Mais uma lenda parte de nosso orbe terrestre para viver eternamente em nossas lembranças e corações... Foi noticiado, infelizmente, pela Asai.com, que um dos ícones da família Ultraman acabou nos deixando dias atrás... Trata-se do ator Masanari Nihei, mais conhecido por seu papel como Mitsuhiro Ide na série Ultraman (1966)... Ele morreu em 21 de agosto devido a uma pneumonia, no auge de seus 80 anos e seu funeral, como é de costume, foi realizado por seus familiares em total privacidade...
Antes de Ultraman, Nihei começou com um papel menor no filme Mothra (1961) mas também apareceu em 3 episódios de Ultra Q com um papel diferente em cada episódio. Depois de Ultraman, ele ainda desempenhou papéis em várias produções tokusatsu de Tsuburaya, como Ultraseven, The Ultraman, Ultraman Max, Ultraman Zearth, Cho Ultra 8 Kyodai, Kaiju Booska e Mighty Jack. Nihei também fez vários papéis convidados no tokusatsu da Toei, nomeadamente Uchu Tetsujin Kyodain, Seiun Kamen Machineman, Kyoju Tokuso Juspion e Tokkei Winspector.
Nihei em Ultraman (1966) como Mitsuhiro Ide:
Em Jaspion seu papel com certeza será recordado ao se lembrar do repórter que queria mostrar ao mundo a atração de Sion, o monstro que mais conquistou os corações dos fãs por ter um destino triste ao final do episódio!
Mas sua marca maior sem dúvida alguma sempre será o lendário Ide, inventor, esperto, dedicado, amigo, leal, atrapalhado e muitas vezes emotivo, mas que com certeza nos trouxe os melhores momentos da saga Ultraman, principalmente para aqueles que puderem acompanhar a saga na íntegra e interligar e degustar seus acontecimentos!
Como fã da família Ultra, conversando com um amigo outro dia debatíamos sobre como era triste saber que este momento estava chegando, diversos atores e atrizes que nos encantaram em décadas passada estão atingindo idade elevada, e em breve teríamos de passar pela triste sensação de vê-los partir... Desta vez foi nosso querido Ide, que agora vai criar inventos formidáveis e inimagináveis em M-78, provavelmente como assistente de Ultraman Hikari, o maior cientista do planeta de luz...
Dono de um sorriso e expressão facial inconfundíveis, esse personagem, esse ator, encantou por onde passou e hoje, fica sua lembrança e seus ensinamentos, o primeiro personagem à questionar se realmente era necessário matar todos os monstros que surgiam e isso, marcou muito, pelo menos para mim... Que brilhe a estrela de ultra nos corações de todos aqueles cujo valoroso Ide deixou saudades, que essa luz maior possa confortar o coração de familiares e amigos, e que sua nova jornada comece repleta de alegria, luz e bons sentimentos, que foi exatamente o que ele deixou para quem conviveu com seus fantásticos personagens!
Eram aproximadamente duas horas da manhã quando o Nissan Versa vermelho estacionou em frente à uma espécie de galpão ou fábrica semi-abandonada, nas proximidades de Devonshire Street, em Los Angeles, CA, EUA. Enquanto seus ocupantes desembarcavam, era possível a eles observar dois carros estacionados no local igualmente... Uma utilitário Cartax amarelo com marrom cheia de papéis e equipamentos em seu porta-malas, demonstrando estar bem surrada e utilizada... O outro, um carro sport preto, em bom estado… Hawke é o primeiro a observar todo o cenário e disparar um comentário: “- Está realmente certo de que aqui poderemos conseguir a ajuda para achar nosso assassino ou finalmente você perdeu o juízo e não está mais regulando bem Arcanjo?”
O homem trajando impecável veste branca acompanhado de sua assistente igualmente trajando branco, faz uma expressão de que aquele comentário não era bem recebido e na mesma “acidez”, devolve: “- Saiba senhor Stringfellow Hawke, que suas costas estão quentes porque eu existo, então trate de baixar sua bola e seguir meus conselhos, afinal, sem mim nem no Airwolf você teria chegado!”
Hawke segue à observar tudo como se não desse a mínima para o comentário de Arcanjo, ao passo que tentava encontrar algo que mostrasse como aquele lugar escondido e aparentemente abandonado poderia ajudá-los em seu caso! Dominic então toma a palavra e questiona também: “- Arcanjo, eu preciso concordar com Hawke, você nos disse que tinha operativos aqui que poderiam ajudar, mas isso não parece uma agência da CIA, só parece um galpão velho…”
Caitlin era quem agarrava o braço de Dominic e com certo receio comentava: “- Sem falar que parece que a qualquer momento poderemos ser assaltados, isso aqui me dá arrepios! Aonde temos de ir afinal?” Arcanjo meneia a cabeça discordando de todos aqueles comentários, mas seguia em direção da única porta que ali existia, abrindo a mesma enquanto explicava: “- Sim, claro, como se todas as instalações secretas da CIA fossem abertas ao público para visitação e com uma fachada escrito “entrem, projeto secreto em andamento, venham ver”... Faça-me o favor… Vamos, entremos em silêncio, Norman é bastante, digamos, metódico…”
O grupo foi adentrando o local e em poucos segundos andando pelo ambiente pouco iluminado, se notava existir uma plataforma com um leitor de cartão de segurança, onde Arcanjo desliza seu dispositivo pessoal e então a porta se abre, dando acesso à um corredor longo que descia lentamente em uma via pouco iluminada também... Ao fundo se notava uma luz forte que emanava indicando haver uma nova sala e de lá, vozes se ouviam… O grupo ia seguindo a frente enquanto prestava atenção no que diziam as vozes:
“- Normam, o que eu quero saber é porque eu tenho de estar aqui as duas da manhã pra receber um monte de engomadinhos do governo… Você sabe que eu detesto federais, eles arquivam casos, estão sempre envolvidos em problemas e quem se lasca resolvendo isso é o pessoal aqui do baixo escalão…”
“- Jesse, isso é uma ordem de alto-escalão, a pessoa que pediu isso é que está diretamente acima desse projeto, e você está nele, se quiser continuar à pilotar, vai ter de esperar… Simples assim…”
“- Aposto que são todos altos, de ternos com ombreiras, com óculos escuros, esfregando a identidade em nossos rostos e querendo impor jurisdição, quanta originalidade, eu não tenho a mínima paciência pra isso, se precisar de um piloto, me chame, até lá, eu vou dormir!"
O grupo que acabara de desembarcar então chega à sala, no exato momento que uma das pessoas que ali estava se preparava para sair enquanto a outra tentava convencê-lo a ficar… Ao avistarem-se, o grupo que chegava se deteve e ficou esperando a recepção, enquanto o homem que tentava trancar a saída do outro, se levanta de sua cadeira rapidamente indo em direção ao grupo recém-chegado... O jovem de cabelos castanhos que se preparava para sair, diante da cena deteve seus movimentos e aguardou o desenrolar das situações...
Calvo e magro, mas com uma cortesia muito grande, o homem que foi em direção do grupo, estende a mão para Arcanjo que retribui o cumprimento exclamando: “- Parece que mesmo nesses dois anos de missões, Jesse ainda não está domesticado Norman?”
Norman satisfeito, sorri e praticamente esquece da discussão há pouco tida com o jovem piloto e, recepciona Arcanjo: “- É um satisfação que esteja aqui senhor Arcanjo, veja, Jesse é intempestivo, eu fui o primeiro a querer que ele não fosse o escolhido, o senhor sabe, mas… Eu tenho de reconhecer, ele é o melhor no que faz, então… Não dá pra exigir perfeição e ser bom em tudo!”
Jesse baixa a cabeça e dá um sorriso amarelo, se adiantando e oferecendo a mão em cumprimento, desculpando-se: “- Me desculpe por qualquer coisa que tenha ouvido… Eu tenho dormido pouco… E Norman deu poucas informações então…”
Arcanjo sorri, aperta a mão e explica que está tudo bem, partindo para o que realmente importava naquele momento: “- Pessoal, vamos direto ao ponto, estes são Dominic Santini, Caitlin O´Shannessy, minha assistente Marella e Stringfellow Hawke, a equipe do Airwolf… Equipe do Airwolf, estes são Norman Tuttle e Jesse Mach, os responsáveis por implementar nesta cidade o falcão das ruas…”
Curioso como sempre, Dominic foi o primeiro a questionar, do que se tratava o projeto falcão das ruas e Norman, observando sua chance predileta surgir diante dele, explanar, toma a palavra e leva todos para a central de controle, abrindo o compartimento e mostrando o que ali se encontrava, para espanto de cada um deles, inclusive de Hawke que apesar de não demonstrar, estava também impressionado…
“- Este é o falcão das ruas ou como seu nome operativo está registrado no sistema, o StreetHawk! Uma motocicleta de caça e ataque para qualquer tipo de terreno projetada para combater o crime urbano, capaz de velocidades incríveis de até quinhentos quilômetros por hora, imenso poder de fogo e evasão aprimorada. Projeto ultrassecreto do governo, sua velocidade máxima sem o HyperThrust ultrapassa os 300 quilômetros, além de possuir armas como canhões a laser, metralhadoras, lançador de foguetes entre outros! Possui câmeras infravermelhas, sistema de elevação vertical de ar comprimido, capacidade dentro e fora de estrada… Uma verdadeira ave de rapina sobre rodas!”
Dominic se impressiona com a demonstração, mas ao mesmo tempo, tal qual Norman tinha em StreetHawk uma espécie de filho, Dominic tinha no Airwolf semelhante sentimentos e com uma expressão de poucos amigos fala baixinho para si mesmo: “- Ora seu exibido…” Logo ele desfaz a expressão e sorrindo e um tanto sem graça por ter ao mesmo tempo ficado impressionado mas querendo demonstrar que seu “filho” ainda era o melhor bate palmas para Norman que sorria como nunca enquanto Arcanjo completava:
“- Uma vez que as devidas apresentações foram feitas, vamos ao assunto primordial! Precisamos localizar um assassino do tipo que usa tecnologia para matar… Não podemos levantar suspeitas de nossas ações ou demonstrar à ele o que estamos fazendo, ele tem olhos por todos os lados e estar à frente dele poderá significar muitas vidas salvas… Hawke irá explicar do que se trata e depois iremos planejar como localizar este meliante!”
Hawke avança pelo local e parando ao centro de todos, demonstrando pouco interesse em estar ali elucida: "- Existe um assassino escondido aqui nessa cidade, matando pessoas com um helicóptero comandado à distância… Temos a triangulação e queremos localizá-lo para que eu possa destruí-lo… Mas sinceramente, não sei se vocês tem o que precisamos para ajudar... Uma moto super veloz? O que faremos com isso?"
Hawke demonstrando estar sem paciência para aquilo faz menção de se retirar, e é então que Jesse finalmente se manifesta entrando na frente de Hawke e detendo seu movimento barrando sua passada… Hawke remove os óculos escuros e os dois se encaram, quando o jovem piloto dispara: “- Parado aí meu chapa… Fazem dois anos que viemos trabalhando com muito esforço e dedicação para sua agência, então não venha menosprezar o trabalho do Norman e o meu… Se vocês estão aqui agora é porque seja lá o que for a equipe Airwolf vocês não conseguiram resolver seus problemas então enfie suas bravatas no bolso e aceite nossa ajuda ou volte para onde você veio com o rabo entre as pernas como chegou aqui…”
Os dois ficam então a se observar até que Arcanjo intervém separando os dois, ao passo que Hawke se retira da sala e volta para o veículo do lado de fora, apenas dizendo uma última frase ao sair: “- Dom, Caitlin e Arcanjo tem todas as informações que precisam, minha função não é ficar aqui paparicando marmanjos... “
“- Ora seu…” Jesse é detido pelos demais e Arcanjo é quem explica a situação de Hawke, desde sua personalidade, trajetória, perdas e agora, a possibilidade de seu irmão estar vivo e em cativeiro, ou seja, seu envolvimento com o assunto, ao passo que Norman e o próprio piloto do StreetHawk conseguem compreender um pouco melhor a situação… “- É por isso que na polícia quando você está envolvido com um crime emocionalmente você não pode participar das investigações… De qualquer forma isso não dá a ele o direito de menosprezar o StreetHawk… Vamos mostrar a ele que podemos cumprir esta missão de maneira que ele sequer imagina!”
Arcanjo então se une à Norman, Dominic e Caitlin, acompanhados do suporte de Marella enquanto Jesse se afasta deles e vai para a rua atrás de Stringfellow... O jovem detetive surge através da porta e avista o veterano a olhar a noite pensativo… Hawke o observa e vira-se para onde estava a olhar de novo, ignorando completamente a chegada do mesmo... Jesse então toma a iniciativa e se aproxima, argumentando:
“- Acho que começamos com o pé esquerdo… Eu não sabia do seu irmão, me desculpe pela reação… Eu perdi um amigo para um criminoso, era como um irmão pra mim e quebrei todas as regras para vingá-lo também… Estou disposto à fazer o melhor que puder para que possa encontrar seu irmão…”
Jesse estende a mão para Hawke que vira-se, olha para ele e pensando um pouco sobre tudo, responde ao gesto completando: “- Estou cansado, quase fui devorado por leões e ainda tem um maluco matando pessoas e talvez mantendo meu irmão preso… Me excedi também, peço desculpas igualmente…”
Os dois apertam as mãos cordialmente, Jesse então se retira e volta para dentro do hangar, disposto a fazer o melhor que podia por Hawke, a antipatia inicial foi dissipada no momento em que ele se colocou no lugar do veterano de guerra e tudo que ele queria agora, era fazer o melhor para que o mesmo não passasse pelo que ele mesmo havia passado, perdendo um irmão para um criminoso!
A noite avança, eram em torno de cinco horas da manhã e eles tinham reunido todas as informações necessárias para poder descobrir os lugares mais prováveis de encontrar o tal assassino misterioso, mas as informações do banco de dados da polícia, não seriam suficientes, era necessário vistoriar pelo menos quatro propriedades localmente, para conferir se poderia existir ali algo suspeito e finalmente o StreetHawk seria colocado em ação!
Jesse se prepara, veste seu traje de piloto e direciona-se para a moto enquanto Norman preparava todo o suporte para o pleno funcionamento da máquina! Dominic e Caitlin estavam empolgados em ver a super-máquina em ação finalmente, enquanto Arcanjo sorria com o orgulho de estar à frente desse projeto também! Quando Jesse ia colocar o capacete e subir na moto, Hawke surge do corredor, se aproxima observando a tudo e questiona: “- Está em condições? Você disse que havia dormido pouco..."
O jovem piloto dá um sorriso confiante e responde: “- Fica tranquilo senhor lobo do ar… Estou acostumado a dormir pouco, fique tranquilo que eu darei conta… Vamos achar seu irmão!” O veterano meneia positivamente com a cabeça agradecendo e então o lançamento da maravilhosa máquina estava pronto para acontecer! Norman como sempre, zeloso e cuidadoso, com a moto, recomenda: “- Nada de exageros, eu tenho tudo sob controle, apenas siga minhas instruções e tudo dará certo!”
Jesse baixa a viseira e se lança pelo túnel de lançamento, respondendo ao projetista do falcão: “- Eu e ela nos damos muito bem Norman, deixe de ficar recomendando o óbvio!” Norman então coloca a mão na cabeça, balançando ela negativamente enquanto a poderosa máquina se lança pelas ruas partindo no encalço do criminoso! Dominic e Caitlin ficam impressionados com a cena e admiram a máquina a correr pelas ruas, ao passo que Caitlin era quem questionava agora:
“- Ok Norman, temos uma área de muitos quilômetros quadrados para varrer e apenas um StreetHawk… Mesmo a duzentos quilômetros por hora, velocidade que não poderá manter sempre devido ao trânsito e tudo mais, Jesse vai levar pelo menos metade do dia para cobrir todo esse terreno…”
Então a voz de Jesse ecoa pelo comunicador, demonstrando felicidade ao pilotar a incrível máquina e respondendo para desgosto de Norman, primeiro que ele: “- Não com o HyperThrust gatinha, olha só o que essa belezinha pode fazer! Norman, vamos lá!”
Norman Tuttle, o projetista e pai do projeto aciona diversos sistemas nos painéis e antes de dar o "Ok" para Jesse, novamente repreende: “- Como você já sabe, o HyperThrust é totalmente guiado pelo computador, apenas segure-se na moto e deixa que ela te conduza… E Jesse… Ela não é “belezinha”, estamos entendidos? HyperThrust acionado e em contagem… 5… 4… 3… 2...1! HyperThrust acionado!” Assim que o dispositivo foi ativado, o primeiro som que se pode ouvir além do StreetHawk, foi o da interjeição mais costumeira de Dominic Santini: “- Mama mia…”
A cena seguinte era praticamente impossível de ser descrita de outra forma, atingindo uma velocidade próxima de quinhentos quilômetros por hora, Jesse Mach pilotando o poderoso falcão das ruas StreetHawk, era como um raio pela cidade, rompia distâncias gigantescas em questão de minutos, fazendo o que nem mesmo o Airwolf conseguiria fazer, principalmente estando dentro de uma metrópole, resultando a Caitlin comemorar a cena, Dominic irritado por o StreetHawk ser superior ao Airwolf em algum quesito, ao passo que Hawke e Arcanjo se observam e concordam finalmente, que fizeram uma boa aposta em solicitar ajuda à equipe!
Enquanto Jesse avançava pelas ruas, o plano era recapitulado, com Arcanjo novamente explicando tudo: “- A missão de Jesse é descobrir através dos sensores do falcão, tanto os da própria máquina quanto as vinculadas ao seu visor, que são na verdade, extensões do próprio StreetHawk, quais desses quatro pontos tem algo fora do comum… A mensagem foi triangulada para Los Angeles, mas existem quatro pontos de onde ela emanou que são as proximidades de Twin Lakes, Terminal Island, Monterey Park e Pacific Palisades! Precisamos ter a certeza de qual deles é o real para que os outros três possam ser investigados pela polícia local… Ao passo que, uma vez que acharmos nosso criminoso, então iremos invadir com as equipes da SWAT para buscar por Saint Jhon e demais provas de seu crime e atuação…”
Norman, sorridente e ansioso por bem falar de sua criação era quem completava a fala de Arcanjo, adicionando: "- Vale lembrar que o falcão possui sistemas diversos de radar, sonar, infravermelho entre outros, tudo isso é transmitido pelos contatos através do traje e do capacete, onde ficam visíveis ao visor de seu piloto, tudo que o StreetHawk escaneia, aparece no visor de Jesse e tudo que Jesse precisar, pode ser ativado por voz e por acionamentos na própria motocicleta, é uma maravilha em forma de veículo sem dúvidas!"
Hawke é que então se manifesta, ignorando a fala de Norman assim como ansioso por entrar em ação o quanto antes: “- E assim que resgatarem Saint Jhon, vou explodir aquele lugar em pedacinhos até gastar todas as munições do Airwolf…”
Dominic era quem tentava intervir agora preocupado com outro porém: “- Hawke, precisamos descobrir quem ele é e porquê está fazendo isso, simplesmente matá-lo nos tirará todas as respostas… E se existirem mais deles por detrás de tudo? Nunca se perguntou porque focou em você com tanta fixação?”
Hawke observa Dominic por alguns instantes, sabe que o amigo está correto, mas em seu íntimo, alguém que surrou seu irmão como ele viu nos vídeos, não merece viver e por mais que saiba que ele está errado, seu íntimo não para de queimar e de desejar a vingança… "- Desculpe Dom, não consigo ter sua sabedoria… Eu vou matá-lo custe o que custar!”
Arcanjo então visa entrar na discussão, mas Norman Tuttle os interrompe: “- Jesse já verificou Twin Lakes e Pacific Palisades, nada de incomum foi encontrado, está em direção a Monterey Park neste instante!” No instante seguinte, era a voz de Jesse no sistema de comunicação: “- Palisades está completamente limpo, no local da emanação existe um lar de idosos agora, centenas deles são cuidados lá e não há nenhuma estrutura anormal! Twin Lakes está em época de férias, está lotado de hóspedes, tem mais gente do que o centro de Los Angeles e nada além do esperado para a construção!! Em instantes estarei em Monterey e darei informações!” Norman então faz um gesto com as mãos como se dissesse “é isto por enquanto” e segue monitorando e auxiliando o trabalho do piloto enquanto Jesse uma vez mais surge nos comunicadores: “- Como pode ter surgido rastros do que captaram em lugares assim, o tal assassino esteve nestes lugares executando suas manobras de cada um desses pontos?”
O próprio Norman era quem esclarecia enquanto todos estavam atentos à comunicação: “- Pode ter sido, ou mesmo ele pode ter usado algum tipo de mecanismo com a mesma frequência no local, o fato é que para ele continuar a operar, um destes locais tem de apresentar alguma estrutura diferente para que possamos investigar…”
Novamente Jesse irrompe no comunicador com mais informações: “- Certo Norman, estou diante de Monterey Park, a residência sequer tem cercas ou muros delineando o espaço, é um local de final de semana, piscinas, casa dois andares e muito espaço amplo… Há um campo gigante ao lado da residência mas nada existe nele além da grama… Amassada?”
Todos direcionam-se ao monitor principal e observam o que Jesse estava observando de cima de uma colina, era um campo muito vasto e verdejante em meio à propriedade praticamente vazia… Os pontos de grama amassada chamaram a atenção de Dominic e Hawke automaticamente, os dois se observam e concordam: “- É um trem de pouso!” Jesse do outro lado fica sem compreender corretamente enquanto Norman aguarda instruções ao passo que Hawke, Dominic e Caitlin se preparam para sair e Arcanjo é quem os detém: “- Isso é uma armadilha… Ele está nos monitorando, ele sabe que está sendo vigiado e fez justamente pra atrair vocês para a armadilha… Se forem agora, vão ser mortos, ele não vai esperá-los de peito aberto… Vocês sabem disso…”
Hawke remove o braço de Arcanjo e irritado responde: “- Meu irmão pode estar lá… Eu não vou sentar e ficar esperando…” Jesse então irrompe no comunicador novamente e reitera: “- Vai ficar esperando sim, esta missão ainda é minha e do StreetHawk! Já analisei a entrada da rede elétrica, existem muitos cabeamentos bem superiores ao necessário para uma casa desse patamar, com certeza existem mais coisas aqui e se ali tem alguma coisa pousada, eu vou descobrir e desarmar as armadilhas!”
Jesse se lança com a poderosa motocicleta por entre as pastagens, a moto desliza por sobre o terreno como se não houvesse empecilhos, seus amortecedores pneumáticos seguravam e devolviam em impulso todo o impacto que tinham e foram necessários poucos minutos para que Jesse estivesse próximo do campo, observando que de alguma forma, a imagem do centro do campo parecia se distorcer enquanto ele a observava… Estava distante algumas centenas de metros ainda, mas sua visão ampliada e sensores indicavam que algo não estava certo ali… Dominic e Caitlin então se posicionam ao lado de Norman e começam à passar instruções ao mesmo de como modificar o sistema de visão de Jesse até que de repente, a atualização acessa o sistema de seu capacete e eis que a imagem translúcida surge diante de todos…
Hawke e os demais finalmente conseguem ver claramente a aeronave com a qual haviam duelado nestes dias e que estava fazendo vítimas por todo o país! Agora eles tinham a prova, eles tinham a informação, eles tinham a possibilidade de fazer justiça e assim que todos se preparam para sair, uma interferência nas comunicações acontece e o homem distorcido dos vídeos anteriores surge acenando levemente… A imagem muda para novamente Saint Jhon sendo espancado, cena que Norman e Jesse podem acompanhar pela primeira vez e então, enquanto os choques e agressões aconteciam, com voz bem diferente de antes, o interlocutor narra:
“- Sabe… Eu só queria destruir vocês dois, Stringfellow Hawke e Airwolf, era tudo que eu precisava, para poder vender meu equipamento de guerra como infalível e indestrutível… Como sempre a sina de meu pai me atrapalhando… Eu criei o RedWolf à pedido, mas quando fui entregar a encomenda e me tornar milionário, um general com muita raiva de você, me disse que queria meu invento, que inclusive pagaria o dobro por ele mas para tal você tinha que morrer… Se não fosse meu pai ter levado essa máquina pra lá e morrido lá como um idiota, eu não teria que passar por isso e agora, além de tudo, eu ainda preciso ter de enfrentar espiões no meu jardim!”
Norman detecta a ação e grita para Jesse sair de lá o quanto antes e, não fosse a ação sincronizada e rápida dos dois, acionando o HyperThrtust, provavelmente StreetHawk e seu piloto seriam agora poeira com os mísseis que atingiram o local de forma devastadora! Parando ao longe, dezenas de quilômetros sobre outra colina, Jesse finalmente detém seu movimento e se volta para olhar a destruição da qual fugiu… A transmissão continua:
“- Além de tudo são rápidos, pois bem… Já que gostam de ficar “caçando” senhores, vamos providenciar um jogo, o último jogo… Quatro drones acabam de ser lançados pela cidade, cada um deles carrega consigo armamento e uma poderosa bomba… Nosso jogo irá durar exatamente sessenta minutos, que é o tempo que você senhor Hawke tem para trazer o Airwolf até aqui para ser destruído junto com você… Caso isso não aconteça, os drones irão encontrar um local com muitas pessoas e explodir… Sessenta minutos e nosso embate final estará acontecendo senhor Hawke… Seja inteligente e tome a decisão correta!”
A imagem some e os integrantes do local ficam sem saber como agir… Hawke não se entregaria, mas era certo que uma armadilha ali encontrava-se, caso contrário não faria tal desafio… Porém se não aceitasse o desafio, o veterano estar colocando muitos inocentes em risco… Arcanjo não sabia o que dizer até que Jesse novamente se manifesta: “- Dominic e Caitlin… Vocês detectaram essa onda antes… Passem para Norman o que precisa ser feito, ajustem o StreetHawk pra caçar essas coisas… Com o HyperThrust, meu conhecimento da cidade e os armamentos que temos eu poderei detonar os drones e uma vez feito isso, ele terá de sair da toca e encarar vocês… É só então que poderá ter sua vingança Hawke…”
Dominic, Caitlin e Norman se observam, acenam positivamente com a cabeça e então olham para Arcanjo e Hawke… Os dois se observam igualmente e também concordam, mas o piloto veterano tem uma imposição… “- Por trinta minutos esperarei vocês, depois disso partirei para enfrentar o filho de Moffet e o destruirei!” Hawke sai do lugar enquanto toda a equipe começa a trabalhar e Norman resmungava: “- Trinta minutos… Eu faço isso em quinze… Amadores!”
Hawke e Arcanjo acompanhados de Marella ficam a observar enquanto Dominic e Caitlin, seguem passando as informações para Norman que vai resolvendo as questões e as colocando no sistema principal do StreetHawk… Quatorze minutos e trinta segundos após, Norman finalizava a sequência de compilação e enviava à Jesse o sistema de escaneamento, que prontamente ao ser ativado, precisou de tão somente quinze segundos para localizar os quatro drones direcionando-se para várias partes da cidade: “- Eu consigo vê-los Norman, vou interceptar o primeiro, está há somente três quilômetros daqui, vamos lá, me dê o HyperThrust!”
O sistema de super impulso é acionado e Jesse parte para destruir o primeiro drone enquanto Dominic, Caitlin e Hawke seguem em direção a saída para se dirigirem para a área federal onde o Airwolf estava, mas antes que saísse da sala, o vetereno ouve o grito de Jesse alegando: “- HAWKE! Nós vamos achar seu irmão, só faça o seu melhor!” O piloto sorri levemente e segue em seu destino enquanto Jesse alcançava o primeiro drone invisível aos olhos humanos, mas totalmente visível através de seu novo visor!
O piloto então manobra, aciona seu canhão laser, salta por uma pequena elevação usando seus propulsores para logo em seguida, disparar os raios que destroem o primeiro dos operativos do inimigo com uma gigantesca explosão nos céus que chega a desequilibrar o piloto o fazendo quase tombar com a moto, fato não ocorrido devido à habilidade do ex-policial em controlar o falcão e seguir seu trajeto! No entanto, a explosão não passou despercebido pelo algoz de Hawke, rapidamente o assassino percebeu a destruição de seu operativo, e não conseguia crer que sua tecnologia havia sido descoberta e vencida… Ainda confiante com os três que sobrevoavam a cidade ele prossegue em seu jogo enquanto Jesse já solicitava o HyperThrust novamente e seguia na direção do próximo com velocidade total, comemorando o sucesso da missão até então!
Já na base federal, Hawke, Caitlin e Dominic checavam todo o equipamento do Airwolf e rodavam os diagnósticos de rotina na busca de possíveis falhas! Arcanjo e Marella continuavam a auxiliar no que podiam naquele momento, passando as informações às autoridades e buscando dados sobre um possível filho de Moffet como foi citado no vídeo, junto à Norman na base enquanto Jesse alcançava mais um drone, atingindo ao longe por um dos mini-mísseis do StreetHawk, explodindo estrondosamente há quase 10 metros de altura, causando uma nova onda de choque que foi sentida novamente na poderosa motocicleta!
No casarão em Monterey o assassino estava começando a ficar inquieto com mais um operativo destruído... Tentando evitar mais imprevistos, ele desvia os dois drones restantes que ainda seguiam sua programação de explodir, para então interceptar e destruir o StreetHawk e foi Norman quem percebeu o plano, dando o alerta o quanto antes: “- Jesse, eles mudaram de rota, estão indo atrás de você!”
O experiente piloto então detém seu trajeto, analisa o mapa e calcula uma estratégia… “- Norman… Estão em distâncias diferentes, um deles chegará primeiro, poderei enfrentar os dois, mas, não vou fazer isso em meio a cidade, se eles estão no meu encalço, os levarei para os elevados, as montanhas e formações rochosas me darão abrigo e esconderijo, lé eu vou lidar com eles. Rápido Norman, o HyperThrust de novo!”
Norman Tuttle, o pai do StreetHawk, faz novamente todos os check ups e inserindo os códigos referentes novamente aciona os procedimentos e comunica à Jesse: “- Tome cuidado meu amigo e cuide de minha moto! Acionado e em contagem… 5, 4, 3, 2, 1!” A poderosa motocicleta parte com velocidade incrível levando os drones até si, enquanto Arcanjo comunica todo o ocorrido à Hawke, que já embarcado e pronto para a partida começava sua decolagem da base áerea: “- Dom, personalize nossos sensores para captar os drones e Jesse também… Vamos entrar na brincadeira, ajudá-lo e destruir o filho de Moffet… E arcanjo… Preciso de mais informações sobre esse maldito, quero saber com quem estou lidando… O quanto antes…” O Airwolf atinge altura suficiente e então suas turbinas são acionadas partindo para as coordenadas indicadas pelo sistema de navegação e a batalha final se aproximava enquanto o uivo de sua propulsão rasgava os céus de Los Angeles!
Jesse por sua vez atinge o que eles conheciam como “elevados”, espaço aberto repleto de trilhas e formações rochosas dos mais diversos tipos, com vales e cânions não muito profundos mas o suficiente para tirar a vida de qualquer motociclista, ciclista ou trilheiro desavisado, porém, as mesmas formações rochosas davam-lhe proteção contra o que quer que os drones fossem lançar contra ele… Chegando à um desses locais, o experiente piloto assume posição de frente para onde seus sistemas de detecção apontavam o primeiro drone e usando mini-mísseis teleguiados, dispara pelo menos quatro deles e felizmente, há cerca de duzentos metros de distância, o drone é também atingido e explode, causando uma pequena tempestade de areia no local, obrigando o StreetHawk à mudar de lugar e se reposicionar para esperar o último ataque, mas…
Em Monterey Park, mais precisamente no subsolo da moradia, um jovem de aproximadamente 25 anos, erguia-se furioso do monitor onde acompanhava a evolução de seus drones de caça, e três deles já haviam sido destruídos pelo StreetHawk… Sua fúria começava a tomar conta de sua razão e em um ímpeto, deixa os monitores e dirigi-se à uma espécie de cadeira altamente tecnológica que representa fielmente o cockpit de um helicóptero de combate: “- Muito bem senhor Hawke, conseguiu aliados, conseguiu se esquivar de todas as armadilhas que preparei e agora, ignora meu jogo e ainda tenta virá-lo… Pois bem, seu amiguinho vai ganhar um “drone extra” para enfrentar e depois eu vou te caçar e te reduzir a nada, comprovando que meu RedWolf é muito superior ao Airwolf de meu odioso pai!”
O jovem que aparentava um certo desfoco nos olhos, aciona todos os equipamentos e controles do cockpit, enquanto do lado de fora, o poderoso veículo comandado à distância começa a rotacionar suas hélices e em poucos segundos estava no ar, avançando na direção de Jesse e o StreetHawk! Na base de controle, Norman percebe o perigo, informa Jesse que saltando por sobre uma das formações atinge ao longe o quarto drone, e sem demora, parte em grande velocidade pelo local, tentando alcançar a saída dos elevados pelo outro lado, evitando assim cruzar com o equipamento voador mortífero!
Enquanto corria sem poder usar o HyperThrust devido às trilhas estreitas e pedregosas, em poucos minutos Jesse já podia ouvir o ronco das turbinas e sabia que seu pior pesadelo estava prestes a começar! De sua parte, Arcanjo estava quase à par das informações necessárias e solicitadas por Hawke também, enquanto o Airwolf rompia as distâncias para chegar até Jesse, cruzando a cidade de Los Angeles como um míssil, porém para o desespero de Jesse e Norman, o RedWolf alcança o StreetHawk em local com poucas formações rochosas grandes, mas com trilhas e pequenas pedras que impediam o super impulso para a motocicleta e então o bombardeio começara…
Com todas suas habilidades Jesse corre, se esquiva, salta, desvia, acelera e reduz, trocando de trilhas para ganhar tempo, até que uma decisão errada acaba o colocando em uma situação crucial… Sem prestar muita atenção ao mapa do terreno, devido à dificuldade que enfrenta, o piloto acaba por pegar um caminho que o levava em direção à um dos cânions mais profundos, cercado de cadeias de rochas de até trinta metros de altura… Ele corre, tenta achar outra rota, mas está cercado, não há para onde seguir além da cadeia montanhosa que delineava com o precipício… Foram segundos de terror, segundos de tensão gigante, a cada novo disparo o RedWolf se aproximava mais e seu piloto, à distância, comemorava o fato de ter encurralado sua presa…
A perseguição chega ao fim, Jesse alcança as rochas e fica sem saída... RedWolf fica planando à sua frente, o rosnar dos motores amedrontava, mas o piloto do StreetHawk não se entregava ao desespero, ele tenta reagir e dispara tudo que tem contra o equipamento voador mas desde seu canhão laser até mesmo seus mini-mísseis, nada fazem à fuselagem da poderosa máquina… Sem mais recursos, Jesse apenas espera o final e seu algoz, através dos comunicadores comemora: “- Nunca devia ter colocado essa pulga contra meu lobo garoto… Aprenda antes de morrer… Você, não é adversário pra mim, ahahahahaha!”
“- Então talvez eu seja!”
O ronco das turbinas ecoa no vale juntamente com a voz de Hawke que surge em velocidade Mach 1 por sobre a formação rochosa onde Jesse estava encurralado, estrondando com o rugir do lobo caçador que agora se tornara, disparando um míssil desce dessa trajetória assustadora, atingindo em cheio a lateral de RedWolf, danificando-o levemente mas o suficiente para fazê-lo rodopiar como um parafuso em torno de si mesmo, tanto pelo impacto do artefato explosivo quanto pelo deslocamento de ar que o vôo rasante infligiu sobre o equipamento!
"- Toma seu grande filho da mãe!" Era Dominic quem gritava eufórico com o ataque surpresa e completamente satisfeito por estar em combate uma vez mais!
Ao ver a poderosa máquina rasgando os céus por sobre ele, Jesse ergue seu visor, sua expressão era de alguém maravilhado com a chegada agressiva e precisa do aliado e tanto ele quanto Norman eram quem agora observavam a cena boquiabertos com a chegada fenomenal! Enquanto recuperava o controle de sua aeronave, Hawke já havia manobrado e parado à frente do RedWolf, quase encostado no chão, enquanto os comunicadores da poderosa aeronave, deixavam claro à que vieram:
“- Ernest Richard Moffet… Se queria um combate era só ter marcado hora e local, não ficar brincando de esconde-esconde… Mas sei porque fez isso e porque usa um brinquedo como arma… Porque você é um covarde, que nunca pilotou de verdade, você é um jogador de videogames, do tipo mais covarde que seu pai… Agora vamos resolver isso, venha me pegar, e saiba, este será seu último voo!”
O Airwolf vira-se e aciona suas turbinas ganhando distância e altitude, enquanto furioso, o jovem Ernest faz o mesmo em seu RedWolf seguindo o desafio de Hawke: “- Você é igual a meu pai… Me humilha, me menospreza… Meu pai foi um maldito estuprador que registrou meu nascimento com seu sobrenome para que minha mãe sequer pudesse esconder que teve um relacionamento com ele… Um doente que até mesmo depois de morto me atrapalha e agora, você vem falar que eu sou mais covarde que ele? Você vai morrer Hawke, vai morrer!”
O Airwolf avança como nunca e RedWolf o persegue, enquanto Dominic e Caitlin passavam todo e qualquer detalhe que pudesse ajudar no combate! Os demais acompanhavam o duelo conforme podiam, Jesse observando ao longe conforme o StreetHawk podia se aproximar, os demais pelo monitor de Norman e aos poucos o palco da batalha se mostrava como seria…
Com velocidade as duas aeronaves se lançam pelo céu aberto, o Airwolf aciona suas turbinas e o som característico invade o local; não desejando ficar para trás, Ernest em sua simulação faz o mesmo e ambos se mantém por alguns minutos em manobras de perseguição e escape, evasões para a direita e esquerda! A aeronave rubro e negra começa a disparar suas machine guns com furor, os riscos luminosos das munições cruzavam o céu mas nenhuma delas sequer tocava a fuselagem da aeronave, categoricamente controlado por Stringfellow que se demonstrava à vontade, completamente ciente do que precisaria fazer e desviava das rajadas ofensivas com tranquilidade e maestria… Munições dos canhões do RedWolf explodem ao redor, o Airwolf passa por entre as fumaças e chamas das explosões até que Hawke eleva sua aeronave alguns metros e desce novamente, como se tivesse tentando sair da linha de tiro e o RedWolf percebe, entende a tentativa e continua em linha reta, ganhando alguns segundos mais próximo do alvo como vantagem. Hawke então repete o movimento, RedWolf se prepara para atirar com força quando o Airwolf descesse novamente mas foi pego na armadilha, Hawke ao invés de voltar à rota normal, realiza um loop de 180º enquanto o RedWolf seguiu em linha reta e agora, Airwolf era o caçador uma vez mais!
Ernest esbravejava em seu cockpit, suas bravatas eram ouvidas pelo Airwolf através do comunicador aberto, e Hawke aproveita para deixá-lo mais irritado ainda: “- Nunca esteve no calor da batalha fedelho, não tem ideia do que é o perigo real e a adrenalina que preenche seu corpo quando sabe que se errar vai morrer… Você é menos que piloto, você é um garoto mimado com um brinquedo perigoso nas mãos…E já que não pode sentir o medo da morte, vai sentir o medo de perder seu brinquedinho!”
Ativando todo o sistema de armamentos Hawke persegue RedWolf com perfeição, evita que o mesmo se desloque para fora do alcance de sua mira, o encurrala como ele fez com Jesse e então dispara sua chuva de fogo sobre o inimigo, tendo o cuidado de atingi-lo de forma branda e leve para não destruí-lo ainda, o suficiente para que o RedWolf surtasse o suficiente para tentar fugir de todas as formas, já com avarias e fumaça escapando de sua cauda e rotor traseiro…
Hawke enquanto o persegue lembra-se dos vídeos em que supostamente seu irmão aparece... Ele já estava ciente de que provavelmente tudo não passou de um blefe, que dificilmente ele tinha Saint John em suas mãos, mas ainda existiam as pessoas inocentes que morreram em seus ataques, lembrava também da parceria do mesmo com o Xerife Bogan e lembrava ainda que ele era filho daquele que matou sua amada Gabrielle… Ele iria sofrer, ele teria medo nem que fosse de perder sua aposta de vida, o RedWolf, e assim, a perseguição sob chuva de fogo brutal continuou por várias dezenas de quilômetros em que RedWolf tentava libertar-se do jugo de Airwolf sem sucesso, o deixando ainda mais furioso e frustrado!
Ernest então tenta reagir, ergue o nariz de seu RedWolf tentando imitar o movimento de Hawke, mas o veterano experiente entende a manobra e como uma foram de novamente menosprezar seu inimigo, aciona as turbinas do Airwolf e passa por debaixo dele esperando que ele voltasse e iniciasse a perseguição novamente, provocando uma vez mais: “- Ok menino do videogame, vou lhe dar sua última chance, use tudo que tem contra mim ou corra de volta pra barra da saia de sua mãe!”
Enfurecido, o piloto virtual do RedWolf dispara tudo que tem, machine guns, mísseis, perseguidores, disparador laser, tudo que estava à seu alcance foi usado, Hawke sequer preocupou-se em inverter as posições da aeronave uma vez mais, apenas desviava, erguia-se e mergulhava, esquerda e direita, simplesmente evitava todos os impactos e seguia adiante, dando chance atrás de chance para que fosse acertado, mas a inexperiência de seu inimigo, era o grande catalisador de tal fracasso e Hawke estava ciente disso e agora, cansado de brincar!
O Airwolf aciona as turbinas, uma vez mais em velocidade Mach 1 pegando de surpresa seu adversário, para logo em seguida disparar um míssil no topo de uma colina ali próxima, criando uma explosão com chamas e fumaça exatamente no cume, vencendo então em segundos a distância entre um elevado e sua posição atual, onde mergulha no declive à frente, detendo o movimento logo em seguida, ficando a flutuar quase rente ao chão, esperando a atitude impensada do RedWolf e ela acontece…
Devido a fumaça ao acionar de turbinas, Ernest crê que Airwolf está se distanciando dele e, se lança com velocidade, passando igualmente pelas chamas e pelo próprio Hawke que o aguardava quase que pousado! Assim que RedWolf passou, Dominic gritava empolgado: “- O idiota passou por cima de nós sem sequer olhar para baixo!” Hawke então ergue o Airwolf e segue em perseguição, sem que Ernest sequer o notasse, fato esse que só aconteceu quando ao comunicador, o veterano o sentenciou: “- Suas chances acabaram, seu brinquedo deixa de existir aqui!”
O RedWolf tenta manobrar para esquerda e é atingido pelas machine guns, tenta manobrar para a direita e é novamente impedido pelas vulcans, como último recurso tenta erguer-se e disparos das chain guns o colocam em linha reta novamente! Percebendo estar sem saída e sem recursos para virar o jogo, Ernest usa de um recurso extremo que segundo ele, destruiria as duas aeronaves, em um ataque apenas... Detendo toda a velocidade de propulsão de forma abrupta, sua intenção era de que o Airwolf se chocasse contra o RedWolf devido a velocidade de deslocamento, porém... O piloto que guiava o lobo do ar tinha experiência e reação de sobra, percebeu a manobra rapidamente e então elevou-se, girou horizontalmente 180º, seguindo o trajeto restante de costas e disparando uma chuva de mísseis contra a aeronave inimiga que explodiu por completo em uma gigantesca bola de fogo, restando apenas destroços do equipamento caindo ao solo, completamente em chamas…
Jesse observa a cena ao longe e ergue o braço em comemoração, fechando em seu visor e partindo rumo à estrada principal para retornar à base, Hawke manobra o Airwolf e começa a buscar o caminho para Monterey Park onde o assassino estaria oculto… Enquanto Jesse avançava com velocidade pela estrada o Airwolf surge e emparelha com ele, os dois seguem por dezenas de metros emparelhados até que Jesse é quem quebra o gelo através do comunicador: “- Que máquina, UAU!! Simplesmente demais… E eu achei que o StreetHawk era a coisa mais incrível que eu já tinha visto…”
Hawke por sua vez exibe um sorriso, faz um positivo e completa: “- A sua também… Achei que só o Airwolf era incrível, mas ele tem um concorrente!”
Enquanto isso na base, enquanto Arcanjo e Marella comemoram, Norman se recostava na cadeira para trás com a mão na testa como se não compreendesse: “- Concorrente? O StreetHawk é a tecnologia suprema, como pode compará-los?”
Dominic que a tudo ouvia, participou do “embate” disparando: “- Tem razão, não são concorrentes, pois não há nada que possa competir com o Airwolf, acabamos de comprovar isso, oras…”
Hawke então sorrindo, olha para Caitlin que sorri também e completa: “- Tenha modos Dom, o que aprendemos é que todos podem fazer um bom trabalho, cada um em sua área…”
Jesse gesticula e então o HyperThrust é acionado e ele some do campo de visão ao passo que o Airwolf ruma para Monterey Park, a fim de finalizar esta missão!
Monterey Park, segundos após a destruição do RedWolf, violentos curtos circuitos acontecem em torno do capacete utilizado por Ernest e ele o retira, fatigado, suado, trêmulo e muito, muito furioso! Ele se desvencilha dos demais componentes, corre pra sua mesa e apanha alguns pertences preparando sua fuga, mas tão logo abre a porta do compartimento subterrâneo, o martilhar de armas e a visão da equipe da SWAT e demais policiais foi a unica imagem que pode ver, frustrando completamente qualquer plano que tivesse planejado: “- Polícia de Los Angeles, Ernest Moffet, está preso por acusação de atentado terrorista, assassinato, crime contra a pátria, tráfico de armas, utilização de equipamento não autorizado, uso do espaço aéreo sem permissão… Isso por enquanto, erga suas mãos, coloque-as na cabeça e vire-se de costas…”
O criminoso então era algemado e levado para fora onde Hawke, Dominic e Caitlin, ao lado do Airwolf pousado, observavam a cena com satisfação ao passo que Arcanjo os comunicava ao rádio que um dos investigadores do FBI lhe informaria os detalhes da prisão!
Tão logo Arcanjo informou, um homem de terno e gravata, óculos escuros chegava até eles e pedindo licença, informava o que Hawke de certa forma já havia se conformado, seria a verdade que encontrariam: “- Não existe vestígios de nenhuma pessoa ou local onde os vídeos que supostamente apresentavam seu irmão sendo torturado pudesse estar acontecendo, não aqui neste local… Cogitamos então que houvessem outros cômodos e que ainda estivesse por aqui, mas enquanto revistava-mos tudo, um de nossos agentes encontrou diversos vídeos em qualidade bem inferior, iguais aos que ele exibiu… Neles existem datas, de pelo menos cinco anos atrás, ou seja, esses vídeos foram adulterados para lhe fazer pensar que seu irmão estava aqui, mas infelizmente, ou felizmente, foram imagens editadas que ele conseguiu em algum outro lugar… Seu irmão não está em Monterey Park senhor Hawke… Eu sinto muito…”
Hawke acena em concordância e agradece a atenção do agente, voltando-se para o Airwolf e adentrando o mesmo… Caitlin e Dominic fazem o mesmo enquanto Dom era quem tentava consolá-lo… “- Sinto muito filho… Eu tinha esperanças de verdade…” Hawke faz um sorriso amarelo e então a poderosa aeronave decola uma vez mais, partindo rumo à base federal onde estava pousada no último dia…
Próximo das doze horas, as duas equipes reuniram-se no Bestia Restaurant para almoçar e se despedirem após o fabuloso trabalho em equipe e então, alguns questionamentos vieram à tona…
Dominic: “- Então no final, tudo não passava de um plano pra vender o RedWolf aos libaneses?”
Arcanjo: “- Sim, Ernest, depois do fiasco de Moffet, foi descoberto pelas forças Libanesas… Gênio da informática e computação, recebeu a proposta de criar algo como seu pai criou e, movido pelo ódio que tinha do mesmo, resolveu se vingar dessa forma, criar algo melhor do que Moffet havia criado…”
Marella: “- No entanto, os libaneses conhecendo o poder de fogo do Airwolf e da ousadia de Stringfellow ao pilotar, queriam como teste que ele o eliminasse e destruísse o Airwolf ou que o eliminasse e colocasse o Airwolf sob controle deles uma vez mais… Para isso ele precisava atrair Hawke e destruí-lo, mas o subestimou nas primeiras tentativas quando ainda estava oculto…”
Norman: “- Com a ajuda dos libaneses, ele adquiriu tudo que precisava para criar o RedWolf e equipá-lo como achou mais adequado e assim, parecia que ele tinha apoio americano para tal fato, mas na verdade, tudo era um plano muito bem orquestrado entre Ernest e as forças libanesas cheias de desejo de vingança e muito comércio através do mercado negro…”
Hawke: “- Mas ele era realmente filho de Moffet certo?”
Arcanjo: “- Ao que tudo indica sim… Mais uma vítima dos desejos sádicos de Moffet, sua mãe foi estuprada e deixada grávida… Quando soube do nascimento de Ernest, usando meios escusos ele registrou o menino antes da mãe, impedindo assim, num ato bastante revoltante, que a mãe pudesse se livrar da sua presença e lembrança em suas vidas…"
Caitlin: “- Homem realmente repugnante esse Moffet... Mas porque usar imagens de Saint John em seus chamarizes? Algo especial contra Hawke?”
Arcanjo: “- Creio que talvez os libaneses tenham conseguido esses tapes para ele, apenas uma forma de garantir que Hawke iria até ele, pois sabia que qualquer outro argumento poderia ser ignorado completamente…”
Dominic: “- Mas que grande filho da mãe…”
Jesse: “- No final, não pude cumprir minha promessa de encontrarmos seu irmão Hawke… Eu peço que me desculpe…”
Hawke: “- Sem problemas… Eu encontrarei Saint John… Um dia o encontrarei… Todo o ocorrido aqui no final, faz parte dos ecos de meu passado...”
Arcanjo então se ergue segurando uma taça e sugere um brinde àquela reunião que felizmente teve um final feliz… Todos erguem-se e erguem suas taças e era Jesse quem fazia as honras: “- Às mais incríveis máquinas!” Todos erguem suas taças e repetem a frase, enquanto a refeição começava a chegar para todos…
Jesse: "- E que história foi essa de quase ser devorado por leões?" Dominic: "- Nossa, essa eu preciso contar pra vocês, foi incrível não foi Caitlin?" Caitlin: "- Com toda certeza, precisavam ver a cara de pavor dele achando que iria virar comida de leão..." Hawke: "- Ora seus amigos da onça..."
Foi a despedida alegre e bastante produtiva, de duas equipes que em menos de um dia, sincronizaram de uma forma tamanha que jamais se poderia imaginar... Mentes e ideias completamente opostos mas que conseguiram se unir e fazer o melhor dos dois lados surgirem... Seria a última vez? Quem sabe... Talvez esse seja apenas, o início de uma grande parceria!
Um mês aproximadamente depois, Arcanjo estava sentado ao lado de uma piscina, confortavelmente bebendo quando alguém se aproxima dele… Era o senador Wendell que muito sem graça sentava na cadeira ao lado…
Arcanjo: “- Ah Wendell, como tem passado?”
Wendell: “- Como sempre, na sua sombra, não é mesmo? Deve estar feliz depois de tudo…”
Arcanjo: “- Ora Wendell, só fiz o que era correto pelos cidadãos e pelo país… Sabe disso... Você é um homem inteligente...”
Wendell: “- Pois é… O pior é aceitar que você tem razão…”
Arcanjo: “- Eu acho que já é hora de superar esse trauma… Ela te deixou e ficou comigo, e depois me deixou também… Agora está com um pecuarista texano… Acho que nós dois fomos enganados..."
Wendell: “- É... No final esse tipo de rixa só piora tudo… Saber que ela preferiu você do que a mim ainda magoa... E por não saberem dos detalhes, muitos nem imaginam porque sempre insisto em ser contra suas ideias…"
Arcanjo: “- Nesse caso em especial, haviam pessoas pensando que era você quem fornecia as armas ao nosso inimigo por conta de nosso atrito… Tem que melhorar sua imagem meu caro... Está parecendo vilão de filme de quinta...”
Wendell: “- Ahahahahaha… Sou um mau perdedor mas amo meu país… Jamais faria isso… Enfim, se a vir, diga que eu mandei ela se danar…”
Arcanjo: “- Se eu a ver, mandarei ela se danar também…”
Arcanjo se recosta a rir enquanto Wendell seguia seu caminho até o bar da piscina rindo também… Nesse meio tempo, Hawke se aproxima, senta-se na outra cadeira, esboça um riso sarcástico e questiona: "- Ainda com problemas com o senador por conta de minhas ações?"
Arcanjo por sua vez, solta sua bebida, pega o jornal e começa à ler calmamente enquanto responde:
"- Um fim de semana para a "equipe Airwolf" por conta da CIA num dos melhores clubes desta cidade não lhe dá o direito de saber tantos detalhes senhor Hawke, mas digamos que, estavamos aparando nossas arestas... E os outros?"
Hawke bebe um gole de sua bebida enquanto observava as mulheres de biquini e displicentemente responde: "- Caitlin parece que arrumou um encontro e está no saguão conversando, Dom está se arrumando para ir ao cassino..."
O líder da Firm então acena positivamente com a cabeça enquanto fixa-se em uma matéria no jornal... O agente então senta-se para ler melhor as linhas e colocando o jornal para o lado logo em seguida, observa Hawke com expressão de surpresa e volta ao jornal, comentando de novo: "- Veja só, que interessante esse notícia... Mistério em Los Angeles - Àrea rural, em Monterey Park, propriedade do criminoso recém capturado Ernest Richard Moffet que estava completamente vazia por ser cenário de investigações do FBI, explode misteriosamente durante a noite, ficando completamente destruída! Os vizinhos que moram nas redondezas ouviram as explosões e chamaram as autoridades que ao chegarem ao local disseram parecer estar diante de um campo de guerra! Entre várias observações eles apontam que tanto a parte acima do chão como as construções no subsolo parecem ter sido explodidas por completo, por o que chamaram de "disparos externos", exemplificando que seria como se bombas tivessem sido lançadas ao local... Nada das estruturas sobreviveu ao que quer que tenha acontecido e os vizinhos alegam ter visto luzes nos céus durante as explosões..."
Com uma expressão de quem não acreditava no que estava lendo, Arcanjo baixa o jornal uma vez mais e olha para Hawke que continua a observar as mulheres mergulhando e diante da falta de fala do piloto, interpela: "- Tem alguma ideia de como isso aconteceu Hawke?" O veterano olha para Arcanjo, faz uma expressão de não entender nada e responde com a mesma displicência: "- E como eu vou saber sobre algo que aconteceu eu outra cidade?"
Arcanjo então dobra o jornal visivelmente irritado, se recosta para trás e continua à sorver sua bebida, enquanto fora da visão do mesmo, Hawke que ainda observava as mulheres, sorri levemente por debaixo de seus óculos!
A equipe Airwolf continuaria suas missões, assim como Arcanjo continuaria à seguir à frente da "Firm"! O senador Wendell continuaria a ser opositor dos dois no senado enquanto Dominic e Caitlin, assim como Norman, seguiriam seus trabalhos, paixões de suas vidas... Quanto aos dois protagonistas... Bem, Jesse Mach e Stringfellow Hawke ainda colocariam muitos criminosos na prisão, ou no inferno, conforme qual dos dois os criminosos tivessem o desprazer de encontrar e quem sabe, novamente a dupla trabalhasse unida em parcerias futuras!
FIM? Quem sabe...
Galeria de imagens e vídeos:
Jesse Mach, o piloto e Norman Tuttle, o pai do StreetHawk:
O falcão das ruas - StreetHawk:
Abertura StreetHawk (No Brasil Moto Laser)
Conhecendo um pouco da ação de StreetHawk (No Brasil Moto Laser)
Algumas cenas para recordação de Airwolf (Águia de Fogo no Brasil):
O meteoro atinge alcance de ataque, Guntraz coloca os braços à frente do corpo, um uivo diferente de qualquer outro e terrivelmente assustador é ouvido e então o impacto entre as duas forças colossais acontece… Um silêncio assustador toma conta do lugar para então o som do choque do ataque e da defesa romper em um círculo devastador enquanto a energia luminosa parecia aumentar como se ampliasse seu ataque desferido até que finalmente uma nova explosão, um novo som tomava conta de tudo e Guntraz é arremessado para fora da zona de impacto com brutalidade, rodopiando no ar três vezes para então se chocar ao solo de forma horrenda, rolando de forma terrível, se chocando contra carros, prédios, árvores, num avanço devastador e terrivelmente doloroso, até ser literalmente enterrado dentro de um carro forte que ali estava estacionado, fazendo o mesmo entrar junto com ele parede à dentro da construção que estava ao seu fundo e então o silêncio naquele ponto do combate…
Enquanto isso, no local do impacto devastador entre as duas forças, a luz energética começava à ceder e finalmente seria possível ver o que havia acontecido, mas diferente de qualquer expectativa, diferente de qualquer coisa imaginável e da esperança de ver os dois androides em pé, ostentando seu poder, só havia uma silhueta, só havia uma forma naquele local e ainda quase que totalmente encoberta pela poluição do ar que formava uma espessa nuvem... A silhueta rosnava, ela se movia ameaçadoramente, ela parecia estar com as costas arqueadas e exibia em seu vulto uma musculatura poderosa demonstrando que um novo ser ali estava diante de todos, ao mesmo tempo que seu uivo aterrorizante podia ser ouvido em toda sua majestade anunciando que o "milagre", havia acontecido!
A batalha final se inicia agora!
Sonido e RedTurbo, ofegantes ao chão conseguiam erguer suas faces o suficiente para permitir olhar o local da colisão de energias apesar do esgotamento físico sem comparação, apesar de terem destinado todo seu espírito de combate para proteger Lanthys e Argos, mas apesar disso, suas mentes ainda estavam lúcidas e eles conseguiam perceber, conseguiam sentir que algo grandioso havia acontecido, que algo jamais sonhado havia ganhado lugar no palco de batalhas… A poeira ainda era intensa mas começava à ceder pouco à pouco e se podia ver claramente que algo poderoso, algo ameaçador, algo que realmente diferia de tudo que já haviam presenciado, ali esperava para revelar sua presença ao mundo… Na mente dos dois, como se sugerido de alguma forma, palavras e frases começavam a surgir e inundar seus pensamentos, repletos de lembranças de diversas momentos das batalhas ditos por diversas das pessoas e seres que conheceram durante suas jornadas, algo que parecia querer explicar o que havia de fato se tornado realidade diante deles…
“- Muito mais que guerreiros… Um elo misterioso que existe entre o homem-máquina e Argos… Vocês ainda irão descobrir um dia, o quanto esta ligação é fantástica, poderosa e capaz de verdadeiros feitos inigualáveis… Lanthys e Argos estão mais unidos do que imaginam… Momento de evolução… A última esperança… Se alguém tem como parar Guntraz, somos Argos e eu… Evolução!”
No instante seguinte novamente como um choque que trazia de volta à realidade, um rosnado ameaçador podia ser ouvido logo antes do estrondar de concreto que demonstrava o Imperador Guntraz saindo de dentro do local onde foi enterrado violentamente devido ao impacto sofrido na colisão do choque de energias… O monarca observa ao longe, completamente revoltado compreende o que aconteceu mas não acredita em tamanha tecnologia e reestruturação de matéria espontânea… “- Não… Não, não, não, isso não é possível, eles não podem ser tão evoluídos assim, MALDITO CHANG!”
Cambaleando e bastante danificado, Guntraz dá um passo de cada vez, agarra-se em paredes e novamente o rosnado seguido de um uivo se manifesta como se ameaçasse o vilão, o fazendo deter seus movimentos e observar apenas... Do meio da densa poeira um movimento poderoso de braços e o que restava da nuvem de pó se desfaz com o deslocamento de ar produzido! A criatura avança de forma brutal, de forma imparável e erguendo seu braço direito para o lado como se reunisse energia ela salta e atinge com força total a lateral mecânica do imperador, mesmo que o vilão tenha erguido suas defesas no exato momento, o poder do golpe foi tamanho que o arremeteu contra outra parte do prédio em meio à destruição generalizada que o centro de Porto Alegre havia se tornado!
Guntraz tenta se recompor, ele e todos olham para o local onde a criatura o atacou e, com o brilho das labaredas que haviam pela cidade, finalmente a criatura ficava visível, todo e qualquer ser que observasse o guerreiro enfurecido naquele momento admiraria a magnitude de sua presença… Sua voz era metálica ainda se podia sentir pelo rosnar e pelo uivo, mas sua forma física era totalmente diferente do que já haviam presenciado… “Cão-máquina” e “homem-máquina” agora unidos pela maravilha inexplicável de suas tecnologias avançadas, tornados em um ser apenas...
Suas forças multiplicadas assim como suas resistências ampliadas, e o visual entre azul e vermelho de uma criatura canídeo humanoide não deixava mais dúvidas da lenda há muito contada em qualquer cultura mundial, mas agora, transformada em realidade…
“- AGORA VOCÊ ENFRENTA, WOLFLANTHALDER!”
(Arte, concepção, efeitos e construção do personagem WolfLanthalder: Dione Lima)
“- Quando duas forças convergem… A verdadeira identidade do guardião surgirá…” Sonido, tentando normalizar sua respiração bastante debilitada pela dor era quem proferia as palavras sem mesmo entender o porquê, ao passo que RedTurbo, tentando se erguer com gigante esforço, mas conseguindo ficar apenas agachado devido aos ferimentos e desgastes, recostava-se para trás em um bloco de concreto, ofegante, limpando o sangue da boca e indagando: “- E tu tirou isso da onde agora? Tava lendo algum épico heroico antes de vir pra cá?”
Ajoelhada, observando a cena que se desenhava na frente deles, maravilhada ao mesmo tempo que temerosa pela situação dos dois que se uniram para o surgimento do guerreiro descomunal, a moça escorria fartas lágrimas pelo rosto, emoção, medo, preocupação, esperança... Ela vislumbrava tudo e sentia aquelas palavras emanarem em seu coração como se uma pessoa ou algum ser as estivessem sussurrando, aquecendo seu íntimo e seu positivismo… “- Eu… Eu não sei… Elas… Surgiram em minha mente… E tenho certeza… Elas explicam o que estamos vendo agora...”
O imperador então furioso, ergue-se, danificado, ferido, humilhado e disposto à tudo para suprir sua necessidade de superioridade diante dos demais, seus olhos irradiavam a raiva que o alimentava, sôfrego e quase sem capacidade de combate ele dá um passo de cada vez e aponta o dedo para WolfLanthalder que o encarava logo adiante, buscando sentencia-lo: “- Você vai pag…”
A frase foi interrompida violentamente pelo estrondo do impacto do punho direito da poderosa besta metálica que atingia a cabeça do vilão em seu lado máquina por completo! Em frações de segundo o lobisomem cibernético havia vencido a distância com um único impulso e o atingido de tal forma e, enquanto seu corpo deslocou-se para a esquerda devido à este golpe, a fera o atingiu uma vez mais, dessa vez com um upper com o braço esquerdo, o atingindo no lado humano, o arremetendo para cima e para trás com força descomunal, o fazendo rodopiar no ar e chocar-se contra outra parede de forma brutal…
WolfLanthalder se movimenta, assume posição de batalha uma vez mais e aguarda o inimigo se reerguer para continuar o combate… "- Não estou conseguindo controlar a fúria Guntraz, venha, dê-me a chance de exaurir esta necessidade de combate, VENHA GUNTRAZ!"
O imperador literalmente escorre pela parede até ficar de joelhos ao chão… Sangue e fluidos cibernéticos são cuspidos pelo monarca, ele amaldiçoa Dr. Chang e seus androides do fundo de sua alma… Um novo olhar furioso é dirigido ao inimigo azul e vermelho, este por sua vez, bate uma mão à outra e convoca Guntraz para o combate de novo mas, ao invés de aceitar o duelo como fez no acontecimento em território Africano, temendo ser derrotado no estado em que se encontrava, a covardia falou mais alto e o monarca usou do truque mais sujo que poderia lançar mão naquele momento…
Guntraz ergue seu braço direito em direção aos céus e busca restaurar-se novamente como fez antes, absorvendo as energias de seu cruzador, o que iria deixá-lo completamente renovado e energizado para enfrentar seu inimigo! Sonido e RedTurbo reagem em palavras amaldiçoando a saída desonesta de Guntraz mas nada podiam fazer para impedir... WolfLanthalder mantém sua posição agressiva, como um verdadeiro boxeador ele ficava saltitando, trocando de pés e de lado de ataque, ansioso por derrubar de vez seu algoz com todo o poder que transbordava em seu corpo, ao passo que Guntraz, saboreando sua provável vitória, preparava-se para banhar-se em novo poder e destruir a tudo e a todos!
No entanto, misteriosamente a reenergização não acontece, a energia não flui como esperado e o imperador olha para os céus em busca de algo que explicasse o porquê da ação não estar acontecendo como ele esperava... Foi quando a visão borrada nas alturas se tornou então, a constatação dura e cruel que selaria o destino do imperador megalomaníaco…
Todos podiam claramente ver no longínquo céu algo em chamas, envolto por uma esfera avermelhada que descia em velocidade absurda… Tanto aliados como inimigo, quanto a população e forças de polícia e resgate estavam atônitos com a cena, era como se um meteoro metálico estivesse em rota de colisão com o local, mais precisamente sobre o famoso rio Guaíba mas, assim que o objeto se aproximou o suficiente para que pudesse se definir mais detalhes à olho nu, se notava também que sua velocidade diminuía, como se estivesse sendo controlada de alguma forma e apesar de em chamas, se notava claramente tratar-se de uma gigantesca nave espacial de magnitude nunca vista por olhos civis…
Completamente destruída, completamente em chamas, de forma leve e controlada a estrutura alienígena aterrissava dentro do rio Guaíba ainda transformada em uma esfera incandescente de metal superaquecido até que a energia avermelhada que a recobria deixou de envolve-la para se tornar uma bolha energética de mesma cor, porém de tamanho humano, voando em direção ao campo de batalhas onde pousou diante de Sonido e RedTurbo! De frente para os gladiadores daquele embate, tomando finalmente sua forma final, a esfera energética assume forma humanoide, empunhando uma espada já conhecida por alguns, posicionando-se magistralmente em meio à todos…
“-BlastRed?” Era Sonido a primeira a pronunciar a palavra que revelava o mistério da esfera vermelha que chegava dos céus, assim como era o próprio BlastRed quem completava a explicação, mesmo estando dezenas de metros da batalha crucial: “- GUNTRAZ!! Fui muito ingênuo ao achar que seguir a justiça somente ao meu ponto de vista era o correto... Esse é um dos meus maiores erros como ser vivo e defensor do bem e da paz… Pensei em voltar e te destruir para me redimir, mas coisas aconteceram e me sinto satisfeito ao estar presente dentro de sua nave no momento em que você se reenergizou com ela! Isso me deu a brilhante ideia de destruir seus soldados inúteis e depois derrubar sua nave, inutilizando seu trunfo covarde para vencer Lanthalder… Agora, terá de usar o que tem e provar o quão poderoso és, como vem alegando até agora ser vil… Vá em frente Guntraz, seu adversário o aguarda… Mostre seu grande poder... Imperador!”
“- Ahaha! Finalmente enfiou juízo nessa cabeça oca hein seu ridículo?” Era RedTurbo que rindo e à seu modo, saudava o ex-integrante da equipe ao mesmo tempo que intimamente comemorava a chegada do mesmo e a atitude que tomou…
“- Confesso que nunca fiquei tão feliz em ver um meteoro descendo à Terra…” Era Sonido quem recepcionava o aliado, que percebendo a situação grave dos dois, rapidamente ajudou aos mesmos à ir para local mais seguro, deixando-os protegidos enquanto o embate se realizaria! BlastRed volta-se uma vez mais para o campo de batalha antes de dar atenção aos dois feridos, ficando em prontidão para servir de escudo aos dois caso fosse necessário e então conclama para o aliado: “- LANTHALDER! SE FOR PELOS INOCENTES… SE TIVER QUE HAVER GUERRA, QUE HAJA GUERRA!”
Guntraz bate os dois punhos ao chão como um gorila demarcando território, esbraveja em raiva e sentencia promessas de morte e destruição à todos: “- Maldito, MALDITO BLASTRED! MALDITOS ANDROIDES, MALDITOS GUERREIROS PERSISTENTES! Você destruiu meu trunfo guerreiro alienígena, tirou minha vantagem sobre este monte de ferro velho, mas tenha certeza, TENHAM CERTEZA TODOS VOCÊS, EU SOU O IMPERADOR GUNTRAZ E IREI DESTRUIR À TUDO E TODOS APENAS PORQUE QUERO!”
Usando de toda carga que seus tanques energéticos ainda continham, Guntraz se sobrecarrega e parte pra cima de WolfLanthalder que uma vez que estava em posição de combate e com sua disposição ao máximo, responde ao ataque do inimigo da mesma forma, avançando de forma brutal igualmente!
Guntraz começa à disparar rajadas de energia pelo cenário, mas WolfLanthalder era anos luz mais ágil e veloz, desviando de todas as descargas e explosões com maestria em movimentos acrobáticos fantásticos! Chegando ao alcance de combate, o androide salta então por sobre Guntraz desferindo um poderoso golpe com as garras de seu punho direito que rasgou as costas do imperador, não apenas ferindo o inimigo, mas também destruindo seu acesso aos tanques reservas de energia além de arrancar-lhe a capa da qual se orgulhava tanto... WofLanthalder aterrissa atrás de Guntraz, arremessa a capa presa em suas garras para longe, vira-se tomando novamente sua posição ofensiva, aguardando o próximo movimento de seu oponente…
Dando alguns passos para frente, Guntraz percebe o estrago em sua estrutura, sua fúria somente aumentava e ele vira-se buscando então um confronto físico com o poderoso guerreiro uma vez que o ataque à distância não funcionava, mas esse era apenas mais um erro dos tantos que ele cometeu até então e logo que desferiu o primeiro golpe de punho esquerdo energizado, um direto visando a cabeça de WolfLanthalder, o mesmo inclinou-se para a esquerda usando o braço direito para deslocar o golpe, contra-atacando quase que instantaneamente com seu punho esquerdo cerrado, acertando em cheio o rosto agora exposto do imperador que sentiu o poderoso impacto reverberar em sua caixa craniana como uma onda de choque! Ao deslocar-se para a direita com o impacto recebido, o braço direito de WolfLanthalder que antes havia dispersado seu golpe, gira fazendo um perfeito círculo vertical, o atingindo de baixo para cima com as garras expostas, arrancando praticando toda a lateral mecânica do vilão arrogante…
Guntraz então começa à dar passos para trás, aterrorizado com a brutalidade do ferimento recebido, mas antes que percebesse, WolfLanthalder estava no ar em novo ataque, seu braço direito agora fazia o movimento inverso, um círculo de cima para baixo e o braço mecânico do imperador voa rodopiando pelos ares, arremetendo fluídos por todos os lados, culminando com o avassalador guerreiro cibernético agarrando-se em seu tronco, com garras de mãos e pés, abocanhando parte de seu ombro mecânico, arrancando mais pedaços do inimigo que voaram pelos céus assim como o próprio WolfLanthalder que se arremeteu usando o corpo do inimigo como impulso, girando no ar e caindo em pé, alguns metros distante dele…
Guntraz cambaleante quase sem energias, tenta usar mais um golpe energético para atingir seu algoz, mas a Gatling Gun de WolfLanthalder aciona-se em seu braço direito, poderosos projéteis de plasma atingem o corpo do imperador em velocidade absurda empurrando-o para trás com força descomunal, conseguindo à muito esforço manter-se ainda de pé diante do ataque repentino e então, tudo que conseguiu observar era que seu inimigo estava praticamente diante dele de novo, desferindo diversos jabs e diretos, chutes, joelhadas e cotoveladas, o empurrando mais e mais para trás, sendo Guntraz incapaz de deter a centena de golpes que recebeu, até que finalmente, com um golpe giratório vertical de seu corpo inteiro, com a garra do braço esquerdo WolfLanthalder atinge a altura da cintura de Guntraz, arrancando a perna mecânica do mesmo, unicamente não tombando o vilão ao chão com o ataque, porque recostou-se agarrando-se em uma das árvores do local enquanto balbuciava: "- Tudo que coletei de Cerebrax... Todas as mudanças que fiz para deter o ataque de cada um de vocês, tudo em vão, agora que vocês evoluíram para um nível que eu não calculei... Seus... Malditos..."
WolfLanthalder pousa diante alguns metros do inimigo abrindo seus braços, elevando logo em seguida o braço esquerdo para cima, o transformando por completo em um poderoso canhão que energizando-se em concentração poderosa, iluminou-se por completo até atingir poder máximo, disparando sob a voz metálica assustadora do lobo robótico, fritando por completo todo e qualquer sistema tecnológico do imperador: “- PROTON… CANNON!”
O disparo aniquilou totalmente a funcionalidade máquina do arrogante monarca que atingido pelo golpe teve a árvore de suporte atrás dele destruída no processo resultando o corpo do mesmo ter voado com o impacto, rodopiando por dezenas de metros pelo ar, vindo à se chocar contra o prédio ao final da rua, violentamente… WolfLanthalder então avança correndo contra ele e chegando há centímetros do vilão derrotado, ergue o mesmo pelo pescoço, pelo menos o que restou do imperador e profere:
“- Ainda faltam duas coisas à fazer Guntraz…”
WolfLanthalder arremessa o corpo de Guntraz para o meio do palco de batalhas deixando-o mais próximo dos aliados e então se lança para os céus, atingindo altura considerável o suficiente para avistar o cruzador em meio ao rio Guaíba ainda à queimar… O rosnar furioso foi ouvido de novo e em seu peito a parte central se abriu, onde do meio do mesmo surgia um poderoso orbe oculto no interior de sua caixa torácica, que começava à crepitar em energias assustadoras, para então o uivo novamente se fazer presente e a voz metálica assustadora bradar em seguida com força total: “- GRAVITON… CANNON!”
O potente raio atinge em cheio o cruzador que ao começar a ser bombardeado começa à aumentar as chamas como se fosse explodir e então, como se em um colapso detivesse tudo que saía dele, começa à recuar em seu tamanho e calor, culminando que o gigantesco aparelho de viagem interestelar, como se fosse esmagado por mãos gigantes, implodisse pedaço por pedaço como se sugado por um buraco negro de uma estrela em explosão até que desaparece por completo não causando qualquer dano à cidade ou pessoas, exterminando o último refúgio do odioso imperador!
WolfLanthalder desce ao chão novamente de forma absurdamente pesada, abre uma cratera onde pousa e segue, com os caninos expostos demonstrando a agressividade ainda gigante, caminhando lentamente ao que sobrou de Guntraz... O observando por alguns segundos como se decidisse sua próxima ação, envolto e fúria e revolta, o ex-monarca, agora com talvez 40% de seu corpo apenas, esbravejava: “- MINHA NAVE… VOCÊ DESTRUIU MINHA NAVE, DESTRUIU MEUS SONHOS DE CONQUISTAS, SEU MONTE DE LIXO CIBERNÉTICO DE QUINTA CATEGORIA! EU IREI ME VINGAR, EU IREI RETORNAR MAIS PODEROSO QUE NUNCA, JAMAIS ESTARÁ LIVRE DE MIM SEU MALDITO, JAMAIS TERÁ SOSSEGO OU ESSE MALDITO PLANETA QUE REJEITOU MINHA LIDERANÇA, EU TE JURO MALDITO!”
WolfLanthalder então agarra Guntraz novamente pelo pescoço e nesse momento todos os expectadores o observam… Ele aproxima o vilão de seu rosto, sua de fúria era palpável e o imperador o desafiava com o olhar como se buscasse a morte… BlastRed e os demais observavam a tudo, aguardavam em silêncio pela atitude do aliado e eis que o lobisomem cibernético olha para eles e salta para os céus com Guntraz em suas garras, caindo pesadamente à frente dos três e enterrando a face de Guntraz no chão diante de BlastRed, RedTurbo e Sonido…. A poderosa criatura então pisa sobre a cabeça do inimigo até afundá-la na terra revolvida sem no entanto usar força suficiente para matá-lo, para depois o retirar do local, atirando-o diante dos demais, sem qualquer condição de revide…
“-Sinta Guntraz... Isto é o verdadeiro poder, se sacrificar pelos outros além do que você é capaz, apenas porque é o certo a se fazer... Esses três à sua frente, são anos luz maiores e mais poderosos que você e sua megalomania… Seu sonho acabou e ao invés de morrer e se livrar de seus crimes, você vai pagar por tudo que fez... Vivo!”
Sonido sorri feliz e emocionada com a atitude tomada por WolfLanthalder, mesmo diante da provocação e intimidação de Guntraz... BlastRed acena positivamente desativando seu capacete, como se reconhecesse que todas as palavras que Lanthys havia lhe dito no dia em que partiu da Terra, se confirmassem agora como verdade mais do que absoluta! RedTurbo no entanto, diferente de todos os outros, não emocionou-se, não comemorou, não ficou feliz, pelo contrário, ele desferiu uma cusparada na cabeça de Guntraz e queria à todo custo se aproximar para dar pelo menos um chute no mesmo, não conseguindo seu intento unicamente por estar contido pelos paramédicos dado seu estado se saúde precário… BlastRed se aproxima de WolfLanthalder que ainda arfava devido à natureza selvagem a que atingiu e completa: “- Não somente os crimes daqui, esse repugnante monarca falido causou muitas mortes pelo cosmos e vários planetas esperam para julgá-lo… Deixá-lo vivo para responder por tudo, é a maior punição que podemos dar à ele… Parabéns…Amigo!”
BlastRed estende a mão ao poderoso combatente que mesmo ainda em sua forma bestial, responde ao aperto de mãos e finalmente, a batalha terrível havia acabado…
Três longos e pacíficos meses transcorreram após a intensa e devastadora batalha… Eram aproximadamente quinze horas e, no mesmo local onde Guntraz e a equipe de heróis se confrontaram, hoje encontravam-se civis e heróis compondo uma cerimônia solene em homenagem às vidas perdidas na batalha e aos heróis que garantiram a vitória… O prefeito entre outras autoridades da cidade e do estado falaram e fizeram campanha política até a exaustão, para somente depois de muita falação, convidar Lanthys para subir ao palco onde seria homenageado diante de todos pelos feitos da equipe que salvou a cidade e quem sabe o mundo, fazendo frente a ameaça do temido dominador de mundos, Guntraz…
O guerreiro sabia que tal situação de homenagem aconteceria, não queria participar e se mostrava bastante contrariado, mas sob incentivo e súplicas de várias pessoas que queriam vê-lo diante da multidão, Lanthys resolve aceitar o convite e subindo ao palco recebe de imediato certificados, medalhas, honrarias e até mesmo, a chave simbólica da cidade, como se costuma fazer em comemorações desse tipo… Humildemente o androide recebe tudo que lhe foi entregue e então a oportunidade ao microfone lhe é oferecida mas, diferente do que seus colegas acreditavam que seria a reação de Lanthys, ele misteriosamente aceita a oportunidade e diante de todos toma uma atitude inusitada… “- Comandante Pedroso… Eu pediria que o senhor subisse até aqui, se não lhe for pedir demais…”
Todos começam a olhar ao redor buscando pelo convidado de Lanthys, alguns segundos transcorrem e ninguém o avistava, mas eis que do meio da população, em trajes civis, o ex-comandante da força policial da capital do Rio Grande do Sul agora aposentado, se mostra contrariado, queria se manter oculto mas seu “disfarce” havia sido revelado… Ao longe, Marinny olha para o mesmo, acenando positivamente a jovem o incentiva a tomar a decisão de atender ao pedido de Lanthys! O sexagenário então se dirige ao palanque muito à contragosto onde o androide em um sorriso sincero o recebia com um aperto de mão reconfortante, demonstrando se sentir satisfeito, estampando um sorriso ao rosto, outra de suas conquistas no quesito “buscar se tornar mais próximo de um humano possível..." Voltando-se ao microfone e ao público ali existente, não sem antes entregar tudo que recebeu ao ex comandante, o homem-máquina inicia seu manifesto:
“- Quero que saibam… Tudo que recebi aqui, recebo como uma encomenda, sou apenas o portador momentâneo que destina ao merecedor de tal honraria… Os verdadeiros heróis, iniciam na pessoa deste ex-comandante que desde o início de todas as batalhas, esteve à frente de salvar, proteger, equipar, organizar e atacar… Se algo tivesse saído totalmente errado, ele com certeza receberia por seus pares e superiores a culpa de tudo… Ainda assim ele posicionou-se fortemente e manteve o que achou certo... Felizmente, de certa forma, tudo foi resolvido de maneira mais próxima de justa… Sob a vigilância e permissão dele, comandante Pedroso, nós lutamos e vencemos… Então, é mais do que justo que hoje sejam lembrados os verdadeiros heróis, aquele que sem poderes especiais, sem capacidades além do ser humano normal, arriscaram suas vidas e carreiras pelo bem comum… Aqueles que optaram por agir quando a maioria se ocultava… Aqueles que optaram por servir enquanto alguns querem ganhar nome sobre atos de outros… Que os verdadeiros heróis, sejam eles força policial, bombeiros, socorristas e até mesmo civis que de alguma maneira ajudaram, sejam reverenciados por direito, e que as pessoas que perderam suas vidas aqui ou em qualquer outra batalha… Possam nos perdoar por termos falhado com elas…”
O androide então se retira do local sob uma chuva de aplausos, atitude essa que trazia certo incômodo ao guerreiro considerando que ele não se considerava merecedor de nenhum elogio, havia feito o que nasceu para fazer e isso não era motivo para exaltarem suas atitudes, mas ao descer as escadas da estrutura, Leandro, Marinny e Bruno o aguardavam junto de Argos e a repórter foi a primeira a saltar-lhe ao pescoço admirando sua ação e suas palavras: “- Parecia que eu tava vendo Cristopher Reeve na interpretação de Superman… Mandou bem no discurso…”
Lanthys não compreendia a referência, menos ainda achava, novamente, que o que disse merecia alguma exaltação, apenas falou o que considerava a verdade e era exatamente essa crença inabalável no certo, que encantava seus aliados! Quebrando o clima como sempre, Leandro convida à todos para irem à um das diversas cafeterias que haviam por ali, ele queria ter com eles uma espécie de despedida, se reuniriam para conversar um pouco e colocar por menores em dia, um momento diferente, sem batalhas ou chance do alarme soar e os colocar em missão outra vez, ainda mais que teriam um compromisso muito importante às dezoito horas no instituto de pesquisas federal daquela cidade, então o momento para relaxar era agora…
Leandro escolhe uma das cafeterias, segundo ele a melhor e mais refinada do local, mas antes de poderem começar a tomar o café, assim que adentraram ao estabelecimento, o impetuoso jovem discutiu com o dono da cafeteria que alegava que Argos não poderia entrar afinal animais não eram permitidos no local; uma vez resolvida aquela parte, precisou logo em seguida discutir com a multidão que queria tirar fotos com Lanthys e Argos e não os deixavam em paz para sua reunião! Atritos resolvidos e atingido o intento de que pudessem ficar à sós em sua mesa (pagando uma gorjeta extra ao garçom e ao dono da cafeteria) ele finalmente relaxou e foi o primeiro a iniciar a conversa…
“- Então… Talvez essa seja a última vez que nos reuniremos por um bom tempo… Eu queria dizer que foi uma das melhores experiências que tive… Apesar de tudo que rolou, das tretas contigo Bruno, das piadas com o comedor de ossos que não come nada… Eu confesso que vou sentir falta do dia a dia de missões…”
Marinny então, sentada ao lado de Lanthys, eram quem continuava: “- É, a gente precisa seguir vida, não que eu considere que devamos perder o contato, mas, sem Guntraz meio que ficamos sem nossa principal atividade dos últimos meses… E depois tudo aconteceu tão depressa, tão automático… Quando vi estava lutando com vocês e tudo foi aumentando de intensidade e de proporções até chegarmos aqui, da forma intensa que foi… Eu preciso me reencontrar com minha profissão e meus sonhos, mas sem dúvidas eu concordo com o Leandro, tudo que vivemos foi incrível e muito bom… Mesmo nos piores momentos…”
Bruno tomava um gole do café e então entrava no assunto: “- Eu sei que faço parte de pelo menos um pedaço do montante ruim… Fui ingênuo e fraco, assim enganado por Guntraz no início e controlado por MindControl no final… Mas ao voltar para meu planeta, eu percebi que pra poder manter a paz, eu teria de fazer exatamente o mesmo que contestei aqui e sei lá, se o controle do monstro me abandonou por completo ou simplesmente recuperei a noção das coisas mas eu vi tudo de forma diferente, por um outro ângulo eu diria… E então resolvi corrigir tudo… Ou pelo menos tentar…”
Argos então curioso era quem agora comentava: “- Mas como chegou ao patamar de voltar para exercer a missão que nos explicou?” Bruno sorvia mais um gole de café e explicava à todos a parte que ainda não havia contado:
“- Pois bem, como um dos seres que havia tido contato com Guntraz, por ter integrado suas fileiras e até saído para cumprir missão em seu nome, a Força de Segurança Universal me convocou à depor sobre meus atos e fui sentenciado a cumprir trabalhos comunitários pelo fato, algo que acho justo visto ter realmente em algum momento recebido ordens do imperador… No entanto, me ofereceram um acordo, se eu agisse como agente de campo deles, me infiltrando na nave e a destruindo de dentro pra fora removendo a base operativa do mesmo e diminuindo assim seu poderio, digamos que com essa atitude, eu poderia trocar esse trabalho pelo serviço comunitário… Sugeri a eles então algo diferente, que eu fizesse os dois atos, pois considero que tenho deveres pendente com a justiça e com os inocentes destruídos por Guntraz… A Força Universal concordou e assim, minha missão resumidamente era, derrubar o cruzador de Guntraz e impedir de se deteriorar durante a queda, evitando qualquer estrago à superfície da Terra ou seus habitantes! Meu escudo energético foi perfeito para tal descida, freando a queda do cruzador e depois apenas precisei ir até vocês e ver o show de evolução final da dupla robótica ali! Como parte final, deveria ficar na Terra para manter Guntraz aprisionado com a tecnologia que trouxe da própria Força de Segurança, até que seu julgamento estivesse preparado e então ele fosse levado para a corte suprema Universal, fato que ocorrerá hoje e é também, quando deixarei a Terra, pelo menos por enquanto…”
RedTurbo pedindo mais um café antes de se pronunciar, dá uma ajeitada no cavanhaque e então sorridente completa: “- E graças à essa influência da força policial do espaço a gente vai poder ver o Guntraz ser enxotado daqui, de camarote, ahahahaha! Cara, isso vai ser muito bom, confesso que tô ansioso pra ver ele de perto de novo, hehehehhe!”
Bruno era quem novamente se pronunciava e alertava uma vez mais: “- Sim, consegui essa permissão com muito esforço, uma vez que vocês foram os responsáveis pela captura dele, mas não se esqueça, a gente só pode observar e não intervir… Minha missão era apenas manter a segurança enquanto Guntraz era reparado de forma a não sofrer nenhum dano ao seu suporte vital e assim estar vivo para o tribunal! Após isso, eu deveria supervisionar seu isolamento e aguardar seu traslado que seria preparado… Tudo a partir do momento em que as Forças Universais chegarem, é competência e jurisdição deles, não podemos nos envolver…”
O debochado guerreiro tinha um sorriso no rosto e fazia um gesto com a mão para que Bruno não se preocupasse à toa completando… “- Fica sossegado rapá, só quero ver a cara de lata do Guntraz ao ser chutado da Terra, ahahahaha! Aliás, metade da cara né?”
Várias risadas foram proferidas e então foi que Marinny quis saber algo que ainda não havia questionado: “- Lanthys, tu e o Argos, como foi na hora da união, deixaram de ser vocês e se tornaram outro ou eram os dois interagindo simultaneamente? Como conseguiram no meio de toda o calor da batalha ainda evitar tirar a vida de Guntraz?”
Lanthys que escutava a todos, considera as palavras de Marinny e reflete sobre a situação… Após alguns segundos ele explica: “- Era como se eu fosse a parte que se mantinha no controle, mas, sentia que os poderes e os conceitos de Argos estavam ali à me proteger e dar forças como uma armadura repleta de energia… Minha mente era um misto de meus pensamentos, os de Argos e a selvageria da criatura que nos tornamos, mas… Tudo que vivemos e construímos estava ali também então quando começamos a atacar, nosso sistema baseado na precisão de Argos fazia análise perfeita de o que podia ser destroçado para desestabilizar o vilão sem tirar-lhe a vida enquanto minha força se guiava por essa precisão… Quanto à matá-lo… Bem, as palavras de BlastRed nunca saíram de minha mente e o conceito de justiça que eu tinha era o de julgamento, nunca de execução, não iria permitir que isso mudasse agora… Quis acho, apenas unir o certo ao correto e por isso mantê-lo vivo, me pareceu a opção mais justa…”
Leandro então com uma risada sarcástica bate na mesa e esbraveja: “- O ditado correto é, unir o útil ao agradável, seu monte de parafuso com mania de filosofia, pelo menos cita as comparações direito, seu pulha!” Todos dão risada e era Bruno quem zoava na sequência: “- Mas olha só, não posso nem sair pra ir ao meu planeta de origem que alguém termina o EJA nas horas vagas!” A confusão novamente se instaurava com Leandro querendo bater em Bruno que apenas se esquivava e continuava a rir, culminando com todos rindo e se divertindo muito! Muitas outras histórias e por menores foram detalhados e assim a tarde transcorreu, feliz e completa como uma despedida deveria ser…
Instituto de Pesquisas Federal do Rio Grande do Sul - 18hs:
O local era um verdadeiro complexo tecnológico muito diferente do que os gaúchos ou brasileiros estavam acostumados a presenciar… Somente os alunos mais brilhantes e dedicados conseguiam estágio neste local onde tecnologias e experiências diversas eram testadas e financiadas por várias entidades, tanto nacionais quanto internacionais! O esforço para manter o imperador maligno vivo, era um esforço conjunto de vários países, por pressão da Força Policial Universal que alegou que caso Guntraz morresse por falta de empenho dos terráqueos, o planeta seria responsabilizado criminalmente diante da justiça cósmica, ou seja, uma coalizão que a maioria não apoiava, preferiam ver o vilão morto e enterrado, mas aceitavam devido à sanções que sofreriam…
O grande saguão central que dava acesso ao terraço estava lotado com diversas autoridades e muitos, muitos seguranças de todos os tipos se faziam ali presentes… Diante de um pequeno púlpito, surgia o cientista renomado, Alexei Gerânio Number, que se posicionando ao púlpito, faz suas explanações finais:
“- Senhores e senhoras… Para que não reste dúvida sobre tudo que foi feito durante esse período e, reiterando que tudo que aqui for explicado acompanha processo impresso com todos os mesmos detalhes, que segue em vias especiais com a Polícia Universal e ficará à disposição de qualquer um que quiser consultar, Kurt Black, autointitulado Imperador Guntraz, ao partir para o espaço e encontrar-se com entidades alienígenas, associou-se à elas e desenvolveu diversas operações em seu corpo, trocando órgãos naturais por componentes robóticos que gerariam energia e funções para a parte vital da qual ele não podia se desfazer ou fariam perder sua vida… Assim, quando da luta deste criminoso com o guerreiro Lanthys, suas partes robóticas que davam sustentação ao orgânico foram destruídos, uma vez que eram responsáveis por gerar diversas de suas super capacidades… O que fizemos foi substituir as poderosas modificações altamente tecnológicas por simples maquinários terrestres que fazem o mesmo sem gerar mega capacidades, ou seja, sua parte orgânica foi tratada para manter sua vida intacta, enquanto as máquinas que como poderão ver estão ligadas à ele por fios e tubulações, impedem qualquer ameaça no vulgo imperador, mantendo o mesmo em plena saúde e funcionamento, com sistemas de reserva que permitirão vida e digamos, o mínimo de conforto para sua existência, conforme o combinado com a Força Policial Universal! Ressalto em dizer, que como terráqueo, me sinto ofendido ao ter de manter em segurança a vida de tal assassino enquanto poderíamos estar usando tais conhecimentos, recursos e tempos em prol das pessoas que tiveram suas vidas modificadas para sempre devido à suas investidas… Ainda assim, como solicitado pela justiça, fizemos tudo que estava ao nosso alcance para honrar nossa parte no acordo… O vilão agora irá passar pelo corredor principal como sua última instância em nosso planeta e será levado pelas Forças Policiais Cósmicas que aqui se encontram nesse momento! Desejamos que a justiça prevaleça sempre!”
Os presentes então aplaudiram a fala do cientista, a equipe estava na linha de frente esperando que Guntraz passasse e de fato, em questão de minutos, no final do longo corredor, uma comitiva surgia abrindo a porta trazendo o maligno ser com seu corpo amarrado à uma espécie de mesa que vinha em posição quase vertical sobre rodas… Imperador Guntraz ali estava uma vez mais, com sua parte orgânica intacta tal qual explicou o cientista, enquanto sua parte mecânica, havia sido substituída por uma espécie de manequim em algo similar à acrílico, porém muito mais avançando, apenas para dar sustentação ao corpo e resto de órgãos… O olhar do inimigo buscava avidamente por seus oponentes, e desde que a porta se abriu, Guntraz e a equipe mantiveram olho no olho, assim como a repulsa e a revolta entre ambos era palpável apesar do tempo transcorrido…
Argos e Lanthys lembram-se de todas as vezes em que perderam inocentes para o vilão, lembram-se do mesmo ter criado a revolta de Murder que retornou ao mundo dos vivos com a temida armadura Necroton e massacrou milhares onde só sobrepujaram tudo, com a ajuda do caçador de demônios Falco… Lembram também de Guntraz ter tentado alterar as linhas do tempo e assim apagar a linhagem de heróis BlueRed de outra realidade… Marinny lembra-se das vezes que quase morreu e das vezes que viu seus amigos serem quase destruídos assim como todos que morreram por suas ações ou foram transformados em monstros… Bruno lembra-se de como foi enganado e acabou por quase lutar ao seu lado… Todos tinham momentos de raiva para lembrar ao observar o vilão que se aproximava deles para subir no transporte que o aguardava… Já Guntraz, à cada momento que se aproximava, aumentava mais seu sorriso sarcástico em apenas meia boca visto a parte artificial não estar sob seu controle e, ao passar pela equipe de heróis que o encaravam, sem poder virar a cabeça, Guntraz apenas deixa escapar um sussurro: “- Bando de perdedores patéticos e fracos, sequer tiverem coragem para me matar... Verdadeiros rufiões!”
Ao ouvir a provocação, tudo parecia ter ficado em câmera lenta… Os quatro guerreiros viram-se para Leandro ainda a tempo de o ver estalar os olhos e fazer uma expressão de completa ira… Eles percebem o perigo, tentam se mover e deter o aliado, mas os punhos do guerreiro veloz se fecham, suas pernas se retesam e ele salta em direção à Guntraz com seu punho cerrado e o braço em posição de ataque quando finalmente o tempo e movimentação pareciam voltar ao normal, justo a partir do momento em que o primeiro soco atinge o rosto de Guntraz: “- SUA METADE DE FILHO DA PUTA, FILHO DE UMA METADE DE CHOCADEIRA, EU VOU ARRANCAR ESSA TUA OUTRA METADE DE CARA PEDAÇO POR PEDAÇO E TU NUNCA MAIS VAI DIRIGIR A VOZ PRA NINGUÉM SEU ARREMEDO DE VILÃO QUE QUINQUAGÉSIMA CATEGORIA!” E a confusão estava novamente instaurada…
Metade dos espectadores no local torciam para que Leandro destruísse o vilão no ato, a outra metade desejava a ordem novamente, ou pelo menos assim demonstravam, enquanto as forças policiais da Terra e do espaço tentavam conter o herói que batia em meia dúzia de agentes, se livrava dos ataques não letais das tropas em meio à confusão e voltava a bater em Guntraz de novo!
Após pelo menos quinze minutos de confusão e um Guntraz completamente irreconhecível se comparado com as primeiras imagens, o vilão adentrava finalmente o cargueiro espacial que levaria o imperador e Bruno embora, enquanto Leandro ainda trocava socos e chutes com a Brigada Militar tentando se livrar daqueles que tentavam detê-lo… O ex-comandante Pedroso intervém e o clima era complicado, afinal o planeta poderia ser sancionado pelas atitudes de seu próprio herói... Várias horas foram necessárias entre depoimentos, lições de moral, leitura de crimes cometidos no ato, mas também foram mencionados os feitos de cada um e principalmente do próprio Leandro que não reconhecia culpa no ato e ainda dizia que havia feito era pouco! Após uma conversa então entre Lanthys, o ex-comandante Pedroso e as lideranças locais, acordos e assinaturas de responsabilidade entre outras formalidades foram tecidas e negociadas até que todos pudessem sair do Instituto sem ninguém ser preso...
Diante do Instituto, a madrugada já havia ganhado as ruas e o grupo se deteve ficando a olhar para Leandro, cheio de hematomas e com cara de poucos amigos... Eles se observam mais um pouco até que ele faz um gesto desconexo como dizendo "que que foi?" e então todos caem na risada diante das cenas bizarras que vivenciaram nas últimas horas graças ao incomparável RedTurbo! Após muitas considerações, explicações, entendimentos e demais situações similares, os amigos se olham, sorriem de forma singela, se sentem felizes por tudo que vivenciaram até ali e esperam do fundo de seus sentimentos, que possam encontrar-se de novo...
Foi então que, envoltos naquele sentimento melancólico mas tranquilo, Lanthys, Argos, Leandro e Marinny seguiram juntos até o cruzamento das avenidas próximas do Instituto… Aquele foi sem dúvida o último momento em que a equipe esteve reunida por muito tempo… Eles se olham, Marinny abraça Lanthys, Argos e Leandro, enquanto o “cavalo” aperta a mão de Lanthys, abraça Marinny e dá um tapa de leve na cabeça de Argos… Eles se olham uma vez mais e Leandro segue para a esquerda, Marinny para a direita enquanto Argos e Lanthys seguem em frente e assim a vida de cada um seguia seu rumo e enquanto se afastavam, cada um deles tinha suas mentes ocupadas com o que mais marcou essa parceria, momentos e situações que não esqueceriam jamais... Distantes alguns metros, cada um deles afastava-se mais à cada novo passo, nenhum dos três trajetos poderia ouvir o que o outro pensava ou dizia, mas cada um deles, levava os demais em seus sentimentos e lembranças...
Lanthys seguia determinado, Argos o acompanhava mas se mantinha em silêncio, sabia que a aproximação do irmão máquina à capacidade de sentir dos humanos dava à ele mais coisas para entender... E de fato o era, na mente do androide, pensamentos vagueavam e sem dizer uma única palavra ele pensava, determinado: "- Meu banco de dados está repleto de lembranças... Jamais esquecerei cada momento que ao lado de todos eles vivi... Minha missão foi cumprida, meu aprendizado se aprofunda e creio que doutor Chang esteja satisfeito com nosso esforço... Vou continuar ao lado de Argos, protegendo esta terra e estes seres contra tudo e qualquer coisa que atente contra eles... Eu desejo o melhor para todos eles, em especial, desejo o melhor para estes grandes amigos... Sejam felizes cada um à seu modo... E saibam, estarei sempre protegendo vocês mesmo que não me vejam ou a Argos... Enquanto eu existir, manterei este mundo seguro para todos vocês... Até breve meus amigos, Leandro e Marinny..." E os dois desaparecem avenida acima...
Já Leandro, apressava o passo ao máximo que podia, as lágrimas começavam à escorrer e ninguém poderia ver essa cena, ele jamais permitiria que o vissem chorar de novo... Numa tentativa de trancar as mesmas ele começa à pensar em seus planos futuros e assim se afasta o máximo que podia sem dar à entender que o estava fazendo propositalmente: "- Vou ganhar muita grana sendo segurança, vou proteger todo aquele que puder pagar bem, e vou aproveitar essa ideia pra meter o cacete em cara mala e chato que vier encher o saco... E vou ter uma equipe tão grande, tão grande que vou proteger todos vocês... Cacete, que porra que tô falando, eu vou é ganhar dinheiro, e vou então depois de ter muito dinheiro, realizar meu sonho e abrir um conglomerado de casas de perdição, hehehehehe, já tenho até o nome pra isso, vai ser o nome mais sugestivo do mundo e ainda vai levar minha marca registrada, a cor que mais amo nesse mundo, ahahahahahhaha! Se cuidem seus pulhas, cês são foda, os melhores amigos que eu podia ter! Vamos nos ver de novo em breve, na batalha pela paz ou em outra confusão, ahahahaha!" O gigante vermelho dobra a esquina e desaparece da vista de todos...
Oculta debaixo de uma das árvores, no lado direito para o qual seguiu, Marinny sorria e admirava os três amigos à desaparecer na noite... Em seu íntimo ela pensava e desejava: "- Meus grandes amigos... Foi realmente uma grande aventura estar com vocês... Tenho a honra de ter compartilhado momentos tão grandiosos e incríveis... Meu mundo era cinza devido à meus poderes e eu teria continuado assim se não os tivesse conhecido e aprendido à fazer o uso correto desses dons... Leandro, seja feliz e nunca deixe de ser quem tu é, esse é teu jeito e teu estilo, és boa pessoa e sei que sempre terás o bem e a justiça como meta apesar dos meios controversos... Argos, cuide de meu querido amigo Lanthys e sempre tenha as melhores ideias para que ele possa sobrepujar tudo... Quanto a ti Lanthys... Como toda a adulta recém saída da adolescência, a gente acaba confundindo as coisas e emaranhando sentimentos... Me encantei, me apaixonei e creio que cheguei à te amar... Mas hoje, mais madura apesar da pouca idade para tal, eu percebo que minha admiração deve se manter apenas nisso, pois tu não existe para uma única pessoa, és um anjo vingador de metal que junto à teu irmão são guardiões de todos... Não tenho o direito de querer que fiques ao meu redor como uma propriedade... Siga em paz meu amigo e proteja a todos que de ti precisam... Sempre que precisar, eu estarei aqui e viverei meus dias da maneira mais feliz que puder, pois sei que é isso que tu esperaria de mim! Até mais meus queridos amigos!" Uma buzina soa de leve, o veículo estaciona do outro lado da rua e Marinny atravessa a mesma correndo entrando no carro... Dentro dele um velho conhecido de todos a aguardava para levá-la para casa e era recebido com carinho pela poderosa guerreira mutante: "- Vamos pra casa vô, tudo está resolvido!"
Um ano então transcorreu entre essa despedida singela e o dia atual... Em uma loja de livros da capital, uma sessão de autógrafos estava quase sendo concluída enquanto um senhor de aproximadamente sessenta anos de idade estava sentado quase na entrada da sala terminando seu café e admirando sua neta, a escritora Ana Paula Pedroso à atender os últimos da fila, que haviam comprado seu mais novo livro…
Formada em jornalismo, a jovem de 25 anos trabalhava em um jornal de uma cidade do interior mas, alçava carreira de escritora profissional como sonho de vida! De tudo que ela já havia publicado como micro contos entre outros, esse foi o primeiro trabalho pelo qual uma editora se interessou e resolveu apostar, deixando a mesma incrivelmente feliz com o resultado, seu sonho parecia começar a tornar-se realidade… O último comprador recebe seu autógrafo, ela ergue-se feliz, agradece à todos da editora direcionando-se à saída para encontrar seu avô que também se erguia para seguirem para casa… Enquanto caminhavam, um diálogo mais que especial acontecia, começando com a própria escritora à comemorar: “- Estou muito feliz vô… Finalmente meu livro deu certo e quem diria que seria justamente esse, o livro que achei que ninguém levaria à sério…”
Seu Otávio, homem forte espiritualmente, ainda mantinha um corpo em condições e apresentava a rigidez de quem viveu uma vida inteira de caserna, era ele quem sorrindo, comemorava juntamente e incentivava: “- Ora… Mas esse é o mais real de todos, tu colocou como ficção, mas a gente sabe a verdade e praticamente uma boa parte da população também não é?”
A jovem arrumava os cabelos os prendendo em forma de “rabo de cavalo” e continuava a argumentar: “- Sim, mas eu não queria deixar tudo tão claro e tão direto… Isso expõe à mim e também iria expor o senhor né vô? Então eu precisei mudar algumas coisas pra dar um pouco de privacidade para quem pude…”
Seu Otávio fazia sinal de quem compreendia tudo, mas ainda assim argumentava: “- Entendi… De qualquer forma é muito fácil buscar e encontrar o comandante da Brigada durante todo o conflito e chegar à fonte, não acha? Ah filha, tu me desculpa, na minha época tudo era mais preto no branco, meu avô perdeu terras porque fez um contrato baseado no fio de bigode, como diziam os antigos, na época, era a maior prova de palavra de um homem… Eu tenho dificuldade de entender essas coisas… E esse monte de nome, tu não vai ter crise de identidade não?”
Paula começou a rir bastante, apanhou duas garrafas de água mineral de sua bolsa entregando uma ao avô e seguiu explanando: “- Ah que é isso vô, são três nomes só e um deles é o verdadeiro, nada demais à se gerir, sem falar que eu nem cito o ano em que tudo aconteceu, de repente lá no futuro quando alguém ler, nem vai conseguir buscar a época certa de todo o ocorrido…”
O bom homem abria a garrafa, bebia um gole e tentava compreender: "- Ok, mas quanto aos nomes, vamos ver se entendi… No livro, tu é Marinny, uma personagem que depois virou Sonido, mas ainda assim é Marinny a escritora...”
Paula faz um “positivo” para seu Otávio e completa logo após beber um pouco da água: “- E ainda mantive meu nome em segredo, usando somente nosso sobrenome durante as referências do livro para o comandante da Brigada de forma que ninguém vai ligar o seu Otávio Pedroso ao ex-comandante Pedroso… E apesar de serem a mesma pessoa, apesar de realmente o senhor ter sido o Comandante da Brigada e avô da Marinny na história também, duvido que alguém tenha percebido isso afinal deixei poucas e escassas pistas deste parentesco… Não creio que alguém vai associar esse bondoso seu Otávio e sua neta Paula ao comandante aposentado da Brigada Militar e Marinny não acha? Só se alguém realmente quiser vasculhar isso e se for o caso, não vai ser a gente escondendo nomes que vai impedir de chegarem até nós… Apenas não quis nos deixar como figurinhas carimbadas que todo e qualquer leitor fechasse a soma, entendeu?”
Seu Otávio então coça o pescoço como quem ainda tinha seus receios com isso, mas sem opções, deixa essas ponderações para depois, pois tinha mais perguntas em sua mente: “- Sei não… Mas enfim, o que importa é que tu estás feliz e as aventuras chegaram ao fim com pelo menos todos vocês vivos… Aliás, o que aconteceu de verdade com todos eles? Tu não conta no livro, só se despediram no cruzamento…”
Paula fecha a garrafa de água e convida seu avô para sentarem-se num dos bancos da Praça da Redenção e explica: “- Achei que esse era outro dos pontos onde eu poderia tentar manter alguma privacidade à todos eles, por isso não expus isso no livro, mas bem, o que se sabe é que, o Bruno voltou à seu planeta e talvez nunca mais volte à Terra… Lanthys e o Argos continuam seu monitoramento do Brasil e do mundo, como imortais que são, vão seguir suas diretrizes fazendo o que nasceram para fazer… Eu, pretendo avançar cada vez mais como escritora e repórter e espero que tudo dê certo… Quem parece, como sempre, que teve o destino mais controverso foi o Leandro… Ele fundou uma empresa de segurança em Gramado… Presta serviço para hotéis, artistas, autoridades, festas, o que precisar de segurança, é com ele mesmo, e ao que tudo indica, está fazendo grande sucesso… Mas, dizem por aí nos bastidores, que ele fundou também uma rede de bares com "diversão masculina", se é que o senhor me entende, e que estariam fazendo muito sucesso... Tudo isso não é confirmado, não é oficial, mas apesar de tudo, sabemos que é bem provável que seja verdade visto estarmos falando do Leandro…”
Seu Otávio presta atenção em um anúncio em outdoor eletrônico onde um comercial chamou a atenção, mostrava diversas casas de prostituição, belas mulheres na capa e a mais famosa se chamava coincidentemente "Vermelho 69"... O sexagenário, inteligente e observador como sempre foi, traduziu em sua mente o nome da casa como "Red Pervertido" e ficou se perguntando, se seria aquela a tal casa das quais Ana Paula havia falado... Uma coisa era certa, o nome tinha tudo à ver com a mente doentia de Leandro, pensava ele... Logo em seguida riu muito de seu pensamento e junto da neta completava a situação: “- Uma vez Leandro sempre Leandro, não se pode mudar… E nossa, como foi difícil não deixar que a Polícia Cósmica prendesse ele também depois do que fez ao Guntraz em sua partida… Que cara encrenqueiro, mas contrário à tudo que alguém do seu tipo indicaria, tem um coração enorme… Mas filha, ainda me resta uma curiosidade… Nunca foi mencionado em toda a saga um nome pra equipe e do nada, tu me surge com esse título… Porque?”
Paula fica pensativa e ela mesmo tenta entender o porquê sempre viu este nome como algo que se referisse a equipe... Em uma tentativa de achar a lógica, enquanto confabulava consigo mesmo, ela ia argumentando: “- Bem… Eu sempre curti muito cultura japonesa, o senhor sabe… E quando juntos sempre me pareceu que representávamos em atitudes, aqueles heróis perfeitos que a sociedade japonesa mostra… Ok, eu sei que isso não é a realidade deles, aliás, líder em suicídios é um dos recordes do Japão entre tantos outros problemas, mas… Os heróis que eles apresentam, tem um jeito diferenciado que me encanta e eu via muito isso neles, principalmente em Lanthys e Argos… Assim eu quis dar uma dica dessa personalidade que vejo neles, usando o Nipo... Quanto ao Rangers… Bom, eles realmente parecem aqueles guerreiros americanos cheio de armamentos e tecnologias e tal… Quando mencionei ao Lanthys e ao Argos esse nome eles disseram que era adequado e que soava bem, então, segui essa linha de raciocínio e mantive o título do livro como “Super Guerreiros Nipo Rangers”!”
O então ex-comandante da Brigada Militar de Porto Alegre coça a barba e olhando para o céu azul e límpido acena positivamente com a cabeça como se entendesse os conceitos que a neta usou… Mas achando que ainda faltando dizer algo sobre essa equipe ele mesmo dispara: “- Entendi… Não esquecendo que a mais fã de cultura japonesa estava no meio, lutando como todos eles e escondendo sua real identidade para poder se manter anônima à tudo… É sem dúvida é um bom nome, meus parabéns! Uma coisa é fato, foi algo bem doido tudo isso, aliens, robôs, cães falantes, mas desde que começastes a manifestar estes poderes com som, ainda bebezinho, eu sabia que a caminhada seria cheia de surpresas… E sabe do que mais? Eu não me arrependo de nada!”
Ana Paula então se abraça ao avô, os dois ficam ali, curtindo o céu satisfeitos com tudo, ao que o avô novamente questiona, uma vez que não teve a resposta no primeiro momento: “- E então, a batalha acabou mesmo?”
Paula se solta do abraço do avô, colocando as duas mãos sobre o banco e pensativa, mais reflexiva do que objetiva, responde: “- Do jeito que o mundo está sempre em perigo? Eu duvido vô! Acho que estamos tendo apenas… Um breve recesso... E não vejo a hora de pular no pescoço do Lanthys de novo!”
Os dois então se olham sorriem e pegando seus materiais seguem caminhada para sua residência enquanto isso, longe dali, mais especificamente na base CTG Cap´s, Argos e Lanthys chegavam de mais uma patrulha, deixando o LandCharger no hangar e seguindo para a sala central da base quando avistam um homem diante deles, os aguardando ao centro do saguão… Lanthys e Argos de pronto se preparam para o combate e indagam: “- Quem é você?”
O ser irradiando energia apenas gesticula pedindo calma e explica: “- As realidades precisam de vossos trabalhos guerreiros, escutem as minhas palavras, as nossas palavras…" Mais dois seres idênticos surgem e se posicionam ao lado deste conclamando em uma só voz: "- Nós somos... Os Observadores!”
FIM - Ou recomeço?
Galeria de imagens:
A equipe Nipo Rangers diante do Memorial ao Expedicionário, Porto Alegre/RS: