terça-feira, 4 de junho de 2024

Grund-Tharg - Cap. 26: "- Embate na torre maldita!"


Transcorreram talvez quinze minutos, que haviam deixado o depressivo pântano ilusório para trás, a criatura "Oonlocker" havia desaparecido por completo e, nenhum rastro de outro inimigo fora visto no local, nem mesmo, do ilusionista necrótico que os recebera ao início da batalha… Na mente de cada um dos integrantes do grupo, as imagens das pessoas feitas prisioneiras diante da torre maléfica, sendo torturadas e mutiladas, mostradas por esse mesmo ser através de uma espécie de portal, causavam angústias como se fincassem poderosas facas em suas mentes e almas, massacrando seus espíritos com o imaginar de, que tipo de desespero, tais pessoas tão especiais para eles, poderiam estar padecendo , naquele instante, enquanto eles nada ainda podiam fazer de concreto!

Isso se refletia no grupo, como no caso de Akron, que, diferente do que fora todo o resto da jornada, desde que entrou para o grupo, o tiefling não seguia jornada oculto, não estava no centro ou a retaguarda da formação, ele ia junto a Grund-Tharg e Jhon, à frente do grupo, conforme a velocidade que seu corpo lhe permitia… Sua expressão era séria, taciturna, sua raiva podia ser sentida por quem o observasse, suas adagas estavam em suas mãos prontas para ação, e seu espírito, qualquer um perceberia, estava disposto a tudo para mostrar a Adramanther sua ira, por ter levado a dona dos olhos castanhos, talvez seu único alento nos tempos pregressos de sua existência, para tamanho sofrimento, ele não o perdoaria! 

Jhon estava de certa forma diferente também, se notava seu semblante mais assustador do que o normal, olhos quase que vazios, expressão completamente indefinida, se notava não haver um planejamento futuro, sua vida, suas demais ansiedades pensadas ou cogitadas, suas estratégias haviam desaparecido... Sua noiva lá estava, justo ela sobre quem nem a seus amigos ele havia mencionado, de forma torpe e brutal, ferida, humilhada, destruída… Nada mais importava para Jhon naquele momento, além de, destruir por completo o ser que causou tal situação deplorável a tão inocente, e amada criatura…

Syndra e Nissa pareciam se manter mais focadas na missão, afinal Wigferth e Laryana não eram parentes ou entes mais próximos, com certeza eram sem dúvida bons aliados, mas ver seus corpos encharcados em ferimentos e sangue, causava às arcanas, o mesmo impacto e dor, que ver os moradores do Ravini ou tantos outros subjugados de maneira brutal pelos ataques incessantes do necromante, eram pessoas boas que não mereciam passar por tal dor e isso já seria suficiente para movê-las em direção ao resgate de ambos, no entanto, havia desta feita uma agravante em suas mentes... Todos os que lá estavam, presos e subjugados, eram entes queridos ou amigos próximos de seus amigos e companheiros de grupo, Adramanther não tinha o direito de realizar tal crueldade, e, o necromante não poderia cogitar do que ambas seriam capazes de fazer por aqueles aliados que as aceitaram como irmãs de armas!

Kinseph era completa introspecção, ele precisava se manter limpo espiritualmente falando, energizado positivamente, ele precisava ser o pilar otimista da equipe, o clima já estava denso por demais, caso ele viesse a fraquejar, expor seus medos e raiva para com a atitude nefasta de Adramanther, temia o jovem clérigo, contaminar os demais com sua depressão ou fúria diante dos fatos, e isso seria inaceitável para alguém que vive para proliferar boas novas… Ele se manteria firme, por si e pelos demais, e estaria junto deles no momento derradeiro, quando o necromante pagaria por sua ousadia para com a vida!

Mas era um fato inegável, apesar de cada um deles ter seus próprios demônios a assolar suas mentes, a visão de que esta seria sua última batalha, estava estampada na mente e expressão de todos, afinal, o pai de Grund-Tharg era um dos prisioneiros, estava a ser esquartejado lentamente durante a visão a que viram ainda no lodaçal anterior... Se olhassem agora para o selvagem, veriam sua postura completamente assustadora, não olhava para o lado, ele não observava os demais, sua expressão era como uma rocha, sem rachaduras, impossível de ser alterada, seu machado seguia em sua mão e se notava seus dedos da mão em questão, mexendo-se como se tentando achar a melhor empunhadura da arma destrutiva!

O bárbaro por natureza já não era dado a se dedicar a seguir estratégias, mas agora, vendo seu pai daquela forma, era impossível esperar ou mesmo pedir, que o gigante viesse a pensar em qualquer outra opção que não fosse, atacar da forma mais brutal e rápida que lhe fosse possível, e, uma vez que fizesse isso, sem o devido desarme do ritual de Adramanther, Grund-Tharg seria mentalmente dominado e usado contra seu próprios aliados, se tornando o carrasco do grupo inteiro… Isso fazia com que o grupo como um todo, mesmo desejando a vitória para eles, e a consequente derrota de seu inimigo, sabiam no entanto de que esta ação de Grund-Tharg, selaria as capacidades da equipe de lutar adequadamente - uma vez que precisariam lidar com Tharg antes de sua missão - e nenhum deles se sentia no direito de pedir, que o bárbaro deixasse seus sentimentos em prol da estratégia do grupo! Assim, a missão era dado como sendo a última, de todos ali, era sem dúvida um consenso!

Subitamente, quebrando as divagações e temores de todos, pedras de grande proporção se movimentam na parte mais alta da passagem, chamam a atenção dos aventureiros, que assumiram rapidamente posição defensiva, a tempo de observar as mesmas caírem pesadamente ao chão, começando a rolar, trajeto abaixo, indo de encontro ao grupo! Syndra se movimenta, seus olhos brilham e parte das pedras são arremessadas de volta por suas magias gravitacionais; Nissa conclama portais que recolhem e enviam para locais inimagináveis, diversas outras; Akron e Jhon Raven se esquivam das duas pedras que restaram, recostando-se ao rochedo conforme podiam, uma vez que não poderiam contê-las com suas forças, enquanto Kinseph, surgia diante das arcanas, com sua maça estrela energizada e em ataque, para que com dois golpes, livrasse a todos de mais duas das pedras rolantes, tendo a rocha da esquerda do grupo se encravado na parede rochosa, tamanha força de impacto que o clérigo dispensou ao golpe, e a da direita, desaparecido precipício abaixo, devido à altura de onde estavam!

Os detritos junto ao revolver do terreno e ação do grupo, causaram uma nuvem de poeira que não permitia ver aos integrantes da equipe, e é nesse momento, que os responsáveis pelo rolamento das pedras surgem logo ao topo do caminho pedregoso, eram diversos e se podia ouvir a voz chiada e indecente a conclamar em alto e bom tom: "- Tem duas fêmeas, ainda vão estar quentes para nos divertirmos com suas carnes antes de as devorarmos com toda calma do mundo, ahahaha!" O grupo buscava e acreditava que iriam encontrar a visão de corpos estirados ao chão, já sem vida, devido aos seus ataques covardes e surpresa, essa pelo menos era a expectativa das criaturas, mas na verdade, o que puderam ver saindo da espessa nuvem, fora sem dúvida bem longe do esperado por eles…

Caminhando calma, mas pesadamente, Grund-Tharg surgia por entre a nuvem de destroços, segurava seu machado com as duas mãos, seus olhos ardiam em intensa energia e suas pernas começavam a se mover mais rápido em direção aos inimigos agora declarados, trolls! Pelo menos seis deles agora se aglomeravam ao topo do caminho, era o que se podia ver daquela posição, e todos eles, se via claramente, ficaram espantados pois, ao invés de mortos, encontraram um bárbaro iniciando sua investida contra as criaturas, seguido de perto por seus aliados que o acompanhavam em carga memorável contra a horda inimiga: “- MALDITAS BESTAS FERAS DO INFERNO!”

A voz do gigante Grund-Tharg representava a fúria e a decisão de todos eles, apesar da certeza da morte que os aguardava junto ao necromante, eles não iriam desistir dos combates enquanto pudessem se mover! Dentre eles, era o selvagem que parecia querer demonstrar isso mais que os outros, pois com um salto poderosíssimo, o bárbaro se lançou ao ar, descendo sobre o primeiro troll de forma magistral, o pegando completamente de surpresa! O machado de Tharg adentrou o crânio da criatura, causando ferimento irreversível, no entanto logo a lâmina fora retirada com vigor e, aproveitando o esforço do movimento feito, a arma fora girada em sentido anti-horário, desferindo novo e avassalador golpe, atingindo assim o abdômen da criatura, que fora aberto de forma grotesca pelo golpe inesperado! Um novo movimento do bárbaro, o machado retornava agora de baixo pra cima em sequencial ataque, de forma transversal da esquerda para a direita, e, a mão esquerda do monstro, que havia entrado na frente do golpe, em uma tentativa inútil de se proteger, voava agora pelos ares, junto dos borrifos de sangue já comuns ao estilo de ataque devastador a que Grund-Tharg sempre usava, enquanto a arma poderosa seguia trajetória, atingindo o peito do monstro completamente - mas também de raspão em parte do queixo do troll - que acabara caindo ao chão, já completamente sem vida, totalmente destruído diante de devastador ataque!

A cena em si, no entanto, para quem por ventura observasse a mesma de fora, teria de dividir sua atenção em vários focos para poder captar os movimentos de Tharg e os do grupo, que foram igualmente brutais! Akron se lançou aos céus, desapareceu e reapareceu sobre a nuca do segundo troll, suas adagas se cravaram nas duas laterais do pescoço monstruoso e percorreram a carne, abrindo sem piedade até a parte do dorso do monstro, caindo o mesmo sem vida ao chão no instante seguinte e Akron desaparecendo em pleno ar novamente! Jhon Raven atingiu o terceiro, sua espada enterrou-se até o cabo no abdômen da criatura e então retornou, sendo novamente manejada de forma perfeita, desta feita com um corte ascendente que atingiu, desde a cintura até o queixo do monstro, expondo por completo as entranhas do troll, que igualmente tombou sem vida!

Syndra girou os punhos, Nissa fez gestos semelhantes, ambas pronunciaram palavras incompreensíveis, assim como fizeram movimentos exóticos e perfeitos, seus olhos energizaram-se e então os ataques sem piedade ganharam vida… O troll da direita, o quarto integrante da tropa inimiga, pareceu ter seu corpo incendiado de dentro para fora, as chamas abriam buracos em sua carne e se projetavam para o exterior do monstro, vindo a criatura a jogar-se do penhasco em agonia terrível, enquanto que o troll da esquerda, o quinto integrante, acabou por ser como que esmagado, implodido, em uma cena dantesca, onde ele sequer conseguia compreender o que acontecia, apenas se viu como sendo puxado por grande sucção e desaparecer em uma poça de sangue e restos viscerais!

O último deles, o sexto troll, tentou então bater em retirada, era ele quem havia pronunciado as frases pervertidas sobre as duas arcanas quando se aproximaram do grupo, no entanto algo que ele não saberia descrever de onde veio nem como era, o atingiu na nuca, tão logo virou-se para correr, o derrubando de forma grotesca ao chão e abrindo profundo ferimento no local; nos segundos que ele considerou ter transcorrido para se erguer e tentar nova fuga, o responsável pelo ataque já estava junto dele, recuperando sua maça estrela e a erguendo aos céus, com expressão de fúria no rosto ao mesmo tempo que parecia ter a radiância do sol o envolvendo por completo: "- Queria carne ser bestial? Então fique com a sua própria!" No instante seguinte, o monstro não tinha mais uma cabeça, e sim um amontoado de massa encefálica, sangue e ossos, triturados com o ataque de maça, do servo do "Senhor do Amanhecer", Kinseph!

O grupo então se reúne, Tharg estava ao meio deles, todos arfavam devido ao gigantesco esforço realizado como que em uma explosão de ação conjunta, mas era o momento derradeiro, o momento das últimas palavras, da última conversa entre o grupo e, nenhum deles saberia dizer quem iria proferir tais palavras… Foi quando, ainda cansado e recoberto de sangue, Grund-Tharg olhando para todos eles, surpreendeu o grupo por completo, com uma fala jamais esperada por qualquer um deles: “- Adramanther extrapolou todas as fronteiras da patifaria e canalhice… Minha vontade de vê-lo tombar definitivamente supera a de esmagá-lo imediatamente com minhas mãos! Eu seguirei teu plano Jhon Raven, mas assim que derrubarmos a tal barreira, eu é quem darei fim ao necromante!”

Como que renovando a esperança de todos, se notavam os sorrisos se iniciando ao rosto do grupo, Kinseph olhava para os céus com uma lágrima ao olho esquerdo, enquanto que até mesmo Akron, começava a vislumbrar possibilidades que antes nenhum deles via mais… Todos queriam esfolar Adramanther com suas próprias mãos, mas sabiam, o plano traçado e bem executado era a única chance do grupo, e justo agora que o selvagem concordou em, apesar de todo exposto na cena dantesca dos prisioneiros, seguir a única opção que tinham, tudo que eles podiam e deveriam fazer era sorrir, comemorar em seus íntimos a reviravolta na situação, e se esforçar ao máximo para que eles conseguissem sobreviver para comemorar a decisão de Grund-Tharg!

O grupo então vira-se para partir novamente, no entanto, Jhon Raven se detém por segundos, afinal, era sua missão dar um enterro à todos aqueles que ele avistasse desprovidos de vida, ele precisaria cumprir sua parte com Kellintor, e sepultar os trolls derrotados, mas Nissa, entendendo os pensamentos e rigidez de conduta do aliado, se concentra e profere algumas palavras... Subitamente os corpos dos trolls incendeiam-se, sendo consumidos vorazmente em segundos pelas chamas poderosas, ocasionando que, o que restou dos corpos monstruosos sem vida, fora carregado pelos ventos, simbolizando um respeitoso funeral para qualquer ser… O kellintorita observa a feiticeira, acena com satisfação ao seu gesto, pronuncia algumas palavras pela passagem das almas dos Trolls, e então, junto aos demais, o grupo segue sua marcha, novamente inspirados, novamente decididos, novamente aspirando uma batalha vitoriosa, esperançosos em poder fazer justiça por todos os que sofreram nas mãos do feiticeiro… Essa crença revigorada em uma chance de vitória, Adramanther perceberia logo em seguida, seria a pior coisa que ele poderia esperar para esta batalha!

Foram necessários apenas mais trinta minutos de caminhada, e diferente do que pensaram, nada mais encontraram de inimigos pelo caminho, nada de perigosos ogros ou hidras que supostamente cercavam o local! Graças às visões ilusórias terem sido removidas, eles finalmente despontavam há centenas de metros da entrada da torre amaldiçoada, conseguindo finalmente visualizar com seus próprios olhos, o local amplo, de acesso cercado por rochedos e lama, assim como a torre ao fundo elevando-se quase ao infinito, servindo de cenário horrendo para as terríveis pedras prisão, onde já sem movimentos, jaziam os corpos de Tenskell "Machado Veloz", pai de Grund-Tharg, Wigferth, o poderoso clérigo de Winterless, Laryana, a bruxa milenar, consorte de Wigferth, Bhrindy, a moça de olhos castanhos que acolheu Akron no passado e Leymeri, a desconhecida noiva de Jhon Raven, ambos torturados, mutilados, destruídos...

Vencido finalmente o pequeno percurso que separavam os “lados” desta batalha, finalmente estavam os aventureiros parados diante do cenário final de sua missão, de onde já era possível ver o necromante sentado junto a uma grande mesa, com toalha branca e diversos outros adereços, mas principalmente, partes de corpos dilacerados, provavelmente dos prisioneiros, a serem consumidos repugnantemente pelo maldito… Em suas mentes, o controle era imenso para ignorar a ira profunda que sentiam diante da cena que trazia bílis à suas gargantas, e manter borbulhando o plano traçado por Jhon Raven, que eles se propuseram a seguir... Eles estavam decididos, apesar da ânsia de espírito pela batalha, eles seguiriam a estratégia, e veriam o necromante tombar…

Grund-Tharg, Jhon Raven e Kinseph empunhavam suas armas e preparavam-se para confrontar e atrair a atenção do feiticeiro, apenas alguns metros de distância do mesmo que parecia estar ao centro do palco de batalha, enquanto Nissa, Syndra e Akron se mantinham em posição privilegiada, resguardados pelos três "linhas de frente", esperando o momento de iniciarem sua invasão à torre! Neste momento, as duas arcanas mentalizavam, naquele momento decisivo, nitidamente cada palavra dita pelo dragão de bronze Shadrak, sobre o uso da chave que obtiveram:

“- A chave mística, nada mais é do que um campo “anti-dragões”, é com esse campo protetor que o necromante se protege da maioria dos ataques e principalmente de nós, verdadeiros dragões, uma vez que nosso sangue é completamente enfraquecido diante do uso de tal item profano… Foi assim que os Methariuses se protegeram de dragões durante eras e talvez, essa chave mística que agora possuem, seja o último desses itens neste mundo… Uma vez que a ativarem com suas emanações arcanas, ela irá bloquear todo sangue de dragão próximo, Adramanther é um feiticeiro portanto, possui uma parcela de sangue de dragão, será impedido de agir contra sua intenção principal na missão! Isso permitirá a possibilidade de adentrarem a torre nefasta, tudo estará baseado em seu pensamento e sua força de vontade, minhas jovens usuárias de magia… Mas lembrem-se, a chave cobra limitações e testa suas determinações… Não se desesperem quando as limitações vierem, e jamais duvidem de si mesmas, isso é crucial para o que precisam fazer! Agora devo me calar ou estaria trazendo novos inimigos ao entorno de vossas missões, passando informações que os ajudem de tal maneira, mas friso novamente o ponto mais importante, olhem para si mesmas e aceitem suas limitações com resiliência, assim como usem suas vantagens com todo seu potencial! Tenho certeza de que obterão as respostas corretas!

O grupo então posicionou-se em definitivo diante do local, observando com expressões que iam da ira ao furor completo, o feiticeiro diabólico, que por sua vez, se esforçava ao máximo para tentar demonstrar não ter percebido a presença do grupo ali! Resguardou ele mais alguns segundos para o término de sua atuação, então olhou para os aventureiros, sorriu com a boca repleta de sangue, limpando a mesma com a parte de trás da mão, erguendo-se e caminhando até a frente da mesa nefasta, observando a todos os inimigos, com uma expressão sarcástica: “- Sejam bem-vindos ao nosso banquete especial… Espero que não se importem de eu ter começado a refeição sem vocês… No entanto, fiquem tranquilos que temos muita carne fresca e, eu espero, que todos as prefiram malpassadas pois, é assim que aprecio melhor o sabor de tal… Iguaria!

O sangue do grupo fervia, Adramanther sabia disso, sentia isso, por isso os provocava de tal maneira, ainda se encontravam há quase cem metros de distância, mas, era possível sentir o esforço para controlar suas iras, emanando dos aventureiros! Grund-Tharg então cruza seu machado à frente de seu peito, o segurando com força com as duas mãos, dá dois passos à frente, ficando diante de todos, parando naquele ponto, sem dizer qualquer palavra, assim como Jhon se movia para o lado esquerdo de Grund, levemente mais atrás dele, e Kinseph, na exata oposta posição de Jhon, ficando o gigante guarnecido pelos seus dois aliados… O clérigo de Luuthander começava a emanar poderosa aura solar e essa aura de alguma forma começava a se irradiar no kellintorita igualmente, Nissa e Syndra se mantinham à retaguarda do grupo e Akron, se limitava a ficar logo depois de Jhon e Kinseph, como que separando - e guarnecendo como podia - as arcanas dos demais!

Ao ver tal posicionamento, o necromante os observa por segundos e então começa a gargalhar de forma grotesca, sua risada ecoava pelo local visto estarem em uma espécie de depressão do terreno, em relação às rochas e paredes de pedras que se erguiam ao redor, culminando com a torre ao fundo, em mais alto patamar de elevação geográfica, e tão logo cansou de rir e dignou-se a explicar, gritava ensandecido: “- SEQUER VÃO CONVERSAR COMIGO ANTES DA PANCADARIA? MARAVILHA, MARAVILHA, NÃO PODERIA ESPERAR NADA DIFERENTE! A típica formação combatente, os linhas de frente, o especialista e as pobres e indefesas arcanas ao final sendo protegidas! Acreditam que essa tamanha infantilidade em combate irá de alguma forma permitir que cheguem até mim? Qual será o próximo passo, o clérigo radiante vai curá-los e melhorá-los para então o corvo e o selvagem me atacarem com uma investida bestial?

É então que Grund-Tharg, de forma estranhamente calma e compassada, sem sequer gritar, manifestou-se pela primeira vez diante do ser maléfico: “- Certa feita, Nissa disse que feiticeiros podem se tornar arrogantes, mas no teu caso, parece que a arrogância em pessoa vive nesta carcaça que tu chama de corpo! Enquanto tu fazias tuas encenações, nosso grupo agiu, e tu nem percebeu! Tu sequer tens ideia de como estamos preparados pra ti filho de uma cadela! Mas te tranquilize, primeiro vamos amaciar tua carne para o banquete, então, no momento certo, e da maneira que tu merece, nós iremos conversar contigo, tenha certeza!

Era tarde demais para o necromante reagir, mesmo tendo sido rápido em perceber que eles o enganaram, ele precisaria se concentrar rapidamente para lançar alguma magia, e não teria este tempo visto os “linhas de frente” o observando, bastava um movimento errado, e ele seria atacado de forma violenta! No entanto, os detentores de magia do grupo já haviam feito sua parte, Grund, assim como Akron, agora estavam diante das duas arcanas, impedindo que qualquer ataque chegasse até elas e as desconcentrasse, assim como Kinseph havia conseguido preparar sua magia e, no instante seguinte, junto de Jhon Raven, estava pronto para impedir que o necromante tivesse tal oportunidade de concentração, em uma estratégia perfeita e jamais pensada pelo feiticeiro, diante de sua torre amaldiçoada!

E enquanto os guerreiros ocupavam Adramanther, Syndra e Nissa iniciaram sua ação, embora não tivessem certeza de como o fazer, afinal o item não definia como usá-lo, elas apenas seguiram a orientação do dragão de bronze Shadrak e, emanaram suas auras arcanas, com intensidade e dedicação focando em suas mentes a ideia de invadir a torre maldita! Ambas seguravam a chave mística, o artefato Methariuse, o chamado “Lamento da Anulação”, o feiticeiro não esperava por tamanha organização depois de tudo que ele mostrou e encenou, ele não considerava ainda que, o grupo poderia ter tido acesso ao item, cogitava que o mesmo estava de alguma forma perdido em meio à destruição do Fosso do Réptil e, tão logo viu a chave mística em mãos das duas arcanas, arriscou invocar uma magia para neutralizar ambas, mas Jhon Raven como um relâmpago negro chegava até o necromante, o atacou uma, duas, três vezes, sempre avançando, sem dar chances de concentração ao feiticeiro, impedindo que ele pudesse agir contra as aliadas!

Kinseph por sua vez conclama “- REDOMA DE PROTEÇÃO CONTRA O MAL!”, e a energia cáustica do astro rei, sem causar qualquer mal às duas portadoras de magia, se fixa ao redor delas e de Akron, protegendo ambos de qualquer ataque que pudesse partir de Adramanther, desde que de dentro da redoma, não houvesse hostilidade física da parte de qualquer protegido! Tão logo completou sua magia preparada desde a chegada, Kinseph gira sua maça estrela com vigor e, erguendo seu escudo à frente do rosto avança com furor igualmente, ficando lado à lado com Jhon Raven, em ataque constante contra o feiticeiro que, uma vez impossibilitado de usar magia, precisava lutar fisicamente para tentar conter os dois guerreiros, demonstrando inclusive, parecer se mover e esquivar de forma tão perfeita, que contrariava toda e qualquer expectativa para alguém tão antigo e, em estado tão deplorável, fisicamente falando!

Quanto à Grund-Tharg, ele estava com os dentes à mostra, seus instintos pululavam sua mente tentando tomar o controle e fazer o que ele sabia fazer de melhor; suas mãos acompanhavam essa intenção, se mexiam levemente ao redor do cabo de sua arma, ao passo que seu corpo parecia lutar contra sua mente, querendo partir para o combate sem qualquer ressalva, mas ele não podia, ele havia prometido aos demais que seguiria o plano, ele precisava demonstrar que sabia respeitar as considerações e confiança de seus aliados, como eles fizeram para com ele... Mas, além disso, Tharg sabia que por alguns instantes cruciais, ele seria o escudo dos três que adentrariam a torre e destruiriam o controle que Adramanther exercia sobre os seres, somente assim, finalmente, o bárbaro poderia fazer o que tanto desejava, e tudo isso era mais importante que sua vontade de esfacelar por completo, cada célula do corpo do necromante odioso!

Adramanther então, ao perceber que o grupo tinha um plano, uma vez que Grund-Tharg não se aproximava para ser controlado mentalmente - intenção primária e mais urgente do feiticeiro trevoso - ainda mais após perceber que eles detinham o item “Lamento da Anulação”, o feiticeiro tenta o que podia, ele grita, profere bravatas e provocações, tenta de todas as formas com palavras, desestabilizar o grupo, sua única possibilidade naquele instante, uma vez que continuava como podia, a esquivar-se dos ataques contínuos de Jhon Raven e Kinseph! No entanto, os dois atacantes ferozes estranhavam o fato diante deles, o feiticeiro encurralado continuava a combater fisicamente, de forma poderosa para o corpo que ostentava e, por mais curioso que fosse tal ação, sempre se mantendo dentro da depressão de terreno onde encontravam-se, não se teleportava para local seguro, como qualquer arcano faria, isso começou a atiçar a curiosidade dos dois, ao mesmo tempo que dava mais certeza à Tharg - e sua desconfiança - desde o primeiro momento que teve contato com a cena dantesca da torre, através do ilusionista necrótico!

As emanações arcanas de Syndra e Nissa então atingem o ápice, protegidas pela magia divina de Kinseph, elas puderam dedicar todo seu intento para tal feito, e quando a chave mística finalmente energizou-se pela ação das duas, Nissa recebeu uma potente descarga como que eletrificada, seu corpo trepida por completo em uma espécie de convulsão, enquanto Syndra assusta-se com a cena sem compreender o que acontecia! Akron então é quem vira-se para ambas, tentando entender o ocorrido, mas no instante seguinte, Nissa é arremetida metros para trás diante dos dois, caindo ao solo repleta de dores e escoriações, ao passo que o "Lamento da Anulação" perdia sua energização trevosa e se tornava inativo uma vez mais!

Syndra se mantém segurando o item, mas Nissa, apoiada pelo pequeno Akron, sentia extremo cansaço e dores, de alguma forma ela estava exausta e fraca como se houvesse lutado por horas pela sua vida… A feiticeira olha para suas mãos, estavam levemente queimadas, Akron a observa nos olhos e depois para Syndra, que então, buscando compreender o que poderia estar acontecendo, muda sua expressão para espanto, como se tivesse descoberto uma terrível verdade, olhando novamente para a aliada, enquanto Akron ainda não compreendia nada, e as duas, é que pronunciavam em uníssono “- Sangue de dragão!

Akron: “- O que? Tem sangue na chave? Do que estão falando afinal?"

Nissa: “- Shadrak avisou que o item era uma relíquia anti-dragão, que enfraquecia e atacava os dragões diretamente em seu sangue!

Syndra: “- E por isso os dragões não conseguiam atacar Adramanther que, com o ritual interno da torre e desta área, de onde ele nunca se ausenta, evitava que qualquer feiticeiro pudesse confrontá-lo, dentro desta terra profanada por tal ritual antigo, assim como sua torre e arredores…

Akron: “- E como Nissa é uma feiticeira…

Nissa: “- Eu tenho sangue de dragão também, e não estou sob proteção de nenhum ritual, por isso o item me atacou!

Os três ficam a se observar, Grund-Tharg sentia o problema acontecendo, mas não desviava os olhos da batalha, onde Jhon e Kinseph mantinham o necromante ocupado, ao passo que este também mantinha sua atenção focando às duas arcanas, seu maior medo naquele momento! Akron entrando em preocupação imensa, pondera: “- E como vamos fazer agora se você não pode manipular o item Nissa?” E eis que a arcana se ergue, limpando o filete de sangue que escorria ao lado de seu ouvido direito, determinada: “- Syndra o pode fazer, afinal, foi por isso que Shadrak, ainda no Fosso do Réptil lhe disse, ‘acredite em você jovem Syndra, seu poder não é fraco como imagina’...

Syndra gesticula negativamente, Akron fica sem saber o que dizer e o necromante, mesmo quase uma centena de metros de distância e sob constante ataque, percebia também que algo acontecia na ativação da chave mística, entendendo logo em seguida, a impossibilidade de Nissa acionar o processo mágico! A feiticeira rubra, no entanto, ciente de que tinham pouco tempo, insiste, mas dessa vez, mais incisiva: “- SYNDRA! Você precisa fazer, lembre-se das palavras de Shadrak ainda quando na aldeia de Guinyx… Não se desesperem quando as limitações vierem, e jamais duvidem de si mesmos, isso é crucial para o que precisam fazer… Eu não estou decepcionada por não poder ativar o Lamento da Anulação, mas estou pronta para ajudá-los lá dentro… E então… Maga Syndra… Que tal não duvidar de si mesmo?

Inexplicavelmente as palavras da feiticeira tem impacto poderoso na maga loura, e eis que sua expressão muda de incerteza para determinação, Akron a observa, agora compreendendo tudo e então acena positivamente para ela, a encorajando e até mesmo Grund-Tharg, que apesar de não desviar o olhar, ouvia muito bem, berra do lado de fora da redoma de proteção: “- SYNDRA! LEMBRA DA BATALHA NO MALDITO FOSSO! JUNTOS CONSEGUIMOS! É HORA DE TU SER, CORAGEM INFINITA!

A maga então observa Jhon e Kinseph em um duelo constante contra o necromante, observa Grund-Tharg a arfar e conter sua fúria, unicamente para não ser controlado pelo feiticeiro, quando então seria virado contra seus aliados… Ela observa Akron a erguer seu punho o fechando ao redor do cabo da adaga, sorrindo confiante enquanto Nissa toca seu ombro e a observa, ainda com dores devido à tentativa de ativação do item anti-dragão: “- Neste momento Syndra, só você pode dar sequência ao nosso plano, mais ninguém… Jamais duvide de novo de si mesma, e cumpra o que eu não posso cumprir!

Syndra se enche de motivação, ela vira-se de frente para o necromante, tendo Akron e Grund à sua frente como escudos, enquanto Nissa, se afastou vários passos à retaguarda, mantendo-se, no entanto, ainda dentro do círculo de proteção de Kinseph, retendo toda e qualquer emanação arcana para não ser afetada e então, o plano principal finalmente ganhou vida! Os olhos da maga brilharam em intenso amarelo energético, Akron assumiu posição de combate, Grund-Tharg urrava colocando parte de sua fúria para fora de seu ser e o necromante, esse finalmente fazia expressão de terror, ao ver o "Lamento da Anulação" sendo ativado…

O item começava a emitir uma energia nefasta, uma espécie de vapor obscurecido; esse vapor começou a preencher a redoma tocando nos três integrantes que ali dentro estavam e, uma vez que se tratava de uma energia maligna, presa dentro de uma redoma de energia contra o mal, ela se condensou pois não poderia escapar, envolvendo a todos com a função à qual fora preparada pelo próprio necromante, quando da criação do ritual! No instante seguinte então, uma espécie de círculo rubro começava a criar forma abaixo de todos dentro da redoma, e o necromante explodia suas energias para todo o seu derredor, tentando livrar-se de Jhon e Kinseph, que foram forçados a segurarem-se ao chão para não serem arremessados metros distantes, enquanto em vão, Adramanther continuava tentando impedir, lançando uma terrível rajada energética, em direção à redoma: "- NÃO! MALDITOS! NÃO PODEM AVANÇAR COM ESSA IDEIA TOLA! VÁ CRIATURA IMBECIL, APROVEITA MINHA DISTRASÇÃO E DESTRUA TODOS ELES, COMECE PELAS DUAS MULHERES, AGORA!

Tharg como uma parede se coloca à frente do disparo energético e, milagrosamente consegue segurar a rajada ficando apenas com partes do corpo crestadas, foi quando então um gigantesco estrondo fora ouvido ao lado, dentro da redoma apenas Nissa e Akron observam a cena, enquanto Syndra, parecia totalmente concentrada em sua função! Jhon e Kinseph não podiam sequer olhar para o local ou perderiam o necromante de vista, permitiriam que ele conjurasse de novo, enquanto uma terrível e arrepiante criatura surgia de dentro da montanha, destruindo por completo a parede que a ocultava, entrando pelo campo de batalha em carga, diretamente contra a redoma que protegia as arcanas e Akron! Uma bestial fera jamais imaginada, com pelo menos três metros de altura, pele acinzentada e espessa, um terrível chifre em meio à cabeça, corpo robusto e largo em excesso, ostentando apenas um terrível e angustiante único olho ao meio de sua face, era o momento do grupo conhecer o terror e selvageria de um ataque de um ciclope!

À passos lentos - embora a intenção fosse estar em corrida vertiginosa - e extremamente pesados, a criatura avançava, correndo conforme seu corpo permitia, seu intento era tentar destruir a redoma que protegia os três e impedir a conclusão do processo arcano, e assim como o necromante, era possível ver na expressão do monstro, que ele acreditava que conseguiria realizar tal ação, no entanto, dezenas de metros antes do ponto onde seria capaz de atingir a barreira, o queixo grotesco do monstro é atingido de forma avassaladora, um de seus dentes, que mais parecia um pequeno barril de cerveja de tão largo, voa para fora da boca monstruosa, acompanhado de sangue espesso devido à extração forçada, e o gigante ciclope tinha então sua trajetória interrompida e abalada, uma vez que desequilibrou com o impacto, caindo de forma lateral ao solo, urrando em agonia com o ataque!

Segundos transcorreram entre a queda e a reação do monstro, mas ele erguia desajeitadamente seu tronco, tocou em seu maxilar e percebeu que o mesmo fora rachado, mexendo seu terrível olho em busca da fonte do ataque! Sem demora logo abaixo, o monstro avistou, demonstrando olhos que irradiavam energia em abundância, era Grund-Tharg o encarando de forma assustadora, segurando firmemente sua maça estrela em uma das mãos, enquanto seu machado de batalhas pendia ao chão, seguro firmemente pela outra, quase rosnando ao se pronunciar: “- TÔ PROIBIDO DE ATACAR O NECROMANTE, ENTÃO, VOU DESCONTAR MINHA FRUSTRAÇÃO EM TI!” O monstro se enfurece, bate ao chão com o punho esquerdo e se ergue, arremetendo diversas detritos com o raspar de sua mão ao solo, mas Grund sequer moveu-se do local, a única pedra em sua direção, com capacidade para feri-lo, fora rebatida com violência por sua maça, enquanto ele agora se colocava em movimento em direção ao monstro: “- VEM ARREMEDO DE SER, GRUND-THARG SERÁ TEU DESAFIO NESTE CONFRONTO!

Os dois titãs se arremetem um contra o outro, a maça de Grund acerta de baixo para cima o queixo do monstro e o arremete centímetros acima do solo, tamanho o impacto, fazendo com que a pesada criatura recuasse um passo diante do golpe, ao passo que a mancha rubra que surgia por debaixo das arcanas e Akron, se abre por completo, engolindo o grupo ainda surpreendido e, se fechando logo em seguida! O necromante percebendo a cena, urra em fúria, e novamente despeja uma explosão energética para tentar livrar-se de Jhon e Kinseph que se tornavam verdadeiro incômodo! Embora nenhum ferimento  mais grave tivessem causado ao inimigo ainda, os dois guerreiros conseguiram impedir praticamente todas as ações que de alguma forma poderiam dar vantagem a Adramanther, os planos do feiticeiro não estavam saindo como o planejado ou esperado e, piorando suas expectativas ainda mais, o milenar ser percebe que, embora tantos acontecimentos ao mesmo tempo, que para alguns poderia parecer uma verdadeira confusão, o necromante sentia, diferente do que ele cogitou, o grupo estava coeso, cada qual dedicado à sua parte da estratégia, Grund-Tharg dava show de concentração e controle, não tendo apesar de todo o escárnio para com ele feito pelo algoz, até agora mexido um único músculo em direção ao inimigo jurado!

No duelo de gigantes, o ciclope se recupera, desfere potente ataque com sua clava tentando atingir Grund diretamente, este por sua vez com uma agilidade incomum para seu tamanho, desviava, saltava, se esquivava e quando era propício, um novo golpe de maça, sempre buscando o crânio - ou proximidades do mesmo - na criatura, para desestabilizá-lo e uma vez mais derrubá-lo! Apesar do tamanho e robustez do ciclope, Grund-Tharg estava em fúria, sua massa muscular crescia, sua raiva o guiava, ele não permitiria que Jhon e Kinseph - os únicos no centro do palco de batalha agora e que vigorosamente davam tudo de si - fossem atrapalhados por tal serviçal do mal! Jhon e Kinseph se mostravam verdadeiramente obstinados, suas primeiras magias de melhorias haviam terminado e então, o kellintorita acena para Kinseph, se lança em investida contra o necromante rasgando o chão com a ponta de sua espada, ao passo que Kinseph ganhava tempo precioso para conjurar, invocando novamente sua ajuda divina: “- VIGOR DIVINO!

Como se um sol surgisse por detrás de Kinseph, a energia dispara como uma rajada morna que banha o clérigo e alcança Jhon Raven na sequência, enquanto ele desferia seu golpe, e no instante seguinte, era Kinseph quem já chegava com sua maça até o feiticeiro uma vez mais, atingindo em cheio o abdômen do necromante, e finalmente conseguindo a dupla de atacantes, a arremete-lo para trás, com violência em seu primeiro golpe verdadeiramente efetivo! Os dois aliados então se detêm a olhar o feiticeiro enquanto o mesmo saía, com bastante dificuldade, de dentro da rocha onde se chocou, e se perguntam em seus íntimos, “- Qual será a reação dele diante de nosso ataque?” A resposta ao ataque bem-sucedido dos aventureiros, vem fora de proporção, o grito era terrível e agressivo, os dois precisaram tampar os ouvidos com suas mãos, enquanto as palavras quase que incompreensíveis surgiam da criatura abatida, agora envolta em névoa negra e rodopiante: “- NÃO… IRÃO… DESTRUIR… MEU… MUNDO!

O necromante então, como se tivesse seu corpo sendo quebrado de dentro para fora, começou a como que se expandir em suas articulações, seu tamanho corporal aumentou, suas roupas foram se rasgando e sua aparência começou a mudar, mutacionando rapidamente para algo que os aventureiros já conheciam bem: “- DEVORADOR!” Era Jhon Raven quem bradava enquanto se distanciavam buscando uma maneira de planejar o próximo ataque, ambos ainda impressionados pois, a criatura dentro do peito do monstro, a que dava energia para ele, para Jhon era alguém com um manto que representava a ordem de Kellintor, um clérigo para ser mais exato, enquanto que para Kinseph, ele via um irmão de divindade ali dentro, trajando os mantos de Luuthander… Entre o controle da fúria e a razão de se manterem focados na missão, os guerreiros nada comentavam um com o outro, acreditavam - sem qualquer motivo para questionar - estar tendo a mesma visão e assim, tentavam organizar os pensamentos e achar uma forma de decidir entre, atingir a fonte de energia do monstro - que na verdade era um companheiro de armas - ou arriscar ser derrotado para não matar um igual em sua fé!

Os dois combatentes buscavam, em meio ao caos de pensamentos, se reorganizar e atacar, tanto Kinseph quanto Jhon Raven buscavam explicações e opções, afinal como o necromante conseguiu obter tantos seres próximos ou ligados aos aventureiros para tentar deter seus movimentos, e por sua vez, a criatura não dava tréguas, continuava a se aproximar, arremetendo pedras e detritos com suas longas mãos, assim como sentenciava sem parar, agora em sua voz já aparentemente normal: “- Embora aqueles inúteis tenham conseguido seu primeiro passo, assim que eu terminar com vocês aqui, entrarei na torre e exterminarei com todos eles, e até lá… Meus lacaios os manterão ocupados para que jamais encontrem o que procuram!

Kellintorita e Luuthanderiano percebem com aquelas palavras, que não haviam mais opções, tudo que lhes restava era atacar, mesmo que um irmão de arma fosse seu alvo, a criatura precisava ser derrubada ou tudo estaria perdido assim como seus aliados derrotados! Os dois deixam suas raivas os guiar pedindo perdão à suas divindades por erguer a mão contra um "irmão", se o necromante não tombasse, Nissa, Syndra e Akron pereceriam, e logo em seguida, eles e a missão a que se comprometeram com suas próprias divindades, assim, eles aceitam o carma que iriam adquirir e se lançam contra o monstro novamente, ostentando e completando violentamente, duas frentes de combate ferrenhas e devastadoras, se desdobrando diante da torre Methariuse amaldiçoada!


Interior da torre necromante - Segundos antes:

A fenda rubra se abre abruptamente no ar, enquanto Syndra, Nissa e Akron pousam perfeitamente ao solo, dentro de uma sala em forma octogonal, com paredes feitas de algo que lembravam pedras, no entanto, ao mesmo tempo, era impossível definir se realmente eram somente pedras, visto o sangue, algumas partes de ossos, crânios em algumas partes da mesma, assim como outros detritos e supostos restos de seres, adornando ou encravados nas mesmas… A sala era grande, possuía diversas janelas mas uma única porta… Sobre alguns móveis, machados, espadas, adagas entre outros armamentos, que pareciam "enfeitar" o local, desde as mais simples, até as mais estilizadas e também tenebrosas ali repousavam…

Ao centro, algo que não poderia se definir de outra forma, era um livro gigante, de pelo menos dois metros de altura por pelo menos quase isso de largura, praticamente deitado ao chão, adornado de forma macabra… O que parecia, pela lógica, ser a “capa do livro”, era composta com diversos detalhes indescritíveis, assim como cabeças do que pareciam ser demônios, ou guarnecendo, ou tentando sair de tal local, não era possível precisar… Suas faces aterradoras, se misturavam e circundavam o centro do "livro", onde uma espécie de pedra esverdeada, emitia tenro brilho intermitentemente, assim como runas e símbolos, compunham o conjunto diabólico! Um brilho nefasto como chamas alquímicas esverdeadas emanava do “livro” e se apresentavam como algo praticamente inexplicável, ao recém-chegado grupo...

Ao chão, rodeando o item completamente inusitado, crânios podiam ser vistos, alguns de humanoides adultos, outros, ou de humanoides menores, ou talvez até mesmo de crianças, não saberiam eles dizer apenas com o visualizar intimidador… “- Será este o foco do ritual de Adramanther?” Era Syndra quem questionava, tentando entender o que viam e porque a radiância do “Lamento da Anulação” os trouxe até ali, e foi Nissa, quem acenando positivamente, embora ainda afetada pelo “ataque” inicial da chave mística, respondeu: “- Eu só posso crer que sim, uma vez que caímos diretamente aqui e esta seria a chave mística para a destruição do tal ritual… Além disso, eu sinto este livro a tentar drenar minha alma, sem dúvida alguma ele é um item anti-dragão também…

Akron então cuidadoso como sua função exigia, analisava tudo ao redor, estava bastante curioso com o livro era verdade, embora não deixasse de atentar para prováveis armadilhas, mas a questão levantada por Syndra era sem dúvida pertinente, na visão do tiefling, e tentando ajudar nisso, eis que ele comenta: “- Eu estava bastante furioso no combate, ainda lá no pântano, mas eu lembro do ser ilusionista ter dito ao sair, algo bastante desconexo e que talvez agora faça algum sentido… Ele disse ‘A chave de um local sempre permite a entrada mais correta’... E o que você segura é supostamente a chave mística para adentrar a moradia do necromante, e destruir o ritual de Adramanther… Me parece bem possível que ela tenha nos trazido, exatamente onde deveríamos estar, me baseando por tal comentário… O que no entanto, me parece ser a maior dúvida, pelo menos em meu conceito é, como fazer para quebrar tal ritual meninas, abrir o livro e ler algum feitiço dele?” Ele sorri como se tivesse feito uma piada, e sua intenção fora exatamente essa, no entanto, Syndra e Nissa não riram, pelo contrário, elas observam o livro como se as palavras do companheiro despertassem alguma ideia nelas, e eis que Syndra olha para a chave mística e depois para Nissa novamente, evidenciando uma ideia cogitada!

A feiticeira rubra não questiona, não tenta descobrir o que a maga pretendia fazer, ela por algum motivo, confiava e muito em sua decisão, recuando então alguns passos e assentindo positivamente à aliada, ao passo que Syndra responde igualmente virando-se então para o livro, determinada! Akron a nada entendia, mas esperto como era, seguiu a atitude de Nissa e recuou com cuidado, ambos chegavam próximos da parede e da porta, quando puderam ouvir, mesmo que de forma ainda bastante distante, um barulho que representava sem dúvida, dezenas de passos em correria desenfreada, dirigindo-se para a sala onde estavam!

Oriundo da parte externa da mesma, o som começava a aumentar, se tornara bem mais aterrorizante do que o cenário que presenciaram dentro do ambiente, e era possível ter certeza, pelo som que aumentava, assim como os sibilos agressivos, que uma tropa se aproximava aos berros, fazendo grande ruído, todos em direção à porta única do local… Akron vira-se para a mesma e se prepara para combater, ele não tinha utilidade naquele instante diante do aterrador livro e das funções mágicas necessárias, mas sem dúvida estava ali para atrasar os reforços do necromante e dar proteção às duas, ao passo que Nissa, surpreendendo o próprio tiefling, corre em direção à uma das espadas ali repousadas, a empunha, retornando então até Syndra, olhando firme para a aliada, encorajando-a:

“- Shadrak disse que você tinha um papel importante nesse desfecho! Eu não posso conjurar enquanto o “Lamento da Anulação” estiver aqui, mas comecei minha vida me defendendo com uma espada… Faça o seu melhor, enquanto Akron e eu faremos nosso melhor, te protegendo!” A feiticeira rubra corre e se perfila ao tiefling, ambos esperando a porta ser forçada e consequentemente ceder, o que aconteceria em segundos, cogitavam os dois, e enquanto isso, Syndra se enchia de determinação, e, cogitando fazer o que sua mente lhe indicava, erguer o "Lamento da Anulação" para o alto e depois o colocar por sobre o livro, de forma a ocupar exatamente o centro do mesmo e eis que então, tudo ocorreu quase que simultaneamente…

A chave se contorceu, ela se expandiu e se contraiu, então ela se adaptou como se sincronizando com o livro, contornando o círculo e a pedra incrustados o meio da capa do livro com seu formato, ao passo que a porta única do local se esfacelava então sob os chutes intensos, que recebia pela parte externa, pela horda de soldados… Akron e Nissa se lançam em carga contra a mesma, tentando manter a única vantagem que tinham, a porta estreita derrubada, que obrigava os inimigos - os mesmos homens-répteis que viram no Fosso do Réptil - a se manter em quase fila indiana para tentar entrar, atacar, destruir e matar a todos!

Já diante de Syndra, que mantinha seu foco em sua parte do trabalho, o "livro" então absorve a chave a tornando parte do mesmo, o “Lamento da Anulação” brilha por completo em intenso rubro, as cabeças de demônios começavam a se contorcer e guinchar como que em pânico e então, como se fossem puxadas para dentro de forma brutal, desaparecem da “capa” deixando apenas os respectivos buracos onde antes estavam, enquanto o livro começava a se erguer, como se fosse ficar em pé, ao passo que homens-lagartos começavam a amontoar-se na entrada da porta, com a ação poderosa e brutal de Nissa e Akron, atacando com furor os soldados protetores da torre Methariuse!

Em frente à torre, Grund-Tharg se movimentava e esquivava com determinação, desviava dos ataques lentos do ciclope e atacava com sua maça estrela na primeira oportunidade, ele buscava primariamente as pernas do monstruoso ser, causava ferimentos, que avançavam para luxações, inflingindo dores crescentes, reduzindo ainda mais a capacidade do monstro se movimentar para atingi-lo, enquanto Jhon e Kinseph tentavam derrubar o Devorador no qual Adramanther havia se transformado, visando atingir tanto seu peito, quanto suas pernas mais finas e menos resistentes, mas o monstro parecia prever os ataques ao passo que se aproximava cada vez mais de conseguir rasgar ao meio os dois aventureiros que determinavam-se a tentar derrubar a criatura!

Syndra sente o poder do livro como que a se lançar para fora do mesmo, era como um verdadeiro impacto poderoso, uma onda de choque não devastadora, mas poderosa o suficiente para obrigar a maga a cobrir seus olhos e precisar se firmar ao solo para se manter no local! Os homens lagartos tentavam avançar, eram decapitados, feridos, retalhados, rechaçados; Syndra concentra-se emanando suas energias e se segurando diante do ataque insistente do livro; Grund-Tharg se lança contra o monstro batendo diversas vezes com a maça diretamente ao crânio do mesmo que começava a recuar com terríveis dores, enquanto Kinseph e Jhon atingiam de forma violenta o centro da criatura chamado Devorador, que por sua vez urrava em dor e ainda assim conseguindo falar, gritava ensandecido: “- NÃO! NÃO!! DETENHAM-SE!! ELES ESTÃO DESTRUINDO MINHA MAGIA, ELES NÃO A PODEM DESFAZER, NÃO PODEM!!

O livro atinge um brilho quase intolerável, os homens lagartos - os que ainda estavam em pé - são atingidos pela luz e correm como doidos tamanho poder da luminosidade, desaparecendo do local enquanto Nissa e Akron se protegiam como podiam da radiância, mas a maga Syndra, essa se mantinha à frente do livro, suas energias a revestiam e a faziam se manter firme frente ao mesmo, emanando forças à chave para fazer o que quer que ela tivesse que fazer, estava dando tudo de si confiando em uma intuição pessoal, enquanto o livro finalmente ficava em pé, para logo após um tremor terrível e assustador, explodir sua capa em milhares de pedaços e eis que seu interior finalmente é revelado…

Quase que petrificado, com estacas cravadas em seu peito, braços, mãos, coxas e pés, o que quer que aquele humanoide tivesse sido um dia, ele estava ali há muito tempo, e parecia ter tido seus últimos momentos de resistência, em uma agonia sem igual, devido sua expressão completamente aterrorizada… A energia brilhante e sinistra do livro se esvai, Syndra desativa suas emanações arcanas, Akron e Nissa aproximam-se do livro e então, ficam a observar atônitos, enquanto no campo de batalha, o ciclope finalmente tombava, tendo uma das pernas quebradas, o impedindo de continuar a atacar, ao passo que o Devorador, começava a retornar a forma de Adramanther, com o abdômen aberto ao meio, parte de suas vísceras expostas, e sua mão erguida em direção à torre, como se tentasse ir diretamente ao local onde Syndra e os demais, descobriram aterrorizados, o ser mutilado dentro do livro, a abrir seus olhos, amarelados, ressecados e aterrorizados, despertando de terrível torpor lhe imposto!

O ser parecia trajar restos de vestimentas sofisticadas, um cinturão ainda persistia em sua cintura apesar do tempo, uma das botas ainda estava inteira, mas o corpo, era ressecado, sua pele cheia de feridas, ele parecia mais um morto vivo, no entanto respirava, analisava tudo e procurava tentar compreender o que acontecia, até que finalmente ele mexe sua cabeça, observa aos presentes no local, e como se tornando névoa, ele desloca-se flutuando até ficar fora do livro, onde novamente concentra-se, observando a todos, com seu aspecto aterrador, como se analisasse e tentasse reconhecer cada um deles…

Por alguns segundos ele os observou então olhou ao redor com lentidão, logo depois olhou para si, percebendo como estava seu corpo, para logo em seguida olhar para cima e então finalmente, com potência não imaginada para alguém em tal estado de putrefação, deixar escapar à plenos pulmões, algo que deixaria mais perguntas que respostas:

“- AAAAADRAAAAAAAMANNNNNNTHHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERRRR!”

No instante seguinte, o ser desaparece e o “livro/caixão” cai ao chão de novo, desfazendo-se em pedaços com o impacto, mostrando que o mesmo também era velho como o tempo, tornando-se logo em seguida, pó, como que demonstrando uma origem barrenta, ficando no local apenas um amontoado de pelo menos, meio metro de altura, de pura terra ressecada espalhada ao chão…

Akron ouve novos barulhos ao longe, poderiam ser os lagartos novamente à voltar ao ataque e vira-se para a porta, esperando a horda; Syndra olha para Nissa, como se esperasse sua aprovação, ao passo que a feiticeira expressava um sorriso que demonstrava, além da óbvia ratificação da ação perfeita da maga, a inequívoca demonstração de sua satisfação, principalmente por ter a aliada percebido, que apesar da similaridade de ações, magos e feiticeiros são poderosos em sentidos diferentes e, ambos são de grande valia ao grupo! Ao olharem para a porta e cogitarem unir-se à Akron para então sair do local, é Nissa quem é acometida por sensação estranha ao sentir que algo, ainda chamava sua atenção no local…

Ela vira-se novamente para o ponto onde os restos do livro, agora transformados em amontoados de terra que restaram, estavam e, de alguma forma, algo parecia pedir para que ela ali detivesse sua atenção antes de partir, e eis que, atendendo a esse intuito, e sentindo seus poderes de feiticeira retornando, ela compreendia que o ritual havia sido desfeito e que agora, algo mais ainda precisava ser resolvido, ou melhor dizendo, encontrado…

Nissa então fecha os olhos, concentra seus pensamentos e quando abre os mesmos e gesticula com as mãos, uma leve lufada de vento surge, atinge exatamente o local que parecia tentar se comunicar com ela, e como se perfeitamente delineado - o que muito provavelmente o fora - a terra acumulada é expelida para longe, cada qual para um lado e ao centro, onde antes estava o livro e logo depois o acúmulo de terra, agora um frasco de mais ou menos meio metro de altura repousava, em vidro transparente, formato abobadado, uma leve névoa em tons cinzentos saía do mesmo e em seu interior, além do líquido que parecia pegajoso e viscoso, algo de forma circular e cativante, começava a mostrar-se lentamente, como se quisesse ser visto e descoberto…

O cenário então se volta para a frente da torre, o antes Devorador, agora não existia mais, jazia Adramanther ao solo somente, sangrando, desolado, tentando reerguer-se… Suas palavras e vociferações continuavam a sair, enquanto Grund-Tharg observava o ciclope a agarrar sua perna, praticamente chorando como se fosse um bebê, devido a dor dos impactos sofridos… Se podia notar que com a queda do necromante, o controle sobre o ciclope havia cessado também, e ele não era mais um perigo, pelo contrário, apesar de seu tamanho, ele se sentia acuado, a dor o ajudava a adotar tal postura, assim como os sangramentos, dentes faltando e o maxilar quebrado…

O bárbaro então abandona a criatura antes ameaçadora e, direciona-se ao campo de batalha gritando: “- KINSEPH! ELE TÁ FERIDO, PODE AJUDAR ESSE CHACAL?” Grund agora tinha certeza, com o acontecido com o ciclope, que seus aliados Nissa, Syndra e Akron, haviam conseguido cumprir sua parte na missão e agora, era chegada a hora de acertar os detalhes com Adramanther… O bárbaro se matinha em fúria, seus olhos pareciam irradiar energia como nunca, a maça estrela é largada ao chão enquanto ele caminhava, cada vez mais rápido… Seu machado era sacado de suas costas, sendo segurado firme por sua empunhadura e, cada vez mais rápido, o bárbaro avançava, ganhando terreno, se preparando para o tão esperado acerto de contas, que finalmente se fazia possível!

O corpo de Tenskell “Machado Veloz” jazia torturado e dilacerado na cruz, quase na entrada da torre, os demais prisioneiros não se mexiam há muito, talvez muito antes de chegarem até o local, já não haviam sobreviventes daquela tortura insana… Grund-Tharg continuava passo-à-passo em direção ao feiticeiro caído, as narinas do selvagem, se abriam e se fechavam, farejando o ar... Podridão, morte e devastação da vida ali se instaurava… Jhon arfava em cansaço, ele observa para trás e percebe Grund-Tharg a se aproximar, assim como Akron, Nissa e Syndra surgiram na porta da torre, no exato momento em que o bárbaro adentrava o círculo de cinquenta metros, antes estabelecido como área a ser evitada para não permitir o controle mental do selvagem…

Tharg então inicia a se mover mais rápido ainda, o necromante percebe o mesmo e entende que o ataque é direcionado a ele, erguendo sua mão em súplica implorando por piedade ele tenta cancelar o ataque, mas Grund-Tharg corre cada vez mais rápido, sua respiração era pura fúria, suas narinas se contraíam farejando o ambiente, como se buscasse confirmar seu alvo com toda sua vontade, ao passo que Jhon abrira espaço para que Grund pudesse passar como um búfalo desenfreado e, realizar sua vingança diante da atrocidade cometida ali contra seu pai!

O bárbaro atinge sua velocidade máxima, era praticamente um tornado rasgando o chão em direção ao inimigo; o necromante ergue o braço diante do ataque iminente, Grund puxa o machado para a esquerda preparando o golpe, Kinseph baixa a cabeça ao longe, cuidando o ciclope como fora solicitado, ao passo que Jhon observava a tudo, afinal, o necromante merecia morrer, havia preparado esse final, devido à suas atitudes nefastas! Syndra, Nissa e Akron observam sem mover um único músculo e então, finalmente o golpe é desferido, com potência brutal, devastadora, o machado risca o ar, define um corte perfeito na frente da veste do necromante, mas impressionantemente sequer o tocando, para o espanto do grupo como um todo!

O poderoso e selvagem machado não atingiu o necromante, em uma cena que parecia em câmera lenta, rasgava como um relâmpago a distância entre eles e o corpo de Tenskell “Machado Veloz”, atingindo diretamente o pescoço do referido cadáver do pai de Grund-Tharg, separando irremediavelmente a cabeça do corpo mutilado, sem causar um único arranhão ao necromante ao chão, que parecia finalmente desabar, enquanto a cabeça do pai de Grund rolava quicando até próximo dos pés de Grund-Tharg, em uma cena completamente dantesca…

O gigante arfava, Jhon e Kinseph não compreendiam a ação, Syndra, Nissa e Akron estavam estarrecidos e Grund urrava aos céus até que voltou a encarar a "cabeça de Tenskell", enquanto quase rosnava: “- TU… NÃO PODE… ENGANAR… MEU NARIZ…” A cabeça então, de forma completamente aterrorizante e surreal, abre seus olhos, e a voz do necromante ressurge por através dela:

“- Maldito selvagem… Descobriu meu segredo!

Tremores intensos então são sentidos por todo o local, os corpos de Tenskell, Bhrindy, Leymeri, Wigferth e Laryana se convertem e se mostram na verdade outros seres humanoides de vários estilos, todos torturados e mortos, ao passo que o necromante que Jhon e Kinseph enfrentavam até então, mostrava-se na verdade um orc guerreiro de excelente porte físico, que jazia ainda, muito machucado ao chão… Syndra, Nissa e Akron descem a escadaria com velocidade, enquanto Kinseph retorna do atendimento ao ciclope, posicionando-se ao lado dos demais diante da situação, e agora faziam uma espécie de círculo ao redor da "cabeça viva de Tenskell"...

Finalmente, a "cabeça" se dissolve rapidamente em meio ao chão lamacento e ensanguentado, como se escorresse para o mais profundo da terra, para então diante do olhar estupefato de todos, surgir do chão, como se brotasse do mesmo, um humanoide reptiliano, na verdade, um meio dragão, de aparentemente quase dois metros e altura, visivelmente ofegante, e com olhar que demonstrava fúria e maldade completas, quase rosnando ao praguejar novamente:

“- BÁRBARO MALDITO...”

O monstro então se coloca em pé, urra para os céus e volta a observar o grupo de aventureiros enquanto abria suas asas, em visível atitude intimidadora, enquanto os heróis por sua vez, assumiam posição de batalha, com Grund-Tharg dando um passo à frente, respondendo ao necromante, com sua fúria transbordando através da energia em seus olhos:

“- ADRAMANTHER… AGORA SIM, NÓS QUEREMOS TER UMA PALAVRINHA CONTIGO!"

Continua...






Trolls:
Nascidos com aparências horrendas, os trolls comem tudo que eles puderem pegar e devorar. Eles não possuem uma sociedade para se falar, mas eles servem como mercenários a orcs, ogros, ettins, bruxas e gigantes. Como pagamento, os trolls exigem comida e tesouros. Os trolls são difíceis de se controlar, porém, fazem o que querem, mesmo quando estão lidando com criaturas mais poderosas.

Halkkyon Adramanther, o necromante, o último desafio do grupo!

Criatura conhecida como "Devorador":
Devorador é a identificação que dão à ele... Esta criatura de mais de dois metros de altura e esquelética possui fiapos de carne mumificada pendendo de seus ossos. São criaturas grandes e malignas tal qual sua aparência sugere, espreitam dos planos astrais e etéreo, caçando nativos e viajantes com o mesmo prazer sádico com que matam quem se põe diante deles. A pequena criatura em sua caixa torácica é a essência aprisionada de um oponente assassinado, que é consumida como combustível para sustentar a existência antinatural do monstro. Esse aí tem cerca de 2,7 m de altura e pesa pelo menos 250 kg…

A Torre Methariuse:

Integrantes de uma raça que existiu antes dos deuses, os Methariuses assim se auto-denominaram, após uma divisão entre seu povo, os que desejam a coexistência e os que queriam a dominação! Voltados ao mal e à obtenção de poder a qualquer custa, esta torre maligna é uma das poucas existências ainda presentes neste mundo, que denotam que um dia existiram seres antes dos seres atuais!

Tenskell "Machado Veloz":

Pai de Grund-Tharg, recebeu a alcunha por ser extremamente veloz e mortal com esse tipo de arma de guerra, seus inimigos relatavam que não se podiam ver os movimentos feitos pelo gigante em combate, impedindo na maioria das vezes a adequada defesa! Um verdadeiro monstro em combate, que atualmente deveria ostentar seus cinquenta verões!

Wigerfth - O clérigo de WinterLess:

Ordenado de Luuthander, irmão de crença e dogma de Kisenph, porém bem mais experiente e poderoso, presta serviços à WinterLess há muitos verões, sendo praticamente um braço direito das defesas do local!

Laryana - a bruxa misteriosa, consorte de Wigferth:

Idade não se sabe, a raça verdadeira não se sabe, sequer se realmente ela é uma feiticeira, uma maga, uma bruxa ou até mesmo um ser extra-planar, mas, há muito vive em WinterLess e sempre se mostrou valorosa aliada da cidade, sendo tida como presença amistosa pelos regentes do local!

Bhrindy - A mulher de olhos castanhos, nas lembranças passadas de Akron:

Durante um de seus momentos mais difíceis, quando quase desistiu de persistir na vida, essa jovem mulher cuidou dos ferimentos de Akron, sem se importar com sua origem ou raça! Os olhos castanhos da moça, a observar cuidadosamente o bem-estar do tiefling, o cativaram e o fizeram manter grande estima pela jovem, até os dias de hoje!

Leymeri - Noiva de Jhon Raven:

Nada se sabe sobre ela ainda, o próprio Jhon Raven nunca a havia mencionado, nem mesmo Syndra e Nissa, suas duas parceiras mais antigas, sabiam dessa parte de sua vida, no entanto, lá estava a bela donzela, presa junto dos demais torturados!


Orc guerreiro - o corpo controlado por Adramanther em sua ilusão:

Orcs guerreiros, são poderosos, fortes, ágeis, lutadores incansáveis e difícil de serem derrotados! Este em especial era maior do que a maioria e se mostrou um formidável adversário aos dois guerreiros, Jhon Raven e Kinseph!

O ciclope:

Ciclopes são gigantes de um olho só, que levam uma existência escassa em terras selvagens. Eles são uma ameaça terrível em combate devido ao seu tamanho e força, mas muitas vezes podem ser enganados por inimigos espertos. Os ciclopes eram um dos menores tipos de gigantes, medindo apenas 3,7 metros e pesando 540 quilos, mas eram tão fortes quanto um gigante de pedra comum. Os ciclopes tinham tons de pele terrosos que combinavam com o ambiente e nos dias atuais dessa aventura, eles já cruzaram com outras raças havendo diversos tipos e tamanhos de ciclopes, mas todos eles poderosos e perigosos em combate!

O Livro/Caixão do ritual:

Jamais se cogitaria ver um livro, tão assustador e em tamanho tão grande, mas nada dentro de uma torre Methariuse pode ser considerada normal, e como foi visto, na verdade o "livro" era uma espécie de "tumba", contendo um ser ainda desconhecido, através de rituais ao redor, que o mantinham lacrado, somente o "Lamento de Anulação" foi capaz de abri-lo!

A chave mística, nome verdadeiro, "O Lamento da Anulação":

Item Methariuse, provavelmente criado junto ao livro macabro, com a função única de ser o único meio de conseguir abrir o livro/sarcófago, que continha a principal peça do ritual trevoso de Adramanther! Foi localizado dentro do Fosso do Réptil, era ele quem mantinha o dragão de bronze Shadrak, preso dentro do local sem poder acessar seus dons!

A criatura dentro do Livro/Caixão:

Ainda nada se sabe sobre esse ser, apenas que ele bradou pelo necromante logo após ser despertado e liberto de sua aparente prisão...

Os homens-lagarto, soldados da torre:
Criaturas subjugadas e usadas como tropa de combate por diversos necromantes nestas áreas mais civilizadas, são responsáveis por guardar locais, prisioneiros, entradas e saídas de locais, os primeiros a serem sacrificados durante os combates!

4 comentários:

  1. Grande Lanthys!

    Saudações Jirayrideranas...

    Ore, Sanjou!!!!

    Inicio esse comentário te parabenizando pelo carinho com que tu desenvolve teus trabalhos e o esmero e a busca pela excelência na tua escrita, primorosa e irretocável.

    Você consegue transformar algo escrito num filme, tamanha é a narração minuciosa e detalhada.

    Né transporto para a tela de um cinema.

    Cada gesto, cada golpe , cada movimento...
    Cada agir...
    Cada falar...
    Cada pensar...

    Os personagens ganham vida...
    As cenas ganham matizes impressionantes de realidade que, só alguém capacitado como você ,consegue desenvolver!

    O fato é que Adrananther usou todo o seu poder de ilusionismo criou situações desesperadoras, mexendo nos pontos fracos de cada um dos nossos guerreiros

    Eu cheguei a pensar que dessa vez era o fim!

    O coração quase saiu pela boca!

    A guerra psicológica do necromante das trevas atingiu níveis absurdamente dantescos e horripilantes ,até para pessoas mentalmente fortes , que o levaria fatalmente a vitória se não fosse por um detalhe...

    Grund-Tharg!

    Acredito que ,por considerá-lo um selvagem dotado apenas de força bruta , Adrananther desprezou-o a ponto de não perceber que Grund-Targ não é um selvagem convencional.

    Seu olfato apurado e sua visão luminosa ,somado a sua força e, porque não,a sua inteligência, muito superior aos selvagens comuns , desvendou o segredo do necromante, revelando a sua face.

    Agora o bicho vai pegar !

    Não posso deixar de mencionar a maturidade da equipe .

    Apesar das dificuldades, todos estavam cientes do que tinham que fazer e fizeram...

    Cada um no seu papel ...

    Superação!

    Essa é a palavra e essa é a mensagem!

    Vejamos o que nós espera nesse final eletrizante!

    Ansioso para esse final ,que promete ser incrível!


    Parabéns , meu amigo!


    Arrebentou !

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    1. Grande irmão Jirayrider, gratidão sem fim por sempre acompanhar meu trabalho e incentivar meu crescimento como escritor e criador de obras, valeu mesmo! Então cara, Grund-Tharg é sem dúvida a verdadeira face do RPG em si, onde não existe "um" vencedor, ou a equipe se ajuda e todos vencem ou, o grupo todo fracassa, a premissa maior do RPG é essa, de longe mais que qualquer outra diversão, no RPG a única saída é a união, cada um completa o outro e somente essa ajuda de todos é que faz chegar até o final da aventura! Mais uma coisa que se pode atribuir ao RPG, a minha escrita, que no caso vocês elogiam então eu creio, realmente está melhorando, isso tudo se deve ao fato de, com o RPG, ter aprendido a entrar em cada personagem, pois antes todos tinham o mesmo alinhamento, os mesmos pensamentos, as mesmas formas de agir, hoje, cada personagem é único e eu consigo manter isso por episódios à fio, é outra coisa que o RPG te condiciona! Em Indomável por exemplo, temos um ser supremo e os outros nada são diante dele, é um tipo de personagem overpower, intencionalmente, já em Grund não, os desafios são a todo instante, e eles precisam se superar a todo instante, isso exige que tenha lógica na narrativa, senão tudo se perde, por isso Grund se obriga a ser mais coeso, mais explicado e isso torna tudo melhor, eu creio! E tu tem toda razão quando diz que Adramanther ratiou, ele subestimou Grund por sua origem e alinhamento selvagem, considerou ele alguém incapaz de algo além de atacar e destruir, mas o "guardião selvagem" despertou nele, a condição dele com os animais, com a natureza, os sentidos mais despertos, o necromante não cogitou nada disso e pensou, "os perigos são as arcanas, o guerreiro e o clérigo, esses podem me combater, mas o bárbaro, sua mente é controlável e sou o mestre do controle mental"... Realmente ele é bom nisso, mas sem controlar Grund, tudo isso vai por água abaixo, e foi o que finalmente aconteceu, o maior trunfo dele, estar escondido como estava para pegar todos de surpresa, Grund descobriu de maneira que ele nem cogitou, apenas farejando, como um animal selvagem, achei que isso foi bem bolado, embora eu seja suspeito pra falar kkkkk! O grupo chegou até onde chegou por conta dessa união, formada no final das contas meio que por imposição das situações, mas cada um deles aprendeu a se preocupar com os outros e compreender as fraquezas dos outros, assim que ver suas grandiosidades, e quando um grupo se une dessa forma, como uma espécie de família, que funciona no um por todos e todos por um, véio, dificilmente alguém derruba isso! Fico muito feliz que tenha curtido e prometo, darei o meu melhor para o episódio final ser épico como vocês merecem, gratidão sem fim pela amizade e pelos comentários poderosos e incentivadores! Grande abraço meu grande amigo!! \0/

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  2. Eu sabia!
    Tive minhas dúvidas, mas no final minha primeira impressão estava certa e tudo não passava de ilusão!
    E o melhor foi que você realmente foi "desenhando" essa possibilidade ao citar os poderes ilusórios do necromante, algo que poderia passar despercebido, mas para alguém que adora ler com atenção redobrada aos mínimos detalhes das suas narrativas, eu consegui imaginar que tamanha desgraça, ou seja a situação dos familiares e amigos dos heróis, podia ser uma ilusão e mantive essa esperança até que ela foi recompensada e muito bem recompensada.
    Demais!
    As cenas de luta parecem ainda mais detalhadas e ágeis, dava prá ver e até sentir cada porrada, mas nesse capítulo essas cenas tiveram o adicional de mostrar muito bem como estava também o íntimo de cada um dos personagens, cada com, um seus medos, traumas, inseguranças e como foram lidando com a dor de ver seus entes queridos sendo torturados e mortos, ainda sem saber que tudo não passava de um engodo.
    Mandou bem demais e só aumentou a ansiedade pelo final.
    Meus parabéns amigão!

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    1. Salve irmão de escrita, gratidão uma vez mais, pela leitura, pelo apoio, pelo incentivo e pela parceria e amizade de sempre com meus trabalhos! Pois então, quando jogamos essa sessão, e o necromante tinha como prisioneiros, conhecidos nossos, a gente se perguntou, como ele tinha conseguido capturar nossos entes queridos, sem que ninguém soubesse ou tentasse impedir, e ficamos sem respostas, até o combate... Só que na campanha original, eram pessoas ligadas diretamente a cada personagem e não algo mais aleatório como fiz, e realmente eram ilusões também, apenas o necromante não havia se escondido em um dos "prisioneiros"! Aí então eu achei que, a ideia do necromante como controlador de mentes que era, ficava legal (e mais vilanesca) se ele sequer estivesse se arriscando em combate, assumindo e deixando explícito a sua conduta até então, a de um covarde, apenas esperando para dar o bote quando eles caíssem ou baixassem a guarda! Para mostrar que tinha algo errado, eu comecei a dar dicas da movimentação ágil e incomum para um feiticeiro, assim como ele parecia combater tão bem quanto dois guerreiros juntos... Claro que isso fica meio na dúvida ainda, afinal, é um necromante de muitos anos, ele poderia ser também um bom guerreiro, mas, a sementinha da desconfiança estava plantada com essas dicas! O fato dele não sair do local, de Grund ter aceitado participar do plano, tudo foram coisas "fora de contexto" digamos assim, ou contraditórias talvez, para tentar instigar no leitor a ideia de, "será que é mesmo isso que tá acontecendo?" e fico incrivelmente feliz de tu ter "pescado" essas dicas e ficado com a pulga atrás da orelha, pois acho que tu concorda comigo que, muito melhor que o leitor matar a charada na hora, é ele ir alimentando uma dúvida e depois, na conclusão da coisa, ter a grande revelação e ver que ele estava certo em "desconfiar", né cara? Mas foi isso, Adramanther não é tão poderoso quanto quer passar, claro que ele não é um inimigo a ser subestimado, mas ele está usando tudo que tem pra tentar se safar, afinal, quanto ele já tentou e o grupo acabou chegando lá, no encalço dele? Sem dúvida, ele deve temer o grupo, e pra tentar se manter vivo, vai usar tudo que tem, e quanto mais baixo nível for, mais próximo da sua natureza maligna, tudo fica! Quanto as batalhas, eu tenho feito bons estudos sobre elas, sobre como tentar passar os detalhes para quem lê, o mais próximo possível do que estamos imaginando, assim como elementos a serem usados na descrição, para que o leitor possa tentar visualizar ao máximo, a imagem e cena que estamos tentando passar, e te digo mais meu amigo, eu tinha pra mim que estudar isso, seria tedioso, e no final, tem sido uma alegria sem fim "descobrir" coisas novas, e aplicar elas na escrita, é como um quebra-cabeças, onde tu vai trocando peças não tão boas por outras mais estilizadas e, "a imagem final", fica muito melhor! É por isso que as cenas de luta tem se tornado tão mais trabalhadas, para que não sejam enfadonhas e confusas, e que mesmo essa parte que, a alguns deixa cansado ou confuso, possam ser partes boas da narrativa, atraindo a atenção do leitor a cada golpe e movimento como citastes! Fico muito feliz com tuas palavras e ponderações meu amigo, sinto estar no caminho certo e me sinto cada vez mais confiante em seguir trilhando esta meta, um grande abraço a ti e muito obrigado por essa irmandade sem fim! \0/

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Nipo Rangers "Utopia do Mal" - Cap. 01 - Realidades!

Nota do autor: Caso você nunca tenha lido nada sobre Nipo Ranger , basta clicar neste LINK e acessar a página contendo todas as informações...