Um dia nublado em pleno pampa do Rio Grande do Sul... O cemitério local de uma cidade do interior, da qual sequer ele lembra o nome, não faria diferença a ele lembrar que cidade era aquela, bastava saber chegar até lá... À frente de um túmulo empoeirado com algumas flores murchas, um jovem de aproximadamente 28 anos, sobretudo sobre o corpo e uma expressão de preocupação em seus olhos... Com visível respeito e admiração, ele se ajoelha como se fosse falar mais perto com alguém e parecia manter um diálogo, muito mais consigo mesmo do que com quem repousava naquele sepulcro:
Leandro: “ – Dr. Chang... Meu querido e saudoso amigo Chang... E não é que você estava certo mesmo... Hoje infelizmente eu vou ter de cumprir a promessa que te fiz naquele dia... Por mais improvável que pudesse parecer, ele está de volta... Não sei como conseguiu, nem onde se escondeu até hoje, mas... Aquele aparelho maluco que você me deixou está enchendo meu saco alarmando sem parar e... Esse maldito sinal está cada vez mais forte... Eu não sei dizer se vem de fora ou de dentro da Terra, ou se simplesmente essa porra indica que ele está vindo na minha direção mas... Mas o fato é que sei que vou ter de cumprir o que te prometi... Depois de tanto duvidar de sua previsão eu me sinto agora envergonhado por nunca ter dado a devida atenção a isso... Bom, agora o que resta é torcer para que eu seja capaz e que... Que os aparatos e capacidades que me deixastes possam realmente me ajudar a cumprir teus propósitos...” As lágrimas escorrem e logo são sorvidas e derrubadas por um leve sorriso malicioso no rosto de Leandro e então a exclamação final:
Leandro: “ - Olha eu duvidando de novo... Eu sou um grande maldito mesmo, hehe!” Já não tão abalado quanto chegou, o jovem Leandro levantou-se e saindo do cemitério sem olhar para trás, ergueu sua mão como se fizesse um aceno e foi em busca de cumprir sua mencionada missão... Adentrando ao primeiro táxi que encontrou, teve sérios problemas em conseguir que o motorista o levasse para o local afastado onde precisava ir, ficando há mais de seis quilômetros do local esperado devido ao medo do motorista em ser assaltado e seguiu pelas trilhas em meio à floresta a pé... Enquanto caminhava, o robusto e pouco paciencioso jovem relembrava os fatos de um passado não tão distante... Algo em torno de 18 anos atrás ele considerava...