quarta-feira, 22 de novembro de 2017

NeoChangeman - Episódio 18 - Os sonhos destruídos!

No episódio anterior:

O céu se torna negro, metade do planeta Terra era capaz de ver isso, quem estivesse do lado do planeta em que a manifestação negra acontecia podia ver, tal qual a situação que conhecemos como dia e noite... Metade da população do planeta podiam ver a repentina mudança no tempo.... Os generais somem e reaparecem mais longe dos guerreiros e também não entendiam o que acontecia... Os Densetsus observam os céus e tentam entender o ocorrido assim como a equipe na Base Shuttle e os demais que ali participavam do combate... Um frio intenso toma conta do lugar, um frio quase sobrenatural e os generais estavam flutuando próximos de um vórtice que parecia surgir atrás deles... Uma escuridão misturada com rubro surgia naquele vórtice e então dois olhos aterradores e bestiais... Uma voz totalmente desconcertante e arrepiante surge e podia ser ouvida até mesmo onde o tempo negro não podia ser visto...
Imperador Kemono“ – Eu sou Kemono o Imperador ao qual todos irão se ajoelhar em breve... Estão dando trabalho NeoChangeman, mas suas vitórias terminam aqui... Ainda não possuem o direito de lutar diretamente comigo, são indignos de serem mortos por mim o deus todo poderoso de meu universo, mas suas atuações em benefício do planeta terminam neste momento... Tenho duas mensagens a todos vocês terráqueos...” Os Densetsu preparam-se para atacar e por fim a ladainha, eles precisavam fazer aquilo e então a voz aterrador explodiu literalmente:
Imperador Kemono“ – Primeiro... CURVEM-SE DIANTE DE SEU FUTURO SENHOR!” Um temível e potente raio de energia negra atinge os Densetsu de forma tão poderosa que os reverte de Densetsu à NeoChangeman, e de NeoChangeman à humanos e de humanos à praticamente arremedo de seres humanos devido aos ferimentos... Em questão de segundos nossos guerreiros estavam sendo arrremessados em pleno ar, sendo arremetidos ao chão com violência caindo totalmente nus ao chão e completamente cheio de ferimentos sem conseguir esboçar movimento algum, apenas podiam ver e ouvir... A voz se manifesta novamente....
Imperador Kemono“ – Agora que acataram minha primeira ordem, minha segunda mensagem é para todo o planeta... Assim que meu Império destruir os NeoChangeman, eu me tornarei seu mestre e todo aquele que contrariar qualquer vontade minha será destruído por completo, se tornando tão somente matéria prima de minhas fileiras de soldados Makura. Para exemplificar a que me refiro, vou lhes dar uma demonstração... Todo aquele que trair ou contrariar meu Império será executado e punido de forma definitiva...” Uma energia cresce dos olhos bestiais e Kanydai e Robother são afastados de Gallahorn... O general guerreiro então percebe a movimentação, não entende de início, mas se lembra dos comportamentos estranhos de todos dentro do Cruzador após seu despertar... Ele então vira-se para a imagem do Imperador tarde demais... A mesma energia que atingiu os NeoChangeman atinge o general guerreiro em cheio e ele é simplesmente vaporizado diante de todos os expectadores... 
Imperador Kemono“ – Comecem a treinar reverência humanos... Seus dias estão contados...” A imagem de Kemono assim como os generais restantes somem vagarosamente nos céus, mas o tempo escuro se revela uma verdadeira tempestade natural ao final da cena dantesca... Do lado dos guerreiros da Terra, Mitsu faz o esforço supremo como última cena a ser vista pelos cinco guerreiros naquele momento...
Mitsu“ – Invencível Phoenix... Use minha vida se precisar... Mas seu sagrado dom eu preciso... Neste momento para... Salvar meus amigos...” Uma chama envolve a moça enquanto Ibuki chega correndo e gritando para não fazer tamanho esforço, mas ela cai em inconsciência logo em seguida sem saber o que aconteceria com ela, ou com seus amigos... Um chuva torrencial começa a cair sobre o local encharcando tudo e a todos... O planeta Terra chorava naquele momento...

Tema de abertura - Destiny
Cruzador Imperial Makura – Saguão Imperial... Os gritos eram terríveis e se o som se propagasse no espaço, talvez até de nosso planeta eles fossem ouvidos... Não eram gemidos ou mesmos resmungos, eram gritos de agonia desesperadores... Adentrando o salão era possível ver um arremedo de homem ao centro, preso por correntes energéticas, despido e terrivelmente flagelado... Ao seu redor os generais Robother e Kanydai e diversos soldados Makura sem qualquer expressão, apenas posicionados... E à frente do homem destruído, a visão aterradora de Kemono em sua cápsula de contenção... A voz gutural da criatura era maior que os gritos desesperados do “açoitado” e se faziam ouvir de forma assustadora:
Imperador Kemono: “ – Achou mesmo que me faria de otário por tanto tempo Gallahorn? Achou que eu iria aturar sua postura dúbia e impertinente até quando?” Os açoites energéticos surgiam da escuridão, feriam e queimavam nos ferimentos até a carne e então o discurso continuava...
Imperador Kemono: “ – Eu nunca confiei em você, sempre soube que não me ajudaria simplesmente por altruísmo, mas tentar me considerar um completo tolo e me usar para singrar o cosmos e ainda tentar se apoderar da Força Terrena? Iria usar este poder contra quem maldito, contra mim?” Mais açoites, mais gritos, mais ferimentos terríveis e uma vez mais a voz de Kemono explodia:
Imperador Kemono: “ – Sua trajetória foi interessante até aqui, conseguiu e conquistou muito ao custo de outros, um completo usurpador como não se poderia esperar mais de alguém de sua estirpe... E é por isso que não existe uma punição ao seu crime, você merece apenas desaparecer para sempre...” Gallahorn ergue com extrema dificuldade os olhos tentando entender como seus pensamentos mais íntimos caíram aos olhos de todos... Ele observa Kemono com ferocidade e eis que por detrás dele, como se ocultando sua presença ele avista... Seus olhos se abrem com uma surpresa que jamais havia sentido antes e tirando forças sabe-se lá de onde ele tenta gritar:
Gallahorn: “ – Você... Como você está aqui... Eu... Eu te matei... Eu tirei sua vida com minhas mãos... SUA MALDITA!!” O general guerreiro então é açoitado novamente com fúria o colocando uma vez mais de face para o chão quando o Imperador então conclui:
Imperador Kemono: “ – Me serviu bem até aqui Gallahorn, mas esta foi a última vez general... Você criou um general guerreiro mais confiável à mim, desde que o pague bem por isso... Você criou a máquina que se supera à cada segundo garantindo minha tecnologia... Você me trouxe até meu destino e ainda me permitiu existir neste universo por uma pequena parcela de tempo... E ainda me serviu para que conseguisse causar medo aos humanos e aos seus defensores com sua “morte ao vivo” e agora tudo será mais fácil. Porém para mim chega de teatros...” Os olhos de Kemono se incendiam e ele brada com o máximo de sua força e fúria:
Imperador Kemono: “ - DESAPAREÇA DA EXISTÊNCIA PARA SEMPRE! O mesmo disparo que atingiu os Densetsus e Gallahorn anteriormente é desferido de novo, ele atinge o general com todas as suas forças e o cheiro de carne queimando toma conta do saguão... No interior da cena dantesca, Gallahorn parece reunir suas últimas forças, se ergue em chamas e grita com toda a sua fúria embora em vão:
Gallahorn: “ – EU... NÃO... MORREREI!!” O raio atinge potência máxima, uma explosão acontece, uma nuvem paira no ar como se uma bomba houvesse explodido e então só restaram marcas de sangue e chamuscos ao chão... Kanydai que observava à tudo exclama:
Kanydai: “ – E uma vez mais Gallahorn foi teatral até mesmo na hora de morrer... Enfim, finalmente o silêncio que os guerreiros apreciam!” Ele se vira para o Imperador, se ajoelha e fica em posição de reverência, Robother faz o mesmo e então os Makuras começam a retirar os restos do local e limpar a sujeira enquanto a imagem de Kemono se desfaz deixando sua última mensagem naquele momento:
Imperador Kemono: “ – Tenho um plano em andamento, aguardem minhas instruções generais...” Kanydai e Robother ficam em silêncio e em reverência, e o Imperador desaparece em meio as trevas...

Armored Island – 3 dias depois do aparecimento de Kemono sobre a Terra... A visão dela começa finalmente a surgir e ela começa a ouvir alguns murmúrios... Sem fazer qualquer movimento, ela tenta abrir os olhos e buscar pelo som que houve... Ela vê Cmt Tsurugi de costas a falar com alguém, uma moça para ser mais exato que estava visivelmente em prantos... Ela se concentra e fica quieta ao máximo para ouvir o que falavam...
Cmt Tsurugi: “ – Então Mitsu usou o que restava de sua consciência para envolve-los com os poderes da Phoenix que ao que tudo indica até agora, devido sua capacidade de renascer das cinzas pode curar a quem ela escolher também... Eles ainda estão aparentemente em chamas como pode observar, mas elas não queimam de verdade, apenas os curam... Só podemos aguardar, mas se não fosse por Mitsu e a Phoenix, é provável que estaríamos hoje chorando suas mortes, então, anime-se, eles vão se recuperar...” A moça chora inconsolavelmente, e a curiosidade de Mitsu aumenta... Seria uma namorada de Ryuichi? Irmã de Hideki? Ela não saberia dizer e sentia seu corpo extremamente cansado... Mas nenhuma dor... As palavras do comandante lhe apaziguavam ao saber que ela conseguiu invocar o dom da Phoenix e curar a todos antes de suas mortes, mas ela precisava se levantar, não tinha mais o direito de ficar deitada se não sentia dores, ela poderia ajudar a cuidar dos outros, pois, fosse a sua união com a Phoenix ou a amizade com o grupo, ela queria ajuda-los... Ela então se decide, mexe seus braços e vê que não está em chamas, mas percebe que os demais ainda possuem uma calma lavareda ao redor de seus corpos...
Mitsu: “ – Cmt Tsurugi...” Ela se senta na cama, Tsurugi se volta para ela e corre até seu lado, assim como a equipe médica. O comandante a detém com cuidado dizendo que não deveria se esforçar, mas ela ressalta estar bem e desce da cama demonstrando total reabilitação, por mais incrível que isso parecesse... A moça se olha e não entende...
Mitsu: “ – Porque estou bem e eles ainda não?” Tsurugi balança a cabeça em negatividade como quem diz não ter uma resposta para tal pergunta...Nisso, barulhos de passos são ouvidos e uma voz firme e ponderada se faz ouvir enquanto alguém em trajes típicos de médicos plantonistas de Pronto Socorro se dirige aos presentes estendendo a mão à Mitsu:
Dr. Togo: “ – Mitsu minha pequena guerreira não se esforço por favor... Sou o Dr. Togo, passei a cuidar de vocês desde que retornaram há 3 dias... E acho que posso responder sua pergunta...” Todos então prestam ao doutor e ele sugere:
Dr. Togo: “ – Vamos para fora desta área e deixemos eles se recuperarem. Mitsu, eu te peço, venha conosco nesta cadeira de momento, até termos certeza de sua saúde... Por favor!” Ele faz uma reverência e Mitsu mais por respeito do que por convencimento aceita, e assim todos vão saindo do local para ter com Dr. Togo. Ele então inicia as explicações:
Dr. Togo: “ – Sua ligação com o animal lendário Mitsu... Cada um de vocês tem ligação com um dos Densetsu e com aquele que vive dentro de você, seu elo é mais forte. Assim, embora o dom da cura tenha sido colocado em todos, em você ele vive permanentemente e por isso, sua cura foi mais rápida. Os demais ficarão bem em breve, estamos monitorando seus status e todos estão em processo rápido de melhora, deverão acordar entre hoje e amanhã, tenho total certeza!” Todos então sorriem e comemoram, enquanto a moça, com quem o comandante falava antes passa por todos e vai para a sala de fora onde senta-se ao chão e chora pesadamente... Mitsu olha para ela e pergunta ao comandante:
Mitsu: “ – Quem é ela comandante Tsurugi? Nunca a vi aqui...” Ele observa a moça chorando ao longe por frações de segundo e responde:
Cmt Tsurugi: “ – Diz ser amiga de infância de Satoshi, e professora na mesma escola infantil que ele... Quando soube do ocorrido com vocês através dos noticiários, ela implorou ao comandante dos Comandos Terrestres de sua área para ver Satoshi e compadecido com a preocupação da menina, ele me contatou e permiti que ela viesse até aqui para se acalmar... Mas parece estar inconsolável, eu... Não sei mais o que dizer a ela...” Mitsu se levanta da cadeira e exclama:
Mitsu: “ – Deve ser a Shiori... Ela e Satoshi são na verdade... Apaixonados, mas nenhum se declara ao outro...” 
Cmt Tsurugi: “ – Sim, este é o nome dela. E sua descrição explica então a comoção de Shiori...”
Mitsu: “ – Deixe que eu vou conversar com ela!” Quando a guerreira tenta partir, Dr. Togo se interpõe e diz o óbvio:
Dr. Togo: “ – Mitsu, você precisa se cuidar, não deveria sair desta cadeira agora e...” A moça se vira para o doutor e com sua habitual convicção dispara:
Mitsu: “ – Dr. Togo eu... Admiro sua preocupação e agradeço por seu cuidado com todos nós, principalmente com eles quatro, mas...” Ela o observa bem nos olhos e completa:
Mitsu: “ – Se não caí atacada por um Imperador de outra dimensão, não vai ser conversando com a namorada do meu amigo que vou morrer, portanto... Com licença!” Ela vira-se e parte deixando todos estupefatos com suas palavras, menos Tsurugi que já a conhecia bem dentre os que estavam ali e somente sorriu, voltando então a observar os demais e trocar ideias com Dr. Togo e o restante da equipe médica. Mitsu então chega até onde Shiori chorava e agachando-se ao lado dela tenta iniciar uma conversa:
Mitsu: “ – Oi Shiori...” A professora vira-se rapidamente para Mitsu, limpa as lágrimas e levanta-se fazendo uma leve reverência à ela...
Shiori: “ – Prazer em conhece-la senhorita Mitsu... Me desculpe pelo meu comportamento é que ver vocês assim... Ver Satoshi assim...” Shiori começa a chorar novamente e então Mitsu se aproxima dela e meia sem jeito tenta acalmá-la... Shiori então se abraça em Mitsu e começa a agradecer sem parar... Mitsu fica encabulada com a situação, a afasta de si com as mãos em seus ombros e explica:
Mitsu: “ – Não precisa agradecer nada, somos como irmãos e cuidamos uns dos outros, não fiz nada além daquilo que eles fariam por mim sem pestanejar também... Mas eu acho que esse ambiente aqui não faz bem pra você, venha comigo, vamos ao meu quarto!” Mitsu pega Shiori da mão e sai arrastando a professora pelos corredores em grande velocidade e então adentram o alojamento onde eles ficavam antes de ganharam liberdade para viver com os seus. Mitsu vai entrando e tirando a roupa da enfermaria que haviam colocado nela e entra para o banho enquanto Shiori um tanto envergonhada ainda ia olhando o ambiente... De dentro do box onde se banhava Mitsu vai conversando:
Mitsu: “ – Ficamos por longas semanas nestes alojamentos e Satoshi sempre falava em você... Disse que cresceram juntos no orfanato e que sentia muita falta de todos vocês, principalmente de você e dos pequenos. Aliás Satoshi não parava de falar nunca e às vezes a gente precisava pedir pra ele ficar quieto um pouco, mas ele é quem sempre nos mantém rindo e em clima de alegria, sem ele eu creio que nossos dias, ainda mais com esta situação atual, seriam bem nublados... Mas e vocês, me conte, como é o dia de vocês lá? O que fazem de tão atrativo que Satoshi não sossegou até ir pra lá de volta?” Shiori um tanto encabulada ainda, afinal havia mal conhecido Mitsu e ela já estava saindo do banho sem nenhuma roupa e falando sem parar, começa a tentar explicar:
Shiori: “ – Bem... Nós fomos abandonados ainda bebê, tanto Satoshi quanto eu... Ele sempre me defendeu quando alguém brigava comigo e eu sempre o admirei, talvez por essa postura... Crescemos juntos e estudamos juntos, nos graduando juntos... Ao atingir nossa meta profissional, decidimos retribuir ao orfanato o que ele fez por nós e então assumimos o cuidado dos pequenos que continuam a chegar... Vivemos o que aquelas crianças vivem então sabemos como elas se sentem e do que precisam e nós, em contra partida, nos sentimos bem ao ouvir suas algazarras e bagunças... Acredito que seja isso...” Mitsu chega por detrás dela já de lingerie e tentando enfiar uma calça apertada demais sorrindo:
Mitsu: “ – Sei, sei... Eu acho que tem mais coisa aí... Afinal, cuidar de crianças barulhentas, não deve ser tão divertido assim, nada contra... Mas eu creio que... Vocês são apaixonados e querem estar perto um do outro, isso é simples!” O sutien de Mitsu abre-se, ela rapidamente começa a colocar tudo no lugar de novo e veste uma camiseta, enquanto Shiori mudava de cor a cada instante, tanto pelo comportamento de Mitsu quanto por suas palavras e Mitsu continua:
Mitsu: “ – Quando vão se declarar um para o outro hein?” Shiori acena negativamente com as mãos e não sabe o que dizer até que Mitsu para ao lado dela e sussurra:
Mitsu: “ – Estamos somente nós... Pode se abrir... Ele em breve despertará e acredito que gostaria de ouvir palavras bem melosas de você senhorita Shiori...” A professora então sorri, pensa um pouco com Mitsu à encarando e responde:
Shiori: “ – Eu... Eu amo Satoshi do fundo do meu coração... Mas não me sinto digna de dizer isso pra ele, ele... Ele é um guerreiro que protege a Terra e eu sou tão somente...” Mitsu a interrompe com vigor:
Mitsu: “ – Você é simplesmente a beldade que ele escolheu pra amar, quer coisa melhor que isso? Moça, presta atenção, é muito, mas muito ruim não ter um gato como Satoshi à disposição de nosso coração, veja, eu mesmo vivo buscando minha alma gêmea e acabei quase me engraçando com um robô de Robother, eca!” Ambas dão risadas intensas e então Mitsu continua:
Mitsu: “ – Sei que o assunto não é fácil principalmente quando se é retraída assim, e o Satoshi não facilita pois ele podia chegar e te dizer o que sente também e facilitava para você, mas já que ele não se mexe, eu creio que você deve tomar a dianteira, porque daqui há pouco, a idade alcança e vocês deixam a juventude passar com firulas de não quero dizer isso e não quero dizer aquilo.” Mitsu fica observando Shiori e ela acena positivamente com a cabeça como se concordasse e então a jovem guerreira da Phoenix propõe um acordo:
Mitsu: “ – Vamos fazer um acordo, você me promete que vai falar com Satoshi na primeira oportunidade e eu te levo pra ver ele de novo antes que o Comandante mande que você saia, afinal, devem estar estranhando nossa ausência e nem eu nem você deveríamos estar aqui na concepção deles, hahahah! E após ver Satoshi, você... Me leva pra ver como cuidar de crianças barulhentas é tão bom assim... Acordo fechado?” Shiori pensa um pouco e acena positivamente para Mitsu e assim ambas partem em direção ao centro médico novamente, mais uma vez com Mitsu arrastando a professora pelos corredores! Chegando ao local, elas param pelo lado de fora do vidro e observam a todos como se estivessem dormindo... Seus ferimentos pareciam estar curados mas eles ainda estavam em coma profundo... Tsurugi às enxerga e vai em direção a elas, o Dr. Togo vê o comandante saindo, entende porque e o segue e então ambos chegam até as duas moças:
Cmt. Tsurugi: “ – Shiori... Fique tranquila, Satoshi acordará em breve, assim como os demais, eu tenho certeza!” Ele sorri e põe as mãos nos ombros de Shiori e de Mitsu e ambas acenam positivamente e então o Dr. Sugere:
Dr. Togo: “ – Você não está completamente bem Mitsu, sua mente precisa guiar seu corpo nesse sentido a cada segundo mais...” O médico olha para as duas moças, sorri e completa:
Dr. Togo: “ - Ficar aqui observando seus colegas dormirem, não os fará despertar mais rápido e muito menos trará bem algum a vocês... Saiam e se distraiam um pouco e assim que algo mudar no quadro deles, as duas serão convidadas à vir aqui recepciona-los, não concorda Tsurugi?” O comandante sorridente confirma que sim e então após se olharem, as duas aceitam a proposta e partem para sair à rua e se conhecerem um pouco melhor... Na cabeça de Mitsu, a curiosidade de como era uma menina que conseguia encantar alguém sem precisar tentar se destacar como ela fazia... Na mente de Shiori, como seria uma menina tão à frente de seu tempo como ela pensava após os breves instantes com Mitsu e o quanto isso poderia fazer com que Satoshi a considerasse sem atrativos a ele... Duas jovens preocupadas com o quanto afetavam as pessoas à sua volta e querendo encontrar na outra o que agradavam-se quem convivia com elas... Enquanto elas buscavam suas respostas e aguardavam pelo retorno daqueles que prezavam, Togo e Tsurugi ficam a observar as duas partirem e o comandante comenta, voltando-se aos que ainda repousavam...
Cmt Tsurugi: “ – Eles ainda são tão jovens... Não deveriam passar por tamanhas preocupações e medos...” Togo o observa e sorrindo parte em direção a equipe médica deixando-lhe um acalento:
Dr. Togo: “ – Em suas épocas vocês eram tão jovens quanto e... Não tiveram um “paizão” preocupado como você ao redor... Embora seus desafios, eles estão bem amparados meu amigo, acredite!” Tsurugi balança a cabeça positivamente mas vira-se para os garotos novamente e permanece ali, aguardando que eles despertem... Dr. Togo percebe que o comandante irá manter sua vigília e segue seus afazeres enquanto as duas moças usam o metrô para seguir até o orfanato... Mitsu durante a viagem que durou algumas horas, falou muito, deu muitas dicas, cantarolou, conseguiu algumas falas de Shiori, mas por mais que se esforçasse, ela sabia que a moça estava como ela mesma não queria demonstrar, ou seja, temendo pela vida dos amigos... “Ir até o orfanato e encontrar crianças barulhentas que me farão pensar em outra coisa vai ajudar muito” pensava ela e por isso fez a proposta à Shiori e então, depois de um percurso rápido de táxi, eles chegavam em frente ao orfanato. Tão logo Shiori mexeu no portão de acesso que fazia um rangido, a porta se abriu e as crianças correram em direção à professora que acolheu a todos com um sorriso no rosto e tentando disfarçar a preocupação:
Crianças: “ – Como está o mano Satoshi senhorita Shiori?” Ela respira fundo e responde:
Shiori: “ – Ele está melhor, vai ficar bem, só precisa descansar... Em breve estará de pé novamente...” A moça percebe um movimento e vê senhora Yoshimi fechando a porta e retornando para o interior... Shiori poderia ludibriar as crianças, mas nunca alguém vivida como a dona do Orfanato e ela sabia disso... Tentando esquecer tudo e sorrir diante dos pequenos, ela olha para Mitsu que ainda encontrava-se do lado de fora do portão afinal, eram muitas crianças pra uma Mitsu apenas e ela não sabia como agir, parecia que estava diante de um enxame de abelhas e sua expressão apavorada demonstrava isso... Shiori percebendo resolveu piorar a situação da moça, acreditando que poderia fazer ela realmente perceber o bem das crianças, indo até o portão e a puxando para dentro, completando:
Shiori: “ – Crianças, essa é uma nova amiga da escola, ela se chama Mitsu e é amiga de Satoshi! Ela veio brincar com vocês!” Mitsu olha apavorada para trás e gesticula negativamente mas não houve mais tempo, as crianças a alcançaram e enquanto ela era “engolida” pela onda de crianças, Shiori ria muito e deixava Mitsu se virar. A bagunça continuou por longos momentos até que a guerreira da Phoenix emergiu, escabelada, suja, com o sapato fora do pé e uma expressão de pavor. A professora então resolve interceder, rindo e explicando:
Shiori: “ – Venha, vamos entrar, está na hora do almoço e teremos coisas muito gostosas. Fique tranquila, você é uma “novidade” na escola, em seguida eles se acalmam...” Ela vai ajudando Mitsu a entrar na escola, enquanto a moça cambaleante arrumando sua aparência questiona:
Mitsu: “ – Como... Como vocês conseguem suportar isso diariamente?” Shiori para à frente dela, pega suas mãos e com um sorriso no rosto explica:
Shiori: “ – Suas histórias!” Mitsu coça a cabeça, pensa um pouco e dispara:
Mitsu: “ – Hã... Elas contam histórias muito bem? E isso basta para ficar nesse status que estou?” Shiori ri por alguns instantes e então retoma:
Shiori: “ – Seus passados, suas histórias de vida, o que os trouxe aqui... Cada um deles, tem uma história única, algumas bem tristes e... Uma vez que você houve suas histórias, nunca mais você consegue ficar longe deles pois sabe que eles são pequenos demais para ter sofrido tanto... Você não quer que nenhum deles sofra de novo... Isso é mais importante... Que nossas próprias vidas!” Ela fica então séria olhando para a jovem guerreira que ainda acha tudo aquilo ser muito exagerado, quando então Shiori a desafia:
Shiori: “ – Olha só... Após o almoço... Não, na verdade após a sesta das crianças, iremos fazer nosso grupo de conversa e pedirei as crianças que contem suas histórias de como chegaram aqui, as que lembram claro, e se você conseguir ainda assim achar que conseguirá ficar sem visita-las novamente, eu me declaro hoje mesmo ao Satoshi, ou melhor, assim que ele acordar? Aposta feita?” Os olhos de Mitsu brilharam, estava no papo para ela, seria fácil, e ela aperta a mão de Shiori com satisfação:
Mitsu: “ – Feito professorinha! Assim que Satoshi acordar teremos um romance em andamento então, pois, você vai perder!” Ambas sorriem determinadas e partem para o almoço. A cena fica focando de fora do refeitório e de lá se podia ouvir Shiori à comentar enquanto senhora Yoshimi saía de fininho da sala:
Shiori: “ – Crianças! Como recebemos uma visita tão divertida para o almoço?!” A resposta em uníssono dos pequenos caiu como uma bomba aos ouvidos da vaidosa Mitsu:
Crianças: “ – GUERRA DE COMIDAAAAAAA!”

Base dos Defensores da Terra, 14:33hs - Ainda em frente ao vidro onde os NeoChangeman repousam, Cmt Tsurugi não arredava o pé... O ruído do elevador se faz ouvir, Tsurugi observa e vê Hayate e Sayaka vindo com uma bandeja... Ele faz uma reverência sorrindo, agradece e pegando uma maça, segue a observar os garotos...
Cmt Tsurugi: “ – Eu me sinto responsável por os ter colocado nisso...” Hayate toma um gole do suco que bebia, olha para cima, arruma seu cabelo e olhando novamente para os rapazes comatosos, responde:
Hayate: “ – Eu não vejo dessa forma... Em nossa época, cada um foi por um motivo ao treinamento, mesmo que fossem diferentes de proteger o planeta, mas... Você lembra nossa sensação quando vimos Bazoo atacando e matando pessoas... Você foi o primeiro a bradar que bastava...”
Sayaka: ” – Eu me lembro que... Parecia que um grito queria sair de nosso peito e... Aquilo parecia ser a coisa mais ousada e mais incrível a ser feita... Nada parecia ser mais importante que aquilo...” Um sibilo ao lado deles e Hayate dá um pulo para trás se recompondo rapidamente ao perceber quem era...
Mai: “ – Proteger vidas... Proteger nosso planeta... Até mesmo uma garota problema como eu entendia aquilo e daria minha vida por isso... Eles não estão aqui obrigados por pressão de um sargento linha dura...” 
Hayate: “ – E desgraçado se me lembro bem de ouvir você dizer Mai...” Todos dão leves sorrisos e a espiã continua...
Mai: “ – Sim... Ele era um desgraçado... Mas ele extraiu o melhor de nós e sem ele, não teríamos protegido a Terra...” Todos acenam positivamente enquanto Mai continuava a olhar pela vidraça sem perceber que alguém se aproximava dela...
Dr. Togo: “ – Mai?” Ela vira-se assustada, sabia que o médico estava na ilha, sabia que ele cuidava dos garotos, mas não se tocou que poderia dar de cara com ele... Sem achar uma resposta plausível, Mai Tsubasa assume a coloração vermelho carmesim em suas bochechas e sem alternativa, desaparece diante de todos, completamente encabulada sem saber o que dizer ou como reagir a situação... Todos ficam sem entender o ocorrido, menos Sayaka que parecia sacudir a cabeça negativamente de forma discreta...
Dr. Togo: “ – Era a Mai? A Mai que era a Change-Phoenix? Eu... Eu preciso falar com ela...” Sayaka se interpõe e pede:
Sayaka: “ – Ela não está em um bom momento doutor... Ela virá falar com o senhor assim que ela puder acertar alguns detalhes, fique tranquilo...” Sayaka faz uma reverência e se retira enquanto Hayate e o Tsurugi voltam a observar os garotos... Dr. Togo fica sem entender nada, mas resolve confiar em Sayaka e volta a seus afazeres... Alguns segundos se passam e Hayate interrompe o silêncio:
Hayate: “ – E Ozoora... Que fim teve nosso amigo apaixonado por equinos e comida? Você tem algum contato com ele Tsurugi?” Tsurugi vira-se para Hayate e com uma expressão séria comenta:
Cmt. Tsurugi: “ – Pois bem, aconteceu o seguinte...” E seguiram a conversar enquanto o tempo passava.

Orfanato em Kinki – 15:00hs - Uma sala cheia de desenhos na parede, 90% deles representando Satoshi e suas asas... O conhecimento dos integrantes de NeoChangeman não era colocado à disposição de todos, mas também não era mantido como segredo, quem conhecia os integrantes os reconhecia em combate e Satoshi nunca escondeu das crianças onde esteve quando elas precisaram dele... Assim, todos os pequenos irradiavam alegria, orgulho e se sentiam seguras diante da figura do irmão herói que lutava por eles que ainda eram pequenos. A sala estava com todas as crianças da escola ali e senhora Yoshimi se fazia presente... Ela ainda ria um pouco lembrando da expressão de Mitsu após estar coberta de sushi, molho Shoyu e onigiri, praticamente em estado de choque... A guerreira agora encontrava-se sentada junto de todos, de banho tomado e com um quimono de Shiori que embora tenha ficado um pouco apertado para a moça, a vestia de forma graciosa. Shiori então faz a frente e começa:
Shiori: “ – Hoje, queremos para dar mais apoio ao nosso estimado Satoshi, contar um pouco sobre nós e relatar como chegamos até aqui... Falar sobre nosso passado nos ajuda a conhecer nossas falhas, reconhecer o que já passamos e superamos e nos preparar melhor para o futuro, por isso, é importante que tenhamos a capacidade de nos abrirmos uns com os outros... Todos concordam?” Um grande e uníssono sim foi ouvido e então a professora inicia:
Shiori: “ – Eu começo... Quando cheguei aqui, eu tinha 4 anos de idade... Satoshi tinha chegado poucos meses antes e... Existiam aqui algumas crianças naquela época um tanto revoltadas com suas situações... Um deles tentou me agredir e Satoshi, mesmo pequeno como era, se colocou a minha frente e apanhou em meu lugar... Eu curava seus ferimentos após junto com a professora que trabalhava aqui, os alunos eram repreendidos mas quando tinham a oportunidade voltavam a fazer... Satoshi sempre foi um defensor ao meu lado e nunca desejou o mal a seus agressores, por várias vezes tentou ser amigo deles... Por isso hoje ele é um NeoChangeman, seu coração como diz senhora Yoshimi, é maior que seu corpo, uma pessoa de bem!” Todos batem palmas, Mitsu estava rindo e batendo palmas exclamou:
Mitsu: “ – Nossa, bela atitude do homem elétrico, hahahaha!” As crianças olham meio torcido para ela acreditando que ela tenha xingado Satoshi e então voltam a prestar atenção em Shiori que os convocava a contar suas histórias, e naquela guerra de olhares, Mitsu olhou uma criança mais ao fundo do grupo, sentada em posição diferente das demais, sem prestar atenção ao que era falado, apenas a olhar para fora, pela janela... A guerreira voltou a prestar atenção as histórias e de quando em vez corria o olho para a menina que olhava o nada complacentemente... Já as narrativas dos pequenos foram várias, de brigas entre casal e os filhos colocados para adoção por ordem judicial à crianças mal tratadas, abandonadas, crianças sem pais e diversas outras narrativas... Ao final de mais uma, Mitsu estava com os olhos cheios de lágrimas pois tão pequenos, já haviam sofrido tanto... Senhora Yoshimi então bate palmas dizendo que era hora de fazerem um lanche, até mesmo para quebrar o clima melancólico que se instaurou e as crianças saíram correndo para o refeitório... Mitsu ainda se mantinha sentada e então, com o aproximar de Shiori, desabou a chorar devido a tudo que tinha ouvido ali... Em um gesto de entendimento e acolhimento, Shiori a abraça e explica:
Shiori: “ – Consegue entender porque tanta proteção às crianças? Consegue entender porque Satoshi é como é?” Mitsu se vira e se abraça em Shiori e chora mais um pouco, se acalmando logo em seguida com o afago da professora... Agora elas haviam trocado de lugar, era Shiori quem confortava a brava guerreira... Elas se levantam e seguem em direção ao refeitório e novamente Mitsu avista a mesma criança, sentada e fazendo lanche, mas ainda assim a olhar para fora como se nada aqui dentro o chamasse a atenção... Ela então cede a curiosidade e pergunta:
Mitsu: “ – Porque aquela pequena está sempre afastada e como que deslocada de tudo que acontece Shiori?” A moça procura pela criança com a visão e a encontrando começa a explicar com uma expressão preocupada:
Shiori: “ – Ela se chama Akemi, sua irmã mais velha Sayuri... Ambas foram abandonadas pela mãe alcóolatra que solteira, não conseguiu criar as filhas e se suicidou... Sayuri sempre foi o escudo de Akemi e as duas viviam em outro orfanato, um que infelizmente foi destruído durante o ataque inicial de Makura com várias crianças e professores mortos... Após o surgimento de vocês e a calmaria que conseguiram instaurar... Bem, Akemi veio para cá...” Mitsu então tem uma reação de espanto com a frase final e olhando nos olhos de Shiori temendo a resposta pergunta:
Mitsu: “ – E Sayuri, porque não veio para cá?” Shiori baixa a cabeça e cochichando para que nenhuma das crianças ouvisse, explica:
Shiori: “ – Akemi foi encontrada em estado de choque, coberta de sangue e restos da irmã que se pôs à frente dela e serviu como verdadeiro escudo humano... Sayuri salvou Akemi, deu sua vida por ela... Desde então, Akemi não fala mais com ninguém, não sorri, não chora... Ela parece não demonstrar mais emoções e sabemos que não existe qualquer problema físico...” Mitsu enfeza o rosto e sai do refeitório com os olhos lacrimejando, Shiori vai atrás dela e a encontra na saída externa do salão aos prantos... Shiori para ao lado dela e apenas a fica ouvindo, sabia como ela se sentia e que ela precisava colocar aquele sentimento ruim para fora... Mitsu então começa a falar, com tom que denotava sua raiva, mas tentando conter o volume de sua voz para não alarmar as crianças...
Mitsu: “ – Como isso pode acontecer com seres tão inocentes... Somos adultos e temos uma grande dificuldade em aceitar coisas que acontecem conosco, fico imaginando se meus pais me abandonassem e eu perdesse um irmão, como seria difícil entender, mas ela... Ela deve ter seus cinco, seis anos, como uma criança assim entenderia coisas tão terríveis em tão pouco tempo de vida... Isso é inadmissível, isso é simplesmente inadmissível...” Shiori então com sua voz tranquila e já calejada com a situação explica:
Shiori: “ – Nem tudo podemos evitar, nem tudo podemos mudar Mitsu... Mas sim, podemos dar um futuro e dias melhores para alguém que já sofreu tanto... O passado de Akemi não temos como corrigir, mas os dias que ela viverá entre nós, esses sim podemos tornar os mais felizes e mais incríveis de todos... Agora consegue entender porque tanta dedicação aos pequenos?” Mitsu enxuga suas lágrimas e vira-se ainda triste, mas com determinação para Shiori...
Mitsu: “ – Como posso ajudar essas crianças Shiori? Me diga, o que devo fazer para poder ajudar essas crianças a terem uma vida melhor?” Shiori sorri largamente e a convida a entrar de novo explicando:
Shiori: “ – Sorria! Seja amável... Dê carinho, atenção, as escute e as faça sorrir... Isso é tudo que elas pedem e necessitam...” Mitsu sorri entre as lágrimas sentindo que descobriu algo nunca pensado antes... Sua vida era maravilhosa, ela tinha um lar, pais amorosos, estudava e ainda assim reclamava muitas vezes, mas hoje, diante daquilo, ela percebeu o que realmente eram problemas de verdade, tristezas de verdade e isso a fez ver a vida com outros olhos... Ela completa:
Mitsu: “ – Será que há como me aproximar de Akemi? Eu gostaria de tentar ajuda-la... Você me ajudaria com isso Shiori?” A professora então se detém, vira-se para Mitsu e lhe dá longo abraço emocionada:
Shiori: “ – Sim, eu a ajudarei!” As duas sorriem e partem para o lanche com as crianças, cada qual mais emocionada que a outra e um novo mundo, uma nova visão se abriu para Mitsu Kobayashi naquele dia!

As horas transcorrem, Mitsu ainda permanecia na escola tentando se aproximar de Akemi, e embora nenhuma resposta verbal, a menina não se afastou dela como fazia geralmente de quem se aproximasse... Na Armored Island, Tsurugi e Hayate ainda se mantinham atentos aos rapazes e trocavam informações com a equipe médica enquanto no espaço, Kemono uma vez mais se manifestava no salão Imperial enquanto seus generais adentravam o mesmo seguidos de vários soldados Makura como um verdadeiro exército imperial... Kanydai e Robother se prostram diante do ser e aguardam seu comunicado... Ele os observa atentamente e conclama:
Kemono: “ – Qual dos dois teria um plano de ataque imediato à Terra?” Kanydai eleva o rosto e ergue-se colocando o braço à frente do peito:
Kanydai: “ – Eu tenho Imperador... Avalan Igneos está pronto para ser testado e acredito que posso deixar os NeoChangeman em situação bem complicada...” Kemono cerra os olhos e indaga:
Kemono: “ – Como isso aconteceria?” Kanydai com um sorriso nefasto e a calma que lhe é conhecida quando ao tramar algo, explica:
Kanydai: “ – Eu misturei elementos de terra e fogo e criei algo interessante... Rocha da mais resistente por fora, completamente preenchido do mais puro magma no seu interior... Calor, projéteis, ataques perfurantes, nada disso fara efeito ao meu guerreiro e em contra partida, um ataque de rocha maciça ou uma lufada de magma puro podem...” Kanydai toca em seu braço decepado logo que chegou a Terra pelo MagmaClaw de NeoGriphon e chega a sibilar de raiva, mas se contém e continua:
Kanydai: “ – Podem desintegrar seres vivos em um piscar de olhos... Creio que tenho uma boa oportunidade meu senhor...” Kanydai fica a observar Kemono aguardando sua resposta enquanto o monstruoso ser o observa... O imperador então recua para sua escuridão, proferindo antes de desparecer:
Kemono: “ – Siga com seu plano, faço votos de que obtenha êxito... No entanto, tenho um plano extra seguindo em paralelo... Faça o seu melhor general Kanydai, valorize minhas riquezas gastas com você...” Kemono desaparece, Kanydai não gosta das frases finais, mas estava sendo muito bem pago então, engoliu o orgulho e partiu para executar sua missão. 
O general aciona as tropas Makura, cruzadores são carregados de soldados em posição de reclusão prontos para serem lançados sobre o planeta. As naves decolam, a Armored Island registra o movimento e o alarme soa por todo o local. Tsurugi e Hayate acenam para o doutor Togo e vão para a sala de comando enquanto Mitsu, antes mesmo de ser avisada pelo comunicador sentia uma vibração maligna em direção ao planeta. Ela olha para Shiori a segura pelo braço e explica:
Mitsu: “ – Olha, eu preciso ir... Não posso deixar que mais situações como a dela aconteçam... Voltarei com o Satoshi, eu prometo!” Shiori acena positivamente e então, antes que a guerreira se levantasse, um toque sutil, um calor quase que desconhecido para Mitsu e uma sensação de que algo grande ia acontecer fazem a jovem herdeira da Phoenix olhar para trás... Com os olhos cheios de lágrimas, a calada Akemi pede:
Akemi: “ – A senhora vai voltar tia Mitsu? Promete?” Mitsu olha para Shiori, as duas se enchem de emoção e Mitsu vira-se para Akemi dando a certeza:
Mitsu: “ – Acredite em mim, eu voltarei e trarei outros tios para brincar conosco, tenha certeza!” Mitsu beija a testa de Akemi, vira-se e parte correndo para fora da escola, tendo acesso à rua e aumentando sua velocidade o mais que podia enquanto repetia para si mesmo:
Mitsu: “ – Makura... Não vai mais separar famílias... Eu entendi os sentimentos de Satoshi hoje e tenha certeza, irão pagar pelo que fizeram a Akemi! VAMOS CHANGE!! NEOPHOENIX!! O comunicador aciona-se para avisar do problema, mas NeoPhoenix mergulha no portal antes de saber do perigo que os aguardava indo em direção ao combate determinada à fazer justiça por Sayuri e sua irmã!

Cidade de Kawasaki – aproximadamente 17:00hs - Um grande impacto se fez ouvir por toda a cidade, gritos antecipavam o estrondo pois muitos viram a esfera incandescente descer dos céus seguida de naves extraterrestes. O pânico imediatamente começou e logo os prédios começaram a cair devido ao corpo gigantesco que passava por entre eles... O alerta havia sido emitido 30 minutos antes, o governo e os Defensores da Terra creem que a maioria da população conseguiu pelo menos sair dos edifícios e os portais não paravam de abrir lançando Comandos Terrestres pela cidade. A Base Shuttle materializa-se acima das tropas e começam um pesado bombardeio ao monstro que ataca o local, a criatura gigante, feita de rochas e magma, gargalhava e mostrava seu poder por entre as construções. 
Nada lançado parecia fazer efeito, mísseis explodiam antes de tocar o monstro e suas lavas pingavam de dentro de seu corpo cheio de rachaduras o que fazia com que os Comandos não pudessem se aproximar sem cuidado do mesmo. A criatura seguia urrando e atacando, os Comandos atuavam como podiam, grande parte voltada a tirar possíveis atrasados do local e salvar suas vidas e enquanto isso na Base Shuttle Tsurugi esbravejava:
Cmt Tsurugi: “ – Maldito, nada o afeta! Sayaka, temos algo que possa fazer frente a ele?” A cientista nem o observa apenas segue mexendo nos comandos de sua central e erguendo a cabeça e olhar determinado revida:
Sayaka: “ – Acredito que consegui algo! Vou enviar a modificação para os mísseis e espero que os nanitas façam o que na simulação dizem fazer!” Ela faz alguns ajustes e com o polegar indica a Tsurugi que tudo está pronto, ele acena positivamente e comanda:
Cmt. Tsurugi: “ – Misseis Quânticos, disparar!” Sem sequer perguntar o que Sayaka havia modificado, confiante na cientista ele observa os mísseis partindo e indo em direção ao inimigo. Os artefatos atingem o alvo, adentrando o mesmo em suas rachaduras e se veem filetes brancos surgindo por sua estrutura... O monstro para por alguns instantes, olha para os filetes, olha para a Base Shuttle, como se sorrisse, elevando então suas flamas e os filetes desaparecem por completo. Tsurugi bate uma mão na outra e Sayaka chega até ele correndo:
Sayaka: “ – Tentei modificar as moléculas para que se tornassem congelantes, mas apesar de ter funcionado, o resultado foi bem aquém do esperado... Ele aumentou seu calor interno e desfez o gelo... Eu... Eu... Eu não sei como contra atacar Tsurugi...” O comandante olha preocupado para o monstro que arrasava a cidade e não acha uma maneira de impedir o acontecido, sobre um dos prédios Kanydai observa os fatos e com expressão de satisfação contempla seu feito... 

De repente um estrondo como se a barreira do som tivesse sido quebrada, um risco vermelho crescente se nota nos céus, um guincho poderoso e já conhecido dos guerreiros se faz ouvir e como um cometa, a lendária Phoenix desce dos céus totalmente incandescente atingindo o inimigo como uma bola de demolição magnânima, gerando uma grande explosão o arremessando contra o parque próximo, caindo pesadamente entre as árvores e abrindo uma cratera por onde passou... Kanydai não esperava pelo acontecido e sente seu plano ir por água abaixo enquanto observava a Phoenix revoltada, girando nos céus manobrando e vindo na direção do monstro novamente lançando diversas esferas de fogo contra o adversário e as explosões eram gigantes para o nível de uma pessoa o que parecia aos expectadores algo muito maior do que era na verdade, porém seu poder destrutivo e concentrado, esse sim era colossal... A ave lendária Phoenix paira à frente da Base Shuttle se interpondo entre eles e a criatura esperando o resultado de seu ataque... Mentalmente ela se comunica com todos sobrepujando-se a voz de Mitsu:
NeoPhoenix: “ – Comandante, e os demais? Precisamos deles, eu não infligi dano na criatura, somos o mesmo elemento...” Tsurugi sacode a cabeça negativamente e responde:
Cmt Tsurugi: “ – Ainda comatosos Mitsu... Nós vamos ajudar você!” Ele vira-se para a cientista chefe e tenta algo arriscado:
Cmt. Tsurugi: “ - Sayaka, consegue unir o elemento congelante aos punhos do NeoChange-Robo?” Ela o olha assustada de início mas sua expressão vai mudando e dá a entender que isso será possível... Tsurugi então sorri e completa:
Cmt Tsurugi: “ – NeoPhoenix, aguente firme, estamos indo com reforços. Hayate, Sayaka, vamos!”
Sayaka: “ – OK!”
Hayate: “ – Certo, vamos derrubar esse cara!” Hayate se teleporta ao hangar da Base Shuttle enquanto Sayaka e Tsurugi seguem para lá também, e adentrando aos veículos de combate JetChanger, HeliChanger e LandChanger, se lançam pelos céus para preparar seu ataque.
Hayate: “ – Qual vai ser a maluquice que vamos fazer dessa vez companheiros?” Sayaka aparece no monitor de todos e explica a situação atual:
Sayaka: “ – Estou transferindo as mudanças nos nanotechno-dados para que os punhos do NeoChange-Robô emitam frio intenso, quase como um congelador nanotechnológico de forma a podermos causar danos a esse monstro.”
Cmt Tsurugi: “ – Conto com você Sayaka!”
Hayate: “ – Entendi quase nada mas confio em vocês e nós contamos com você Change-Robô!”
A imagem de Kanydai aparece nos céus em forma de holografia e dispara suas palavras ácidas:
Kanydai: “ – Meu Avalan Igneos é muito superior, não adianta tentarem nada, hoje vocês morrem NeoChangeman e seu executor é Kanydai, ahahahahaha!”
Hayate: “ – Ora sua lagartixa crescida... Vou enfiar o punho do Change-Robô em seu...”
Sayaka: “ – HAYATE!! Pare com esse palavreado e vamos ao gattai!” Tsurugi acena positivamente, a imagem de Kanydai desaparece ao ser trespassada pelos veículos e então ao comando do sábio combatente, a fusão se inicia:
Cmt Tsurugi: “ – Conversão terrestre, preparar!” Em questão de segundos os veículos brilham, se fundem em uma esfera de luz, atacam o monstro diversas vezes dando um espaço para que o densetsu Phoenix pudesse voar mais acima e recuperar o fôlego, e voltam aos céus descendo pesadamente em pé, já como o poderoso NeoChange-Robô.
Os punhos do gigante guerreiro então se congelam e emitem forte frio como se fossem realmente um refrigerador potente e ele parte pra cima da criatura Igneos desferindo uma sequência de socos poderosos que fizeram a fera recuar golpe a golpe, sentindo cada impacto. Kanydai começou a ficar apreensivo pois embora o poder do elemental que ele infundiu à criatura Avalan, ele via golpe após golpe de NeoChange-Robô afetarem sua criação... Em seu íntimo, ele não esperava por algo assim... Indignado ele berra de cima do prédio:
Kanydai: “ – Vamos Igneos, revide, destrua esse maldito robô!” O monstro ergue seus braços, aumenta seu calor interno e lança rajadas de lava contra o mecha guerreiro, a fuselagem do mesmo queima ao toque, mas resiste ao impacto, desvia de outros, avança de novo e fere mais vezes Avalan Igneos para o descontentamento completo do general fera.
Cmt Tsurugi: “ – Pessoal, vamos manter a pressão, vamos bater nele o máximo possível para tentar feri-lo!” 
Hayate: “ – Vamos intensificar o ataque, o NeoChange-Robô tem capacidade para isso! Sayaka, consegue aumentar o frio nos punhos dele?”
Sayaka: “ – Isso não é possível e a temperatura interna está aumentando muito, não sei se conseguimos manter o ritmo!”
Cmt Tsurugi: “ – Nós precisamos manter o ritmo Sayaka, a vida de Mitsu e da população dependem de conseguirmos algo!” Todos fazem expressão de determinação misturado a apreensão e seguem como um legítimo pugilista contra o monstro incandescente. Seus golpes estavam realmente surtindo efeito, se viam os filetes de frio enfraquecerem as chamas por segundos e depois sumirem... Então, veio a ação de bloqueio, o antebraço de Avalan detém um upper do mecha, o monstro sorri maquiavelicamente e começa a evitar todos os ataques, qualquer golpe dado era bloqueado por seus poderosos antebraços em chamas e apesar do frio extremo, ele conseguia evitar os danos que tomava inicialmente.
Cmt Tsurugi: “ – O que está acontecendo... Ele saber onde vamos bater, como se lesse nossos movimentos...” Uma mensagem surge no visor dos três com os seguintes dizeres:

“ – Mudem o estilo de luta... Ele analisa e assimila seu estilo de combate...”

Sayaka: “ – Mai...”
Hayate: “ – Garota linda do super Hayate!”
Cmt Tsurugi: “ – Ok, vamos alternar de estilo de combate, vamos mesclar diversos golpes e tentar confundir o Igneos!” Usando de ataques diferenciados mesmo que não tão eficazes como diretos e cruzados, NeoChange-Robo começa a acertar o inimigo novamente, o atinge fortemente em grandes momentos, mas com o decorrer dos minutos que mais pareciam horas, a verdade começa a ficar visível:
Hayate: “ – Ahhhhhhhhhh droga!! Estamos apenas ganhando tempo, nossos golpes não o derrubam! MALDITO!!
Sayaka: “ – Hayate tem razão Tsurugi...” Um guincho poderoso ecoa no ar e a voz chega até suas mentes:
NeoPhoenix: “ – Então é minha vez de novo, eu vou tentar derrubá-lo!” A Phoenix ataca brutalmente Avalan Igneos, o impacto físico é tremendo e novamente o arremessa pelo chão com temível agressividade, mas nada de danos agravados o atingem e ele se ergue de novo tentando atingir a ave lendária que manobra pelos céus tentando destruí-lo... Era fogo contra fogo, nenhum dos dois se sobressaía e o cansaço iria atingir NeoPhoenix mais rápido que a Avalan, isso era um fato...
NeoPhoenix: " - Eu não me darei por vencida, continuarei a atacar e atacar até que caia, vocês não irão fazer situações como da Akemi se repetir seus malditos!! Eu vingarei... TODOS OS SONHOS DESTRUÍDOS!" A ave ígnea continua a manobrar pelos céus e a atacar com ferocidade, e sobre o prédio Kanydai tenta entender como o NeoChange-Robo percebeu a assimilação de Avalan quando sente um cheiro diferenciado no ar... Ele olha ao redor e sente que o odor diminui... O general sorri e entende...
Kanydai: “ – Estavam me espionando... Muito bem, chega de brincar então!” Ele vira-se para sua criatura e brada:
Kanydai: “ – Igneos... Mostre do que é feito, dê calor a eles, FRITE A TODOS, AGORA!” O monstro urra, as lavas dentro de si parecem se agitar e começar a sair por suas fendas e observando o novo ataque da ave lendária Phoenix, Igneos a segurada pelo pescoço em pleno voo e então, as labaredas e lavas transbordam de seu punho para o densetsu como um jato cáustico contra ela. O fogo não a fere, mas o esforço para se libertar começa a enfraquecer a conexão entre a humana e a criatura lendária e a situação se tornava mais mortal a cada segundo...
NeoPhoenix: “ – Se eu... Voltar a forma humana assim... Argh... Eu vou fritar... Preciso... Manter a conexão...” Dentro do NeoChange-Robo os três percebem o problema e avançam contra Avalan mas ele vira a palma da mão para o mecha e acompanhando seus movimentos, como uma fossa que despejava um jato poderoso ininterrupto, a lava atacava ferozmente o mecha gigante que embora aguentasse o impacto por algum tempo, não se podia dizer o mesmo dos humanos que o pilotavam...
Sayaka: “ – Tsurugi... Não vamos aguentar o calor... Nossos corpos, não tem proteção contra isso...”
Hayate: “ – Ah, virar churrasco não era meu projeto de vida... Tsurugi...”
Cmt Tsurugi: “ – Precisamos ajudar Mitsu, não podemos nos entregar...”

O calor escaldante preenchia cada vez mais o NeoChange-Robo assim como a determinação de seus pilotos, os três ocupantes estavam lutando contra a apagar de seus sentidos pela exposição ao calor e NeoPhoenix lutava para manter sua Densetsu-Form para não ser queimada viva e enquanto as chances pareciam diminuir a todos, Kanydai gargalhava sobre o prédio com a vitória certeira em mãos! Na mente de NeoPhoenix a torpeza começava a ganhar forma e ela sentia sua transformação se desfazer em segundos, enquanto na cabine do NeoChange-Robo Tsurugi percebe uma mensagem insistente de Dr. Togo tentando chegar até ele mas o guerreiro a ignora devido o momento e tenta lutar contra o impossível... 

Tudo estava perdido... Um silêncio começa a tomar conta de todos, pelo menos em suas mentes eles imaginavam isso então uma sequência de estrondos... Foram 4 ao total que puderam ser ouvidos... O som seguinte foi o da ovação dos Comandos Terrestres, eles vibravam com algo e então Tsurugi, Hayate e Sayaka começavam a conseguir recobrar a consciência em um ímpeto de último esforço... Eles veem borrões gigantes passar pelo cockpit... Uma onda gigante os precedia e havia passado já e então uma sensação agradável de frescor começou a tomar conta do NeoChange-Robo... Suas consciências começavam a voltar e eles podiam olhar o exato momento em que os vultos chegavam a seu destino e ignorando por completo o turbilhão de água que envolvia Avalan Igneos, os poderosos Densetsu chegavam ao combate de forma aterradora e brutal. 

Griphon foi o primeiro, seu impacto fulminante como um meteoro simplesmente reverberou através do monstro que foi arremessado pelo parque por quilômetros e, quando conseguiu deter sua trajetória com as mãos ao chão, o poderoso leão alado estava sobre ele novamente, suas garras arrancaram partes de seus estrutura rochosa, deixando a lava exposta que automaticamente ia se refrigerando ao ataque incessante da agua gélida como o mar ártico... Aos pés dessa formação de água, Mermaid estava já com sua face demoníaca sorrindo assustadoramente para Igneos que ficou sem reação e olhava seu calor diminuir a cada instante... A risada de Mermaid o incomodava e ele pensou em reagir quando viu Griphon dar um último golpe que quase arrancou sua perna, batendo asas e recuando como se fugisse de algo e então os relâmpagos... Uma verdadeira coluna de relâmpagos da espessura do próprio Igneos o atingiu, transformando mais de sua estrutura rochosa em magma devido ao calor intenso que a eletricidade criou, eletricidade essa gerada por um possante corcel alada que cruzava os céus furioso com o ataque sofrido por seus aliados. Esse golpe do densetsu Pégasus o deixou sem corpo físico apenas um magma viscoso que parecia perder calor a todo instante e ele sabia de onde vinha esse efeito, pois a demoníaca sereia nadava por entre as águas devolvendo ao monstro a visão aterradora que quis passar aos que o enfrentavam... Se via em cada densetsu a fúria dos deuses e isso estava intimidando até mesmo o agressivo Kanydai sobre o prédio...
Kanydai: “ – Pelos deuses... O que enfrentamos afinal...” Igneos começa a se solidificar, seu corpo perdia o calor intenso que manifestou até então e era visível que ele não poderia mais se tornar magma... Parecia então que o céu escurecia sobre ele, mas não, era na verdade o pior pesadelo que ele poderia imaginar... Uma sombra crescia sobre o monstro que ao olhar para os céus percebeu um enorme réptil descer sobre ele com olhos incandescentes. Um dragão em fúria chegava até Igneos, suas garras o avariaram por completo a cada um dos 15 ataques em incrível velocidade que recebeu e com seu voo e cauda, Dragon literalmente fulminou o terrível Avalan Igneos o arremessando para longe por diversas vezes quase o deixando em coma com um último golpe de cauda... O corpo do inimigo estava deveras afligido, suas chamas extintas e ele não tinha mais como reagir... Ainda assim ele olha com fúria para seus atacantes e tenta em um último ataque revidar... Dragon ruge e todos os densetsu respondem, pairando sobre o NeoChange-Robo. Eles então revertem a transformação e cada um surge em sua cabine assumindo o local dos veteranos... NeoDragon comunica:
NeoDragon: “ – NeoPhoenix, está bem? Consegue combater?” A guerreira faz um positivo para NeoPégasus e olha para Hayate respondendo ao líder:
NeoPhoenix: “ – Sou dura na queda como o tiozão aqui NeoDragon!” Todos sorriem por debaixo de seus capacetes e observam Avalan em corrida desmedida. NeoDragon cerra o punho e comanda:
NeoDragon: “ – Kanydai... Transmita a seu líder que se tentou nos acovardar, só nos deu mais motivos para nos reerguermos quantas vezes forem necessárias. Para deixar bem claro nossa disposição em colocá-los para correr, vamos te derrubar da forma que nossos mestres iniciaram o combate... Enfrente o guerreiro mais lendário deste planeta, o NeoChange-Robô! PESSOAL... ESPADA RELÂMPAGO!” O gigantesco mecha com força renovada brilha seus olhos, faz surgir seu escudo, os relâmpagos o envolvem e ele saca a mística Espada Relâmpago esperando o comando de seus pilotos!
NeoDragon: “ – Todos prontos pessoal?”
Todos: “ – OK!”
NeoDragon: “ – Descanse em paz Avalan Igneos... Espada Relâmpago... SUPER THUNDERBOLT!” O NeoChange-Robô leva a espada à frente de seu corpo, os relâmpagos a incorporam, ela puxa a arma para a retaguarda e agachando-se levemente, como um samurai em carga ele avança contra Igneos desferindo um golpe em seu abdômen... Um silêncio absurdo consome o local, quebrado a seguir pela explosão do impacto da Espada Relâmpago em Igneos e logo em seguida, um grito gutural de dor e agonia que se consome em meio ao restante do espetáculo dantesco... Além de partir Avalan Igneos ao meio, o golpe reverberou por todo seu corpo o fazendo em pedaços minúsculos que se espalharam pelo ar com a explosão do impacto! O NeoChange-Robo então detém seu movimento e vira-se para ver a cena restante do inimigo sumindo mantendo sua posição de combate. Kanydai esbraveja e desaparece e em contrapartida, Comandos Terrestres, sobreviventes civis, integrantes dos Defensores da Terra e os veteranos dentro do NeoChange-Robo, bem como o mundo que acompanhava a batalha pelas mídias vibram, ensurdecem o mundo a gritar de alegria enquanto o sol ainda brilhava no final de dia por detrás do poderoso mecha combatente. 
Cmt Tsurugi: “ – Defensores da Terra, reagrupar no local de combate, por gentileza!”

Base Shuttle aterrissa, assim como os Comandos se aproximam e os ocupantes do NeoChange-Robo saem dele... Todos se reúnem para comemorar e entender o que acontecia... Algumas trocas de frases rápidas, a felicidade por conta da recuperação e chegada incrível dos NeoChangeman comatosos mas em meio a tudo aquilo, Ryuichi tinha uma sensação estranha, era como se alguém o observasse... Ele começa a procurar algo estranho em meio a tanta destruição e eis que seus olhos fitam algo, algo que ele não acreditaria mais ser possível, algo que simplesmente o gela dos pés à cabeça... Ele passa as mãos aos olhos e observa de novo... Ao longe, se destacando da multidão como se apenas o observando, o encarando, o fitando nos olhos como esperando uma resposta...
Ryuichi: “ – Mãe?”

Continua...

Tema de encerramento - Feito tempestade!

Conversa Especial - Akira Toriyama, Japan Project e projetos futuros!

A tecnologia, apesar de seus pontos ainda plausíveis de utilizações nefastas, nos permite verdadeiros momentos raros e agradáveis como esse!...