilizações nefastas, nos permite verdadeiros momentos raros e agradáveis como esse!...