sábado, 13 de junho de 2020

NeoChangeman - Episódio 31 - O orgulho acima de tudo!

Há muitos anos atrás, surgia em nossa TV um seriado como nenhum outro... Cinco jovens arriscavam suas vidas para proteger a Terra do temível Império Gozzma, utilizando o poder dos cinco grandes animais lendários... Esses heróis se apresentavam como Esquadrão Relâmpago Changeman e eles venceram a invasão... Aproximadamente 20 anos após, uma nova ameaça surge e a Força Terrena precisa escolher novamente cinco bravos guerreiros para defender a Terra...

Uma fanficton de Lanthys LionHeart em homenagem ao saudoso Esquadrão Relâmpago, com vocês, Esquadrão Relâmpago NeoChangeman!


No episódio anterior:
"Hideki atravessa o portal nas coordenadas definidas, acreditava que poderia ser uma armadilha mas por algum motivo ele queria acreditar que Kanydai realmente queria concluir o duelo que iniciaram tempos atrás mas fora interrompido pelos ferimentos que o general sofreu... O local era uma grande clareira em meio à floresta da região de Sado, uma ilha distante 50Km de Niigata... Parecia que ele havia chegado primeiro ao local, mas era um engano... Árvores no limite da clareira caem e era possível observar o general fera, bastante modificado fisicamente, se apresentando para o embate..."

A noite escura e os relâmpagos que anunciavam um temporal davam um tom mais dramático à cena, e a visão do general à frente do guerreiro NeoChangeman era algo repleto de tensão... O olhar, a posição, a forma como se movimentava... Os relâmpagos cortavam os céus e o vento se precipitava, mas era com se pudessem ouvir os corações um do outro a palpitar prontos para o maior confronto de suas vidas até aqui... Na mente do jovem Hideki Kuroki, o guerreiro estava confiante, ele e Griphon eram um só agora, ele não se permitiria perder para Kanydai e com isso conseguiria diminuir a linha ofensiva de Makura protegendo assim Hiroko, seus amigos e os inocentes, já na mente de Kanydai, ninguém conseguiria decifrar o que se passava, se via apenas um ser disposto ao mais brutal dos combates...

Apesar de seu coração lhe impulsionar a acreditar nas palavras do general fera, de que era um duelo justo, Hideki observando seu visual mais agressivo e parecendo mais sanguinário do que nunca, ainda mantinha alguma dúvida se o adversário estava realmente querendo apenas um desafio ou guardava uma carta surpresa na manga. Estendendo o dedo na direção de Kanydai, o jovem indaga em tom vigoroso:
Hideki: “- O que planeja Kanydai? Qual o truque por detrás do chamado ao duelo que nos trouxe aqui? Cá estou como pediu, então pelo menos me revele o que me aguarda neste ponto distante de tudo e de todos...” O réptil parecia ter os olhos em chamas e com a voz mais pesada e seus sibilos parecendo mais arrastados que nunca esbraveja:
Kanydai: “- Ssssseeemm truquessss... Ssssemmm refénssss... É apenasss o ajussste de contassss...” Como se tivesse gerado uma explosão com o movimento, Kanydai se lança em uma investida frontal com suas adagas circulares, derrubando no processo as árvores que estavam ao seu redor tamanho o impacto do deslocamento de ar. Atento aos movimentos, ao que Kanydai se moveu, Hideki se lançou para trás em um salto, girando no ar e bradando por Griphon:
Hideki: “- NEOGRIPHON!” A transformação acontece em pleno ar e ao cair ao chão, o poderoso herdeiro do leão alado já desce com uma das mãos em posição de bloqueio com o Change-Shield ativado e a outra com NeoBlade em posição de ataque, ambos barrando o potente impacto da investida de Kanydai e mesmo assim, sendo empurrado metros para trás abrindo fendas no chão com o arrastar dos pés de NeoGriphon! Os dois medem forças por alguns segundos e então um movimento e os dois se repeliam com violência abrindo um espaço de metros entre eles. Os dois novamente, tão logo tocam o chão se arremessam um contra o outro em nova investida e duelam por segundos à fio, furiosamente através de suas armas; Kanydai atacava ferozmente com as duas adagas circulares, com golpes de esquerda e direita, por cima e por baixo, conforme acreditava encontrar uma brecha, enquanto NeoGriphon defendia com o escudo e tentava bloquear o outro ataque com a espada, e apesar de estar conseguindo evitar a todos os golpes cortantes, ele se sentia em situação complicada pois não havia espaço para atacar, apenas defender... Além disso, apesar da força com que o réptil atacava que se mostrava muito superior à qualquer outro momento que houvessem lutado, pelo olhar do inimigo se notava que não era apenas seu aspecto físico que estava diferente, algo havia mudado em Kanydai, de forma profunda e Hideki Kuroki queria entender. Enquanto seguiam o duelo destruidor com Kanydai atacando sem parar e NeoGriphon defendendo com vigor, reunindo suas forças o jovem chuta o centro do tronco do réptil com potência máxima, conseguindo criar um espaço até então inexistente e com uma combinação de agilidade e força, gira o braço portador da espada abrindo a guarda do inimigo para atacar com tudo que tinha no mesmo ponto, passando pelo general fera, virando-se logo em seguida e desferindo um novo golpe, desta vez vertical, nas costas de Kanydai o fazendo finalmente distanciar-se e deter um pouco o frenesi que parecia mantê-lo em combate...
NeoGriphon: “- O que... O que aconteceu com você Kanydai... É como se tivesse um inferno queimando dentro de si, não é o guerreiro tático que conheci até hoje... Vamos, fale, o que fizeram com você para mudar desta forma...” O general ainda de costas, começa a gargalhar virando-se finalmente para o jovem guerreiro e explicando...
Kanydai: “- Asssshura... Eu dessssspertei o Assssshura em mim... O que exissste de maisss primitivo e sssselvagem em mim e que sssó podia sssser dessspertado atravéssss de um ritual, para tornar aquele que for invadido por essssa ssssselvageria no guerreiro maissss poderoso de todosss... Isso é o Ashura e eu conssssegui desssspertá-lo ssssozinho, ssssem a necessidade dossss velhosss anciõesss e agora... Agora você enfrenta o que há de maisss dessstrutivo em meu ssser... MORRA NEOGRIPHON!”

O general fera se lança novamente em investida e ataca de forma brutal e avassaladora, com certeza era possível perceber que até a velocidade de ataque e de movimento havia aumentado de forma gigante e novamente NeoGriphon se via sem opções diante dos golpes brutais e incessantes. Com extrema agilidade ele tenta se desviar e bloquear os golpes, mas o Ashura Kanydai intensifica mais ainda a sequência e então os ferimentos começaram a surgir... Um golpe no antebraço esquerdo ao ter sua defesa e o próprio NeoShield quebrados, para logo um outro corte certeiro ao peito no instante em que venceu o bloqueio da NeoBlade, culminando então com um golpe de cauda ao centro do corpo já ferido, arremessando NeoGriphon com violência máxima contra as árvores onde ele acabou por afrouxar a empunhadura com a violência do choque, ficando desarmado e levemente desorientado. A agilidade de sua união foi o que o salvou quando frações de segundos antes do impacto, conseguiu esquivar-se para a direita, evitando a investida furiosa do inimigo que visava esmagá-lo contra a árvore, Kanydai não queria apenas vencer, ele queria matar o oponente, era visível isso o jovem pensava ao ver o ataque do qual escapou... Raciocinando rapidamente, NeoGriphon aproveita o movimento de esquiva, com um urro gigantesco de fúria abraça e arranca uma árvore de seu redor, removendo suas raízes do chão e no mesmo movimento a girando e acertando Kanydai em cheio com o impacto o fazendo voar centenas de metros ao meio do arvoredo, fazendo com que inevitavelmente o réptil afrouxasse sua empunhadura igualmente, e assim, perdendo suas adagas circulares durante o vôo... NeoGriphon volta à clareira com um salto bem executado girando pelo ar posiciona-se a centro em posição de defesa, desta vez desarmado de sua blade e seu shield... Enquanto ele executava este movimento o general fera erguia-se na floresta, arremessando árvores para longe de si, virando-se para NeoGriphon e com sorriso nefasto conclamando aos berros:
Kanydai: “- Isssooo... É isso que eu quero... Fúria, força, dessstruição máxima, ME ATAQUE COM TUDO QUE POSSUI SSSSEU FEDELHO!” 

O general avança rapidamente de novo, não demonstrava sequer um mínimo de cansaço enquanto NeoGriphon buscava opções para combater visto que o espírito de luta dos dois eram completamente diferentes... Hideki observa o movimento de Kanydai, com certeza nem parecia mais o mesmo general fera ao qual o Griphon MagmaClawn descepou o braço no início da invasão, em suas esparsas comparações ele parecia mais um velociraptor altamente melhorado em ataque do que um humanoide e então o impacto chega, na forma de um poderoso e devastador direto de direita que NeoGriphon ampara com as duas mãos e muito custo... Os dois medem forças, Kanydai estava visivelmente em busca de sangue e mutilação, NeoGriphon queria apenas derrotá-lo para enfraquecer as forças de Makura... Enquanto poderosos músculos mediam suas resistências, a mente de Hideki Kuroki divagava entre as opções... O universo estava para ser dizimado pensava o jovem, talvez toda a vida no universo fosse extinta pelas ações de Kemono e Kanydai sequer se importava com isso, tudo que parecia ter sentido era uma maldita vingança pessoal que colocaria fim a um dos dois... Um sentimento egoísta e completamente sem sentido para o guerreiro da Força Terrena... Sua mente se inunda de revolta e talvez, influenciado por tudo que conversaram no dia anterior na sala de reuniões, seu espírito reage com uma vontade imensa de resolver aquilo de vez, e isso significava matar ou morrer... Um brado de fúria começa a irromper do resistente NeoGriphon que esbraveja em ira:
NeoGriphon: “- Então quer minha força máxima não é Kanydai? Se sua vingança é tudo que lhe importa diante de tudo que está acontecer, eu irei te dar uma batalha de verdade, vou te derrotar sem qualquer piedade maldito!” NeoGriphon libera um urro selvagem invocando sua Emanação Selvagem enquanto Kanydai desfere um destruidor golpe de cauda respondendo as palavras do jovem guerreiro:
Kanydai: “- NÃO FALE SSSSOBRE O QUE NÃO COMPREENDE MOLEQUE!” Disposto à parar de pensar e derrotar seu inimigo, a selvageria agora possuía NeoGriphon que em um movimento vigoroso segurou a cauda de Kanydai fazendo o mesmo se surpreender por instantes só para perceber estar sendo girado pelo ar e arremessado contra as árvores de novo... Enquanto voava, o réptil se encolhe para o impacto derrubando a árvore em seu caminho, para tão logo que tocou o solo se erguer novamente apanhando a mesma árvore derrubada a arremessando contra o NeoChangeman que se esquiva apenas para ver o réptil que vinha logo atrás desferindo um novo direto, desta vez de esquerda. Com um movimento perfeito, renovado pela capacitação da Emanação Selvagem, NeoGriphon desvia o ataque e contra ataca com um upper no antebraço do monstro que faz a criatura urrar enfurecida; nem bem o urro terminou, o réptil girou o corpo fazendo sua cauda atingir NeoGriphon nas costas, impacto esse que empurrou o jovem contra o general que com seu punho esquerdo, usando a parte das costas do punho, desfere o potente contra-golpe visando o rosto do jovem. Este por sua vez abaixa-se girando o corpo e dando um golpe perfeito ao apoio do monstro que cai ao chão e recebe um golpe devastador pelo cotovelo do guerreiro NeoChangeman que se jogava sobre ele como um lutador de luta livre, atingindo seu pescoço escamoso. O general então revida com a cauda uma vez mais, mas desta vez o agarrando pelo pescoço e o arremessando longe a fim de ganhar espaço para tentar um novo ataque!

Uma verdadeira selvageria se abatia entre os dois, como carretas desgovernadas por entre as árvores, eles vinham derrubando tudo que estivesse pelo caminho, as árvores caíam ou eram arremessadas longe devido a brutalidade e fúria de ambos, e uma vez mais se lançavam um contra o outro até impactarem e bloquearem simultaneamente o golpe um do outro, iniciarando novamente outra disputa de força numa espécie de braço de ferro, mas com as duas mãos, tentando um superar o outro e assim obter uma vantagem... A força dos dois era monstruosa e tentando compensar isso, o guerreiro NeoChangeman usa de um esforço supremo para empurrar por milésimos de segundo seu oponente para trás, desferir-lhe uma potente cabeçada ao centro da testa do réptil, para logo em seguida chutar o abdômen do monstro, mas Kanydai por sua vez, usando a força do próprio guerreiro, solta as mãos de NeoGriphon, agarra a perna usada para o ataque fazendo com que girasse violentamente caindo de costas ao chão. O general então ergue seus poderosos punhos para bater com as mãos fechadas na cabeça de Griphon que girou rapidamente ao solo para a esquerda e em seguida girou novamente com sua perna passando uma verdadeira “capoeira” em Kanydai que chegou erguer as pernas para cima com a queda. NeoGriphon se levantou o mais rápido que pode aproveitando a brecha e se arremessou contra ele com o cotovelo novamente tentando golpeá-lo outra vez como se estivesse uma luta livre conseguindo seu intento removendo todo o ar dos pulmões do réptil desafiante. Confiante, NeoGriphon o ergueu pelos ombros, agarrou-ou com os dois braços pela região do peitoral do oponente inclinando-se completamente para trás batendo a cabeça de Kanydai ao chão, um golpe potente conhecido em algumas artes de luta como "german suplex", abrindo uma cratera ao chão com o impacto e gerando uma corrente de ar com poeira que varreu o campo!

NeoGriphon acreditou ser o fim do combate, mas percebeu que os olhos flamejantes de seu inimigo ainda brilhavam em meio à polvadeira e como uma máquina de destruição Kanydai se erguia novamente com extrema velocidade chutando a cabeça de NeoGriphon com as duas patas o fazendo rodopiar para trás e cair de costas dezenas de metros. O guerreiro NeoChangeman tentou se erguer mas Kanydai já estava acima dele como que instantaneamente, à centímetros, descendo com as duas pernas para baixo visando atingi-lo com tudo, e tudo que salvou NeoGriphon foi seu reflexo incrível uma vez mais que o permitiu girar para trás, esquivar do ataque de Kanydai ficando em pé à frente do alien novamente para desferir o mais poderoso soco que já haveria desferido naquela batalha! Mas NeoGriphon ainda não tinha entendido completamente o que era o atual estágio do inimigo, o estágio "Ashura"... Era uma criatura poderosa além da capacidade de análise do guerreiro NeoChangeman, e com isso, diferente do que planejou, o jovem  acabou recebendo um poderoso contra-golpe de direita que fez sua cabeça ir para trás; um novo golpe foi desferido por Kanydai aproveitando a brecha criada, mas NeoGriphon já revidada, bloqueando o ataque e com sua direita respondeu estrondando no crânio do reptiliano; o guerreiro do leão alado então desferiu um novo golpe e desta vez foi Kanydai quem barrou a investida respondendo com uma cabeçada no NeoChangeman, que recuou sua cabeça para trás devido a força do golpe, mas converteu o movimento em uma forma de erguer seu joelho direito atingindo o queixo da criatura que então teve seu corpo todo impulsionado para trás, recebendo uma devolução à altura do guerreiro NeoGriphon, que revidou devolvendo a cabeçada que levou, outra vez diretamente na testa do general fera realizando um impacto tão violento que finalmente chegou a deixá-lo por milésimos de segundos tonto... Para completar seu golpe, NeoGriphon recuou os dois punhos para trás os impulsionando à frente novamente atingindo o peito do guerreiro alien com violência o arremessando para trás... Kanydai saltou de novo contra NeoGriphon que não esperava o contra golpe, o atingindo em cheio com um potente golpe de direita e então, um de frente ao outro, ficaram a trocar socos sem parar como duas metralhadoras vivas e cada soco produzia o impacto de uma batida entre dois veículos de descomunal força, trazendo a vida desta forma a mais destrutiva de todas as batalhas entre estes dois guerreiros selvagens! Percebendo que ambos iriam cansar e cessar o ataque deixando suas guardas baixas, ambos deram um pulo repentino para trás se afastando para se reposicionar! Já NeoGriphon por sua vez, saltou novamente logo após o primeiro recuo, girando pelo céu, se reposicionando em pleno ar caindo já em posição abrindo os braços e fazendo seu guardião aparecer por detrás dele:
NeoGriphon: “- Griphon MagmaClaw!” O centro do planeta rasgava o chão saindo em uma explosão ígnea visando pelo menos atordoar o inimigo, o que não aconteceu para o espanto do guerreiro da Força Terrena, Kanydai corria por entre a lava satisfeito, vindo com tudo em sua direção:
Kanydai: “- Assssssshura... Os mais poderososssss, sssselvagensssss e resisssstentesss guerreirosss de meu povo, nem messsmo esssa ssssua maldita garra ígnea pode me parar agora! MORRRAAAA!” Rasgando o rio de lava o monstro atinge o alcance de NeoGriphon e um potente impacto de direita atinge o rosto do guerreiro em cheio, colocando a cena em câmera lenta, jogando sua cabeça para trás, expondo seu tronco que recebe o ataque direto de esquerda o fazendo vir para frente novamente para receber um forte impacto com os dois punhos de cima para baixo quase o fazendo se arrebentar ao chão, não acontecendo unicamente porque o último ataque de Kanydai, com sua cauda, o arremessou às alturas, rodopiando pelos ares e caindo em meio à clareira uma vez mais, com grande impacto ao solo... Gemendo e com diversos ferimentos, NeoGriphon busca pelo inimigo, acreditava que ele já estaria em cima dele para o atacar novamente, mas desta vez Kanydai ainda estava longe e parecia saborear a vitória...
Kanydai: “- Ainda vivo? Ótimo... A vitória, maissss brutal, é tudo que alguém de minha raça quer... Sssser derrotado e ficar vivo para amargurar a derrota, é a pior dasss humilhaçõesssss... Ah NeoGriphon, você me deve tanto...” O jovem se ergue, se recompõe como pode e analisa a situação como um todo... Em seu pensamento ele sabe que na força bruta e na selvageria ele não é páreo para Kanydai pois lhe falta a sanguinolência que dá liberdade ao general fera para agir... Ele precisava reverter essa situação e tinha a certeza de que tentar não ser mortal com Kanydai seria sua sentença de morte... Ele então assume a posição de Griphon novamente e opta pelo inesperado, ainda assim avisando a Kanydai:
NeoGriphon: “- Eu não entendo nada dessa baboseira de provar força e destruição, se isso pra você é sinônimo de algo bom saiba que não recebe meu reconhecimento em nada, mas se quer uma luta até o final, então vou apostar minha vida nos próximos golpes... Vida ou morte Kanydai, um de nós não sairá vivo daqui hoje!” O general urra furioso e ambos se lançam em carga novamente, berrando:
Kanydai: “- DE VOCÊ SSSÓ QUERO O SSSANGUE E ASSSS VÍSSSSCERASSSS ESSSSSCORRENDO, VENHA FRANGOTE!” Os dois se lançam como duas locomotivas e então cada um invoca seus credos, suas motivações e suas crenças em suas mentes conforme achavam mais conveniente:
NeoGriphon: “- Griphon... Me dê a precisão, a agilidade e a força para vencer meu inimigo neste ataque ou será o fim!”
Kanydai: “- Vou te perfurar e te trucidar e me tornar o que deveria ter sido no passado, morte é o que te espera NeoGriphon e a honra será dada ao último filho desta raça!”

Os dois atingem alcance de ataque e ambos vinham com seus pulsos retesados para desferir o impacto mais potente e eis que no momento final, Kanydai cego de ódio ataca enquanto NeoGriphon se lança aos ares, rodopia e gira sobre o monstro descendo com as duas garras energizadas diretamente às costas do monstro, rasgando sua armadura e abrindo terríveis ferimentos nas mesmas, fazendo o monstro urrar de dor pela primeira vez. Tão logo conseguiu êxito em seu golpe, o jovem se lança para trás em um giro completo, sabendo que Kanydai ia revidar com algum golpe impactante, e como ele previa, o monstro girou o corpo com sua cauda pronta para atingir Hideki, que estando preparado para tal, novamente usa suas garras energizadas e arranca a cauda do general com um golpe duplo e preciso, causando um dor avassaladora ao monstro... Um novo movimento de NeoGriphon o coloca em posição defensiva, ofegante, mas determinado, alguns metros do oponente fera uma vez mais e então, completando a sequência, ele faz um gesto com a mão, convocando Kanydai para o combate... Como esperado, ao analisar o estilo que o general fera estava lutando naquele embate, a fúria cegou Kanydai e ele atacou sem qualquer estratégia, como um touro desenfreado permitindo que NeoGriphon calculasse o tempo certo, girasse o corpo perfeitamente concentrando o máximo de seu poder nas garras da Emanação Selvagem atingindo em cheio o abdômen do inimigo, criando uma explosão de energia que estraçalhou sua armadura naquele ponto e ainda atingiu gravemente sua espessa pele escamosa, o fazendo cair metros adiante, com sangramentos e terríveis dores devido ao impacto... Os dois tomam posição de novo e então NeoGriphon é quem quebra o silêncio, quase sem fôlego já:
NeoGriphon: “- Esta batalha pra mim não tem qualquer sentido Kanydai... Dê-se por vencido e se mantenha vivo para lutar uma outra luta... Reconsidere general fera e se entregue... Agora!” Como colocar gasolina em fogo, a frase de NeoGriphon atingiu o monstro no cerne de seu orgulho... Não era a intenção e sem saber, apesar de querer chamar o oponente à razão, o jovem fazia isso usando como base a razão terráquea, para alguém que não se guiava pela nossa lógica de razão... O resultado foi uma explosão de fúria e um novo ataque em carga com as garras reptilianas em prontidão... O jovem NeoGriphon, agora mais centrado, apenas se concentra, analisa a movimentação de seu inimigo e se prepara para o impacto... O general atinge a distância correta para atacar e se lança com tudo com os dois punhos à frente recobertos de uma energia descomunal, enquanto Hideki dá um passo à trás, recua da linha de alcance e liberando um urro como um rugir de um leão, desfere uma sequência de golpes com seus punhos abertos tão veloz e destrutiva que nossos olhos normais não conseguiriam acompanhar... Garras estendidas e energizadas, atingindo em cheio o corpo do monstro Kanydai por praticamente todo e qualquer parte do mesmo, abrindo ferimentos múltiplos, que gerou um deslocamento de ar e uma explosão sonora intensa, arremessando o jovem para trás e arrebatou Kanydai por entre às árvores novamente...

Dessa vez, além dos sons da natureza, o silêncio imperava no local e bastante ferido, NeoGriphon se erguia para buscar com sua visão pelo inimigo mas não conseguia avistar nada apenas a clareira aberta pelo impacto do corpo do general... Erguendo-se como pôde, ele avança para o local para ver o resultado e encontra o general fera, bastante ferido e provavelmente derrotado... O jovem para diante dele e fica o observando estendido na cratera que abriu com seu impacto... O sangue saía pela boca do réptil e os ferimentos eram graves, Hideki ensaia uma ajuda mas é interrompido pelo monstro Kanydai que com a mão aberta o proibindo de se aproximar dizia:
Kanydai: “- Acho que... Enfim... Nada maissss importa agora... Tudo que eu tinha ou achei que era importante ssse perdeu na exisssstência... Minha perna esssstá fraturada... Meusss tendõesss dosss braçosss romperam... Ssssinto que me crânio foi afetado e meusss óprgãssss estão afetadosss... Não possssso maisss combater.... Mate-me logo e encerre essssta vida de vergonhosa exissssstência...” O jovem NeoGriphon se irrita profundamente com a fala insistente de Kanydai em vitória e esbraveja desativando seu capacete:
NeoGriphon: “- Eu nunca quis te matar, nunca foi meu foco, apenas quero defender as pessoas deste mundo... Não sou um maldito assassino como você Kanydai!” Com um sorriso e uma tossida, o general parecia ironizar a fala sincera do jovem Hideki:
Kanydai: “- Você é jovem fedelho... Você tem povo, tem um amor e tem um planeta... É fácil negar um banquete quando ssse esssstá de esssstômago cheio...”
NeoGriphon: “- Mesmo que eu fosse o último humano do universo, matar outro ser sem um motivo de defesa própria ou de outro, é abominável, eu nunca faria isso...”
Kanydai: “- Ssssim, ssssssua raça é uma raça que sssse julga pacífica, apesar dasss guerrassss que travam... É agradável dizer que não mataria por matar sssendo que enganam a ssssi messsmo com esssasss frasesss ensssaidasss, afinal tudo que fazem é matar sssem motivossss... Afinal, sssua cultura assssim define...”
NeoGriphon: “- Onde está querendo chegar com tudo isso Kanydai, não há meios de justificar a selvageria que quer colocar como correta..." O general então ri de forma nefasta em meio à tossidas de sangue e continua:
Kanydai: “- Não ossss vejo... Matar osss animaissss.... Carnívorossss deste planeta que... Matam até messsssmo sssseusssss... Filhotessss para sssse... Alimentar...”
NeoGriphon: “- Isto não tem sentido algum, pois são apenas seus...” O general o interrompe como se tivesse chegado onde queria:
Kanydai: “- Inssstintossss? E o que... Diria de povossss terráqueossss que... Sssssacrificam ssseusss recém... Nassscidosss aosss deusesss?... Ssse não me... Engano vocêssss chamam de... Cultura não é?” O jovem Hideki Kuroki então finalmente fica sem argumentos e para por um instante para ponderar tudo e tentar uma finíssima vontade de empatia... Ele analisa as palavras ditas enquanto Kanydai parecia se aproximar de seu fim... Ele deixa sua fúria esvair-se por falta de argumentos e olhando para o guerreiro derrotado à sua frente, pela primeira vez tenta questionar...
NeoGriphon: “- O que queria conquistar com tudo isso Kanydai?”
Kanydai: “- E o que... Lhe interesssssa isssssso... NeoGriphon? Ssssssou apenasssss... Um asssssassssssino não é... Messsssssmo?”

O jovem então baixa a cabeça e começa a repensar suas palavras... Haveria algo por detrás das ações de Kanydai que embora não justificassem, explicassem seu estilo sanguinário? Em um universo tão grande e diferente seria correto julgar à todos pelas regras e costumes terráqueos? Seria a atitude correta querer que todos seguissem apenas o que os humanos consideravam o certo? Em sua primeira atitude de compaixão pelo temeroso inimigo Kanydai, Hideki Kuroki se abaixa para ouvir melhor o ferido general fera, tentando entender o que poderia ser seu ultimo relato...
NeoGriphon: “- Kanydai... Conte-me sua história, me mostre o que um fedelho como eu não entende... Acho que isso pelo menos posso fazer por você de uma forma que não lhe ofenda...”
Kanydai: “- E o que eu... Teria a ganhar perdendo... Meu tempo com... Um maldito como você?”
NeoGriphon: “- Dependendo do que me contar, talvez eu possa levar sua meta à frente e fazer o que você não pode, se for do seu interesse... Griphon nos permitirá a conversa telepática, de fera para fera, de forma a não gastar suas forças falando... Vamos lá, me mostre o que eu não entendo... Por favor...” Kanydai vira seus olhos para o jovem Hideki Kuroki que mantinha a fronte e os olhos abaixados em sinal de respeito e isso, talvez por Kanydai entender que não lhe restava mais tempo e que era a última chance de realizar seu desejo, algo nele o permitiu se dar a esse momento... Escorrendo lágrimas entre os filetes de sangue verde, e sem mais forças para combater, ele finalmente desiste de continuar a tentar o impossível e considera que o fim de sua jornada chegou... Telepaticamente como lhe foi permitido, o general fera realiza uma última vontade, ele relembra tudo que foi e tudo que queria ter sido e em continuo relato se desabafa...

Kanydai: “- Há muito tempo, tanto tempo que jamais poderia me recordar de tanto quanto passou, eu tive minha origem em meio a uma tribo e sociedade de guerreiros orgulhosos, combativos e brutais, afinal era assim como nos víamos ainda em meu planeta natal, AllGruulk... Nossa vida era disputarmos entre nós mesmos quem era o mais poderoso e destrutivo, o quanto éramos violentos em obliterar o desafiante... Era a honra máxima vencer assim, como também era honroso ser derrotado pelo mais poderoso e selvagem... Essa característica significava status entre os nossos e até mesmo nossas relações se baseavam nesse status... Quanto mais sanguinário e brutal, maior era sua importância em nossa sociedade, era nossa cultura, nossa tradição, vivíamos por isso e éramos felizes assim... Mas um dia nossa sociedade desmoronou com a invasão de habitantes de um planeta desconhecido até hoje, muitos de nós morremos tentando livrar nosso lar do invasor, mas sua tecnologia era suprema se comparada a nossa, estávamos caindo feito moscas e não havia honra nenhuma em nossas mortes... Por decisão da maioria, foi resolvido fugir para fora de nosso planeta e pelo bem da sobrevivência de nossa raça, era necessário que a tribo se tornasse uma nômade das galáxias, era isso ou a morte certa... Com o passar do tempo, em cada planeta onde conseguíamos parar, era questão de dias e eles nos encontravam querendo nos aniquilar como forma de provar sua superioridade e tudo que podíamos fazer era fugir novamente... Isso, para seres milenarmente orgulhosos como nós, era praticamente pior que ser atravessado por uma espada e com as sucessivas fugas, mais e mais guerreiros como eu queriam enfrentar a ameaça enquanto os anciões desejavam evitar o confronto com a premissa de continuarmos a existir... A cada novo encontro alguns não conseguiam escapar e a população começou a reduzir, de bilhões para milhões e começamos a chegar aos milhares... Inconsequentemente os guerreiros, comigo em sua liderança como o atual campeão de nosso povo, crendo sermos capazes de dar conta do exército inimigo através de um plano bem elaborado, assumimos o controle da tribo, uma vez que eles não quiseram exercer o ritual para nos tornarmos Ashura, os guerreiros supremos, onde nossa selvageria desperta por completo, aumentando nossas capacidades físicas e de combate, o que nos tornaria invencíveis, pelo menos assim eu acreditava... Então, mesmo sem conseguir despertar o Ashura em nós, visto os anciões alegaram não haver harmonia para tal feito, consideramos que enfrentar nossos algozes era a única forma de sobrevivermos mesmo sem nos tornarmos Ashura, e... Foi o maior erro de minha vida... Armamos uma emboscada no próximo planeta e confrontamos os invasores mas... Fomos completamente massacrados e humilhados em minutos de inútil resistência e logo que perceberam que havia derrotado a todos nós guerreiros, eles foram atrás do restante da população e sem ninguém para protege-los, meu povo foi completamente exterminado, em apenas uma noite... Se tivéssemos seguido os anciões, talvez tivéssemos sobrevivido, em fuga mas ainda vivos... Sem honra, mas ainda vivos, ainda existiríamos, eu acho... Mas graças a nossa atitude estúpida para o momento, todos deixaram de existir, meu povo foi varrido da existência e das histórias e sequer se sabe hoje quem eram os AllGruulkianos... Como que para me recordar sempre de meu erro, debaixo da pilha de mortos e sem consciência, eu sobrevivi por quase dois dias em coma, para amargar a decisão de ter sido o principal incentivador da destruição de meu povo... Vaguei por aquele planeta até que um cargueiro pirata desceu para esconder um tesouro... Eu o vi e pedi ajuda... Zombaram de mim, me agrediram e me tornaram escravo... Parecia ser o fim, mas minha vontade de viver ainda não havia terminado... Me submeti às suas ordens inicialmente para poder me alimentar e curar, em algumas semanas meu sistema regenerativo me restaurou completamente, para então me livrar da cela e, com toda calma do universo, matar um por um dos piratas com muito gosto... Logo então, sozinho na espaçonave, assumi os controles de tal cargueiro e ganhei o espaço em busca de nova vida... Meu povo havia morrido mas eu iria lembrar sua coragem e espírito combativo enquanto vivesse através de minhas conquistas pelo universo, através minhas conquistas, os AllGruulk seriam lembrados... Assim galguei planetas como um guerreiro, não desafiando por riquezas mas me tornando um destruidor brutal como eu deveria ter sido em meu mundo, e isso me trouxe fama e status de novo! Eis o que me levou ao encontro com Gallahorn... O mesmo me convidou para ser um general e singrar o espaço, comandar um exército e fazer história, a chance que eu queria de espalhar a fama da força e coragem de todos os extintos AllGruulk... Mas tudo que consegui ao final, foi terminar meus dias neste planeta, onde acabei por encontrar este fim desprovido de qualquer honra...”

Um profundo silêncio se instaura no local, o vento soprava forte enquanto as árvores ainda de pé agitavam-se com a ventania... Hideki não sabia o que dizer diante de tudo aquilo, afinal Kanydai era o mais violento de todos os Makura, mas era impossível negar sua tragédia pessoal... Como que se entendesse seu pensamento, o general agora quase morto, entre golfadas de sangue e rouquidão de seus sistemas respiratórios se inundando, deixa a telepatia de lado e age como sua cultura aprovaria, mostrando ser mais forte que a situação que o acolhesse:
Kanydai: “- Não desejo... Perdão... Não tenho arrependimentosss... De ssser o que um AllGruulk deveria... Sssser... Apenasss choro que... Ao... Fim de tudo... Não consssegui... Nem uma coisa... Nem outra... Perdi meu povo... Minha motivação... Meu orgulho... Sssequer pude... cumprir osss votosss feitosss a Isssatna... Ou messsmo... Morrer de forma... Valorosa... Ossss AllGruulk... Ao final de... Tudo... Para a hissstória do cosssssmossss... Não... Exissstem...”

Hideki nada dizia, apenas observava o fim de seu inimigo sabendo que não havia como salvá-lo, nem era isso que o próprio general queria... Ele buscou orgulho e honra e encontrou a morte para um humano que ele julgava inferior... Sua vida foi uma busca que culminou em um beco sem saída e ele levaria aquela amargura para o além... O general então em seus últimos instantes, leva com muita dificuldade a mão ao cinturão e agarra de lá algo, que se assemelhava a um dispositivo cristalínico... Hideki observa enquanto o réptil parecia se preparar para a morte final firmemente agarrado ao item e então os olhos do NeoChangeman pareciam ter ganhado vida... Ele levanta-se com vibração cuspindo o sangue que ainda escorria de sua boca e sai à passos largos para a clareira... Com os olhos Kanydai o observa em seus momentos finais... Hideki detém seu movimento e de costas ainda ele grita:
NeoGriphon: “- LEVANTE-SE KANYDAI! UM ASHURA ALLGRUULKIANO NÃO MORRERIA ASSIM! LEVANTE-SE! MOSTRE-ME A FÚRIA QUE OS ALLGRUULK DEVERIAM OSTENTAR!” NeoGriphon vira-se violentamente, assume a posição de Griphon e convoca sua Emanação Selvagem bradando novamente ao moribundo:
NeoGriphon: “- VAMOS KANYDAI! LEVANTE-SE E ME MOSTRE A HONRA QUE UM ALLGRUULK TEM! É a única coisa que posso fazer pra compensar o que o levou a esta vingança...”

O réptil finalmente entende a intenção do jovem guerreiro, apesar das diferenças, apesar dos lados opostos, apesar das atitudes do inimigo, Hideki Kuroki queria dar à Kanydai a única coisa que ele buscava naquele momento e não seria ele à julgar as crenças de alguém prestes à morrer... O réptil descarrega uma golfada de sangue, mal tinhas forças para se erguer... Em um esforço além de qualquer compreensão, ele se ergue sobre ossos quebrados, se apoia na árvore à sua frente e tenta definir a direção que deve empreender... NeoGriphon bastante cansado e ferido convoca:
NeoGriphon: “- SIGA MINHA VOZ KANYDAI ASHURA... CONQUISTE O ORGULHO ACIMA DE TUDO, QUE SEU POVO PREZA!” NeoGriphon se põe em investida e Kanydai busca suas últimas forças para o ato descomunal do último ataque... Com tudo que tinha Kanydai energiza-se com um poder assustador, retesa seu punho e guiado pelo som do grito incessante de NeoGriphon, desfere o mais poderoso soco que poderia desferir, com capacidade para abrir uma cabeça humana ao meio com o impacto, mas quando os punhos se cruzam, as garras de NeoGriphon rasgam a armadura por toda a extensão do braço... Veias e tecidos são expostos e as garras só param quando perfuram de forma brutal o peitoral da armadura, atingindo em cheio o coração do AllGruulkiano que explode pelo lado contrário, sendo espirrado para fora por metros tamanha a destruição causada... Por alguns instantes os dois ficam naquela posição, até que Hideki Kuroki retira a garra do ferimento, deixando cair espesso sangue do local em direção ao chão...

Os movimentos sincronizados entre a queda de Kanydai e de NeoGriphon desativando sua transformação para segurar o corpo da fera eram difíceis de serem narradas, tão rápido foram tais acontecimentos... Kanydai agora repousava rente ao chão, apoiado pelos braços de Hideki Kuroki... Os braços de seu arqui-inimigo seriam as últimas sensações que o réptil, já praticamente deixando este mundo físico sentiria...
Hideki: “- Há algo que eu, um fedelho humano ainda possa fazer por você Kanydai dos AllGruulk?” Os olhos do general fera começam a dilatar lentamente e então um último gesto é feito entregando o item cristalino nas mãos do jovem e uma última palavra é dita pelo sanguinário general:
Kanydai: “- Obrigado...”

A chuva começa a cair pela madrugada e Hideki fica ali, de cabeça baixa a velar o corpo sem vida... Kanydai não esboçava mais nenhum movimento, sua vida havia terminado. O que o AllGruulk buscava era orgulho, como sua tradição rezava, mas a busca pelo orgulho o levou à desonra diante de suas leis originais e agora ele desaparecia da história do cosmos em meio a um planeta que ele considerava primitivo e inferior... Sem entender como tal sentimento brotou em apenas uma luta, Hideki Kuroki não saberia dizer o que era mais abundante em seu rosto, a chuva torrencial ou suas lágrimas pelo fim melancólico de um ser que desprezava sentimentos... Um portal se abre e seus amigos surgem por ele, precedidos por Hiroko que corre em visível desespero, preocupada para encontra-lo... Todos ficam atônitos com a cena e em silêncio esperam que o amigo queira lhes contar o que havia acontecido... Hideki apenas observa os colegas chegarem, recebe carinhosamente o carinho da noiva e mantem-se a chorar pelo inimigo derrotado em seus braços... O grupo se reúne sob a chuva, ainda sem entender corretamente o que acontecia, mas respeitaram a cena e o momento ficando ali até que Hideki os explicasse algo...

Fria e tenebrosa como a presença do general, era assim que terminava a vida de Kanydai no planeta Terra... Também era assim que terminava aquela noite sanguinária e era assim que desaparecia do universo, a história da raça AllGruulk, que agora, jamais poderia ser contada aos que sobrevivessem a esta guerra que chegava cada vez mais próxima do seu final...

12 comentários:

  1. Caramba... Que episódio épico!!!
    Que luta, quanta força de vontade dos combatentes, quanto poder, destreza e selvageria.
    Uma luta digna de dois gigantes nessa saga magnífica. Que presente nos deste Lanthys, simplesmente maravilhoso.
    É uma honra poder apreciar tamanha desenvoltura nessa escrita, cara, que episódio...
    Parabéns meu amigo.
    Forte abraço.

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    1. Grande Renato, mais uma vez obrigado pelo apoio e incentivo de sempre, como há muitos episódios, sempre o primeiro a ler e comentar, te agradeço muito por essa parceria que faz toda a diferença no quesito, continuar a criar!

      Como te disse no chat, essa batalha precisava ser de longe a mais selvagem de todas as outras, dois guerreiros que invocam a selvageria como força principal, dois guerreiros orgulhos, Kanydai por sua raça, NeoGriphon pela majestade do leão e assim, algo bem a nível brutal tinha que ser o combate entre os dois! Fico contente que tenha curtido bastante e que tenha achado a batalha digna destes dois personagens da saga, meu muito obrigado de sempre por esta participação intensa em tudo que escrevo, um grande abraço meu amigo!

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  2. Desculpe mas... PUTAQUEOPARIU!!! Que história simplesmente fodastica!
    Me recuperando aqui para fazer um comentario a altura.
    Eu adorei os estágios do combate, iniciando com uma selvageria franca e sem controle, onde a vantagem era claramente do Kanydai, passando pelo despertar do Gryphon que, usando de clareza e estratégia tomou para si o controle e vantagem da luta.
    Daí, quando achamos que será o Fim, eis que somos brindados com essa origem do vilão, deixando -o extremamente tridimensional e coroando o episódio com um final emocional...
    A cada capítulo você mostra uma crescente maestria na arte da escrita.
    Meus mais sinceros parabéns.
    Tô aplaudindo de pé !

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    1. Fala Norberto, prazer receber mais um comentário teu em meu trabalho de quase uma vida, NeoChangeman! Não sabe como é bom receber esses feedbacks e saber se estamos indo na direção certa, e é com extrema felicidade que me considero estar a caminho do que pode ser uma grande saga! Mas vamos ao comentário:

      Estágios de combate, bem isso que eu tinha pensado mas não tinha achado o termo... Foi exatamente assim que imaginei a coisa começar de modo brutal, sem qualquer ressalva, depois devido às vantagens de um e de outro, começarem as ponderações para tentar resolver os problemas que cada um via para superar o outro e então, a "abertura da caixa de Pandora", quando cada um ia invocar o seu máximo e fazer o esforço supremo! Fica claro que eu queria um combate épico como foi Dragon e Buuba, mas acho que a frase final do episódio da morte de Buuba "idade, não se sabe... Data de nascimento, não se sabe... A terra natal, também é desconhecida..." acho isso triste demais pra um personagem que, apesar de vilão, tinha tamanho poder de combate e intimidação! Assim, eu precisava colocar um motivo que fazia Kanydai ser assim, apenas violento por violento não me parecia legal, e por isso um motivo que embora explicasse não justificasse, à nossos olhos pelo menos, suas razões! E claro, NeoGriphon precisava agir de acordo com seus instintos naquele momento, se julgou que havia algo a ser considerado em tudo que foi dito, ele precisava dar vazão a isso e por este motivo, tal atitude ao final! Fico contente que tenha curtido e mais ainda que considere que estou evoluindo na escrita, meu muito obrigado por mais esta leitura e mais este apoio de sempre! Grande abraço cara!!!

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  3. Bom... Temos aqui outro episódio de nível altíssimo. Parabéns, meu amigo... Que obra de arte!

    Primeiramente, é preciso ressaltar todo detalhamento da batalha decisiva entre Neogriphon e Kanydai . A descrição detalhada de cada movimento e dos socos e golpes criaram uma atmosfera única e selvagem. Tal atmosfera encaixou perfeitamente com o clima sombrio desenhado e que no final até culminou com uma chuva torrencial. Chuva esta que coroou o desfecho melancólico deste confronto.

    A selvageria do combate foi perfeita e mostrou a capacidade dos oponentes com maestria e valorizou o sentimento ímpar de rivalidade dos dois . Magnífico. Só vi uma selvageria tão forte assim nos combates do seriado Riders Amazons. Nossa! Você alcançou outro nível.

    Mas, o maior destaque deve ser dado para a reta final do episódio. Você inseriu um estilo similar aos embates de Metalder contra seus oponentes. Eu lia o texto e só conseguia lembrar da luta do homem máquina contra Balzak.

    Meu amigo, você deu dignidade ao tenebroso Kanydai. Todos que lerem vão sim perceber seu orgulho e egoísmo que o levaram a arrogância e maldade? Sim... Mas, perceberão que havia algo mais... havia uma Cultura e história que ele carregava de seu povo consigo. Aliás, até mesmo um amor perdido por alguém que devia ter sido sua parceira ou algo parecido. Creio que ao final, todos iremos compreender que os seres do universo só queriam paz... Mas, foram dominados e deixados levar pelas circunstâncias que os atingiram em suas existências .

    Culpa de Bazoo ou Kemono? Dos dois? Não sei... Seja lá o que for, eu afirmo que sua série vai responder e, assim, vai eternizar ainda mais a história dos detentores da força terrena.

    Parabéns meu amigo por mais um episódio exímio e enriquecedor de nossas almas.

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    1. Artur meu amigo, antes de mais nada, gratidão por mais esta leitura e por mais este comentário, que sempre me incentiva e me alegra! No caso deste em específico, emocionou e muito!

      Eu tenho visto a galera falar em Rider Amazons e infelizmente ainda não assisti, mas confesso que vejo o pessoal falar bem. Ser comparado a algo tão bem recomendado é sem dúvida mais que bem vindo nesse momento de reta final da saga! Eu sem dúvida precisava de algo brutal, algo de impacto, tipo, dois titans se enfrentando mas ainda era preciso separar o sanguinário do altruísta... Acho que esse foi o maior desafio dessa cena, fazer com que NeoGriphon fosse violento ao extremo mas sem perder a razão ou a emoção... Refiz muitas vezes essa cena e revisei mais tantas outras e fico feliz que o resultado tenha sido satisfatório ao final! A melancolia da madrugada e a chuva torrencial ao final acreditei que dariam bons panos de fundo ao desenrolar de tudo, parece que foi acertada a ideia, obrigado Artur!

      Sobre a reta final do episódio, eu queria dar um pouco mais de embasamento para um personagem desses... Porque era assim, porque a violência o descrevia? Era doente ou maligno apenas por ser? Ou havia algo a ser explanado para dar pelo menos embasamento para tal... Pensando nisto construí um final para ele além da morte, ou seja, não era o que era por que sim, existia algo que pelo menos para ele era de suma importância para existir tal comportamento e isso nos convida também a uma reflexão que julgo muito bem vinda nessas épocas... "- É aceitável julgar os outros por seus próprios pensamentos? Somos detentores da razão mesmo para com quem não vive o nosso mesmo mundo ou cultura? A tolerância, até que ponto deve ser praticada e a partir de quando a empatia se torna necessária para uma pessoa que julga atuar sob o manto do bem?" Foi essa reflexão que tentei deixar, existem as leis de determinados locais e elas devem ser seguidas, mas, e o restante, se deve simplesmente ignorar?

      Eu agradeço imensamente tuas palavras, confesso que me emocionaram a forma como tu detectou tudo que eu queria passar nesse evento e espero que os demais que virão em breve, te surjam aos olhos e à mente também para que possas trocar ideias comigo sobre tudo que foi amarrado e ligado para dar vazão aos acontecimentos de NeoChangeman!

      Mais uma vez meu muito obrigado por tudo e em breve novos episódios online, estamos na reta final, aguarde e confie! \0/

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  4. Grande amigo, Lanthys.

    Sei que sumo e comento de modo salteado. Mas, saiba que leio todos seus eps. Sua fic é um momento mágico e de refrigério quando estou embarcado, longe da patroa e de minha pequena.

    E, ainda mais um episódio desse! Digno de livro! PORRA! Quanta ação e sangue! E, honraria no jeito de ser de um vilão.

    Parabéns, mesmo!

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    1. Grande amigo Tigrão, é um prazer te receber aqui em minha humilde saga sempre que te for possível grande amigo, não deve ser fácil ficar longe de casa tanto tempo, então me sinto honrado de poder ser útil de alguma forma! Agradeço mais ainda pelas palavras destinadas à saga, realmente está sendo um grande desafio escrever algo tão intenso como NeoChangeman e agora que nos aproximamos do final, cada vez mais se torna mais a responsabilidade e a tensão de não fugir da linha de raciocínio!

      Quanto ao episódio, sim, com estes dois não poderia ser diferente, só queria dar um destino decente a ambos e que cada um seguisse o máximo sua linha de conduta e eixo de personalidades para não fugir do que são cada um deles, fico feliz que tenha gostado, muito feliz mesmo!

      Grande abraço meu amigo, se cuida por ae mano! Abração!

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  5. Eita, mais um episodio lido e vamos lá a mais um comentário.

    A luta foi intensa, muito intensa, a perfeita descrição dos movimentos e dos golpes ao mesmo tempo em que mantinha nossa apreenção pelos personagens ativa o tempo todo, foi uma batalha fantástica, digna do ultimo da raça dos AllGruulk e digna do guerreiro Neogriphon, cujo a força ja foi estabelecida pelo roteiro como seu ponto forte.

    No caso do Kanydai, ele tem uma historia bem triste. Ver ao decorrer do tempo todo o seu povo ser dizimado, acompanhar todos aqueles compunham o mundo em que ele vivia morrer deve ter sido uma barra que nem da pra mensurar o tamanho do sofrimento, sendo ele o ultimo de sua raça. Porém, todavia e entretanto, do meu ponto de vista, acho que pra cada derrota na vida, um ensinamento, e nosso lagartinho favorito não aprendeu nada com tudo que o universo jogou contra ele ao longo de sua existencia. Muito pelo contrário, continuou se guiando por aquilo que ele julgava certo por conta de sua digamos "cultura", que propiciava a dor, o sofrimento, a violência, a lei do mais forte sobrepujando o mais fraco e o mais fraco sentindo orgulho por ser sobrepuljado por tal poder.

    O mais engraçado, é que pra um cara que teve sua raça toda dizimada chegando inclusive a tornar-se escravo, optou por proporcionar a mesma dor e sofrimento a outros por todo universo, enquanto solo, e enquanto general Makura.

    Por isso, inclusive, acho que o que o Hideki fez, ao final, dando ao lagarto a morte que seu orgulho lhe exigia, foi muito mais do que o que ele merecia, porém isso é apenas a minha opinião em relação ao personagem.

    Fica aqui também a reflexão do que o mal pode fazer a um ser, pois mesmo regido por suas crenças e culturas estranhas aos olhos humanos, quando é exposto a maldade por outros seres, sofrendo perdas e sendo escravizado, Kanydai opta por proporcionar a outros a mesma, ou mais intensa maldade. Será que, independente de nossas culturas, crenças ou quaisquer regras sociais que sigamos, numa situação como essa, não teriamos a mesma atitude do lagarto?

    Ótimo episodio meu amigo. Parabéns de verdade!!!

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    1. Depois de tanto tempo (e achado que tinha respondido já kkkk) eu venho aqui responder, porque sim, tu fez uma reflexão digna do conteúdo do episódio! Basicamente não temos o certo e o errado aqui diante do universo, que é o caso a que pertencem a Terra e os outros seres... Assim, num mundo onde a lei do mais forte impera é impossível colocar a lei da empatia por sobre ela, como um exemplo bem pobre, mas tentando elucidar como quero apresentar, explicar pra um hindu, que considera a vaca animal sagrado, que a gente come carne de vaca aqui sem qualquer remorso, ou como explicar aos bárbaros que não era necessário violência!

      Hoje, as atitudes de tribos barbarian são condenadas, mas Roma em seu ápice das conquistas, tinha o coliseu onde faziam matanças para diversão do povo e isso era lei, era aplaudido, era comemorado como uma partida de futebol! Assim, eu pensei em uma maneira de mostrar a maldade do Kanydai, que diante de nossos olhos e conceitos, é maldade nua e crua, explicar porque fazia aquilo sem cair em um clichê de "eu sou mal realmente", ninguém é mal por vontade, existe algo em ti que te leva aquilo, seja o prazer em praticar o mal, ou seja alguma condição que te obriga a isso... No caso do Kanydai, usei esse exemplo da cultura pra criar uma raça brutal que como os romanos e os bárbaros ou mesmo Gengis Khan (e muitos infelizmente na atualidade) crêem que a vida se resume ao forte superar o fraco e que na visão deles, no entendimento deles, na capacidade deles, isso é tudo!

      Vamos mais perto ainda, vamos ao sistema samurai do Japão, que separa da sociedade atual, talvez 200 ou 300 anos, eram brutais e movidos pela honra, e se perdessem uma batalha se matavam... Brutal pra nossa época atual, mas mais importante que tudo na época deles... Assim podemos citar o caso da segunda guerra mundial e a bomba de Hiroshima e Nagasaki, tudo aconteceu porque o lider deles preferia que todo e qualquer soldado morresse em combate ao desonrar o país e a eles todos com uma rendição... Completamente bizarro aos dias de hoje, mas na época, era o máximo da honra pra eles...

      Assim, pra não deixar o Kanydai morrer como "sou um lagarto mau, grrrrr" eu tentei criar algo que justificasse sua conduta, mas não que explicasse ou diminuísse seus crimes... Considerando a índole empática dos escolhidos dos Densetsu, que são escolhidos pelo coração e não pelo físico, achei que Hideki deveria dar o exemplo, apesar do Kanydai não merecer e veja só, estamos aqui concordando com tudo finalmente, ahahahaha!

      Grande abraço meu amigo, e obrigado pela leitura e pelo comentário altamente detalhado e focado na temática do episódio, estou muito feliz! \0/

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  6. Capítulo memorável, sob todos os sentidos .

    Luta sangrenta, brutal, selvagem ,mas com um final dignos nos grandes clássicos Tokus.

    A morte de Buuba , de Kaura, o combate final de Black e tantos outros que nos permeiam a lembrança.

    Momentos épicos ,repetidos por você.

    Seu trabalho está nesse panteão de momentos inesquecíveis que fazem com que cada um de nós, amemos os herois japoneses.




    Eu cheguei a pensar que Hideki morreria.

    Não ocorreu.

    Felizmente, você ,Lanthys direcionou para outro lado .

    Em nossa conversa no zap, você temeu me decepcionar.

    Ledo engano!

    A maneira como esse combate terminou ,mostrou toda a sua competência enquanto escritor.

    Em meio a um combate feroz, houve espaço para a empatia, para tentar -se compreender a motivação do próximo.

    Hideki, ao agir dessa maneira contra o seu arquiinimigo ,demonstra a sua grandeza como set humano , como guerreiro e como herói.

    Herói tem valores, não mata por matar.

    Não se vende a qualquer preço.

    Sofre reveses por suas escolhas.

    Mas nunca deixa de lutar e acreditar!


    Fico feliz de poder ler uma obra de arte ,um trabalho intenso e imenso ,tão inspirador e instigante!

    Fico orgulhoso de pertencer a esse esquadrão de escritores da Mindstorm.


    Parabéns mais uma vez!!!!

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    1. Grande Antonio, gratidão uma vez mais por tua leitura, por teu apoio e incentivo de sempre! Eu creio, que tudo que eu poderia falar sobre meus motivos para a batalha terminar como terminou, você citou em seu próprio comentário, e eu vou repetí-lo aqui:

      "- Herói tem valores, não mata por matar. Não se vende a qualquer preço.
      Sofre reveses por suas escolhas. Mas nunca deixa de lutar e acreditar!"

      Acho que isso resume praticamente o que pensei na hora de decidir tal coisa, veja, eu creio na existencia de vida fora da Terra, com certeza, existem planetas mais avançados e planetas mais atrasados, nós mesmos já tivemos o império Romano que agradava o povo com as batalhas e matanças no coliseu, tivemos ainda no Brasil que tem séculos apenas de descobrimento a escravidão, ainda tivemos há menos de um século a segunda guerra mundial, atrocidades tão graves ou piores que as de Kanydai eram tidas como normais, então, não seria o papel de alguém que é herói e com certeza está acima de nossos pensamentos mundanos, tentar entender isso? Como disse, é uma forma de explicar embora nunca justifique para nós no tempo atual, achei que Hideki tinha de agir como tal, que bom que curtiu!

      Mais uma vez, a gratidão de sempre por esse empenho, apoio e maratona sem igual para alcançar os episódios atuais de NeoChangeman! \0/

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