Grund-Tharg "Força Infinita" - Saga:
Capítulo 03 - "- A tribo dos Corcéis Alados!"
O céu rubro com o amanhecer, o toque do sol despertando no horizonte
trazendo mais um dia de jornada a todos nós... Eu sou Jhon Raven, e o que vejo
à nossa frente, diferente de meus aliados onde cada um tem suas próprias metas, é mais uma chance de exaltar o dogma do Senhor da Morte,
Kellintor, seguindo suas pretensões e ensinamentos da melhor maneira possível... Aqueço a carne da noite anterior para nosso desjejum, tarefa que geralmente cabe a mim por ser o primeiro a acordar neste grupo... Está em meu instinto e também em
minhas obrigações de kellintorita, não me deixar guiar ou tomar por sentimentos
mundanos como a preguiça... Nissa e Syndra acordam e algum tempo depois, após
muitos gritos das duas com ele, Tharg acorda, resmungando e novamente desnudo... Eu confesso que custo a acreditar que bárbaros vivam tanto, dado tamanha indisciplina, algo que me incomoda muito... Você poderia perguntar então "porque veio nesta missão se tais fatos incomodam tanto vossa pessoa", eu responderia que há muito mais na vida que agradar a meu próprio ego... Para começar estou nesta missão
por ordem da academia de WinterLess, a qual jurei lealdade após Kellintor, mas também para ajudar a curar minhas duas aliadas, desta maldição
que nos consome... Meu treinamento rigoroso e regrado, e a falta de necessidade
que sinto de desejos mundanos me ajudam a manter esta libido sob controle, mas
isso não será para sempre, em algum momento irei fraquejar e deixarei de ser digno das bençãos do Juiz dos Condenados... Jamais poderia viver como um seguidor de Kellintor com tamanha fraqueza em meu sangue... Grund-Tharg e sua missão pessoal nos oferecem a grande chance de podermos mudar este destino trevoso se, nos for permitido banharmos na fonte sagrada dos Tangdarth, ou seja, jamais poderia
dizer que aceitei tal missão somente por ordens ou pelas duas... Mas conviver
com alguém tão desregrado, de vocabulário chulo e sem qualquer estratégia é bem
complicado para meu padrão de convivência, não há como negar...
Enfim, todos comem, apago o fogo e reviso tudo após a desmontagem do
acampamento para ter certeza de que nada ficou para trás... Pelo menos um rufião não é adjetivo a ser atribuído ao desregrado Tharg, a força física da qual ele tanto tem orgulho é verdadeira, tal fato se comprova ao ver que sem qualquer esforço ele carrega praticamente todo o
material do acampamento como se nada de extra estivesse em seus pertences, e aqui, entra outra peculiaridade desde gigante sem boas maneiras... Quando ele necessita falar de assuntos sérios, saem frases curtas, poucas palavras a representar tudo que precisa ser dito, como se escolhesse a melhor palavra pra dizer o máximo de coisas apenas com ela, no entanto... Enquanto caminha e nos guia pelo trajeto, sua boca se solta e ele fala muito, como se nos conhecesse há eras... Na verdade, ele sem dúvida alguma nos entretém com suas histórias, a grande maioria
mentiras descabidas se nota, mas ele torna a viagem menos lamuriosa e menos tensa, é um fato... Nissa
e Syndra se deram bem com ele, até demais, talvez ele ofereça a elas o que eu
em vários meses viajando junto a elas não ofereci, uma amizade para compartilhar
de tudo, até mesmo do sexo algo que parece ser necessário a elas periodicamente... No entanto, contrariando o que eu julgaria correto, não há por eles, ou entre eles, nenhum compromisso ou acordo de fidelidade,
apenas diversão sem qualquer ressalva, seja nas falas ou na conjunção carnal...
Creio que passarei pelo tribunal de Kellintor antes de compreender tais
atitudes levianas que não me parecem ser capazes de serem adotadas por pessoas civilizadas... Mas não posso negar que isso fez bem à equipe como um todo, desviou a atenção das duas de sua libido, seja pelo assunto aleatório ou pela satisfação de terem passado a noite juntos, e que
ele, sem dúvida alguma, apesar de barulhento, é um valoroso braço forte na hora do combate... No entanto, é necessário cuidar suas atitudes, sua falta de experiência e táticas militarizadas pode nos colocar em perigo eu creio... Precisarei estar atento à Grund-Tharg e sua impulsividade...
Tão logo saímos da "Floresta das Emboscadas", seguimos em linha reta por terreno aberto até o "Rio Sarubin" e
pensei, uma vez diante do rio e consultando o mapa que levava comigo, em seguir às margens do mesmo, evitando assim nos aproximar dos "Salões de
Mithral" onde poderíamos ter problemas com os anões e suas regras altamente
rigorosas ou de adentrar os "Pântanos das Amarras", local repleto de
guildas de ladrões e assassinos em busca de vítimas para pilhar e estuprar...
Minha ideia era caminharmos pelas margens evitando desta forma ambos os perigos
nos restringindo apenas a ficarmos expostos por algumas horas a pé, mas
enquanto analisava o caminho a seguir e as pegadas e qualquer outro sinal para
entender o que poderia patrulhar aquelas margens, ouvi o som estrondoso de algo
pesado em queda... Virei-me rapidamente a tempo de ver que há poucos metros dali, Grund-Tharg arrancava um galho de uma
árvore seca, pouco mais de dois metros de comprimento, algo como 30 a 40cm de
espessura e com diversos galhos menores ao seu redor... Ele arrastou o mesmo
como se puxasse um galho franzino, fazendo parecer muito mais fácil do que era, o largando logo em seguida perto das
margens... Com alguns golpes de machado ele removeu todo e qualquer galho de um
lado inteiro do tronco, deixando galhos nas laterias e apenas quatro outro
galhos no que seria o lado inverso de onde ficou nenhum... Ele então ergue o
mesmo novamente com extrema facilidade e o arremessa na água, se colocando a
frente e segurando seu avanço pelas correntezas do rio... Com um sorriso amarelo ao rosto, se percebia que ele iria falar sério de novo, pois as dezenas de palavras sumiram e apenas chegou a nós a reduzida frase, aos berros: “- ANIMAIS PEQUENOS APENAS... POUCOS VIAJANTES... GUILDAS AFUGENTAM TODOS... CORREDEIRAS BOAS PARA NÃO TER BARULHO OU RASTROS... BARCO SELVAGEM MELHOR OPÇÃO..."
Nissa e Syndra me olham e penso que irão menear a cabeça devido a ideia estúpida e desprovida de qualquer segurança, mas elas sorriem e correm em direção ao tronco sobre a água, tomando seus lugares no mesmo... Com galhos aos lados, o tronco brilhantemente se mantém boiando sem tombar... Com nenhum galho na parte debaixo, o tronco não se prenderá à nada em partes mais rasas e com os quatro galhos que ficaram pra cima, incrivelmente temos onde nos segurar como em uma cela de cavalo e, sem outro adjetivo melhor, era fato que iríamos praticamente, cavalgar o tronco sob a água... Embora eu estivesse à plenos pulmões reprovando aquela ideia, eu não tinha outra opção a não ser concordar com aquela lógica improvável, e reconhecer que aquela era nossa melhor opção e que Grund teve uma ideia perfeita que eu jamais iria cogitar... Ele grita novamente me chamando, com extrema facilidade por dentro da água, faz a volta no tronco para assumir o último lugar no “transporte” e enquanto me aproximo ele diz: “- VISÃO PRIVILEGIADA PARA VIGIAR SENDO O PRIMEIRO!” Ele então parece se soltar de novo, uma gigantesca gargalhada ecoa e, apesar de não acreditar que estava a aceitar tamanha ideia estapafúrdia, eu tomava meu assento e iniciava-mos nossa descida pelo Rio Sarubin...
Nissa e Syndra me olham e penso que irão menear a cabeça devido a ideia estúpida e desprovida de qualquer segurança, mas elas sorriem e correm em direção ao tronco sobre a água, tomando seus lugares no mesmo... Com galhos aos lados, o tronco brilhantemente se mantém boiando sem tombar... Com nenhum galho na parte debaixo, o tronco não se prenderá à nada em partes mais rasas e com os quatro galhos que ficaram pra cima, incrivelmente temos onde nos segurar como em uma cela de cavalo e, sem outro adjetivo melhor, era fato que iríamos praticamente, cavalgar o tronco sob a água... Embora eu estivesse à plenos pulmões reprovando aquela ideia, eu não tinha outra opção a não ser concordar com aquela lógica improvável, e reconhecer que aquela era nossa melhor opção e que Grund teve uma ideia perfeita que eu jamais iria cogitar... Ele grita novamente me chamando, com extrema facilidade por dentro da água, faz a volta no tronco para assumir o último lugar no “transporte” e enquanto me aproximo ele diz: “- VISÃO PRIVILEGIADA PARA VIGIAR SENDO O PRIMEIRO!” Ele então parece se soltar de novo, uma gigantesca gargalhada ecoa e, apesar de não acreditar que estava a aceitar tamanha ideia estapafúrdia, eu tomava meu assento e iniciava-mos nossa descida pelo Rio Sarubin...
Menos de uma hora foi o que precisamos para percorrer nosso caminho e, apesar de algumas flechas atrasadas
que erraram seus alvos devido nossa velocidade, e uma serpente que tentou subir a bordo e teve sua cabeça esmagada pelo aperto de nosso amigo selvagem, não houve qualquer imprevisto
na viagem e muito antes do que esperávamos estávamos ao lado da "Floresta Enluarada", lar do gigante e jovem Grund-Tharg! Sem qualquer aviso o mesmo se arremessa às águas nos incentivando a fazer o mesmo, e assim fizemos, deixando nosso “barco” seguir adiante
enquanto saímos há poucos metros de nosso destino final...
Enquanto nos ajustávamos na margem, preparando pra seguir marcha, fiquei a observar Grund-Tharg... O vejo a conversar com Nissa e Syndra completamente sem qualquer preocupação, entendo o mesmo se sentir em casa, mas ele sequer olhava ao redor ou foi fazer qualquer averiguada do terreno, podendo estarmos a ser observados do meio da floresta sem que nenhum de nós soubesse, era o que me dizia meu senso militar... Ao mesmo tempo que todas essas mensagens fluíam em meus pensamentos, à criticar a atitude desleixada de nosso aliado, me apresso a terminar meus ajustes para então fazer o que julgo correto e observar ao redor se nada nos poderia colocar em perigo, e foi então... Foi então que ouvi aquele assovio, que confesso me assustou, achando ser um bando de Orcs, mas não, ele vinha de Grund-Tharg... O bárbaro continuava na mesma posição e continuava a falar como se nada acontecesse, mas ergueu sua mão, chamando a atenção de todos nós, embora sem que entendessemos o que aquilo significava... Ele continuava a falar, mas parecia desta vez estar com sua visão buscando algo, porém sem mover seu corpo, por pouco que fosse... Ficamos parados a esperar por algum acontecimento e então tivemos certeza, com o decorrer dos segundos a fixar no olhar do selvagem, que ele embora falasse, estava a analisar tudo ao nosso redor sem dar pistas ao que quer que fosse, de que ele fazia isso, aliás, nós não havíamos percebido isso desde que chegamos à areia e ele, estava atendo a tudo, diferente do que cogitei... Minha mente sentiu um impacto de arrependimento pois pude enfim perceber que enquanto conversava e ria, seus outros sentidos estavam atentos e afiados, muito mais que os meus... Diferente de mim, que tudo tem sua hora e momento, ele parecia fazer tudo ao mesmo tempo e eu o julguei mal por agir diferente de mim... Na verdade ele é tão atento e preocupado quanto eu mas, tomas suas precauções de forma diferenciada e foi isso que passei por cima e ignorei, uma falha que alguém mais experiente não teria cometido eu reconheço... Estava claro agora, pelo menos pra mim, que sua criação selvagem o fez se guiar por outros instintos e não somente os que aprendemos na academia ou com nossos mestres disciplinados e cheios de regras... De repente minhas divagações são interrompidos, Grund-Tharg se ergue e sem se virar, sorrindo, berra a plenos pulmões: “- SAI DA FRENTE JHON...”
Um tremor de terra pode ser sentido e então, saindo das matas em carga, uma espécie de búfalo super crescido vem em nossa direção, enfurecido... Tharg vira-se como um raio e fica à sua frente como se pensasse em deter sua trajetória! Eu grito para que não faça tamanha besteira, mas ele não me escuta ou não leva em consideração e se mantém em posição... Nissa, Syndra e eu em saímos da trajetória do animal, tanto por que o bárbaro pediu como para preparar o contra-ataque, enquanto o animal baixa seus chifres e ataca com tudo Grund-Tharg que agarrava de forma vigorosa as aspas do monstro enfurecido e tenta de forma estupidamente incrível, contê-lo... Os dois se chocam, a corrida desenfreada da criatura vai empurrando Tharg pela areia e preparamos para atacar e dar suporte quando novamente somos surpreendidos pelo jovem selvagem, que aos berros, sem sequer nos olhar mas deixando a certeza de que sabia onde estavamos e o que preparava-mos, anuncia: “- NÃO ATAQUEM! GRUND-THARG É O ADVERSÁRIO DELE!” Relutantes mantemos nossas posições e esperamos alguns segundos enquanto o duelo de milésimos de segundo continuava... Os músculos do bárbaro pareciam de ferro e saltavam por seus braços enquanto ele tentava frear o monstro, ao mesmo tempo que o gigante animal parecia perder velocidade diante do esforço descomunal do bárbaro... A batalha parecia começar ser vencida conforme se aproximavam das margens, Tharg com os pés enterrados no chão abria uma cratera por onde ia sendo empurrado e a fera, espumando de raiva tentava forçar mais e mais conforme avançava mas, seus intentos começavam a fracassar a cada centímetro que conseguia avançar... Os dois chegam ao leito do rio, praticamente tocando na água já quando Tharg consegue finalmente frear e deter o monstro, solta um urro de fúria e em um esforço que jamais presenciei, pelos chifres que segurava ele ergue o pesado animal o arremessando por cima de si, em direção ao Rio Sarubin, livrando-se da ameaça de forma magistral e pelo menos por mim, impensada... Ofegante o gigante então vira-se para o rio, observa o ser nadando para outra margem e volta-se para nós de novo indo em direção onde estava sentado antes completando: “- OGLOKS... ÉPOCA DE ACASALAMENTO... ATACAM QUALQUER UM!” Como se nada tivesse acontecido, o jovem bárbaro pega todo nosso material e segue em direção à floresta como quem estava na extensão da varanda de sua casa, e na verdade, era assim que ele se sentia enquanto nós três ainda estavamos impressionados com tamanha atitude e demonstração de força... Sem outra opção, seguimos o gigante e finalmente adentrávamos a "Floresta Enluarada", terra dos bárbaros Tangdarth... Nos detemos por alguns segundos olhando as gigantes árvores do local, olhamo-nos os três e sem dizer qualquer palavra mais, seguimos em frente enquanto Tharg avançava à passos largos que demonstravam sua satisfação, também estampada em seu rosto, com a volta ao chão natal que ele tanto quer preservar...
Enquanto nos ajustávamos na margem, preparando pra seguir marcha, fiquei a observar Grund-Tharg... O vejo a conversar com Nissa e Syndra completamente sem qualquer preocupação, entendo o mesmo se sentir em casa, mas ele sequer olhava ao redor ou foi fazer qualquer averiguada do terreno, podendo estarmos a ser observados do meio da floresta sem que nenhum de nós soubesse, era o que me dizia meu senso militar... Ao mesmo tempo que todas essas mensagens fluíam em meus pensamentos, à criticar a atitude desleixada de nosso aliado, me apresso a terminar meus ajustes para então fazer o que julgo correto e observar ao redor se nada nos poderia colocar em perigo, e foi então... Foi então que ouvi aquele assovio, que confesso me assustou, achando ser um bando de Orcs, mas não, ele vinha de Grund-Tharg... O bárbaro continuava na mesma posição e continuava a falar como se nada acontecesse, mas ergueu sua mão, chamando a atenção de todos nós, embora sem que entendessemos o que aquilo significava... Ele continuava a falar, mas parecia desta vez estar com sua visão buscando algo, porém sem mover seu corpo, por pouco que fosse... Ficamos parados a esperar por algum acontecimento e então tivemos certeza, com o decorrer dos segundos a fixar no olhar do selvagem, que ele embora falasse, estava a analisar tudo ao nosso redor sem dar pistas ao que quer que fosse, de que ele fazia isso, aliás, nós não havíamos percebido isso desde que chegamos à areia e ele, estava atendo a tudo, diferente do que cogitei... Minha mente sentiu um impacto de arrependimento pois pude enfim perceber que enquanto conversava e ria, seus outros sentidos estavam atentos e afiados, muito mais que os meus... Diferente de mim, que tudo tem sua hora e momento, ele parecia fazer tudo ao mesmo tempo e eu o julguei mal por agir diferente de mim... Na verdade ele é tão atento e preocupado quanto eu mas, tomas suas precauções de forma diferenciada e foi isso que passei por cima e ignorei, uma falha que alguém mais experiente não teria cometido eu reconheço... Estava claro agora, pelo menos pra mim, que sua criação selvagem o fez se guiar por outros instintos e não somente os que aprendemos na academia ou com nossos mestres disciplinados e cheios de regras... De repente minhas divagações são interrompidos, Grund-Tharg se ergue e sem se virar, sorrindo, berra a plenos pulmões: “- SAI DA FRENTE JHON...”
Um tremor de terra pode ser sentido e então, saindo das matas em carga, uma espécie de búfalo super crescido vem em nossa direção, enfurecido... Tharg vira-se como um raio e fica à sua frente como se pensasse em deter sua trajetória! Eu grito para que não faça tamanha besteira, mas ele não me escuta ou não leva em consideração e se mantém em posição... Nissa, Syndra e eu em saímos da trajetória do animal, tanto por que o bárbaro pediu como para preparar o contra-ataque, enquanto o animal baixa seus chifres e ataca com tudo Grund-Tharg que agarrava de forma vigorosa as aspas do monstro enfurecido e tenta de forma estupidamente incrível, contê-lo... Os dois se chocam, a corrida desenfreada da criatura vai empurrando Tharg pela areia e preparamos para atacar e dar suporte quando novamente somos surpreendidos pelo jovem selvagem, que aos berros, sem sequer nos olhar mas deixando a certeza de que sabia onde estavamos e o que preparava-mos, anuncia: “- NÃO ATAQUEM! GRUND-THARG É O ADVERSÁRIO DELE!” Relutantes mantemos nossas posições e esperamos alguns segundos enquanto o duelo de milésimos de segundo continuava... Os músculos do bárbaro pareciam de ferro e saltavam por seus braços enquanto ele tentava frear o monstro, ao mesmo tempo que o gigante animal parecia perder velocidade diante do esforço descomunal do bárbaro... A batalha parecia começar ser vencida conforme se aproximavam das margens, Tharg com os pés enterrados no chão abria uma cratera por onde ia sendo empurrado e a fera, espumando de raiva tentava forçar mais e mais conforme avançava mas, seus intentos começavam a fracassar a cada centímetro que conseguia avançar... Os dois chegam ao leito do rio, praticamente tocando na água já quando Tharg consegue finalmente frear e deter o monstro, solta um urro de fúria e em um esforço que jamais presenciei, pelos chifres que segurava ele ergue o pesado animal o arremessando por cima de si, em direção ao Rio Sarubin, livrando-se da ameaça de forma magistral e pelo menos por mim, impensada... Ofegante o gigante então vira-se para o rio, observa o ser nadando para outra margem e volta-se para nós de novo indo em direção onde estava sentado antes completando: “- OGLOKS... ÉPOCA DE ACASALAMENTO... ATACAM QUALQUER UM!” Como se nada tivesse acontecido, o jovem bárbaro pega todo nosso material e segue em direção à floresta como quem estava na extensão da varanda de sua casa, e na verdade, era assim que ele se sentia enquanto nós três ainda estavamos impressionados com tamanha atitude e demonstração de força... Sem outra opção, seguimos o gigante e finalmente adentrávamos a "Floresta Enluarada", terra dos bárbaros Tangdarth... Nos detemos por alguns segundos olhando as gigantes árvores do local, olhamo-nos os três e sem dizer qualquer palavra mais, seguimos em frente enquanto Tharg avançava à passos largos que demonstravam sua satisfação, também estampada em seu rosto, com a volta ao chão natal que ele tanto quer preservar...
Avançamos por pelo menos mais de hora pela mata, a floresta era simplesmente fascinante, com um chamado pela vida como eu nunca havia sentido antes... Brutal, ameaçadora, mas intensamente viva e que exalava uma sensação de liberdade, e de vida, na forma mais primitiva possível... Era quase desintoxicante andar por aquela terra com cheiro de nutrientes e de umidade, em uma temperatura nem a um extremo ou outro, era incrivelmente agradável e convidativa... Quase sentia gosto pela ideia de viver em um lugar assim, quando vimos Tharg finalmente se
deter e logo entendi o motivo... Uma visão fantasmagórica aparecia diante de
nós uma vez mais, mas desta vez tinha o aspecto translucido e branco que sempre
visualizamos em uma alma penada... Sem sensações físicas à expressar, nosso
jovem bárbaro se detém pois não tem conhecimentos suficiente para agir da melhor
forma, e tomo a frente resolvendo a situação com um simples expulsar de mortos
vivos, capacidade que o meu senhor, Juiz dos Condenados me favorece por meus
trabalhos prestados e tão logo o espírito errante tenha sido enviado de volta
para seu julgamento com Kellintor, busco Tharg pra seguir a rota correta e
consigo avista-lo unicamente pela gritaria que me conduz... Algo chamou sua
atenção e despertou sua fúria pois de espada em punho ele corria na direção de
algo, que nós ainda não havíamos percebido, novamente... Mais e mais vezes o jovem selvagem que eu cogitava desatento estava me mostrando ser mais atento do que jamais julguei ser...
Nos apressamos em alcança-lo quando avistamos um gigante de pedra a interromper a passagem de todos, inclusive de Grund-Tharg que o analisava, em fúria... Ao fundo de onde a criatura, conhecido por nós como golem guardava a passada, um verdadeiro torneio selvagem acontecia, e o gigante de pedra criado através de magia, com um sorriso malicioso provoca: “- Ora, ora ora... Então o bárbaro conseguiu perceber algo além de si mesmo... Veja, vós estais diante do desafio dos campeões... Todos os líderes de tribos estão aqui, atendendo ao desafio proposto pelo nosso rei Orc "OgreBould Muitas Flechas"! Sempre disposto a agregar novos territórios, nosso rei invocou as leis dos Tangdarth propondo o desafio, onde a tribo vencedora controlaria a Floresta Enluarada, seja ela Tangdarth ou não! Como seria uma afronta contrariar vossas leis, as tribos responderam e vossos campeões estão agora em campo...” Grund-Tharg continuava a manter a posição de ataque e se percebia que eram questão de segundos até que ele se jogasse em combate, no entanto, o golem parecia não se importar de maneira alguma com o golpe iminente, ou com a raiva palpável de Tharg, pelo contrário, parecia continuar a provocá-lo, eu compreendi o motivo... “- A única tribo sem representante aqui é a vossa, porque será?” completou o golem em tom sarcástico... Nesse momento percebo o jovem bárbaro retesar seu braço e preparar o ataque, mas eu intervenho, pois percebo o que se passa... Seguro o braço dele e sou levado à frente com o vigor do movimento, ainda assim, conseguindo atrapalhar seu ataque e o impedindo de tocar no golem... O jovem me olha com fúria nos olhos e tenta se desvencilhar quando então eu tento enfiar juízo em sua cabeça: “- Se tocar nele, sua tribo é impedida de lutar pelo território... Seria quebrar as regras e pôr tudo a perder... Não faça isso meu amigo...” Grund fica a me observar e minhas palavras parecem entrar em sua mente ao ponto de que ele vai se acalmando aos poucos e então baixa sua arma, embora bastante contrariado ainda... “- DO QUE ESTÁ A FALAR JHON?” Percebendo que ele recobrou o controle, solto seu braço e me afasto um passo, explicando ao mesmo: “- Desafios... Se você atacar outro integrante dos desafiantes que não sejam os determinados, você é desclassificado... Se o tocar, sua tribo perde a chance de lutar...”
Nos apressamos em alcança-lo quando avistamos um gigante de pedra a interromper a passagem de todos, inclusive de Grund-Tharg que o analisava, em fúria... Ao fundo de onde a criatura, conhecido por nós como golem guardava a passada, um verdadeiro torneio selvagem acontecia, e o gigante de pedra criado através de magia, com um sorriso malicioso provoca: “- Ora, ora ora... Então o bárbaro conseguiu perceber algo além de si mesmo... Veja, vós estais diante do desafio dos campeões... Todos os líderes de tribos estão aqui, atendendo ao desafio proposto pelo nosso rei Orc "OgreBould Muitas Flechas"! Sempre disposto a agregar novos territórios, nosso rei invocou as leis dos Tangdarth propondo o desafio, onde a tribo vencedora controlaria a Floresta Enluarada, seja ela Tangdarth ou não! Como seria uma afronta contrariar vossas leis, as tribos responderam e vossos campeões estão agora em campo...” Grund-Tharg continuava a manter a posição de ataque e se percebia que eram questão de segundos até que ele se jogasse em combate, no entanto, o golem parecia não se importar de maneira alguma com o golpe iminente, ou com a raiva palpável de Tharg, pelo contrário, parecia continuar a provocá-lo, eu compreendi o motivo... “- A única tribo sem representante aqui é a vossa, porque será?” completou o golem em tom sarcástico... Nesse momento percebo o jovem bárbaro retesar seu braço e preparar o ataque, mas eu intervenho, pois percebo o que se passa... Seguro o braço dele e sou levado à frente com o vigor do movimento, ainda assim, conseguindo atrapalhar seu ataque e o impedindo de tocar no golem... O jovem me olha com fúria nos olhos e tenta se desvencilhar quando então eu tento enfiar juízo em sua cabeça: “- Se tocar nele, sua tribo é impedida de lutar pelo território... Seria quebrar as regras e pôr tudo a perder... Não faça isso meu amigo...” Grund fica a me observar e minhas palavras parecem entrar em sua mente ao ponto de que ele vai se acalmando aos poucos e então baixa sua arma, embora bastante contrariado ainda... “- DO QUE ESTÁ A FALAR JHON?” Percebendo que ele recobrou o controle, solto seu braço e me afasto um passo, explicando ao mesmo: “- Desafios... Se você atacar outro integrante dos desafiantes que não sejam os determinados, você é desclassificado... Se o tocar, sua tribo perde a chance de lutar...”
O jovem me observa por alguns instantes, vira o rosto em visível irritação, faz
um movimento vigoroso e vira-se indo na outra direção, onde para logo em
seguida e esbraveja... “- ELES ENFEITIÇARAM ORINDON... POR CONTA DELES E DESSA
FALCATRUA GORIN NÃO ESTÁ AQUI... E ELE QUER RIR DISSO?” Eu baixo a cabeça,
entendo a raiva de Tharg mas não posso deixa-lo colocar tudo a perder... Novamente
insisto com o não atacar o golem, que o provoca sorrindo maliciosamente enquanto eu tento quebrar a provocação, tentando levar a mente de Grund para outro foco: “- Vamos até Goryn, façamos o que ele pediu, ele saberá tomar a
decisão mais correta, dentro de suas leis Tharg... Por favor eu lhe peço...” Furioso, Grund-Tharg berra a plenos pulmões extremamente contrariado: “- ENTÃO ENTRAREI NESTE TORNEIO DE MERDA E
DESTRUIREI CADA CAMPEÃO, SÓ PRA TER O PRAZER DE PARTIR TUA CARA DE PEDRA EM VÁRIAS PARTES!!” O golem desta vez gargalha debochadamente e explica: “-
Não és o campeão da tribo do Corcel Alado, seria infringir a regra e ser
descartado do torneio...O que na verdade não faria diferença, pois até agora,
todo vós, cada Tangdarth que pisou na arena foi humilhado e derrubado por nosso campeão,
AHAHAHAAHA! Mas caso queira me divertir, venha após o torneio que esfregarei o chão do campo de batalha com vossa cara suja!” O bárbaro olha em ira completa para o golem, julga que pode derrota-lo, mas
até o momento, um a um haviam sido derrotados segundo ele... Se ele ceder ao
impulso nosso empenho estará perdido e fico a observa-lo enquanto ele bufava de
raiva... Repentinamente ele guarda sua espada e dando uma última encarada no golem, brada: “- TEREI UM DEDO DE CONVERSA CONTIGO DEPOIS!” Tharg põe-se em vigorosa corrida pelo
meio da floresta e então o seguimos como podemos.. Ele ganha distância aos
poucos e não o alcançaríamos se Nissa não tivesse usado de sua magia e nos
feito flutuar enquanto Tharg, como uma pantera corria pela mata de forma
enfurecida. Alguns minutos naquele frenesi e chegamos à uma clareira, muralhas
de madeira e esculturas no mesmo material representando cavalos alados... Nossa
dedução nos dizia que estávamos na tribo de Tharg e acertamos. Sendo
reconhecido de longe pelos guardas e, tendo feito entender que estávamos juntos,
fomos em velocidade até Goryn Travor, o líder da tribo do Corcel Alado...
Uma verdadeira montanha de músculos era o que se poderia dizer de nosso anfitrião, o líder da Tribo dos Corcéis Alados, Goryn Travor... Beirava
provavelmente seus 40 verões e se mostrava mais receptivo que os demais Tangdarth...
Os olhares dos bárbaros paras as curvas de Nissa e de Syndra me preocupava, pois caso não fossemos bem recebidos já seria um problema, mas a preocupação maior era, que elas poderiam ter uma crise de luxúria no meio de
centenas de homens excitados como se notava agora, o que seria um verdadeiro desastre para suas
integridades físicas e psicológicas... Felizmente parecia que todos esperavam a aprovação de Goryn para
qualquer ato e Goryn por sua vez se mostrava mais maduro que todos os demais, fato comprovado no ato que se desenrolava em paralelo, onde enfurecido com a bravata do golem ainda, Grund-Tharg gritava com o líder sobre as leis que o proibiam de partir para o ataque como era sua vontade... O gigante líder o escuta
com feições de poucos amigos, para logo em seguida tomar a conduta de tudo... “-
Pare de gritar Grund-Tharg... Se pudéssemos fazer algo em lugar de Orindon,
nosso campeão, a tribo inteira estaria lá... Agora me diga, esta é a ajuda que
trouxe?” Grund se afasta furioso dando lugar para que eu fizesse nossa
apresentação, uma vez que a muralha humana me observava diretamente: “- Sou
Jhon Raven, e estas são Nissa e Syndra... Vim como guarda-costas delas e elas são
as arcanas que precisa para tratar seu campeão... O mestre Grandturin manda
lembranças e desejos de sucesso em seus intentos...”
Goryn fica a me observar por instantes enquanto eu observo com firmeza também... O líder então vira-se e vai indo em direção a tenda central, que provavelmente seria a sua, mas foi em engano, ali na tribo do Corcel Alado, o melhor local do acampamento, é reservado ao maior guerreiro, o que significava então que ali estaria o campeão dos Corcéis Alados, Orindon! Enquanto caminhamos, Goryn demonstra suas capacidades de líder, pois diferente dos demais, ele sabia a arte da diplomacia e das palavras corretas: “- Agradeço sua vinda à nossa tribo, depois agradecerei pessoalmente à Grandturin... OgreBould estava nos vigiando desde muito, ele sabe que não poderia entrar em guerra com os bárbaros diretamente ou seria esmagado, então, usou de estratégia... Seus agentes seguiram Orindon por muito tempo e em uma das tavernas pagaram uma meretriz para dar-lhe o feitiço junto de uma bebida... Feito isso, ele invocou o desafio, ciente de que Orindon não poderia comparecer e assim, através de nossa lei, tomar o que é nosso desde sempre... Desde então, Orindon está assim, moribundo e sem se mover... Nossos xamãs tentaram de tudo, mas parece que nada do que temos é necessário para tal quebra de feitiço... É isso que preciso, que quebrem o feitiço que acomete Orindon... Podem fazer isso senhoritas arcanas?”
Goryn fica a me observar por instantes enquanto eu observo com firmeza também... O líder então vira-se e vai indo em direção a tenda central, que provavelmente seria a sua, mas foi em engano, ali na tribo do Corcel Alado, o melhor local do acampamento, é reservado ao maior guerreiro, o que significava então que ali estaria o campeão dos Corcéis Alados, Orindon! Enquanto caminhamos, Goryn demonstra suas capacidades de líder, pois diferente dos demais, ele sabia a arte da diplomacia e das palavras corretas: “- Agradeço sua vinda à nossa tribo, depois agradecerei pessoalmente à Grandturin... OgreBould estava nos vigiando desde muito, ele sabe que não poderia entrar em guerra com os bárbaros diretamente ou seria esmagado, então, usou de estratégia... Seus agentes seguiram Orindon por muito tempo e em uma das tavernas pagaram uma meretriz para dar-lhe o feitiço junto de uma bebida... Feito isso, ele invocou o desafio, ciente de que Orindon não poderia comparecer e assim, através de nossa lei, tomar o que é nosso desde sempre... Desde então, Orindon está assim, moribundo e sem se mover... Nossos xamãs tentaram de tudo, mas parece que nada do que temos é necessário para tal quebra de feitiço... É isso que preciso, que quebrem o feitiço que acomete Orindon... Podem fazer isso senhoritas arcanas?”
Sabíamos que Nissa era a única capaz de realizar tal tarefa
e olhamos para ele esperando sua resposta... A mesma acenou positivamente e
disse “- Sou Nissa, e posso fazer isso... Syndra irá me ajudar fornecendo poder
mágico à minha conjuração e com isso, tenho certeza de que iremos
despertá-lo... Em questão de horas após despertá-lo, seu campeão terá condições
de combater sem qualquer problema, posso lhe assegurar senhor Goryn...” Syndra
acena positivamente para o líder e este então abre caminho para que entrem na
tenda... Com um movimento de mãos a tribo presta atenção em seu líder e este
esbraveja: “- QUERO OS QUATRO MELHORES AQUI, NINGUÉM ALÉM DO GRUPO RECÉM
CHEGADO ENTRA OU SAI DA TENDA! QUEM DESCUMPRIR ESTA ORDEM TERÁ AS BOLAS
CORTADAS E JOGADAS AOS CHACAIS!” Goryn faz um gesto para que Tharg e eu o sigamos mas meneio a cabeça negativamente,
pois ficarei onde Nissa e Syndra estiverem trabalhando e isto não era negociável para mim, mas me surpreendeu
a atitude de Grund-Tharg que ainda um tanto enfurecido diz a Goryn: “- AINDA ESTOU COM
ELES, SEREI UM DOS QUE CUIDARÁ A TENDA! DEPOIS IREI TER CONTIGO, LÍDER!” Goryn
vira-se dando a entender que concordava com tais decisões e se retira enquanto
Nissa e Syndra iniciavam seus trabalhos para remover a maldição do campeão Orindon enquanto
os que ali estavam, observavam as energias místicas a trabalhar ao redor dos
três envolvidos... Como um verdadeiro guarda-costas, Grund estava a meu lado
velando por elas, furioso, mas ainda assim dedicado ao que se decidiu fazer e isso, me fez começar a enxergar o soldado, que apesar dos maneirismos e atitudes, existia naquele jovem guerreiro bárbaro...
Algumas horas depois, Nissa que estava ininterruptamente agindo para curar
Orindon, cessa suas energias e fica por alguns instantes na mesma posição... Cogitei até que tivesse entrado em transe ou algo similar, mas logo ela vira-se para nós sorrindo, com um semblante
desgastado mas feliz por ter atingido sua intenção, a arcana comenta: “-
Conseguimos...” Ela então desaba e, a narrativa do acontecimento seria complicada de expressar devido à velocidade dos fatos... Com um movimento preciso, consigo pegá-la pouco antes de cair ao
chão mas sequer pude observar Syndra que deveria estar na mesma situação... Ao que tomei minha colega nos braços e busca pela outra parceira, percebo, feliz, que Grund-Tharg já segurava Syndra ao colo igualmente, permitindo que ambas pudessem finalmente descansar... Goryn surge
na porta da tenda junto ao xamã da tribo e nos convoca à segui-lo... Andamos alguns metros e avistamos uma nova tenda, essa preparada para
o descanso das duas arcanas, o que demonstrou mais uma vez a capacidade de diplomacia de Goryn... Poções revigorantes e depurativas já estavam ao
lado das camas feitas ao chão para que pudessem recuperar suas forças... A
tarde reinava alto e as duas após ingerirem os líquidos, adormecem em sono
profundo e novamente Tharg e eu montamos guarda... Goryn após passar novas
ordens vem a ter conosco e explica: “- Nosso xamã já percebe as melhoras em
Orindon... Cumpriram magnificamente suas missões senhor Jhon Raven... E você
também Grund-Tharg, transmitirei minha satisfação à Stefne "Olhos de Águia" e
Tenskell "Machado Veloz"... Se tornou um verdadeiro guerreiro de nossa tribo...
Eu o saúdo... À noite teremos uma comemoração para receber nosso campeão de
volta e amanhã quando o torneio se iniciar, iremos fazer uma bela surpresa à
OgreBould...” Me pronuncio preocupado, quanto ao Orc estar nos espionando e já
saber de tal acontecimento, mas tenho resposta satisfatória de Goryn: “- As tribos do Urso, do Lobo Cinzento, Corvo e
da Árvore Fantasma se espalharam pela floresta e eliminaram qualquer Orc em
nossas terras! Isto não se encaixa na lei da não ataque no torneio, onde eles estão
protegidas, pois o torneio não está acontecendo neste momento, nem estamos dentro das áreas nulas de ataque, eles estão em nossas terras sem permissão. Pode ficar tranquilo kellintorita, os orcs nada sabem sobre o acontecido aqui! A noite estarão
todos despertos e poderão descansar um pouco, antes de usarem nossa fonte
sagrada, como prometido, eu irei preparar tudo, cuidem de suas amigas e deixem que os Corcéis
Alados cuidarão de vocês... CERTO TANGDARTHS?” Uma ovação sem igual se repetiu
demonstrando a força que a liderança de Goryn exercia sobre aquela tribo!
A noite veio, a tribo se reuniu... Nissa e Syndra, assim como eu, havíamos nos
banhado e estávamos prontos para a festa noturna... Goryn diante de todos da
tribo enalteceu os feitos de todos e logo liberou as danças e comilanças...
Nissa e Syndra se contiveram com receio de perder controle de sua libido em
algo tão extravasante e Goryn, sábio como demonstrava ser, percebeu e nos
convidou a seguir para a tenda do Xamã para recebermos as preces que nos
permitiriam usar a fonte sagrada da tribo... O Xamã fez seus rituais e então
Goryn nos entregou as moedas místicas que nos permitiam o acesso pelo Deus
Tangdarth à mesma, a surpresa foi que Goryn presenteou Grund-Tharg com uma das
moedas também... Grund segurou o item na mão e então olhando novamente para Goryn questiona... “- PORQUE UMA
PARA MIM? NÃO ESTOU DOENTE...” Goryn vira-se e saindo da tenda apontando para a
fonte conclui: “- Não é apenas uma fonte curativa... É uma fonte de dádivas, e
lhe dará aquilo que precisa ou que o Deus Tangdarth lhe achar merecedor... Só os
doentes ou merecedores da aclamação de nossa tribo podem ir até lá... Então se
não está doente Grund-Tharg, receba com felicidade a outra opção e acompanhe
seus companheiros até a fonte!”
O jovem bárbaro sorri e finalmente sua fúria parecia ceder... Ao passar por seu líder, pude ouvi-lo dizer para Tharg: “- Tenho certeza de que queres visitar um certo Golem amanhã...” Subimos à fonte, uma espécie de buraco com a imagem de um cavalo alado ao centro, de onde escorria águia sob seus cascos assim como caíam de suas asas como chuva, mantendo sempre o pequeno lago repleto de uma água cristalina e transparente, tudo sob o topo de uma das maiores árvores do local... Mergulhamos nela e ficamos por alguns segundos à flutuar, sentindo como se nosso espírito estivesse à ser acariciado ou tocado de alguma forma que não era possível exprimir em palavras... Alguns minutos depois nos erguemos e em silêncio e respeito, voltamos à presença de Goryn que sorrindo nos aguardava e nos felicitou: “- Aproveitem a festa, nenhum de vós tem mais mal algum ou precisa de travas mentais... São donos de si mesmos e de seus corpos novamente, pela graça de Tangdarth... E você Grund-Tharg... No momento certo, no passar to tempo, verás o que a fonte te reservou como dádiva, Tangdarth não erra, tenha certeza... Agora, aproveitem a festa, comam bastante, dancem e se divirtam, hoje vocês são os heróis da tribo dos Corcéis Alados e amanhã, teremos nossa desforra contra OgreBould Mil Flechas!"
O jovem bárbaro sorri e finalmente sua fúria parecia ceder... Ao passar por seu líder, pude ouvi-lo dizer para Tharg: “- Tenho certeza de que queres visitar um certo Golem amanhã...” Subimos à fonte, uma espécie de buraco com a imagem de um cavalo alado ao centro, de onde escorria águia sob seus cascos assim como caíam de suas asas como chuva, mantendo sempre o pequeno lago repleto de uma água cristalina e transparente, tudo sob o topo de uma das maiores árvores do local... Mergulhamos nela e ficamos por alguns segundos à flutuar, sentindo como se nosso espírito estivesse à ser acariciado ou tocado de alguma forma que não era possível exprimir em palavras... Alguns minutos depois nos erguemos e em silêncio e respeito, voltamos à presença de Goryn que sorrindo nos aguardava e nos felicitou: “- Aproveitem a festa, nenhum de vós tem mais mal algum ou precisa de travas mentais... São donos de si mesmos e de seus corpos novamente, pela graça de Tangdarth... E você Grund-Tharg... No momento certo, no passar to tempo, verás o que a fonte te reservou como dádiva, Tangdarth não erra, tenha certeza... Agora, aproveitem a festa, comam bastante, dancem e se divirtam, hoje vocês são os heróis da tribo dos Corcéis Alados e amanhã, teremos nossa desforra contra OgreBould Mil Flechas!"
Nesse momento, ao ver tantas pessoas juntas, tanta união diferenciada e o quanto aprendi naquela jornada ao lado daquele que considerei incapaz de trabalhar em equipe, que muito eu precisava aprender e que, diferente do que cheguei a pensar, não existe certeza em nada neste mundo ao qual tínhamos por lar, nem mesmo que meus conceitos, por serem meus, não eram os únicos ou os melhores... Grund-Tharg demonstrou que embora diferente nas crenças e atitudes, poderia ser tão ou mais valoroso e capaz que qualquer um de nós, e provou com atos, não com palavras... Parecia ao final de tudo que, a única coisa que se mostrava certa e imutável, é que esta não seria a última aventura junto do guerreiro selvagem Grund-Tharg, a quem aprendi a respeitar nessa jornada... Deixei meus sentidos aliviarem e me dediquei a comemorar, o sucesso da missão, aos novos pontos de vista conquistados e a liberdade física e emocional de minhas aliadas... E por Kellintor, eu seria um seguidor melhor no dia seguinte com tudo que vivenciei, esta era minha felicidade atual...
Imagens para referência:
Criatura conhecida como OGLOK, comum na Floresta da Lua:
Rei Orc OgreBould "Mil Flechas":
Orindon - Campeão dos Corcéis Alados:
Golem de Pedra:
Rei Orc OgreBould "Mil Flechas":
Goryn Travor - Líder dos Corcéis Alados:
Orindon - Campeão dos Corcéis Alados:
Jhon Raven - O kellintorita
Nissa - A Maga
Syndra - A Feiticeira
Um capítulo magistralmente bem escrito meu amigo escriba!
ResponderExcluirPrimeiro preciso dar os parabéns pela escrita contínua até o fim, sem imagens pelo meio, deixando-as sabiamente apenas no fim para referência. O texto assim escrito, para mim, passa uma maturidade e profissionalização totais.
sobre a história, foi fantástico ver como o civilizado Raven foi se surpreendendo pouco a pouco com seu colega Bárbaro, finalmente respeitando-o, não como um igual, mas como um guerreiro que, a seu modo, estava disposto a seguir o mesmo caminho do Kelemvorita, buscando e alcançando os mesmo objetivos.
Foi realmente um final de arco muito bem conduzido, mas que me faz ter muito mais vontade de ler outras histórias nesse universo e com esses personagens...
Eu pessoalmente adoraria ver um certo bárbaro reduzir a uma pilha de pedras e escombros um certo Golen...
Meus mais sinceros parabéns Lanthys! Nesse título você, a meu ver, se superou!
Valeu uma vez mais Norberto, escrever Grund-Tharg tá sendo um exercício grandioso e valoroso no quesito, narrar um texto, ou melhor, mostrar uma história que está em minha cabeça para quem estiver lendo... Pontos como "como mostrar o melhor de um personagem sem deixá-lo prepotente ao elogiar a si mesmo sem parar, ou ainda, conseguir enaltecer determinado personagem sem que ele parecesse arrogante de suas capacidades... O tão comentado texto sem imagens e sem nomes antes das linhas é outro desafio sem falar que, a forma e temática sobre a qual estou escrevendo, nunca tinha sido capaz antes! Assim sendo, agradeço imensamente o apoio e as dicas de sempre, que me impulsionam a tentar melhorar cada vez mais minha escrita e meus personagens!
ExcluirSobre o episódio em si, foi a forma de enaltecer as qualidades do Tharg sem deixar ele mais prepotente do que já era, e uma forma de falar mais do Raven, assim, eu podia lascar boas narrativas do nosso bárbaro sendo que não era ele quem os fazia diretamente, partiam de Jhon Raven, e isso me deixou livre pra mostrar cada capacidade incrível de nosso amigo bárbaro! Quanto ao Golen... Bem, melhor deixarmos para o próximo episódio kkkkk! Mais uma vez gratidão pelo apoio, leituras e comentários de sempre, isso só incentiva, grande abraço meu amigo!!
Oi, meu amigo.
ResponderExcluirComo você ama o RPG, você transborda a paixão em cada linha. Parabéns.
Um capítulo lindo, conciso e coeso.
A forma como Raven vai lidando com o Bárbaro foi super detalhada a ponto de culminar com a disposição de ambos o caminho do Kelemvorita.
Arco lindo e maravilhoso e personagens cativantes. Não haverá mais eps? Só esses mesmos? Ou haverá novos ganchos?
Eu espero que haja continuação desse lindo trabalho
Grande Artur meu amigo, primeiramente gratidão pela leitura e comentário, sei que a temática não te cativa e mesmo assim tu continua a ler e comentar para me incentivar e apoiar, e eu agradeço imensamente por isso!!
ExcluirSim, Grund-Tharg tem uma longa e empolgante trajetória então pode ficar tranquilo (ou triste kkkk) que a história vai continuar, afinal, tenho muitos acontecimentos para narrar à vocês deste que foi meu personagem mais divertido e empolgante de todos e que, me proporciona a diferença única de viver um personagem que nem de perto se encaixa com meu estilo, é na verdade um grande exercício de escrita que tem me proporcionado grandes crescimentos na forma de escrever!
Mas fique na expectativa, Grund retorna em breve com muitos acontecimentos intensos e sombrios, pode ter certeza! Grande abraço e obrigado por tudo!!
Prezado Lanthys!
ResponderExcluirAchei o melhor capítulo até aqui .
A lição é :
Não devemos julgar pela aparências.
Quando fazemos isso, quebramos a cara.
O que é certo pra mim , pode não o set o certo pra você.
O que importa são os propósitos.
Jhon Raven - O Kelemvorita, entendeu bem essa verdade.
Targ pode ser um selvagem, mas tem o seu valor.
A questão dos preconceitos e paradigmas foi muito bem abordada por ti .
Parabéns!
Fala Jirayrider, prazer em ter tu aqui lendo e comentando meu controverso Grund-Tharg! Sim, veja, temos um cara totalmente seguidor de regras, ordens e etiquetas, enquanto temos do outro lado um bárbaro beberrão, que não se importa muito com o asseio, de atitudes ríspidas e brutais sem qualquer planejamento, enquanto ele pensa lá na frente antes de agir de qualquer forma... Para ele uma visão totalmente fora de contexto, mas a viagem junto ao doido do Tharg, aliado a inteligência e bom senso de Jhon, o fizeram reconhecer seu erro de julgamento e olhar como diria Rafiki para Timão, "além do que eu vejo"! Com isso, Jhon amplia seus horizontes e se torna mais forte moralmente enquanto Tharg ganha um aliado para ajudá-lo na sua possível entrada ao mundo civilizado, não que o bárbaro queira ou vá conseguir, mas, se o fizer, Jhon está ali para ajudá-lo! Acho que empatia é a palavra chave, se colocar no lugar do outro antes de julgar! Fico feliz que tenha curtido e gratidão pelo seu comentário meu amigo, valeu mesmo! \0/
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