sábado, 28 de agosto de 2021

Grund-Tharg - Cap. 10 - "- A nova jornada se inicia!"

O grupo seguia caminhada silencioso, havia poucos instantes tinham sido teleportados da Fenda de WinterLess onde combatiam uma criatura denominada "Devorador", e acreditavam, por ter ouvido sua voz em suas mentes no momento exato do ocorrido, que Lady Betrayal é quem os havia teleportado… Grund era visivelmente o mais irritado de todos, seguia à frente com passos pesados e truculentos, não somente o bárbaro, mas ninguém compreendia tal atitude de Betrayal… Enquanto seguia à frente de todos, Tharg batia com a mão fechada, lateralmente, contra as plantas e árvores pelas quais ia passando, mas levaram apenas alguns minutos para que finalmente o que todos percebiam que iria acontecer mais cedo ou mais tarde, acontecesse finalmente… Grund-Tharg vira-se para o grupo e furioso como nunca, berra:
“- QUE PORRA DE ATITUDE FOI ESSA? SOMOS APENAS MONTARIA DE PIRANHA, USADOS COMO GANHO DE TEMPO PARA DEPOIS NOS CHUTAR COMO SE CÃES SARNENTOS FÔSSEMOS? ESSA É A GRANDE LÍDER DE WINTERLESS?”

Syndra se recosta em uma árvore, Nissa senta-se ao pé da mesma, Akron sobe para um galho e fica à observar tudo agachado enquanto Jhon, o mais racional naquele instante, era quem havia ficado com a missão de tentar explicar tudo, embora ele também não tivesse a mínima ideia de porque tudo aconteceu:

“- Primeiro de tudo Grund, deve se acalmar, nesse estado espiritual mesmo que a resposta bata na sua cara não vai compreender… Segundo, Lady Betrayal tem uma vasta história por detrás de seu ser, não tenho dúvidas que ela tomou a decisão mais acertada e as possibilidades podem ser muitas… Por algum motivo os líderes e guardiões não puderam ir diretamente para lá e nós fizemos essa parte até que pudessem assumir… Ou o que quer que tenha acontecido na muralha com todos aqueles achados macabros era algo a ser detido primeiro e nós sequer soubemos que essa batalha estava acontecendo em outra parte de WinterLess… Talvez o ataque vindo do abismo fosse uma distração para algo maior e os líderes junto à Betrayal os confrontaram antes de conter a invasão… Ainda existe a possibilidade do verdadeiro perigo ser outro e de um nível que não poderíamos encarar, fazendo com que nos deixasse o que tínhamos condições de combater enquanto eles realizavam o resto… Ainda existe a possibilidade do Devorador não ser uma criatura como prevíamos, ser muito mais poderosa do que pudemos analisar e então, evitando que morrêssemos ali, ela nos tirou de lá e nos colocou em rota da missão, nossa verdadeira tarefa… O fato é que uma vez resolvido o que quer que fosse, ela nos trouxe para nossa rota principal e agora que estamos aqui e não podemos mais voltar, só temos uma coisa à fazer… Cumprir a missão que é nossa e deixar que os líderes decidam quem faz o que na cidade…”

Nissa, Syndra e Akron fizeram expressão de que havia lógica nas palavras de Jhon, embora não houvesse nenhuma resposta concreta, mas era fato que, agora nada mais havia à ser feito além de sua missão principal, porém Grund-Tharg ainda estava inconformado, sua sede por combates ainda não havia terminado, ele foi interrompido antes de poder vencer seu oponente e isso o deixava frustrado, o que o levava à ira quase incontrolável… O gigante desfere um soco em uma árvore ao seu redor balançando completamente a copa da mesma com o impacto e então, como se reagissem a algo após o golpe, todos se colocam em posição de combate alertando aos gritos para que o bárbaro olhasse para trás e naquele instante, antes que Tharg pudesse fazer qualquer coisa, tudo ficou em câmera lenta…

Grund-Tharg observa o movimento dos aliados e percebe claramente que uma ameaça surgiu… Seu corpo se retesa e seus sentidos se ativam… Suas narinas se abrem sorvendo o ar e seu cérebro filtra as informações aquecendo suas memórias, trazendo à si a imagem do que poderia estar atrás dele como todos se esforçavam, em câmera lenta segundo sua visão, para alertá-lo… A imagem se forma em sua mente, urso-coruja como eles chamavam, por motivos óbvios… Pesados, poderosos, agressivos e com garras dilacerantes… Erguem-se nas duas patas traseiras e atacam com as garras dianteiras, golpes geralmente de cima pra baixo em diagonal, capazes de, como sua contraparte, girar suas cabeças em 360 graus ou seja, ataques surpresa seriam impossíveis…

Reunindo suas forças e ira não descarregadas em WinterLess, o gigante impulsiona-se pra frente e o tempo volta ao normal! O movimento o tirou da linha de ataque enquanto a criatura rasgou o ar sem acertar nada, mas frações de segundos foram necessários tanto para o ataque do urso acontecer, quanto para o rolamento e contra-ataque de Grund, de punho direito fechado, atingindo exatamente a lateral da cabeça da criatura que ainda estava em posição do golpe de garras desferido! O impacto simplesmente retumbou pelo ambiente fazendo o monstro de mais de dois metros de altura direcionar-se para o lado junto com o golpe mas sequer conseguiu cair ao chão, uma vez que Grund encaixou na sequência um cruzado com a mão esquerda, atingindo o que seria a base do crânio do urso-coruja, o fazendo chocar-se contra o solo violentamente…

Grund-Tharg movimenta seus ombros como se estivesse se preparando para mais e então ergue o monstro que se encontrava bastante atordoado ainda, o colocando em pé contra uma rocha, esperando assim que ele atacasse uma vez mais e foi exatamente o que aconteceu enquanto um sorriso escapava pela boca do gigante selvagem com a atitude em acontecimento… Os dois então se colocam em rota de colisão e atacam, cada um com seu melhor golpe, por várias e várias vezes, Grund defendendo e contra-atacando e a criatura, se notava, completamente sem compreender o que acontecia ali… Eis que então com o punho direito fechado, Tharg desfere um upper ao queixo do monstro, o fazendo cambalear para trás vários passos e ficando, assim que conseguiu recobrar o equilíbrio à guinchar e ameaçar o bárbaro…

Satisfeito e já ofegante, o guerreiro selvagem acha que é o momento de acabar com a batalha e então avança correndo, se esquiva das garras do monstro e ataca o abdômen da criatura, se jogando por debaixo do mesmo e saindo às suas costas, momento esse em que apanhando a criatura pela parte debaixo dos braços do urso, o girou por três vezes, arremessando o mesmo para longe por entre às árvores e vegetações… Grund então mantém a posição de ataque e fica a observar o local, assim como todos seus aliados, e eis que o urso coruja surge, guincha e se afasta mata à dentro decidindo que não queria mais levar à frente aquele duelo…

Virando-se com um sorriso no rosto e visivelmente mais calmo e conformado, o selvagem se atira ao chão ofegante enquanto os demais desfazem suas posições de batalha, aproximando-se de Grund-Tharg… Jhon foi o primeiro à interpelar curioso com a situação… “- Entendo a necessidade de extravasar, mas depois de um combate tão intenso, apenas desistiram de lutar?” Akron com uma acrobacia perfeita aterrissando ao lado do grupo, ainda que respeitando a distância imposta pelo primeiro contrato entre os dois, complementa: “- Com certeza algo que não vimos… Algum detalhe, alguma situação acontece entre os dois e que nossos sentidos ou razões não perceberam… Conte-nos Grund, conhecimento é uma arma poderosa, diga-nos o que nós não vimos neste combate…”

O gigante ergue-se com um único movimento, retirando o resto de folhas, galhos e poeira que ainda estavam grudados em seu corpo, bem como algumas penas do urso-coruja, respondendo não em forma de afronta, mas em sua forma normal, afinal, nem tudo era motivo de raiva, estava de volta ao seu lar, onde ele dominava o ambiente e não os civilizados: “- O mais simples de tudo diabrete… Era uma fêmea… Estava protegendo seus filhos… Seu ninho deve estar próximo… Estava com tanto medo de nós, por sua prole, que nos atacou! Eu a fiz entender que não era uma boa ideia e a deixei ir embora cuidar dos seus…”

Jhon Raven reflete por alguns instantes, Nissa e Syndra olham-se como se dissessem “- Nossa, nunca teríamos cogitado isso…” enquanto Akron parecia anotar algo em folhas que ele tinha em mãos mas que antes pareciam não estar em lugar algum de sua indumentária… Aliás, todos percebiam naquele exato momento, seus pertences, os mais utilizados e importantes estavam agora em seus corpos… Mochilas, armas, rações de viagem, sacos de dormir, tochas, entre várias outras coisas, sendo que todos lembram-se claramente de não ter tido tempo de visitar seus cômodos na cidade antes de sair… Apesar da surpresa, Jhon iria comentar que deveriam seguir as regras de Grund no deslocamento uma vez que a floresta era sua velha conhecida, mas uma voz interrompia eles, trazendo algum alento e explicações à todos:

“- Senhores e senhoritas… É um prazer estar convosco novamente… Lady Betrayal disse que eu passaria todos os detalhes, então, aqui estou… ” A imagem reluzente e vigorosa de Wigferth, surgia por entre as folhagens, batendo palmas leves e tranquilizantes, enquanto exibia um sorriso confiante e caloroso, para logo em seguida fazer uma reverência curvando-se e passando a mão pela frente do corpo, sempre muito bem humorado… Antes que pudesse falar algo mais, as perguntas que haviam ocupado o grupo até a chegada do urso-coruja foram disparadas e sentando-se ao pé de uma árvore, o clérigo iniciou: “- Bom, existe o que pode ser dito e o que não pode ser dito… Existe também o que eu sei e o que eu não sei… Lembrem-se, sou apenas um servo de Luuthander não um dos dirigentes e o que me foi dito é… O que passou pelas muralhas e transformou os soldados em mortos-vivos, dirigiu-se diretamente ao centro de governo de WinterLess e tinha uma missão nefasta… Lady Betrayal convocou à todos que podiam enfrentar tal ameaça para confrontá-lo junto dela e, deixou a fenda por conta de vós, uma vez que o perigo de lá era real, apesar de menor, para a população… Assim que neutralizada a ameaça ao centro governamental da cidadela, Betrayal e os demais assumiram seus postos e os pouparam de mais desgastes, assim ela me disse… É plausível o suficiente para vocês?”

Todos assentiram positivamente, estavam acostumados à crer nos regentes porém Tharg ainda continuava de braços cruzados observando Wigferth como se esperasse continuar à ouvi-lo… O clérigo fica a observá-lo esperando que dissesse algo, como nada falou, ele prosseguiu: “- Assim como dito por Betrayal, seu material de viagem está pronto e em suas posses; também colocamos alguns extras que Laryana e eu preparamos para vocês! Sua missão é encontrar uma entrada extra ao Fosso destruído, localizar e recuperar a chave mística de dentro das ruínas e então seguir até a torre do feiticeiro Adramanter para obter a Esfera Dimension… Uma vez que se apossem dela, poderemos teleportar à todos para WinterLess novamente, pois localizaremos cada um de vocês por ela… Lembrando que em poucos dias a fenda começará à expelir mais criaturas das trevas e precisamos de vocês lá, ou seja… Mexam-se aventureiros, muitos dependem de vocês…”

Revisando seu material magicamente, Nissa era quem agora olhava de canto de olhos para Wigferth contestando: “- Se essa missão era tão importante porque deram à nós, relés ganhadores de tempo para os poderosos de verdade de WinterLess?” Jhon nada diz, mas sua expressão demonstrava sua insatisfação com a atitude tomada por Betrayal, estava claro que ele partilhava do sentimento de insatisfação de Nissa… Syndra, apanha uma maçã que havia trazido consigo, mordendo a mesma e limpando o rosto com a parte de trás da mão, enquanto ponderava: “- Proteger o povo e a cidade é um dever que juramos, mas temos orgulho, temos sentimentos… Não foi nada agradável ser tratado como massa de manobra Wigferth… Podemos não ser campeões, mas já enfrentamos muitas coisas…”

O clérigo meneia a cabeça com um sorriso e tenta acalmar os ânimos: “- Bom, eu não gostaria de ser tratado dessa forma, mas para que isso não aconteça, é necessário que nos igualemos em poder e capacidades aos que hoje são nossos líderes… Eu não consigo conjurar magias como o líder de nosso templo em WinterLess assim como ele próprio tem seus superiores… Não é agradável reconhecer isso mas, preciso dizer à vocês… O simples fato de terem dificuldade de reconhecer suas fraquezas e falta de poder diante de certas ameaças, só demonstra o quanto Betrayal estava certa em removê-los de lá… Sua falta de maturidade e de humildade para entender que assim como são poderosos existem outros muito mais, os faz demonstrar ainda um nível inferior de julgamento o que os impede de alcançar seu potencial máximo… Quando corrigirem isso, estarão aptos a não serem mais usados de tal forma, se bem que… Se me lembro corretamente, qualquer um de vocês Jhon, Nissa e Syndra, um ano atrás dariam tudo para pelo menos ser colocado em uma missão, no entanto hoje, ficam reclamando quando salvaram suas vidas os removendo de um combate ao qual não detinham capacidades ainda…”

O silêncio se instaurou e então Grund era o único que se mantinha de braços cruzados, encarando Wigferth, sem nada dizer… O clérigo novamente o observa, faz um gesto indagando sobre tal postura e completa com palavras: “- E você jovem bárbaro, o que tem à dizer?” Grund-Tharg então descruza os braços, começa a caminhar conclamando: “- A única coisa que posso dizer é que vocês civilizados perdem tempo demais falando, podíamos estar duas horas mais próximos de nosso alvo se não ficassem falando tanto… E então, terei de ir sozinho para os arredores do Fosso ou vocês vem junto tentar achar a tal entrada?”

O clérigo de Luuthander baixa a cabeça e sorri, os três aventureiros mais antigos, que já estavam constrangidos com as palavras de Wigferth, se sentiram mais ainda quando o mais displicente de todos os chamava à razão e o único que estava à frente ainda do bárbaro, era Akron, que curioso e se sentindo protegido diante do grupo, ia como que tentando ver as direções e paisagens antes que Grund passasse por elas… Wigferth então acena pra todos eles desejando sucesso e desaparece em meio à um brilho dourado como a luz do sol… Sem mais opções, o grupo inteiro se coloca em marcha, rumo às ruínas de seu último local de batalhas, o Fosso do Réptil, ou o que sobrou dele…

Pouco mais de uma hora haviam andado e já não era mais adequado seguirem o caminho sem trilhas com o manto da noite à cobri-los, todos concordavam com isso, então resolveram aproveitar uma clareira que surgia diante deles e ali preparar uma fogueira para aquecerem-se e ter alguma claridade sem custo de energia mágica, noite a dentro… Grund e Akron recolheram lenha, Jhon e Syndra se encarregaram do preparo do cervo que o bárbaro havia abatido minutos atrás para a refeição enquanto Nissa, erguia armadilhas arcanas ao redor do local, especificando alarmes mentais à ela, pela aura do que quer que passasse pelas trilhas mágicas que estabelecera no perímetro… Estabeleceram turnos de guarda à exceção de Nissa que precisava manter-se em repouso a fim de poder estar sincronizada com suas magias de alarme enquanto descansava e assim, a noite transcorreu sem maiores ressalvas…

No dia seguinte, mal raiava o sol e Jhon estava à chamar todos, pois havia movimentação de uma caravana por uma rota próxima, seria um bom momento para obterem informações e tão logo conseguiram erguer acampamento, seguiram rumo ao local mas, poucos minutos antes de avistarem a estrada e a caravana em si propriamente dita, gritos ecoaram pelo local e o som de batalha irrompeu pela floresta… Os aventureiros se preparam para intervir e até então sequer tinham ideia do que acontecia e para qual lado iriam atuar, porém um grito de criança atinge o ouvido de cada um deles, definindo de vez que quem quer que estivesse atacando crianças, seria o alvo do grupo aventureiro!

Como um estouro de manada os enviados de WinterLess corriam como nunca, embora suas diferenças, embora suas crenças e opiniões muito longe de compatibilidades, ambos tinham em seus corações, e isso era o que os unia, que atacar crianças era abominável e imperdoável! Segundos apenas foram necessários para vencer a distância e há poucos metros da estrada eles avistam o primeiro inimigo, um ogro, de clava na mão, tentando golpear um menino de mais ou menos sete verões, criança essa que tentava em vão se esconder… Um impulso poderoso, os olhos de Grund-Tharg brilham e seus músculos pareciam aumentar de tamanho enquanto um poderoso ataque de punho, com seu braço direito, acertava em cheio a nuca do ogro aterrador! Era possível ver que ele não estava sozinho, haviam mais ogros e junto deles orcs, buscando alimento para suas tribos como costumavam fazer em qualquer lugar por onde passassem!

O potente ataque do bárbaro furioso acabou por afundar o crânio do ogro de forme brutal, fazendo o mesmo deter seu ataque para logo em seguida dar passos desconexos e então tombar em convulsões, provavelmente por ter tido seu cérebro afetado no ataque! O bárbaro olha para o mesmo e sua fúria aumentou ao ver sangue escorrendo da boca do inimigo, sangue esse proveniente não do seu ataque, mas da última refeição da criatura, provavelmente a primeira criança que gritou… Tharg ergue seu pé e pisa com potência na cabeça do inimigo à esfacelando por completo enquanto buscava por novos oponentes, mas, a visão que ele tinha agora, apesar da fúria ainda dominar seu ser, era bastante reconfortante…

Syndra e Nissa, variando entre fogo, gravidade e gelo, trucidavam através de suas magias, com olhos que expeliam fúria completa, orcs e ogros conforme conseguiam, enquanto Jhon, sem expressar a raiva que os demais demonstravam mas empossado de uma seriedade que assustava até mais, ia dilacerando, trucidando, rompendo braços, pernas, troncos, decepando cabeças… Satisfeito com a visão, o bárbaro pode focar no ataque que o inimigo julgava que ele ainda não havia percebido... O machado do selvagem guerreiro risca o ar e a cabeça de outro dos ogros que se aproximava por suas costas voa pelos ares, não com um corte perfeito e preciso, mas com a brutalidade de carne e ossos rompidos sem qualquer cuidado… O sangue do ogro banha Tharg que se lança contra mais meia dúzia dos mesmos seres que vinham em sua direção e enquanto o grupo comedor de carne humana era completamente aniquilado, tentando aproveitar a única chance que talvez teriam, cinco orcs cercam o líder da caravana que com sua espada tentava defender todos que estavam sob sua proteção, homens, mulheres e crianças que apostavam suas vidas nas mãos daquele único ser que aparentava seus quarenta e poucos verões…

O homem por sua vez, aquele que conduzia a caravana atacada, rezava ao seu deus e pedia por um milagre que pudesse salvar não a ele, mas sua família, seus amigos e todos aqueles que confiaram em sua guia para chegarem ao novo povoado… De espada em punho ele se prepara para se lançar contra os cinco Orcs, porém, antes que ele fizesse qualquer movimento, um a um, cada um dos orcs começa à mover-se estranhamente... Eles largavam espadas e machados e gritavam, como se algo os estivesse causando dor e logo era possível ver seus sangues verdes e fétidos começar à escorrer de suas laterais, de seus pulsos, alguns tendo os calcanhares atingidos, como se algo ou alguém os estivesse atacando sem que pudessem ver... Alguns poucos segundos depois, os cinco começaram, um à um, diante da visão atônita de todos, ter seus pescoços cortados em golpes precisos, potentes e invisíveis, enquanto seus sangues jorravam fartamente devido ao ferimento aberto…

Os cinco orcs caem, o som de batalha se dissipa e em poucos instantes Grund-Tharg surgia diante deles calmamente, escorrendo sangue de ogros.... O bárbaro parecia bastante cansado inclusive enquanto os demais também chegavam, com Nissa sendo a próxima à surgir buscando se limpar do sangue verde dos orcs… Syndra logo em seguida chega igualmente observando à todos buscando por mais inimigos e Jhon, enquanto caminhava, movimentava sua espada de forma à remover de sua lâmina o sangue que considerava indigno devido suas atitudes… Eles detém-se diante dos assustados viajantes e é seu caravaneiro quem rompe o silêncio: “- Eu… Eu não sei o que… Aconteceu com eles, eu… Eu ia atacá-los e então…”

Grund é quem toma a frente, ainda ofegante e fazendo um gesto para a árvore como se convidasse alguém para vir... Nesse momento Akron pula da mesma, com duas adagas em mãos, banhadas em sangue verde demonstrando ter sido ele, o assassino dos orcs e salvador dos que ali estavam em completo pânico… Tharg coloca a mão sobre o ombro do aliado dizendo ao homem que segurava a espada: “- Meu amigo aqui não gosta de palcos e é digamos, exótico… Mas devem sua vida à sua furtividade e habilidade com adagas…”

Os assustados seres humanos entendem tudo que aconteceu, a maioria deles se coloca ao chão agradecendo e o caravaneiro, sem saber como agradecer tamanho feito, diz obrigado sem parar ao grupo que aos poucos, tenta acalmar a todos e tentar entender todo o ocorrido… O homem ainda de joelhos, é erguido por Grund-Tharg que o colocou de pé com extrema facilidade, enquanto fazia uma proposta aos seus salvadores: “- Não temos riquezas ou coisas valiosas para entregar por terem salvo nossas vidas mas… Temos ainda boa comida e precisamos de proteção para podermos reunir os que fugiram, enterrar nossos mortos e seguir viagem no dia seguinte… Me desfaço de qualquer orgulho e posso dar-lhes comodidade para passar o dia e a noite… Só para que possamos realizar nossas funções e então seguiremos viagem… Por favor senhores aventureiros, somente por um dia fiquem ao nosso derredor, se formos atacados de novo, seremos exterminados…”

Akron, embora sempre esperasse pelos demais foi o primeiro à se manifestar, talvez realmente pelo motivo que iria alegar, mas quem sabe ele estivesse tentando achar um jeito de poder impedir que mais crianças fossem mortas… “- Esses arredores podem conter uma entrada para o Fosso… Enquanto atendermos esse pedido, poderíamos investigar os arredores… Não iríamos perder o dia por ficar com eles, pois estamos muito próximos do Fosso…”

Nissa e Syndra acenam positivamente com a cabeça demonstrando que estavam dispostas enquanto Jhon se mantinha sereno, como se já tivesse tomado uma decisão mas esperava que seu aliado bárbaro, que encontrava-se já um tanto distante deles, pudesse dizer sua opinião antes disso… Colocando uma das carroças no lugar e removendo o corpo de um dos viajantes que se encontrava preso debaixo dela, o gigante com tristeza olhava o falecido, um adolescente, talvez entre seus quatorze a quinze verões… Ele fecha os olhos, observa os colegas e completa: “- Enquanto não tiver certeza que não existe mais nenhum deles aqui, eu não arredo o pé… Depois o capeta ali vai precisar de companhia pra investigar o Fosso… Eu topo!”

Jhon estende a mão ao caravaneiro do grupo e complementa: “- Eu iria pedir-lhe permissão para ficar com vocês pois como seguidor de Kellintor, minha obrigação é enterrar todos os corpos e encaminhar todas as almas, inclusive daqueles que os atacaram… Se isso não for um problema para vocês, nós estaremos aqui como solicitado até que possam partir… Não queremos nenhum pagamento ou tratamento especial, se tiverem informações à compartilhar sobre essa região, já será mais que suficiente..."

Todos os viajantes ficam imensamente felizes e começaram à trazer as crianças de volta para próximo das carroças, eram homens, mulheres, nem todos eram famílias de sangue, mas pareciam ser mais que isso, algo como um grupo em fuga… Em busca de ajudar, de obter respostas sobre sua missão e sobre eles, o grupo se dividiu e iniciou suas tarefas... Não muito longe dali, mais especificamente na cidade de Lua Elevada, um jovem aparentando seus vinte verões aproximadamente, trabalhava em um templo muito ensolarado e limpo, ambiente que parecia irradiar energias poderosas devido à claridade que detinha... Esse jovem, junto de outros com o mesmo aspecto e alegria no que faziam, era chamado por alguém que parecia acima dele na hierarquia, assim como demonstrava também ser mais velho, apesar de ostentar a mesma benevolência estampada em seu rosto… Assim que o jovem chega até ele e o cumprimenta, o mais velho o recebe com alegria e explica: “- Você foi convocado para uma missão meu irmão… Luuthander pessoalmente escolheu-te para seguir viagem em uma tarefa de suma importância… Está disposto à acolher esse desejo do senhor do amanhecer meu amigo?”

O jovem sorri alegremente e responde com determinação: “- Se existem seres à serem tratados e abençoados pelo bem que emana de Luuthander, eu partirei assim que me ordenar Mestre Jabart…” O homem satisfeito, sorri de volta e completa: “- Então venha comigo, vou explicar-lhe o que recebi do sumo-sacerdote e poderás partir o quanto antes... Kinseph!”

Galeria de imagens:

Um urso-coruja: Média de 2,10 metros de altura, peso de aproximadamente 200Kgs.

Em meio a pêlos e penas, essa criatura bizarra meio urso e meio coruja ergue suas enormes e afiadas garras e solta um estridente e estranho som de raiva. Sua ambientação é em florestas temperadas, possui instinto de caça aguçado e age geralmente na escuridão. A origem do Urso Coruja é um assunto debatido exaustivamente entre eruditos das criaturas monstruosas do mundo. Entretanto, a maioria concorda que em algum ponto no passado distante, um feiticeiro enlouquecido criou os espécimes originais cruzando uma coruja com um urso. Talvez como a prova de algum conceito insano sobre a natureza da vida, mas possivelmente apenas por loucura completa.

Curiosidades:
- Ursos coruja tem o olfato muito sensível e podem enxergar perfeitamente na escuridão.
- Apesar do tamanho, são silenciosos e furtivos.
- Ao contrário do senso comum, odeiam mel.

Rumores:
- Tochas e outras fontes de luz afastam ursos-coruja. Ou enfurecem eles, não lembro ao certo.
- Ursos-coruja fazem qualquer coisa pra proteger suas crias, mas nada os parará se elas morrerem.
- Goblins veneram ursos-coruja, e seus líderes lanceiros tem a honra de cavalga-los (até o monstro se cansar e devorá-los)
- Fadas adoram pregar peças em humanos, irritando ursos-coruja de propósito e conduzindo-os até vilarejos.
- Dríades podem adotar ursos-coruja como bichos de estimação. Boa sorte com isso…
- Criaturas sanguinárias que caçam para vingar seu mestre.

Orcs:
Os Orcs variam em aparência, com base na região e sub-raça, mas todos compartilhavam certas qualidades físicas. Orcs de todos os tipos geralmente tinham pele acinzentada, cabelo áspero, posturas curvadas, testas baixas, grandes ou pequenos corpos mas sempre musculosos, com faces suínas e caninos inferiores que se assemelhavam a presas de javali. Muitos também tinham orelhas de lobo pontudas nas pontas, semelhantes às dos elfos. Orcs, em sua maioria, apesar de poderem variar de tamanho, são mais vistos tendo como comparação, o mesmo tamanho que humanos e outros humanóides semelhantes, embora como já citado, mais robustos e musculosos.

A culinária orc era notoriamente desagradável para muitas outras raças. Alguns compararam o gosto de seus goulashes ao gosto da bota de um velho soldado. Alguns chegaram a afirmar que os orcs, de fato, usavam sapatos descartados em sua culinária.

Orcs se reproduziam rápido e viviam vidas curtas em comparação com a maioria das outras raças. Eles foram considerados adultos em qualquer lugar entre 11 e 14 anos de idade, meia-idade aos 17, velhos aos 23 e veneráveis ​​aos 35 anos. O orc médio raramente vivia mais de 40 anos, mesmo que conseguisse evitar uma morte violenta. Era inédito para um orc viver mais de 45 anos sem ajuda mágica.

Ogros:
Os ogros são tão lentos de raciocínio quando fortes de corpo. Eles vivem invadindo, saqueando e matando por comida e prazer. Um espécime adulto padrão tem entre 2,70 e 3 metros de altura e pesa aproximadamente 500 quilos.

Os ogros são notórios por seus temperamentos voláteis, que se inflam com a menor percepção de ofensa. Insultos e xingamentos podem despertar a ira de um ogro num instante – assim como roubar deles, esbarrar, apontar ou cutucar, rindo, fazendo caretas, ou simplesmente olhando pra ele de forma errada. Quando sua fúria é incitada, um ogro ataca, em um acesso de raiva frustrada, até que não reste mais nenhum objeto ou criatura para esmagar.

Os ogros comem praticamente tudo, mas eles tem uma preferência especial pelo gosto dos anões, halflings, humanos e elfos. Sempre que podem, eles combinam jantar com prazer, perseguindo vítimas correndo nas redondezas antes de comê-las cruas. Se restarem vítimas suficientes após o ogro ter se empanturrado, ele pode fazer uma tanga da pele de suas presas e colares de seus ossos restantes. Essas miscelâneas macabras são o ápice da cultura dos ogros.

6 comentários:

  1. Grande Lanthys!

    Mais um grande capítulo!

    Ser tirado da formaque ocorreu no capítulo anterior é , de fato, frustrante.



    Cada um a seu modo, demonstrou isso.

    Lady Betrayal teve seus motivos e a explicação do clérigo Wigferth foi técnica e plausível, mas não conseguiu aliviar a frustação sentida em maior ou menor grau por todos.

    A missão dada agora é voltar ao Poço do Réptil, ou o que sobrou dele.

    Acho que teremos surpresas nada agradáveis .

    Vamos ver .

    Após uma breve batalha de Grund com os Ursos Corujas , uma nova batalha com os Orcs .

    Akron é decisivo e mostra entrosamento com Grund.


    Eis que no final um grande personagem, que tive o prazer de ler essa semana aparece.

    Kinseph, o Guerreiro do Sol.

    E assim , os personagens desse maravilhoso universo RPG criado por ti, vão se encontrando.


    Fico na expectativa de aparecer Athena e o Hagen .


    Vamos ver onde o senhor Lanthys , o épico vai nos levar .


    Aguardo ansioso o desenrolar desse arco.


    Parabéns!



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    1. Grande Jirayrider, mais uma vez muito obrigado pela leitura, apoio, incentivo e parceria de sempre para com meus trabalhos, receber esses retornos, sempre me incentiva à continuar e melhorar, por isso, gratidão! Pois é cara, os personagens se sentiram daquele jeito, afinal, são guerreiros, a batalha é seu foco final e quando sentiram que estavam fazendo isso bem, que estavam alimentando suas vontades combativas, vem a Betrayal e remove eles da batalha... Então meio que tu te sente, descartado, usado, ainda para o Grund que o ápice da vida deles é, combate... Mas o Wigferth veio tentar apaziguar as coisas e se não trouxe a verdade, pelo menos trouxe algo que meio que diminuiu a frustração... Tharg uma vez que venceu alguém, se sentiu melhor e então conseguiu focar à frente e seguir para o próximo embate, embora seja o mais apaixonado por combates é o que menos tem grilhões à prendê-lo à qualquer coisa, então foi mais fácil pra ele sair da "fossa" e levar os outros consigo em seu otimismo... Sim, Akron é pequeno, curioso, ágil e sua grande vantagem, além da inteligência e acumulo de informações, é a furtividade... Como bem disse Norb em comentários anteriores, ele é o "ladino" da equipe e seu trunfo visto a pouca força, são os ataques precisos, invisíveis e diretamente em pontos vitais... E como eu tinha te dito, a ideia de continuar a usar esses personagens surgiu com teu pedido de que eles fossem trabalhados mais vezes além das OneShoots, então, eis que nosso clérigo Kinseph se prepara para entrar na trama e se unir-se à equipe, será muito útil uma vez que o grupo ainda não possui um curandeiro... Assim, preciso te agradecer por ter sugerido algo que o Norb já tinha sugerido também e eu não tinha encontrado meios ainda, seguir escrevendo sobre esses personagens, uma vez que eu estava focado no Grund... Agora sei como utilizá-los então, se prepare para grandes emoções, eu creio! Mais uma vez obrigado por tudo e por ser esse grande amigo e incentivador que sempre é, grande abraço cara! \0/

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  2. mais um excelente capítulo meu amigo!
    Adorei o começo com todos os membros do grupo, em graus diferentes, claro, muito putos com o modo com que a lady Betrayal os tratou e a solução foi igualmente bem bolada, com o Wigferth deixando claro os motivos de terem sido tratados daquele jeito e com o próprio Grund encerrando a conversa, já focado no presente, deixando para trás um passado que não valeia a pena ser remoído.
    Destaque aqui para a luta conta o Urso coruja, muito dinâmico e bem descrito, mais uma vez mostrando que o bárbaro não é apenas um selvagem qualquer.
    A cena da proteção da caravana ficou impecável, aodor o modo como heróis, sejam eles mais ou menos heróicos, ficam focados quando se trata de crianças em perigo, sempre me animo pacas nessas horas.
    E como é bom ver aqueles que ferem os pequeninos se ferrando, um massacre muito bem descrito, dando aquele gosto de "bem feito seus pulhas" para os leitores.
    Um ótimo gancho ao final, vejamos o que Kinseph trará para as histórias. Aguardo ansioso!
    Os extras sobre as criaturas a história ainda mais perfeita.
    Parabéns por mais um capítulo sensacional meu amigo!

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    1. Meu amigo Norberto, mais uma vez gratidão pela leitura, apoio, incentivo e puxadas de orelha quando o assunto é melhorar e criar mais e mais textos, se hoje estou indo bem, são atitudes como essa que me levam à frente, por isso, e por sempre estar à postos para ler meus textos, o meu muito obrigado! Então, eu precisava narrar essa parte adequadamente, me lembro que quando jogamos essa cena em mesa, ficou todo mundo assim "tá, péra, que é isso? Fomos só bucha de canhão? Boi de piranha? Sério mesmo que a regente toda certinha fez isso?" e depois com o andar da carruagem e o seguir da trama, a gente descobriu os motivos dela... Eu usei uma mescla de várias coisas que descobrimos mais pra frente para as explicações e existem verdades e mentiras ali, mas, basicamente para o momento atual, dos personagens e da trama, é o suficiente, então fico contente que tenha sido bem recebido... Quanto ao Grund, ele é um selvagem, como tal, muito simples no quesito "emoções", ou seja, tem algo incomodando, resolve, resolveu, tá feito, bola pra frente, sem ficar remoendo nada... Ele saiu frustrado por terem tirado o combate dele, então combateu o urso-coruja e então, tudo certo, vamos pra missão... Essa simplicidade dele vem para balancear a rigidez de Jhon e a complexidade de Nissa e Syndra... E em breve, a lógica de Akron vai ajudar e muito nessas decisões, então, espero que tudo que tenho bolado aqui, case perfeitamente e tenhamos uma boa saga pela frente! Quanto a batalha com o urso-coruja, era algo mais de força e resistência mesmo, quem soubesse se mover e contra-atacar melhor e mais forte, vencia... A mamãe urso só queria proteger os filhotes e Grund, como bom selvagem entendia isso e respeitava esse tipo de situação, muito mais que as várias situações da vida civilizada... Achei que cabia bem pro estilo dele, fico contente de ter acertado a mão! Sobre a caravana, na hora que eu tava escrevendo a parte de como eles iriam decidir para que lado agir, eu lembrei de ti falando que sempre que uma criança é ferida, isso te deixa claro o que deve ser feito e pensei em adaptar isso pra cena, uma vez que seria uma maneira fácil e rápida de determinar o lado à ser combatido sem precisar explicar o porque, então, vai meu muito obrigado por uma dica valiosa para a minha escrita, sem falar que concordo e muito que quando crianças estão envolvidas e temos a oportunidade de fazer algo, até mesmo com um personagem fictício, isso nos faz um bem danado... Quanto ao gancho, tu tinha pedido algo similar quando leu Hagen (ou Laguna, não lembro), logo depois Jirayrider pediu isso também, assim, achei que seria uma boa maneira de unir o útil ao agradável e deixar a trama mais complexa e mais rica... Espero que eu continue acertando a mão, mais uma vez muito obrigado pela leitura, pelo comentário perfeito e pelo incentivo que tanto um quanto outro gesto traz para meu humilde trabalho! Grande abraço Norb, valeu cara! \0/

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  3. Outro episódio de alto nível deste universo RPG do Sr Lanthys!

    Meus mais sinceros parabéns!

    Gosto bastante da personagem Lady Betrayal. Ela soa arrogante para mim muitas vezes. Um pouco enigmática. Acho que ela esconde más intenções. Porém, assume um papel de liderança curioso e todos de certo modo a temem. Suas decisões são pouco questionadas por todos por isso. Se eu estiver viajando, pode me dar esporro. Enfim, a meta agora é retornar ao bendito poço (ou o que restou deles) e encarar as aventuras e mistérios que os aguardam.


    Destaco a batalha de Grund com os Ursos Corujas. Putz, foi curta mais intensa. Mano do céu. Você está mandando muito bem em todas as descrições que faz. Maravilha! E, o confronto com os Orcs segue agudo também.

    Faço coro com o que disse Jirayrider: Akron é decisivo e mostra entrosamento com Grund! Achei inicialmente que seria uma união fadada a crise. Mas, parece que os dois vão se acertar! Muito bom isso, meu amigo! Aguardo mais supresas!


    Agora o que quero mais parabenizar é: a colisão de personagens do seu Universo RPG! Ainda bem que você fez a postagem do insta me trazendo a lembrança de: Kinseph, o Guerreiro do Sol. Eu nem lembrava mais que tinha lido e comentado nele. Risos. Foi bom pois reli. Acho que foi uma estratégia sua de Marketing. kkkkk. Se foi funcionou, saiba disso!

    Brincadeiras a parte, posso te dizer que te vejo aqui fazendo algo similar ao que Norberto fez em Domínio Mítico: diferentes vertentes em um Universo e que podem, eventualmente, colidirem de modo arrebatador. Plot Twist na certa!

    Só posso parabenizar você por mais esse trabalho lindo! Sinto-me honrado por ler tais linhas sábias, meu amigo! OBRA DE ARTE!

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    1. Artur meu grande amigo, que honra receber mais um comentário teu e esse, foi um comentário de porte sem igual, eu confesso que fiquei muito, mas muito empolgado mesmo com tudo que tu falou! Vamos ao comentário em si, a Lady Betrayal, na trama original é um personagem muito complexo, ela tem outro nome no cenário real que não posso e não quero usar para evitar insatisfação da parte de leitores que conheçam o universo e possam argumentar que ela não faria isso ou aquilo, então pra evitar ferir esses leitores e os personagens que eles amam, mudei para Betrayal, mas como disse, ela é complexa e no próprio RPG tu nunca sabe o que ela tá pensando de verdade... Poderosa, com passado misterioso, guia a cidade com maestria e seu poder é descomunal, muitos temem ela mesmo como bem dissestes, mas ao mesmo tempo, ela segue deuses que não dariam poderes à um personagem que não tivesse bondade o suficiente e ela detém esses poderes ainda... Isso, supostamente garante sua bondade, então realmente é difícil falar algo sobre ela, apenas, a gente vai avançando e vendo o que pode ser feito... Mas sem dúvida ela é um dos personagens mais complexos e mais cheio de opções do cenário! Grund versus urso-coruja foi algo pra mostrar o Grund em ação assim como apresentar mais criaturas, apresentar um pouco mais das capacidades do bárbaro, como o selvagem que é, sua ligação com a natureza é poderosa e ele tem ainda muitos outros dons não despertos... Principalmente dentro de sua área, a Floresta Enluarada, ele conhece quase tudo sobre quase todos os personagens e por isso, estando nesse nível, ele se destaca e muito e claro, quis mostrar que ele não é nenhum maníaco assassino, assim como a natureza, ele se defende e só ataca se necessário for... Akron e Grund é uma parceria que existia ainda na mesa de RPG, André e eu tentamos sincronizar essa cumplicidade diversas vezes porém, na mesa, temos o dado como definição de "conseguiu ou não conseguiu" e muitas das tentativas se tornavam fracassos, já numa narrativa, o dado não existe e posso fazer tudo funcionar, e o resultado é tão bom quanto André e eu tínhamos imaginado pra campanha, fico feliz que tenha curtido! Sobre a colisão de personagens, não foi estratégia de marketing kkkkk, mas, acabou caindo muito bem, pois os textos vieram à tona e estavam ali esquecidos... Jirayrider sugeriu o retorno de mais textos deles, Norb idem, e eu com eles sem utilidade, então pensei, cara, vamos atender todo mundo e incrementar a saga, afinal, os personagens estão prontos já, só inserir eles no universo que estou propondo e tudo vai ficar mais completo e mais integrado, ou seja, tudo veio na hora certa e creio, será muito bem vindo, até porque Kinspeh é um clérigo curandeiro, e a equipe ainda não tem alguém para curá-los durante os combates, com a adição de Kinseph, a equipe se torna mais poderosa e temos alguém de personalidade totalmente bondosa no grupo, o que vai dar um equilíbrio bem legal eu creio! No demais, só posso agradecer e dizer que estou muito feliz com esse retorno e com esse comentário por demais poderoso e incentivador, fico muito feliz com tuas palavras, gratidão pelo apoio sem fim que sempre me trazes, grande abraço e muito obrigado cara! \0/

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