quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Kinseph - Herdeiro do Sol!


Uma clareira em meio a floresta na região da Terra dos Vales... O sol brilhava alto, estava praticamente ao centro do firmamento e sons característicos e conhecidos do mundo de Faêrun se faziam ouvir... Movimentação rápida, grunhidos, passos em carga, armaduras rangendo, palavras e comandos sendo trocados e magias sendo proferidas. Além disso, os impactos, árvores quebrando, juras de persistência sendo entoadas... Seria certo afirmar que deuses lutavam ali, mas não eram suas formas físicas que ali se encontravam e sim, de seus representantes neste mundo! 
Athena: “– Corromper a natureza e os seres... Usá-los como escravos... Não perdoo!” A delicada mas de aparência selvagem moça, faz um gesto com as mãos e brada furiosa: “– ERGA-SE MÃE NATUREZA!” Instantânea e violentamente ramos de plantas de todas as espécies começam a brotar do chão e cobrir o inimigo que afrontava o grupo, um humanoide selvagem e musculoso, com aproximadamente 2,1m de altura. A maior parte do corpo era recoberta de pelos ásperos e sua boca era repleta de presas compridas e afiadas... Para completar, seu nariz era muito semelhante ao focinho de um urso... As plantas crescem e se enroscam na criatura denominada BugBear, prendendo seu vigoroso corpo e impedindo que ele se mexesse, algo que me impressionou bastante ao ver alguém tão delicada com tamanha fúria e poder... Quem, sou eu? Acho que isso é a parte menos importante de tudo... Talvez como eu me tornei alguém, possa agradar mais... Enquanto a batalha se desenrola, minha mente completamente focada e treinada consegue recordar do passado e preparar meu próximo movimento...

Eu não saberia dizer exatamente todos os detalhes de minha vida, pelo menos o início dela... Sei que um de meus ancestrais tem alguma ligação com os seres divinos conhecidos por muitos como anjos ou arcanjos, mas... Isso não tem muita importância ao final de tudo... O fato é que as lembranças que tenho, seriam deveras dolorosas para uma mentalidade infantil... Na verdade elas judiam bastante ainda, mas são minhas lembranças, minhas raízes... Desde minhas primeiras memórias, a única casa que conheci fora o confinamento dos escravos, em Skuld, cidade capital da região de Mulhorand. Foi lá, nessa região dos velhos impérios do leste Faêrun, onde os Mulhorandi foram trazidos a Toril da Terra pelo Império Imaskar, à procura de mão de obra, onde nasci e perdi meus pais, ambos escravos também, que não resistiram aos trabalhos duros a que foram expostos mesmo estando bastante enfraquecidos e doentes. Pelo menos foi o que fiquei sabendo por mestre Jabart, depois que tive mais capacidade de entender... Ainda com cinco anos de idade, fui vendido para mercadores que saíram pelas regiões a vender novos escravos e faturar com isso, mas inesperadamente, a caravana foi atacada e eu sobrevivi por ter ficado soterrado debaixo dos cadáveres... O medo me paralisou e creio que isso me salvou... Horas depois ouvi movimentos e me mantive tentando trancar a respiração para não ser descoberto, mas a luz do sol brilhou e achei que seria o fim pra mim... Fechei os olhos e esperei pelo pior, só então percebi que tentavam me ajudar e não me matar... Me permiti olhar quem me removia da pilha de cadáveres e esta foi a primeira vez que vi aquele que se tornaria a pessoa que me edificaria como um ser vivo responsável! Clérigo de Lathander e atual líder do templo desta divindade, Jabart através de seus dons me resgatou e graças a ele, tive a oportunidade de ser levado para a cidade de Lua Alta, tratado pelos clérigos do templo, onde comecei a conhecer aos poucos, as crenças e atitudes daqueles alegres prestadores de serviço e senti em minha alma, que algo estava preparado para mim... 

Pedaços de planta então passam pelo lado do meu rosto com perigosa proximidade, a criatura tentava se libertar, mas eu continuava concentrado em meus pensamentos e no que preparava... Um urro e a criatura tenta levar as mãos aos seus flancos e vejo o sangue tingir as plantas, era certo que o pequeno havia chegado até ele da forma que mais gostava, furtivamente... 
Hemming: “ – O melhor dos melhores nunca erra um alvo, ahahaha!” Tão logo ele o atingiu, mal pude ver a vegetação se movimentando enquanto ele desaparecia de novo para atacar uma vez mais das sombras... Minha concentração aumentava e minha mente continuava a vislumbrar o passado... 

Os dias em Lua Alta foram se passando, a situação de liberdade era um tanto nova para mim, eu podia ir onde quisesse e eles apenas me pediam que ajudasse, se pudesse, nos afazeres do templo... Ora, até meus cinco anos eu havia sido escravo e seguia ordens sem questionar, porque iria negar um pedido tão simples agora? E se comparado a opção que o universo me apresentou, ou seja, escravo para sempre em Skuld ou ter sido morto no ataque ao comboio do mercador de escravos, ajudar a limpar e servir ao templo que salvou minha vida e me libertou era mais do que uma satisfação, de bom grado eu ajudava em tudo que podia durante os dias inteiros... O simples fato de poder parar quando quisesse era como se eu tivesse ganhado mais moedas de ouro do que qualquer trabalho pudesse pagar em uma vida inteira... Porém, comecei a perceber que o destino tinha mais para mim que simplesmente trabalhar até o fim de meus dias... 

Conforme a rotina dos dias passavam, eu notava a cidade, suas pessoas necessitadas, eu notava as batalhas e os feridos que chegavam para ser tratados, eu notava a desesperança nas pessoas devido aos problemas e infortúnios da vida... As pessoas precisavam daqueles servos de Lathander a espalhar a motivação entre eles... Eu ouvia as lamentações dos enfermos e feridos e as respostas dadas pelos clérigos e via essas pessoas como dias nublados que murchavam suas almas assim como as plantas murcham e acabam inevitavelmente morrendo sem os raios de sol para alimentá-las... Eu percebi que assim eram as almas dos seres vivos, que sem incentivo, sem apoio, sem alguém que lhes mostrasse que mesmo após as mais poderosas tempestades vinham dias de calmaria e de renovação, eles acabariam se tornando tristes, desestimulados, incapazes de enfrentar seus problemas e de serem felizes ou fazerem a outros felizes... Meus olhos pareciam a cada nova visão destas cenas, adicionar mensagens em meu coração, me fazendo notar o quanto servos de Lathander neste mundo nunca seriam em número excessivo pois sempre os seres iriam precisar daqueles préstimos bondosos e incentivadores para aliviar suas dores, fossem divinas ou psicológicas... Eu havia percebido que seria um desperdício de meus dias não tentar fazer o mesmo que meus irmãos faziam e finalmente senti como se a luz do sol do Senhor do Amanhecer inundasse meu âmago de uma maneira que eu jamais havia sentido! 

A realidade me traz de novo ao momento, ouço passos largos e pesados correndo em direção ao inimigo... O barulho da armadura completa, o relampejar da lâmina afiada, a fúria estampada nos olhos e a determinação de quem não se detinha diante do mal... O cavaleiro trajado de negro ostentando em seu escudo um símbolo com uma mão esquelética empunhando uma balança, retesa sua espada para trás e desfere um movimento transversal de cima para baixo, da direita para a esquerda! Sua espada energizada parecia rasgar o vento e o impacto atinge em cheio o peito da criatura e o brado do cavaleiro retumbou pela clareira:
Malthael: “– DESTRUIÇÃO DO MAL!” O monstro urra, o sangue escorre, ele se enfurece e tenta se soltar uma vez mais e enquanto completo minha preparação para o que estava por vir, minha mente me rouba o controle uma vez mais e outra vez me vejo divagando sobre o passado... 

Naquele mesmo dia em que senti Lathander a me chamar, Mestre Jabart estava esperando no templo por minha decisão parecia, eu tenho quase certeza de que ele sabia o que eu havia vindo propor pois apenas sorriu e me convidou a segui-lo e então meus dias e minha vida mudaram! Com treino, estudo, esforço e principalmente merecimento, meus dons advindos de Lathander começaram a se manifestar e pude começar a entender como evoca-los... Comecei a ajudar em bem mais que a limpeza e serviços, pois me foi permitido acompanhar os irmãos em suas missões internas, fosse no templo ou na cidade, amenizando o sofrimento, removendo as enfermidades de nossos estimados cidadãos e necessitados... Eu sentia que minha vida seria de evolução, de conhecimento novo a cada dia, de experiências com os demais seres com quem divido minha existência, para superarmos as adversidades... Eis que então eu fui sagrado clérigo e obtive a permissão de ser o representante de meu senhor Lathander no mundo, espalhar suas bênçãos, espalhar sua cura, espalhar sua visão otimista e altruísta, assim como espalhar a vida pelo mundo! Este conjunto de ideias se tornaram o ar que preenchia meu ser e me fazia feliz... 

Os verões passavam, em minha mente recordações não haviam nem de irmãos, nem de pais, avós ou qualquer parente... Minha família agora era o templo, os irmãos clérigos e todo ser vivo que eu pudesse ajudar... Se desejasse o bem do outro, este ser era minha família também... Mas Lathander quer o melhor a seus filhos e, comigo não seria diferente pois o destino me sorria conforme os anos se passavam e eis que, aos 17 verões recebi minha primeira missão oficial como clérigo de Lathander: eu deveria partir para o vilarejo de Duvik para investigar uma misteriosa febre que estava a matar a todos... Fiquei nervoso a princípio pois estaria sozinho e deveria ter a mesma precisão e conhecimento que meus irmãos experientes, mas me centrei novamente, reavivei em meu íntimo que era para isso que havia me preparado e logo fui ajeitar os detalhes para minha partida para o local! 

Dia seguinte, logo após minhas preces matinais eu parti pela estrada e bastaram algumas horas para que eu encontrasse um novo membro de minha atual família... Cabelos alaranjados e volumosos, pés desnudos e muita desconfiança era o que percebia, quando via Athena pela primeira vez... Visivelmente uma druida iniciante, acompanhada de seu animal companheiro Fenris, ela me olhou pronta para sacar sua cimitarra, mas fui cortês e de poucas palavras para não agigantar ainda mais a desconfiança dela e a convidei para seguir caminho comigo, visto que íamos para o mesmo local! Ela ainda com ressalvas aceitou e percorremos boa parte do caminho sem nada falar, para que ela pudesse me analisar... No dia seguinte estávamos conversando e chegamos a Duvik sem problemas maiores e lá encontramos mais um aliado, Malthael o Paladino, que havia chegado há pouco também no vilarejo, buscando solucionar mortes a beira da estrada que o levaram até lá... Muito fechado e com vestimentas pretas, ele se dizia seguidor de Kelemvor e juntos, decidimos, cada um com suas motivações pessoais, seguir em direção a mina onde supostamente estaria a origem da febre ardente! Após diversos embates, diversos mistérios e de termos conseguido solucionar a situação, salvado os moradores ainda vivos e estabelecer novas regras para o uso das áreas do vilarejo, evitando assim novo confronto com a criatura Elemental que na floresta vivia, nossa missão estava completa ali e retornamos todos à Lua Alta escoltando um mercador que nos pediu ajuda. Tudo transcorreu bem, voltamos a cidade e mais uma missão nos uniu, forjando assim de vez nossa parceria e de quebra, nos levou até nosso membro mais recente, Hemming, um humanoide de 1,50m de estatura, estava quase sufocando debaixo de uma pilha de corpos, tal qual eu em minha origem... O resgatamos e curamos e então, ele resolveu se unir ao grupo em busca de aventuras, aperfeiçoamento e claro, dinheiro e belas mulheres... E se formos falar em aliados, acredito que ainda podemos citar o senhor Salvatore, dona da carroça que escoltamos, as autoridades e moradores da vila de Duvik que salvamos, talvez a Elemental da água que encontramos no topo da montanha e claro, nosso estimado bem feitor Arcantos, que nos ajudou no retorno seguro para casa após cumprirmos a missão onde encontramos Hemming!

Um estrondo se faz ouvir, as plantas foram rompidas, o BugBear havia se libertado e vinha com fúria pra cima de todos, mas Fenris, o companheiro animal de Athena salta em sua face e além de arrancar pedaço de seu nariz, ainda arranha de forma profunda seu rosto e vaza um de seus olhos. Hemming passa correndo por detrás do monstro e corta um de seus tendões o fazendo dobrar uma das pernas, Athena mantinha sua mente indicando a Fenris o que fazer e Malthael preparava seu último ataque bradando a mim:
Malthael: “– O que está esperando afinal?” Meus olhos dourados se abrem, e eu avisto o monstro fazendo o que achei que iria fazer quando se sentisse realmente ameaçado... De alguma forma a criatura conseguiu fazer levantar do solo, dezenas de criaturas mortas-vivas, esqueletos gosmentos e cheios de restos de carne e vísceras, com espadas, clavas, escudos e armaduras enferrujadas e partidas em alguns casos... O monstro ruge e balbucia:
BugBear: “– Que o poder do mestre os destrua!” Era minha vez de agir, meus braços começaram a se mover, mas o tempo parecia parado para... A situação em que nos encontrávamos dizia tudo que eu deveria ser e o quanto minha decisão foi acertada... Manter meus aliados vivos, curar os feridos, remover as doença e condições anormais... Espalhar a perseverança e a confiança em si mesmo e nos demais... Me aventurar por este mundo gigante, expurgar a maldade, dar vida digna a todos e me tornar o que Lathander seria se caminhasse entre nós livremente... Eu sinto Lathander ao meu lado... Nem a frente, nem acima, ele é um amigo que me pede para espalhar seu dogma enquanto eu ganho sua proteção para poder realizar isso... Os milésimos de segundo parecem horas e minha mente concentrada no momento deflagra para o que estava preparada para enfrentar, o levante destrutivo dos mortos vivos. Com o símbolo sagrado de Lathander em mãos, eu o ergo para o alto, o sol brilha sobre o item que resplandece sobre as criaturas como um cáustico ataque enquanto brado: “– SUA VIDA NESTE MUNDO ACABOU! DESAPAREÇAM ARREMEDOS DE VIDA! POR LATHANDER!” 

Como se o sol tivesse ali se materializado, uma potente luz solar se manifesta através de mim destruindo por completo as dezenas de esqueletos que tentavam se aproximar de todos e enquanto eles desapareciam diante do ataque do Senhor do Amanhecer, sendo totalmente destroçados, meu coração se regozijava em alegria... Eram corpos de seres não mais encarnados, usados sem permissão para fins escusos... Os mortos não mereciam aquilo, os vivos não deveriam ser ameaçados por eles... Seus descansos deveriam ser sagrados e meu Senhor abominava suas existências, por isso a fúria do ataque... Uma corrida vigorosa e se via Malthael avançar de novo com seu poder divino destrutivo partindo o BugBear em dois... O combate estava encerrado e eu ainda estava alegre... 

Honrar aliados e a boa vontade, valorizar a vida, ir além do que acredito que posso... Me tornar o raio de luz entre a escuridão e poder ouvir de quem se aproxima que eu os ajudei de alguma forma... E sempre desejar uma vida melhor na próxima vinda a este mundo a todos aqueles que partiram, inimigos ou não... Eis a meta do seguidor de Lathander, uma vida de alegria e determinação não importa a tristeza... Do alto dos meus tão somente 17 verões, não tenho mais receios que outrora tive, de deixar minhas características Aasimar de alguma forma me causarem constrangimento... Minha cabeleira clara, minhas orelhas pontudas, ou ainda, meus olhos nada convencionais e em alguns casos assustadores... Sou o que sou, tenho orgulho de minha herança racial e principalmente, tenho orgulho do ser que me tornei, que busca cada vez mais ouvir para aprender e agir para ser digno de existir. Quem sou eu? Acho que agora já tem alguma relevância dizer... 
“- Eu sou Kinseph Bargonius, clérigo do Senhor do Amanhecer Lathander e se você é contra a vida, desculpe, eu e minha família, iremos te encontrar mais cedo ou mais tarde!”

domingo, 24 de novembro de 2019

Nipo Rangers - Episódio 07 - "- Descoberta!"


Área central de Porto Alegre, um dia após a intensa batalha contra o androide Fever Zero... O Cenário era de desolação, destruição, morte... Em meio aos escombros, autoridades, polícia, bombeiros, equipes de resgate, jornalistas e curiosos, todos tentavam entender e explicar o que havia acontecido ali... Familiares buscavam por parentes desaparecidos, a força policial não deixava que ninguém se aproximasse, a policia internacional estava presente e diversos representantes de várias faculdades e institutos científicos também, pois a aparição de androides como era relatado por sobreviventes, levava a mente de todos a questão alienígena e isso sempre mexe e muito com a mente humana... Os repórteres e TV´s transmitiam tudo que podiam e as notícias chegavam das mais diversas formas: 

TV Local: “– No dia de ontem, uma violenta batalha aconteceu próximo a PUC, onde vários prédios, viadutos e outras construções foram destruídos; pessoas relatam a existência de monstros, androides e lutadores uniformizados... Muitas mortes foram registradas, com centenas de feridos e dezenas de desaparecidos... Pessoas choram por seus familiares mortos, outros pelos que ainda não foram encontrados... Muitos se perguntam sobre quem seriam os responsáveis por tais destruições, não se sabe a origem ou paradeiro de nenhum dos envolvidos, mas a população, mesmo os que perderam pessoas, todos concordam que havia um androide que estava matando e que os outros se sacrificaram inclusive pra detê-lo, ou seja, apesar das mortes e destruição, todos concordam que apesar dos resultados fatais, sem a ação desses guerreiros, pessoas ainda estariam morrendo... Uma comitiva de políticos veio ao local e pregaram palavras de “Vamos descobrir os responsáveis pela destruição do nosso patrimônio e iremos puní-los para o ressarcimento dos cofres do governo” e a Brigada Militar teve de intervir pois a população queria linchá-los de imediato! Mais informações a qualquer momento em nosso tele-jornais!” 

Dentre os repórteres presentes, Marinny era um deles e sorria satisfeita por ver que a população apoiava a equipe de Lanthys e por conhecer o jovem, a repórter tinha um ponto extra consigo, ela sabia de certa forma o que havia acontecido ali... Com certeza foram as forças de Guntraz que mais uma vez haviam sido barradas por Lanthys ela cogitava e analisando os destroços e escombros, aterrorizada com a cena de batalha, ela formulava seus pensamentos e quase conversava consigo mesma: 
Marinny: “ – Nunca presenciei tanta destruição... Sempre cobri reportagens e matérias apenas aqui no sul, então esse tipo de cena ainda me choca e muito, pois não estamos acostumados a isso... Os policiais e autoridades não sabem o que procuram e mesmo que fosse tudo revelado a eles, não conseguiriam entender... Acredito que seria o contrário, seriam capazes de sentir medo de ambos os lados... Aliás, estranho... Conheci ele há poucos dias, ele me tirou do meio daquela estrada e me colocou em segurança, puxei assunto de monte com ele, mas ele parece muito tímido... Mas ao mesmo tempo, se dispõe a lutar contra essa organização que eles dizem ser controlada pelo tal Imperador Guntraz... Será que eles são alguma força policial ou algum órgão do governo?” Nesse momento, Marinny presencia a chegada de homens de ternos e com óculos escuros, não acreditava que pudessem ser eles, seria muita prepotência achar que poderiam estar aqui... Os homens de preto se dirigem ao comandante da Brigada Militar que controla todo o local, então ela observa e escuta: 
FBI: “ – Somos agentes do FBI (mostram distintivos) e viemos assumir o caso, por favor retire seu pessoal e mantenha todos fora daqui enquanto examinamos tudo!” 
Cmt Pedroso: “ – Olá FBI, não recebi nenhum comunicado da vinda de vocês aqui, por favor aguardem atrás da fita de isolamento enquanto continuamos nosso trabalho!” 
FBI: “ – O senhor não entendeu, somos agentes do FBI dos Estados Unidos e viemos por ordem do presidente dos Estados Unidos para investigar isso a fundo, pois pode ser que exista muito mais aqui do que se imagina! Obedeça nossas ordens ou iremos prendê-lo agora!” 

Marinny observa a tudo, percebe o clima tenso e a arrogância dos agentes internacionais... Cmt Pedroso que estava de costas para eles, continuava assim, dando instruções por rádio para seus soldados, que ajudavam na busca de pessoas que ainda poderiam estar soterradas... Os homens do FBI então ficaram impacientes por serem ignorados completamente pelo comandante local, um deles avançou, puxou o Cmt do braço e esbravejou: 
FBI: “ – Escute aqui seu soldadinho inferior, nós temos ordens expressas do presidente dos Estados Unidos e você está fazendo pouco caso delas, por isso, retire seu pessoal agora ou então será preso imediatamente!” 

Um movimento rápido e o agente do FBI tem seu braço empurrado, seu corpo deslocado e a mão do Cmt Pedroso é que agora segurava o pescoço do agente, o pressionando contra uma árvore e o erguendo alguns centímetros do chão: 
Cmt. Pedroso: “ – Escute aqui você seu arrogante babaca! Eu sou o Cmt da Brigada, e por aqui, por enquanto eu dou as ordens e não vocês, está entendendo?” Nesse momento o outro agente sacou a arma e apontou ao comandante Pedroso, mas mal terminou de apontar a pistola e escutou o martilhar de revólveres .38 e escopetas de cano cerrado ao seu redor, pois a corporação da Brigada estava atenta ao acontecido e com certeza apoiaria seu comando... O agente do FBI então sem opções baixou a arma e continuou na mira dos soldados da Brigada enquanto Cmt Pedroso dava um leve sorriso indicando sua satisfação com sua equipe: 
Cmt Pedroso: “ – Vocês cruzam o continente e chegam aqui como se fossem donos de tudo, e ainda me mandam sair e abandonar o local para suas “investigações”, enquanto ainda podem haver pessoas presas embaixo dos escombros? Quem disse que vocês tem direitos aqui? O Presidente dos Estados Unidos? Se não sabem são mais burros do que acredito, mas aqui é o Brasil e somente o presidente do Brasil me dá ordens, por isso, se querem ter PERMISSÃO da NOSSA polícia para entrarem nesse local, peça ao seu presidente que fale com o nosso presidente e consiga tal permissão, pois do contrário, tudo que conseguirão é ir para a cadeia, por desacato a autoridade policial do Brasil com violação agressiva dos direitos humanos, por negar socorro às vítimas que ainda podem estar embaixo dos escombros! Soldados, prendam esses dois imediatamente!“ Cmt Pedroso então largou o agente ao chão, que caiu ofegante e furioso, balbuciando: 
FBI: “ – Você é um idiota, podem haver indícios de seres alienígenas nessa área, precisamos investigar isso!” 
Cmt Pedroso: “ – Alienígenas ou não, existe uma parte deles que conforme as gravações do amador, foram os únicos responsáveis por ainda haver alguém vivo aqui... Então não virão aqui prendendo a tudo e a todos como se fossem propriedade sua, iremos salvar os feridos, encontrar os desaparecidos e somente depois, se conseguirem permissão, poderão analisar algo! Levem esses dois daqui!” Os dois agentes são literalmente socados dentro do carro e quando estão saindo com a viatura para levá-los, Cmt Pedroso chega uma vez mais próxima deles e com um sorriso no rosto, fala aos dois: 
Cmt Pedroso: “ – SE conseguirem autorização para vir até aqui novamente, lembrem-se de ter mais respeito ao falar com os brasileiros, ninguém aqui é filho de vocês para ouvir desaforos bando de babacas!” 

A viatura se afasta, a população que aguardava por notícias dos sobreviventes aplaudia o Cmt da Brigada Militar de Porto Alegre frente ao seu ato de respeito pelas vítimas e pelos heróis que, apesar da destruição, lutaram para impedir que mais pessoas morressem... Marinny se aproximou com um sorriso maroto e disse ao Cmt Pedroso: 
Marinny: “ – Comandante... É bom saber que ainda existem brasileiros como o senhor!” Comandante Pedroso apenas sorriu e seguiu agilizando seus trabalhos com a Brigada militar, junto com o Corpo de Bombeiros e as unidades de socorro na busca por sobreviventes, mas uma de suas frases ficou batendo na mente de Marinny, a filmagem que o Comandante disse ter visto, de um cinegrafista amador... Sem querer incomodar o comandante uma vez mais, ela começou perguntando entre a população que ali estava, se sabiam de alguém que havia filmado e em pouco tempo ela encontrou um rapaz, com uma filmadora na mão, que disse estar em Porto Alegre para um evento de cultura japonesa e foi pego de surpresa no meio da confusão. Escondido entre os prédios, ele conseguiu filmar algumas partes, mas outras ficaram totalmente sem condições. Marinny lhe ofereceu um café em troca de poder ver as imagens, ao que o rapaz concordou! 

Sentados em uma cafeteria, o rapaz que falava pouco e tinha seus olhos encobertos pelos cabelos quase sempre, preparou sua câmera e a entregou a Marinny para que visualizasse as imagens que ele tinha filmado, mas advertiu que nunca tinha visto algo igual antes, que um robo daqueles não poderia existir, era contra qualquer lógica, debatia o rapaz... Marinny pegou a câmera, e as cenas eram justamente da sequência de Argos salvando RedTurbo e BlastRed... Ela acompanhou horrorizada o exato momento da destruição de Argos, lágrimas brotaram de seus olhos assustando o rapaz com tal atitude... Sem dar explicações, ela seguiu assistindo e então o inimaginável lhe saltou aos olhos... 
Um androide  intermitente entre o vermelho rubro e o azul celeste andava imponentemente em meio a tempestade, era algo que a repórter nunca havia presenciado, mas... De alguma forma, aquele androide parecia-lhe familiar... A curiosa repórter então retornou a gravação, observou com atenção, pois era Lanthys quem aparecia ao lado de Argos e partiu caminhando em direção ao inimigo, mas no momento exato da tempestade, um gigantesco clarão aparece e de dentro dele surgiu o androide reluzente... "- Onde foi parar Lanthys?" Marinny se perguntava e então olhou para o rapaz com uma expressão de choque... Seus pensamentos como de costume começaram a processar incríveis possibilidades em milissegundos e eis que ela percebeu que havia descoberto um grande segredo... "- Lanthys... Foi ele que de alguma maneira se converteu no androide!" Era inacreditável e assustador, ainda mais para ela que nutria sentimentos pelo jovem, e acabara de descobrir que ele poderia ser uma máquina... A moça então entregou a câmera, pagou os cafés e saiu do local com urgência, passando uma vez mais no local da batalha, onde graças ao seu bom relacionamento com o Cmt. Pedroso, conseguiu passar pelo local e olhar alguns detalhes, como o ponto exato onde Argos foi atingido e provavelmente destruído... Ela então deixou escapar mais algumas lágrimas por lembrar da cena e sentiu, embora sem qualquer embasamento, que Lanthys poderia estar precisando dela... Mas  como chegar até eles? Como entrar em contato com eles para poder dizer algo? E o que teria acontecido naquela batalha, qual seria explicação para Lanthys ficar com aquela aparência? A moça então saiu do local, agradecendo uma vez mais ao Cmt. Pedroso, indo diretamente para a redação do Jornal Zero Hora, onde pretendia fazer algo inusitado! Usando de seus conhecimentos em programação, uma vez mais ela criou um código script e lançou na internet, na esperança de que seus amigos captassem seu pedido e então, depositou toda a sua confiança em encontrar Lanthys, por uma resposta de um script que talvez não viesse nunca... 

Na base CTG Cap´s, o clima era terrível, Leandro e Bruno ainda se recuperavam dos ferimentos, faziam seus curativos, tentando entender também o que aconteceu nessa última batalha... Lanthys estava do lado de fora da base em meio a floresta... Ele não disse uma única palavra desde que derrotou FeverZero e continuava assim... Os destroços de Argos estavam sob a plataforma no laboratório, mas os dois amigos não tinham a mínima ideia do que poderia ser feito, se é que algo poderia ser feito... Nesse momento o sistema do CTG Cap´s captou o script de Marinny e Leandro o leu em voz alta para Bruno: 
Leandro: “ – Pessoal... Eu vi as filmagens do que aconteceu, preciso conversar com vocês, quero entender o que está acontecendo, mas como não sei onde vocês estão, estou passando meu telefone celular para que me liguem! Por favor, não ignorem essa minha mensagem, preciso conversar com vocês, talvez eu possa ajudar em algo também!” Leandro então olhou pra Bruno como se perguntando o que ele achava disso, ao que Bruno respondeu: 
Bruno: “ – Ela ajudou a gente quando precisamos e o Lanthys confia nela... E depois, a gente vai ao encontro dela, não vamos trazer ela pra base, acho que a gente pode acabar entendendo o que aconteceu de verdade...” 
Leandro: “ – Certo cavalo, vou ligar pra guria então!” 

O celular de Marinny tocou, ela atendeu e acertou o local e a hora com Leandro e tão logo encerrou a ligação, se dirigiu pra lá! Leandro e Bruno a aguardavam já, muito machucados e com curativos... Ela se assustou ao vê-los assim... 
Marinny: “ – Meu Deus gente, vocês se machucaram muito... Porque o Lanthys não veio? E o Argos, como ele está?” Bruno e Leandro se olharam e baixaram a cabeça... 
Bruno: “ – Argos morreu Marinny, infelizmente... Quanto ao Lanthys, ele está em estado de choque ainda, eu creio...” 
Marinny: “ – Mas como assim morreu, não tem nada que possamos fazer por ele? Eu conheço excelente veterinários e de repente a gente pode...” Bruno interrompe: 
Bruno: “ – Marinny, Argos era um robo, não um cão...” 

Marinny ficou pasma com a informação e não acreditava no que estava ouvindo... Bruno então explicou tudo que sabia sobre Lanthys e Argos, falou sobre a composição robótica de Lanthys e de ter sido criado pelo Dr. Chang! 
Marinny: “ – Realmente estou impressionada com tudo isso... Por isso aquela cena onde Lanthys entrou no temporal e saiu totalmente robótico... E com certeza aquilo aconteceu por ter visto Argos destruído, ele foi tomado pela fúria, é fato!” Então uma gigantesca porrada é ouvida na mesa, chícaras de café caem e todos olham atônitos para Leandro... Com o rosto levemente virado para fora, com expressão de fúria, o impensável estava acontecendo... Pesadas lágrimas estavam rolando pelo rosto de Leandro, que desabafou: 
Leandro: “ – Argos morreu porque fui fraco para suportar meu inimigo... Se eu tivesse conseguido ficar consciente, poderia pelo menos ter evitado que ele se sacrificasse, ou me sacrificado no lugar dele... DROGA! PRA QUE EU TREINEI TANTO ENTÃO? PRA DEIXAR MEUS AMIGOS MORREREM POR MIM? FOI PRA ISSO? Leandro se levantou e saiu do local enxugando as lágrimas, Marinny e Bruno pagaram o café e foram atrás do amigo que ainda se encontrava furioso... Ele parou então no Parque da Redenção, sentou na sombra de uma árvore e chorou pesadamente... Marinny e Bruno chegaram e sentaram ao seu lado, nenhum deles falou as famosas frases de que tem de ser forte e outras coisas, todos estavam sentindo o mesmo e todos entendiam o que Leandro sentia agora... Após alguns minutos de silêncio, Leandro se levantou, pegando Marinny da mão e dizendo pra ela: 
Leandro: “ – Vem comigo, acho que talvez ele precise disso também!” Enquanto chamava um táxi, Bruno perguntou: 
Bruno: “ – Como vai ser agora Marinny, que tu sabe que ele é um androide e não um ser humano?” 
Marinny: “ – Humano... Isso é uma definição tão vaga para definir algo... Acho que o que realmente conta no fim de tudo são as atitudes e não a composição física! Fazendo o que fizeram por nossa população, ao ponto de se sacrificar por nós, considero que esses dois androides são muito mais "humanos" se isso seria algo que definisse bondade do que mais da metade de nossa população Bruno! Confesso que me sinto mais confiante que nunca nas atitudes de Lanthys sabendo que ele e Argos são o que são!” 
Leandro: “ – É, mas o Argos tá morto, e isso não tem como corrigir, nem com palavras bonitas!” 

Todos ficaram em silêncio, enquanto o táxi se deslocava para fora da cidade, deixando os tripulantes no local solicitado, a beira de uma auto-estrada e então, assim que ninguém mais estava presente por perto, Leandro colocou a mão no ombro de Marinny e simultaneamente, ele e Bruno acionaram seus teletransportes, sendo direcionados direto pra base CTG Cap´s!
Bruno: " - Dividindo a energia dos teleportes, resolvemos nos distanciar da cidade para termos mais chances de todos chegarmos lá inteiros, por isso o táxi até aqui Marinny..." 

Uma vez lá dentro, ela podia observar que Lanthys estava sentado embaixo de uma árvore olhando para o horizonte... Leandro apontou pra Lanthys como dizendo pra Marinny, “ - vai lá falar com ele” e ela então acenou positivamente e partiu... De longe Bruno e Leandro observavam... 
Lanthys: “ – Marinny? Como chegou aqui?” 
Marinny: “ – Digamos que eu peguei o “Expresso Red”!” Olhando para os dois amigos Red que faziam um ar de riso... Eles então se vão embora e deixam os dois a sós... Nesse momento, a presença de Marinny talvez tenha sido a responsável por isso, mas Lanthys parece se descontrolar de novo... 
Lanthys: “ – Eu não sei o que aconteceu Marinny... Eu estava ali e quando vi Argos em pedaços, algo em mim mudou, eu me senti diferente e aquela palavra saiu do nada e então, eu não lembro direito do resto, apenas sei que FeverZero perdeu sua vida após isso...” Então ele percebe que não havia contado pra Marinny ainda que era um androide e julgando que ela não sabia de nada, e dado o que havia comentado agora, era fato que Marinny ia associar uma coisa com a outra e perceber que Lanthys não era um humano o que poderia fazer com que a moça saísse em disparada, assim pensava o androide que a observava, agora temeroso do que viria a seguir... 
Marinny: “ – Se tivesse me contado, mesmo quando nos conhecemos, eu conseguiria entender... Em minha jornada como repórter a gente vê tanta coisa ruim e assustadora e ainda assim se obriga a conviver com elas, porque não conviveria tranquilamente com algo diferente como um... Androide vivo, mais puro de coração e com uma determinação de salvar vidas maior que 99% das pessoas que já conheci até hoje?” 
Lanthys: “ – Então tu já sabe...” 

De dentro da base CTG Cap´s Leandro e Bruno observavam a cena e perceberam que Marinny era uma amiga na qual poderiam confiar e que Lanthys estaria melhor conversando com ela... Os dois então olharam uma vez mais os destroços de Argos e tentavam se lembrar dos detalhes... 
Bruno: “ – Eu me lembro dos golpes e da velocidade do FeverZero e que a gente foi abatido com extrema facilidade por ele..” 
Leandro: “ –É... Eu ainda sinto a dor de cada um dos golpes dele... Mas eu lembro de acordar com a explosão do golpe contra o Argos, me lembro que vi o Argos com expressão furiosa e com os escudos defletores ao máximo e percebi nitidamente quando ele sentiu que os escudos não iam aguentar e me olhou como quem diz, “tô feliz”... Eu não pude fazer nada pra salvar ele, não conseguia nem me mexer...” Leandro enche os olhos de água de novo e cerra seus punhos de raiva... 
Bruno: “ – Eu não lembro dessa parte, eu me lembro de ver o Lanthys caminhando e então aquele temporal doido que atingiu ele! Achei que era um golpe do FeverZero e então, ele saiu de dentro daquilo, transformado... Era parecido com o Lanthys, mas me parecia outro guerreiro, totalmente diferente e infinitamente mais poderoso...” 
Leandro: “ – É, mas foi graças a essa transformação e ao Argos que a gente tá vivo...” Leandro então chega aos destroços de Argos e toca neles, com sinal de respeito: “ - Eu te devo essa Argos e vou te vingar cara, pode ter certeza!” Cerrando os punhos e com expressão de fúria, Leandro, o valente RedTurbo jura vingar seu amigo e fazer valer seu sacrifício... 

O que aguardaria nossos heróis agora, sem a ajuda de Argos, que se sacrificou para salvar a todos? Como poderiam vencer sem as idéias e estrategias de Argos? Nossos guerreiros tinham agora pela frente uma longa e árdua batalha, onde amigos estavam morrendo... Argos precisava ser vingado e Turbo faria de tudo pra que isso acontecesse...

sábado, 23 de novembro de 2019

Nipo Heroes (Time Dimensional) - Episódio 2

Fala pessoal, beleza? Seguindo a vibe da eternização de nossos podcasts, o Nipo Heroes (Time Dimensional), estamos trazendo até vocês o segundo episódio deste que foi um dos trabalhos mais prazerosos de se fazer desde que criamos o universo Nipo Heroes. Espero que curtam e não deixem de deixar seus comentários assim que possível!

Nipo Heroes (Time Dimensional) - Episódio 2:

Grande abraço a todos, divulguem, compartilhem, comentem, estamos esperando seu contato!

Grund-Tharg - Cap. 25: "- Aproximação pelo Monte Egophia!"

O dia amanhecia, como há muitos dias não acontecia, com o grupo despertando em camas, dentro de moradias, o cheiro de comida nova emanava pe...