A noite já ia alta e nos céus
turbulentos a chuva, embora não fosse torrencial, era forte o suficiente para
molhar em questão de instantes... A cada novo estrondo entre as nuvens, os
relâmpagos revelavam os vultos imóveis que cada objeto ou árvore representava
na noite e que ainda não tivesse sido exposto pelas luzes de neon e
multicoloridas do bairro afastado, mas igualmente iluminado como todo o resto
em Kyoto Skyland...
Estamos no que se pode enumerar
como ano 3075 após a vinda daquele que alguns chamaram de “messias” em livros antigos, livros esses que atravessaram séculos
espalhando suas narrativas e que com certeza jamais imaginaram seus escritores
que hoje, tais narrativas seriam pouco mais do que lendas como lobisomens,
vampiros e tantos outros...
A população restante do planeta
Terra, após tantos conflitos e a última grande guerra, se dividiu em suas
crenças e expectativas, pois uma parcela embora pequena, mas muito
significativa, havia deixado de ter esperança, deixou de acreditar em salvação,
em salvadores, deixou de esperar por tempos melhores e vivem a cada dia como se
fosse o último, o que para muitos desafortunados, infelizmente o é...
Mas para outros, uma grande
maioria da população na verdade, esse mundo novo, infestado de cheiro de
cigarro e poluição hipnotiza com promessas vazias, que são ao mesmo tempo
fantásticas, de grandes ganhos e vida longa devido às novas tecnologias e
ciências tanto mecânicas quanto medicinais, o que não permitia tempo ou vontade
em buscar tais crendices que muito antigamente, apaziguavam guerras e a alma
dos mais aflitos...
Sim, o mundo hoje nem de perto
era o que já fora um dia, estava completamente fragmentado no quesito
sociedade, novas raças surgiram, muitas mutações e ciborgues agora viviam pelas
ruas com tamanha naturalidade como a vida o era antes da grande guerra, com os
humanos implantados à preencher as grandes cidades para uma melhor chance de
sobrevivência, apesar do sistema caótico, causando um cenário completamente
avesso ao que os que viveram aqui dezenas e centenas de anos antes da
destruição nuclear presenciaram...
Neste cenário de desesperança e
muito caos é que inicia nossa história, mais exatamente acima de uma das
árvores que nasceu nos restos do que já fora um ônibus escolar, agora destruído
em algum confronto das gangues com a polícia de choque...
Ali, alguém observava a noite,
inicialmente para obter paz de espírito ao toque suave da chuva refrescante e
revigorante em seu rosto, prazer esse que era raro para o próprio ser e,
naquele dia, ou melhor, naquela noite, durou bem menos instantes do que ele
esperava, pois os sons da noite deixaram de ser apenas o esperado e aprazível
ruído da chuva sobre as ruas asfaltadas, seus telhados e árvores como ele
buscava, para se tornar mais um sinal, daqueles que ele batizara de
"ingratos" à agir pela escuridão...
Entre a frustração de ter seu
momento relaxante destruído e satisfação de encontrar mais "não merecedores" da vida para
enviar ao julgamento das divindades, o vulto oculto sobre a copa, com olhos
fechados, falava consigo mesmo...
“- Ingratos... Eles creem que podem ter tudo e não respeitam nada ou
ninguém... Não compreendem que tiveram uma chance que muitos não tiveram...
Tirar vidas inocentes, é imperdoável a qualquer um...”
Com um movimento quase
imperceptível, o vulto desaparece em busca de algo que somente ele havia
percebido na noite e os noticiários do dia seguinte teriam mais mortos a
notificar, isso claro, se a polícia resolvesse fazer seu trabalho e dignar-se a
tentar esclarecer o caso, o que tornaria público as ações que aconteceriam em
instantes...
A chuva em Kyoto Skyland,
principalmente sob a óptica noturna, que é quando os raios ultravioletas não a
transformavam em gotas bastante desconfortantes que incomodavam a pele devido
sua carga ácida, era prazerosa para a maioria dos seres... Ninguém sabia
explicar direito, ou ninguém se importou em conseguir a explicação, mesmo nos
dias avançados de hoje em, como a chuva foi capaz de receber influência da luz
do sol à esse ponto, mas muitos acreditavam que a camada de ozônio bastante
alterada, de alguma forma alterou os raios de luz que por sua vez incidem na
composição da água que cai em forma de chuva...
Assim sendo, tanto "presas" quanto "caçadores", que basicamente é o que
a sociedade se tornou atualmente, preferem o período da noite para ganhar as
ruas e é neste ambiente aconchegante para uns e perigoso para outros que, ao
contrário do que já foi a vida no passado, mais e mais seres saem atrás de suas
metas de sobrevivência, sejam elas honestas - uma raridade nos dias atuais aliás - ou aquelas que contrariam as
poucas leis efetivas destas novas terras para se satisfazer...
O ser alcança rapidamente o topo
de um telhado localizado três quarteirões de onde estava anteriormente, abaixo
deles no breu da noite, três homens e um garoto em uma rua pouco movimentada
eram visíveis... Aparentemente o jovem voltava da feira ao ar livre com uma
sacola quase vazia e mesmo diante do fedor exalado pelo lixo contido nos
containers pichados que agora serviam para ocultar os quatro, sobre o topo do
prédio de quatro andares, o agora "caçador"
observava suas "presas" e
conseguia até mesmo decifrar o aroma do objeto de disputa...
Peixe-seco, banana e pão, um
verdadeiro banquete nestas épocas de pouca ou nenhuma posse da maioria
esmagadora dos vivos, e em pouquíssima quantidade do referido alimento
inclusive... O braço reluzente do jovem que segurava a sacola deveria impor
respeito, afinal era um braço cibernético, mas ao invés disso, apresentava
faíscas demonstrando sua inutilidade no momento e, não eram defeitos recentes,
provavelmente a manutenção estava vencida e como grande maioria dos
implantados, não havia dinheiro suficiente para manter seus componentes
cibernéticos funcionando, o que se tornava um peso e não uma vantagem...
Os três homens cercam o garoto
certeiros de estarem em vantagem - o que
realmente estavam fisicamente falando - empunhando adagas, pistolas e
correntes... Um dos meliantes tinha o olho esquerdo em vermelho indicando um implante
visual que deveria conferir ao mesmo, visão noturna entre outras recompensas...
O segundo exibia uma perna robótica no lugar da que provavelmente foi arrancada
em algum "trabalho"
enquanto o terceiro, deveria ter gasto uma verdadeira fortuna para ter um
peitoral que protegia todo seu tórax como ele ostentava...
O de olho vermelho fala algumas
coisas pesadas intimidando o jovem, os outros dois, cerca de um metro e meio de
distância mais distantes, riam para aumentar a pressão psicológica sobre a
vítima... O pequeno rapaz por sua vez, se urina completamente e chora fechando
os olhos implorando por sua vida, enquanto se podia sentir a intenção do “olho vermelho” desde que ele decidiu
tomar a atitude de encurralar o jovem naquele espaço... Tudo então ficava, ao
"caçador", em câmera
lenta...
A visão de uma viatura com um
guarda da força policial pública dentro da mesma passando pela borda do local na
rua adjacente e, ignorando por completo a ação dos "ingratos" não escapa da visão do "caçador", mas ele resolveria aquilo depois, no momento ele
precisava agir ali e evitar mais um inocente afetado pela ação dos malditos...
O assaltante de olho vermelho
puxa a adaga para trás e logo em seguida leva o punho para frente de novo
buscando perfurar e matar a vítima, segundos apenas foram gastos para essa
ação, mas esses segundos foram mais do que suficientes para o "caçador"...
Ao levar a adaga à frente para
perfurar o jovem, "olho vermelho"
percebe ao desferir o ataque que sua mão segurando a adaga voou pelos ares no
sentido contrário, distante dele alguns metros, enquanto somente o restante do
braço ensanguentado chegava até o rapaz, respingando sangue no rosto do
mesmo...
Sem entender o que acontecia,
pois não havia tido qualquer sensação de dor e sequer teve tempo para isso, o
agora maneta "olho vermelho"
vira-se para trás proferindo palavrões em busca de o que havia acontecido
quando sem aviso algum, algo adentra por seu implante cibernético chamativo,
atravessando seu crânio e parando somente ao cravar-se na parede ao lado da
cabeça do jovem em prantos, que ainda não havia aberto seus olhos para
testemunhar o fato...
Os outros dois, devido a
velocidade da ação, levaram alguns segundos para compreender que uma espada
havia perfurado seu comparsa e assim que percebem, retesam seus músculos para
agir em suas defesas, mas, a radiância da lâmina diante deles foi a única coisa
que demonstrou seu trajeto, rasgando a cabeça do “olho vermelho”, indo em direção à cintura da “perna mecânica”, partindo o mesmo ao meio e espalhando suas
vísceras pelo chão!
Igualmente sem tempo hábil para
decifrar o que aconteceu aos "colegas",
o "peitoral de aço"
vislumbrou um brilho em direção ao seu pescoço e logo em seguida sua cabeça
voou pela rua, espirrando sangue novamente no garoto, que agora começava a
conter o choro percebendo que algo ou alguém havia atendido suas preces e vindo
o amparar naquele momento de grande medo, ou pelo menos assim ele pensava...
O silêncio toma conta de tudo, o
rapaz começa a abrir os olhos e vislumbrar a cena dantesca, buscando pelo
responsável pelas mortes e claro, cogitando já desta feita que ele ia ser o
próximo dada a brutalidade dos acontecimentos, mas tudo que conseguiu ver foi um
par de olhos na escuridão da rua, que o observava sem piscar, como se o
analisasse...
Limpando as lágrimas e ainda
trêmulo, visto os segundos que transcorreram sem que ele fosse atacado pelos
"olhos amarelos", o jovem
arrisca e agradece: “- O... Obrigado...
Seja lá quem for... Isto era para minha mãe... Mas... Pode levar... Me deixe
vivo para cuidar dela... É suficiente pra mim... Eu lhe imploro...”
Os olhos o observam ainda em
silêncio, a alimentação que ele carregava era obviamente cara para alguém
pobre, mas seu senso de justiça julgou que de alguma forma ele a adquiriu
honestamente, seu íntimo sentia isso...
Os olhos então se fecham, um som
de deslocamento pode ser ouvido e então logo em seguida, apenas uma voz ecoara
pela noite, como uma resposta e um aviso: “-
Não se corrompa e não haverá dívidas comigo... Se corrompa e me verá de novo...
E então sim será a última coisa que verá!”
O garoto agradece sem palavras,
junta sua sacola e corre para o lado mais iluminado da rua, agradecendo
baixinho por mais um dia de vida e por mais uma noite poder voltar para casa e
cuidar de sua mãe, seu único bem neste mundo revirado ao avesso e que assim
ainda o fazia agradecer por estar vivo...
Já o "caçador" que atuou no impasse entre o jovem e os meliantes,
enquanto se deslocava pelas sombras, lembrava de tempos passados, tempos de
honra, tempos de justiça e de punição aos maus... Lembra também que já esteve
em todos os lados que um ser humano poderia estar e agradece pela oportunidade
de ter encontrado seu caminho...
Certo ou errado, aquela era o
caminho que ele tinha elegido para si, o mais próximo da justiça e da honra que
ele conseguia visualizar e estar naquela condição e, mesmo que não existisse a
promessa feita à única que verdadeiramente conhecia seu passado, ele seguiria
sempre o caminho da justiça, sua punição e sua redenção únicas plausíveis e, não
importava qual “ingrato” morreria por
isso...
Em sua mente, sendo que uma vez
ele trilhou caminhos difíceis e os sobrepujou, em situações muito mais adversas
segundo ele julga, sua mente não tolerava em tempos amenos quem se voltava ao
egoísmo visando para isso sobrepujar os mais fracos... A estes, o fio de sua
lâmina ancestral era a única recompensa... Eis o código que ele seguia desde
seu aprendizado naquela vez...
Sob o topo de uma das milhares
torres de comunicações que perfurava os céus de SkyLand, o “caçador” detém seus movimentos e
novamente admira os relâmpagos, sorve a chuva fresca uma vez mais permitindo
que o sangue dos últimos "ingratos"
punidos escorresse de seu corpo...
Ele respira à plenos pulmões o ar
menos pesado da noite, talvez o oxigênio fosse purificado pelos ventos da chuva
forte, ele não saberia dizer, mas agradecia por aqueles segundos de paz e
conforto diante de tantas atrocidades... Os minutos passam... A chuva cai... O
vento sopra... Os relâmpagos iluminam... Ele abre os braços e como se recebesse
os elementos da noite ficando assim por vários minutos, no topo de um dos
prédios completamente lotado de lâmpadas de neon e outras luzes fortemente
chamativas...
Uma paz momentânea e rara invadia
seu coração e ele pedia aos deuses que aquele momento perdurasse para muito
além de minutos, mas como a maioria das pessoas desta era considerava, os
deuses não pareciam ouvir mais pedidos... O ser então se preparava para ter um
momento de meditação profunda quando uma vez mais seus olhos se abrem
abruptamente, cheiros e sons chegam aos seus sistemas auditivos e olfativos de
forma abrupta...
Seus ouvidos se aguçam, seu faro
completa os sons, os pelos de seu corpo pareciam receptores de localização
enquanto que completamente imóvel em qualquer sentido físico que se pudesse
imaginar, captava os ruídos que poucos conseguiam ouvir ou sentir...
Passos distantes, mas frenéticos,
com certeza demonstravam estar em fuga de algo ou alguém... Um deles estava
cansando mais do que o esperado, e não era sua respiração que estava abalada,
seu fôlego estava em boas condições, mas ainda assim estava em defasagem se
comparado aos demais... Se eram humanos, o que era o mais aceitável pelo
cheiro, seriam pelo menos dois homens e uma mulher...
Um ouvido menos treinado poderia
confundir os passos da mulher com os passos de uma criança devido ao pouco
peso, mas o intervalo entre cada pisada, deixava claro sua estatura adulta...
Além disso, seus cheiros confirmavam conforme se aproximavam que eram realmente
humanos, feromônios diferentes exalavam pelo ar e o da mulher, era bastante
diferente e mais forte que os demais...
Mais estranho de tudo isso era
que o cheiro que ele sentia na jovem mulher parecia-lhe nostálgico... Talvez
usasse alguma fragrância que ele sentira em algum lugar em sua vida, ou poderia
ela ter estado perto de alguém cujo cheiro fosse familiar, mas ele não
conseguia por mais que tentasse definir o que era essa "nostalgia" que o cheiro da mulher
em fuga lhe trazia...
O “caçador” então deixa de tentar identificar o cheiro familiar e
pensa na outra pergunta importante e ainda sem resposta... Porque estavam
aqueles três naquele local afastado onde poucos além dos moradores, que ele
reconheceria pelo cheiro facilmente, se aventurariam a ir? As pupilas do "caçador" inacreditavelmente se
modificavam em segundos, ficando em forma de fenda como olhos felinos em
intenso amarelo, para logo voltarem ao normal e perder seu brilho, fazendo com
que o ser se colocasse de pé, pronto para se deslocar em busca de suas
respostas... “- Que esses malditos tombem
antes de macular este lugar novamente...”
A visão para qualquer um andando
pelas ruas da atual Kyoto era basicamente uma selva de pedra multicolorida,
cheia de becos e prédios, governado por poucos, povoado por muitos, o que
releva a pelo menos quarenta por centro da população deste novo Japão, a
pobreza extrema enquanto quem consegue ter alguma dignidade, ou melhor dizendo,
dinheiro para ter uma sobrevivência digna, dificilmente o consegue por meios
tradicionais, pois até mesmo os antigos “empregos
fixos”, hoje não conseguem se manter apenas dentro da lei...
Prostitutas, garotas e garotos de
programa, robôs sexuais, vendedores de todo tipo de objeto ou artifício ou
ainda situação se aglomeravam em alguns pontos enquanto outros ficavam mais
desertos, essa era a nova era, nua e crua, danificada e desmoralizada pelo
próprio ser humano, e aqui, ou você se vira, ou você morre...
Apesar disso, muitos consideram
que essa nova era trouxe milagres incríveis que compensam tais mudanças, mas na
verdade os maiores difusores dessa “boa
nova”, são os mesmos que lucram com a atual tecnologia e facilidade que em
tempos antigos não eram viáveis...
Nessa era, se um órgão vital
parar, desde que tenha o capital necessário, ele é substituído por um novo,
cibernético, totalmente autossustentável na maioria das vezes e sem qualquer
chance de sofrer de doenças novamente... Na verdade, sequer é preciso adoecer
para fazer isso, se tiver os fundos para tal, pode fazer substituições e
melhoras em seu corpo com implantes e próteses de qualquer sortilégio...
Para reforçar tal ideia, basta
verificar que algumas práticas do passado ainda se mantém, ou seja, a boa e
velha pirataria sobreviveu aos tempos, e se pode conseguir implantes de baixo
custo também nas mãos de vendedores ambulantes que o conduzem ao "cirurgião" que fará tal processo,
às vezes pela quinta parte do valor normal de mercado, o que claro significa
também, que se pode esperar os mesmo de suas qualidades e durabilidades, sem
falar nos riscos de uma cirurgia de inserção dos componentes mal feita, ou mal
higienizada feita por pessoas que se julgam aptos à isso e na verdade não o
estão...
Tudo nesta era é negociável, tudo
é adaptável, tudo tem valor de troca e desta feita esse novo mundo ganhou
espaço, tudo mesmo, até as coisas mais inimagináveis viram moeda de troca
nesses tempos impensáveis desta nova era...
O "caçador" se posiciona acima de um letreiro em neon que
anunciava vagas para diversão sexual com robôs, enquanto os três que ele havia
detectado tentam adentrar o beco ao lado e se ocultar do que quer os estivesse
perseguindo... Sem mover-se um milímetro que fosse, oculto pela luz ofuscante e
pela chuva forte, mesmo com os trovões e a torrente, seu faro e sua visão não
perdiam os andarilhos noturnos de sua percepção e eis que finalmente os
inimigos se revelam correndo em busca de suas "caças"...
Facilmente aquele que observava
de trás do letreiro reconhece o "trabalho"
dos perseguidores, eram traficantes de escravos, em número de sete, buscavam
pelos fugitivos para usurpar algo para usar como moeda de troca em alguma outra
negociação, e dado que uma mulher jovem estava entre os em fuga, agora tudo
ficava claro, a "moeda de troca"
que eles "caçavam" era clara
agora... O acontecimento estava desvendado, era hora de agir...
Os sete adentram o beco, eles
buscam pelos refugiados e então um impacto entre poças de água existentes no
beco se faz ouvir... Os fugitivos se mantém escondidos, os traficantes buscam
pelo som que denotava que alguém havia chegado ao local e ambos ao mesmo tempo
conseguem apenas ver os olhos amarelos brilhantes em meio à escuridão...
Os sete começam a dar passos para
trás como se temessem a imagem que viam, embora somente os olhos, devido à
escuridão, eram possíveis de serem definidos... Um relâmpago clareia o local e
a silhueta do ser, o recém-chegado era definida e um deles que estava mais
próximo dos fugitivos sussurra em pânico...
“- Bakemono..."
Os olhos desaparecem e somente o
clarão do neon e dos relâmpagos refletidos na lâmina ancestral que o ser
empunhava era possível de serem vistas! O suposto líder, aterrorizado com a
cena que só havia ouvido falar até então, corre em direção aos refugiados para
pegar o que veio buscar e fugir enquanto os outros ocupavam o demônio que ele
temia e exatos cinco segundos foi o necessário para que duas ações
acontecessem...
Enquanto o ser de olhos amarelos
avançava, cabeças e corações foram seus alvos... Um golpe giratório atingiu o
pescoço do primeiro, atravessando o mesmo de forma fácil como se nenhuma
resistência oferecesse e sua cabeça voou pelos ares espirrando sangue, movimento
brutal este que o atacante aproveitou para arremeter sua lâmina à frente de
forma vigorosa, perfurando com precisão macabra o coração do segundo!
O terceiro veio por detrás do
"bakemono" buscando um
ponto cego para se aproveitar, mas seu destino foi tão terrível como os demais
até então, pois com o cabo da espada empunhada fortemente, um movimento de
recuo com técnica indescritível e o meliante teve perfurado também seu peito,
assim como o segundo, mas sem a sutileza de um corte que a retidão da lâmina
fazia, e assim, seu tórax foi literalmente destroçado pelo golpe fazendo
inclusive com que a parte traseira de seu corpo explodisse para fora tamanho o
impacto!
Puxando a espada novamente à
frente, desenhando um corte transversal de baixo para cima com o reflexo das
luzes na lâmina aterradora, o quarto traficante teve seu corpo aberto, de um
flanco à outro passando pelo coração do mesmo enquanto esse mesmo arco
continuou, assumindo uma trajetória linear agora, separando a cabeça do quinto
integrante da gangue de seu corpo, restando assim, apenas o sexto "ingrato" que foi abatido de forma
violenta com um impacto fulminante da bainha da lâmina, golpe esse que
afundando seu crânio para dentro, abriu diversas rachaduras no mesmo deixando-o
ao chão com massa encefálica à escorrer...
No mesmo instante em que o “caçador” realizava seus movimentos, o
líder dos traficantes, de posse de uma adaga circular recoberta de cravos de
metal, corria em direção aos fugitivos, sua meta era a mulher, pegá-la e
desaparecer dali antes que o ser que golpeava seus comparsas se liberasse, mas
ele não esperava resistência e a enfrentou, pois, um dos homens que a
acompanhava a mulher se colocou à frente tentando impedir o avanço do
criminoso...
Infelizmente e com muita
facilidade o bravo, mas agora morto herói, teve seu peito perfurado sem
piedade! Se apressando como nunca fez antes o traficante avançou e o último
acompanhante também tenta detê-lo, agarra-o pelos punhos, lutam, mas este
acompanhante era o que estava mais lento quando o "caçador" escutava seus passos, e o motivo, ele havia levado um
tiro, seu ombro sangrava muito e infelizmente, também não foi páreo para o
traficante furioso e assustado. Um golpe preciso e potente ao pescoço, esmagou
a traqueia e quebrou suas vértebras lombares, retirando o agente do combate,
restando apenas o traficante e a mulher, assustada e acreditando serem aqueles
seus últimos minutos...
O traficante se arremessa, sua
intenção era usá-la como refém ou matá-la se ameaçado, sua mão ia à frente pronto
para agarrar ou retalhar, porém sua sorte terminava ali...
Apesar de parecer que detinha
vantagens visto que o oponente misterioso tinha seis para derrubar, uma dor
lancinante em sua mão esticada à frente chegou aos seus receptores implantados
mais rápido que a dor do impacto da mesma ao chão, onde a lâmina do “bakemono” havia à perfurado prendendo-a
com o movimento ao asfalto molhado encerrando assim sua ação...
O traficante olha para cima,
percebe os olhos amarelos a o observar com expressão de raiva, o vulto
misterioso e que havia derrubado seis enquanto ele tentou chegar à mulher,
agora estava entre o "mão furada"
e a jovem mulher... O homem, que ostentava implantes cibernéticos em seu
pescoço, talvez para substituir parte do corpo danificada por cânceres ou mesmo
outras doenças devido a seus vícios, tenta se mover e ameaçar, que mataria a
mulher se ele não o soltasse...
Como em resposta, um sorriso
muito discreto correu pela boca do portador da espada com a tentativa de blefe
do "ingrato" à sua frente,
afinal, ele não tinha como ir à lugar algum quanto mais ameaçar a jovem...
Um brilho então demonstrava o
deslocamento da espada e enquanto ainda esbravejava o traficante ficou em
silêncio repentinamente, pois seu maxilar caía ao chão com um golpe que ele
sequer viu como aconteceu e quando tentou levar a mão ao queixo para descobrir
porque não conseguia mais falar, a espada assassina desceu novamente dos céus
abrindo seu crânio em dois, encerrando a jornada deste "ingrato" nas terras que o "caçador" protegia ou em qualquer
outra...
Aterrorizada, em pânico, ferida e
sem entender quem era quem naquela cena dantesca, associado ao medo e à
velocidade de que todos os fatos aconteceram, tudo que a jovem mulher fugitiva
conseguiu gravar antes de desmaiar, foram os dois olhos amarelos a se aproximar
dela lentamente... O "caçador"
a observa de perto, suas narinas à cheiram enquanto ele passa à mão no rosto da
mesma para remover a sujeira que impedia visualizar seu semblante, e por alguns
segundos ele fica a observar a caída...
"- Uma gênesis... Aqui... E porque seu cheiro
parece tão familiar?"
UAU! Eis uma estreia de peso amigo!
ResponderExcluirUma história muito bem narrada e conduzida, apresentando muito bem o Caçador, deixando-o bem construído e tridimensional, um protagonista que te ganha de cara.
O cenário foi um espetáculo a parte, bem como sua descrição, um escritor menos capacitado acabaria por apresentar o cenário inteiro, numa narrativa que poderia soar lenta e didática demais, mas quando a pessoa tem controle do modo de contar uma história faz desse jeito, ligando o cenário à ação, dando detalhes conforme os personagem se movem e isso vemos em vários momentos esse, por exemplo "O "caçador"se posiciona acima de um letreiro em neon que anunciava vagas para diversão sexual com robôs" deu prá ver certinho o personagem pousando no letreiro, quem já viu filmes com temática futurista, com certeza, já consegue visualizar como seria esse letreiro, deixando a cena com um apelo visual fora do comum.
Você também construiu perfeitamente os personagens coadjuvantes, fossem os oponentes do Caçador, cujas mortes foram lindamente descritas e tiveram os detalhes de seus implantes, novamente, amarradas com perfeição à narrativa, não deixando-a em nenhum momento "travada", muito pelo contrário, vide toda a história de vida do garoto que fora salvo...
E como não poderia ser diferente, uma história tão perfeita recebe um gancho igualmente perfeito no final.
Fosse já um livro físico, seria impossível não avançar na leitura, ávido por saber o que vai acontecer no próximo capítulo.
Meus mais sinceros parabéns cara! Sério! Tô aqui de pé aplaudindo!
Quem esse seja o inicio de mais uma obra de sucesso absoluto.
Meu bom amigo Norberto, cá estou eu novamente, em um projeto novo e tu como sempre, apoiando, incentivando, ajudando e me impulsionando à seguir à frente, como sempre desde que começastes à ler meus trabalhos! Antes de mais nada, meu muito obrigado sem igual por estar sempre ali, pronto à dar o incentivo que falta para que possamos seguir em nossos projetos e isso é muito bem vindo mesmo, gratidão sem igual meu amigo! Vamos ao texto em si:
ExcluirSobre apresentar o personagem e o cenário, eu me dispus desde o início a fazer algo assim, sempre critico como os sentais apresentam tudo que tem na abertura, não dando oportunidade de uma surpresa maior, e pretendo, à exemplo do estilo NeoChangeman, apresentar coisas que parecem desconexas, mas que de alguma forma se ligam ao todo e contam a história e os detalhes aos poucos... Veja, não temos um nome, não temos uma ideia exata do personagem, não temos uma ideia maior da cidade ou do Japão e muito menos de vários outros detalhes, mas temos um vislumbre em neon, amarelo limão e quase uma terra sem lei de extrema pobreza e muita injustiça... Em meio à ela, alguém o oposto disso que aos poucos vai ganhando forma... Acho que é a maneira mais coerente e menos cansativa de mostrar o conteúdo, ir como dissestes, à cada ação do personagem ou dos personagens, mostrando um pouco do que tem para ser mostrado, um pouco da tragédia que esta linha de tempo viveu e assim ir inserindo à todos dentro do universo do Indomável... Aliás, o próprio termo, não é usado por ele ou por outros, mas terá um motivo e uma explicação plausível nas narrações, o que espero, agrade e muito!
Os personagens, os acontecimentos, as coisas disponíveis, o tipo de vida que vivem, como se comportam, tudo preciso estudar e me adaptar mais para dar mais veracidade, pretendo ver animes, filmes e ler coisas sobre o assunto, buscar o que procuro exatamente visto ser algo bem extenso para não cometer gafes ou fugir muito do estilo, claro, criei um cenário baseado na ideia, mas não estou dentro do universo Cyberpunk o que me permite criar coisas que não existiriam ou que não fazem parte para deixar ele mais livre, mas pretendo me enquadrar em tudo que puder para manter um estilo de narrativa com uma linha à seguir embora pequenas escapadelas para lá e para cá, adicionando elementos que considero, ficariam legal na ideia! Assim tivemos, bandidos, vitimas, mistério, chuva na noite multicolorida, polícia FDP e uma mulher e um homem (será que são homem e mulher?) misteriosos que precisamos desvendar seus segredos! Espero que eu seja capaz de manter isso no decorrer da série kkkk!
Sobre o gancho final, pode esperar isso em praticamente todos os episódios, às vezes sucinto, outras de forma mais enfática, mas pretendo sempre deixar um para prender a atenção do leitor e tornar também a saga mais convidativa! Fico contente, imensamente contente que tenha curtido e que esse primeiro episódio tenha agradado, é como eu disse, um desafio novo, uma forma de buscar novos horizontes e quem sabe um dia poder escrever pra valer! Gratidão pela amizade, pelo apoio e pela força de sempre! Grande abraço e valeu por tudo! \0/
Seu Lanthys , seu Lanthys!
ResponderExcluirSempre nos surpreendendo com trabalhos cada vez mais primorosos.
Escrita impecável, narrativa envolvente .
Um cenário apocalíptico e Cyberpunk pra ninguém botar defeito.
Uma sociedade futurista a mercê da tecnologia, porém , abrindo mão de seus valores mais caros , que através dos milênios a conduziram, mantendo um certo equilíbrio, que aquela altura, não mais existia.
O valor das coisas espirituais.
Nesse cenário caótico, temos a atuação do indomável "caçador " , em seu senso de justiça peculiar, mas que , talvez representasse uma das únicas fontes de esperança dos mais fracos, ainda que, por métodos não convencionais, no entanto, legítimos, face ao cenário proposto.
Assim, como o Norberto , que fez um comentário perfeito , estou impressionado com sua capacidade de escrever algo tão bacana de se ler .
Aplausos!
Meu grande amigo Jirayrider, que prazer receber tua leitura e teu comentário em meu mais novo empreendimento... Realmente é uma tentativa de superação que temos aqui, estou tentando sair das amarras tokusatsu e não esquecer do estilo superpoderoso e fantástico do mesmo, mas sim, mesclar isso à outro tipo de conto... Se formos colocar em algum seriado, isso seria algo mais próximo de Garo, no máximo, visto o guerreiro obstinado com código de conduta próprio, auto suficiente para seus desafios mas ainda um pouco mais sombrio e intenso devido sua origem que descobriremos em momento oportuno... Assim sendo, ver tu aqui, comentando com essa empolgação e cortesia, em algo que saiu tão longe das condutas polidas de NeoChangeman e Nipo Ranger, é algo que me deixa muito feliz e te agradeço por isso!
ExcluirSim, busquei mostrar um cenário, que se aproxima muito do cyberpunk, mas devido minha falta de conhecimento do mesmo, em maior escala, me habilito apenas à me basear nele para pegar sua essência e inserir diversos outros aspectos nele, transformando isso na verdade em crônicas de um mundo cibernético, onde a ciência dominou tudo, substituindo quase que a totalidade da espiritualidade, transformando a sociedade em algo controlável e satisfeita com a atual forma de vida... Em meio à esse caos, temos alguém totalmente avesso à esse tipo de mundo, mas é o mundo onde ele vive e precisa sobreviver, e precisa ajudar a quem merece, na sua opinião, à sobreviver... Um mundo onde os valores não fazem mais sentido e o certo se tornou errado porque ninguém mais faz... Parece até uma alusão do Brasil num futuro distante infelizmente, mas é uma ideia assim que tento apresentar... Cometerei muitos erros, principalmente pela falta de conhecimento do cenário e isso me levará à informações que não batem com o cenário cyberpunk, minha única escapatória será essa, estou me baseando, mas não em um cenário absolutamente cyberpunk kkkk!
Fico realmente grato, emocionado e muito empolgado com seus comentários mais que bem vindos sobre essa nova tentativa de escrita, espero que continue à me acompanhar nessa nova saga e que o "caçador", apesar de suas maneiras brutais, possa cair na sua estima e consiga acompanhar a saga até o final! Agradeço imensamente pela força, apoio e incentivo de sempre e até o próximo episódio! \0/
Muito bom episódio inicial, a descrição do cenário ficou impecável criando a sensação de uma realidade distópica característica de cenários cyberpunk. Temos diversos pequenos detalhes, termos e questões levantadas sem resposta, mas que com certeza atiçam a curiosidade para explicações futuras.
ResponderExcluirAlém das capacidades combativas excepcionais do protagonista, bem como seu senso de justiça e conexão com a natureza, ainda não dá pra se ter noção exata de quem ele é, sua personalidade ou mesmo de seu passado, mas de início aparenta ser um personagem interessante e com características fáceis de se apreciar.
*Obs.: não esperava que você fosse mandar tão bem na descrição do cenário, parabéns.
Grande Darkwes, bom te ver de novo aqui meu amigo, sabes o quanto considero teus comentários e tuas opiniões sobre minhas escritas, tanto pela tua capacidade como um também, assim como pela dedicação que impõe sobre teus trabalhos para que sejam perfeitos em todos os sentidos, esse teu senso de perfeição sempre me ajuda a melhorar o que faço e te agradeço por estar vindo aqui compartilhar de novo comigo!
ExcluirO cenário em si, como conversamos via chat, ele é baseado no Cyberpunk, assim como Grund é baseado em Forgotten Relms, mas, por conta de minha falta de conhecimento em ambos para gerir tudo sem erros, como me aconselhastes lá em Grund-Tharg, eu me espelho na ideia cyberpunk e crio um universo paralelo, similar, que me permita usar as ideias do cyberpunk mas me dê o respaldo para novas ideias! E é nessa parte que teu conhecimento me ajuda, pois a cada apontamento que no cyberpunk seria de tal modo, isso me ajuda a aproximar cada vez mais a obra, do estilo pretendido, sem falar que aumenta meu conhecimento nesse quesito! Assim, tu dizer que eu fiz um belo trabalho na descrição do cenário, me deixou muito feliz e me senti muito recompensado por ter atingido esse ponto de forma aceitável já no primeiro episódio, tudo que preciso é ouvir e seguir dicas para cada vez mais criar algo mais compatível, muito obrigado pelas palavras!
O mistério e os ganchos com mistérios são algo que gosto muito, tomo isso por mim, curto muito quando há mistérios à serem resolvidos, informações não completadas, isso te leva à uma busca pela resposta que se bem trabalhada, te surpreende e te faz amar tal acontecimento! Assim, os mistérios e ganchos estarão presentes e fico contente que tenha gostado!
O personagem, sim, exímio lutador, porta uma arma incompatível com a época, tem métodos e códigos diferenciados, poucas palavras e a paixão pela natureza, são coisas que se encaixam nos mistérios que pretendo explicar na saga e no especial que irei criar sobre sua origem, então muitos pequenos detalhes irão sendo apresentados para se poder ir moldando melhor sua personalidade e demais nuances assim como as surpresas que ele guarda e o porque de ser tão "incompatível" com a situação atual, tudo que espero, é que o criei para ele seja apreciado quando devidamente apresentado!
A tua frase final, coroa com chave de ouro essa estréia, quando tu consegue surpreender, é uma satisfação gigante pelas noites de correção, mas aprendi contigo mesmo que isso às vezes nos leva à desistir, então procurei ir contra essa ideia e seguir os conselhos do amigo Norberto que insistia, "não corrige demais senão tu nunca posta!" Que bom que curtisse Darkwes, to feliz demais meu amigo, muito obrigado cara e que possa acompanhar toda a aventura de nosso "indomável"!
Não é que eu duvidasse da tua capacidade de descrever um cenário como este, mas vejo muita gente confundir alguns termos que são parecidos porém contém nuances que às vezes passam despercebidos. Um cenário cyberpunk é futurista, mas um cenário futurista não é necessariamente cyberpunk. Esse é um cenário de contrastes exacerbados, não é o futuro utópico, o admirável mundo novo, ou a humanidade que venceu as dificuldades e se tornou algo melhor. Tão pouco é um cenário onde tudo deu errado e a humanidade está condenada, o bom e o mal convivem lado a lado num cenário cyberpunk, é o melhor do ser humano e o seu pior de mãos dadas.
ExcluirAcho que nesse sentido você conseguiu estabelecer o contraste necessário para não descaracterizar a ambientação, o que por si só é um baita feito que grandes empresas tentaram e acabaram se atrapalhando (vide Cyberpunk 2077 o jogo recém lançado que comete a gafe de esquecer o que o punk de cyberpunk significa).
*Obs.: a arma do protaganista não é incompatível com a realidade do cenário ao meu ver. Em cyberpunk existe um termo bem adequado a este tipo de "mercenário" ou justiceiro, o 'Samurai Urbano'.
Fico feliz de ter conseguido me aproximar o máximo possível e conto contigo para corrigir esses detalhes que conformes fores vendo, podes me indicar e apontar o correto, pelo menos o conceito centro dentro do estilo, de forma a poder progredir na trama de forma menos equivocada possível! Esse próprio conceito da espada já foi outro aprendizado, pra mim elas eram bastante raras justamente pelo conceito que me comentastes antes da "máquina de refrigerante com armas", então considerei que esta arma branca também fosse bastante rara, mesmo sendo japão... Com estes pontos e estas observações eu poderei com o passar das tramas ir me aproximando de algo bem satisfatório eu espero, agradeço muito por essas observações e te peço que as mantenha, assim, crescerei na construção dessa aventura!
ExcluirVamos lá a mais um comentário em um trabalho seu completamente diferente daquilo que estou acostumado. Enfim, é inegável a distância entre o seu primeireo texto que li e esse. Uma melhora narrativa que salta aos olhos e nos mostra como todos esses anos de Neo e outras poucas coisas que você escreveu foram de extrema importância na sua jornada como fictor/escritor.
ResponderExcluirAqui, percebo claramente uma intensão em um primeiro episodio de nos cituar ao cenário em que estamos sendo inseridos e ao personagem que provavelmente seguiremos nos próximos dias. Toda e qualquer oportunidade, não só de expor o cenário de uma forma fisica, mas também de expor os fatos que o compõem ou que culminaram nele foi usada de forma primorosa. Durante a noite enquanto acompanhamos o "Bakemono", somos mergulhados nas luzes em neon, nos prédios, na historia da humanidade que resultou nessa realidade que além de colorida e aparentemente atraente aos mais desavisados, é dura, é triste, é cruel e te mata só pelo fato de você optar seguir uma caminho honesto.
A Jornada do persoangem durante a noite, fazendo aquilo que deveria ser obrigação do poder publico, se é que podemos chamar assim, nos brinda com cenas que apesar de heroicas, são pesadas, com um toque de gore, mas que nos trazem um certo, por que não dizer, conforto por estarmos vendo pessoas que não valem um tostão furado recebendo o que merecem. Não estão sendo mortas ali apenas por que tentaram roubar o alimento de um garoto ou tentaram sequestrar uma mulher, mas estão sendo mortos ali por que tiveram uma vida de crimes, incubiram violencias e destruiram vidas ao longo das deles e o que acontece nos becos, pelas mãos do Bakemono, é apenas o resultado de tudo isso.
Bom, agora é esperar pra ver quem é a mulher que ele salvou, e qual ligação ela deve ter com ele nos próximos capítulo. Parabéns meu amigo por extrelar mais um título.
Fala Rodrigo meu amigo, prazerzasso te ter por aqui também, prestigiando meu novo trabalho! Indomável é pra ser algo diferente, misterioso, brutal, mas ao mesmo tempo heroico, empático e soturno... Eu quero mesclar ele entre muitos opostos e fazer com que mesmo assim ele consiga ter uma personalidade definida, algo que em determinado momento tu possa cogitar "sob tal atitude ele vai agir de tal forma", esse seria o alcançar a meta com Indomável... Também pretendo conta a saga aos poucos, com origens e situações acontecendo conforma algo no episódio tal lembra de alguma forma aquilo, fazendo com que a situação seja explicada, pra manter o mistério claro e também , pra tornar mais atrativa conforme os capítulos forem avançando! Fico muito feliz que tenha curtido cara, feliz mesmo e espero que os próximos capítulos possam te prender ainda mais, Indomável é meu mais audacioso projeto no momento, o que vai exigir mais de mim, então esse apoio é sempre bem vindo e recompensador! Grande abraço! \0/
ExcluirAldo.. Eu não sei nem o que falar.
ResponderExcluirVocê agora tem mostrado a capacidade incrível de sair da bolha do Tokusatsu. Eu jamais conseguirei fazer isso. Você está escrevendo sobre cyberpunk e cenários apocalípticos. Isso é para poucos...
Amei a forma que descreveu o caçador, seus oponentes e todo o cenário.
Estou muito animado com esse seu trabalho.