Nota: O presente capítulo não é indicado para menores de 18 anos! O mesmo contém muitas falas e cenas de cunho sexual ou baixo calão, pois compõem o personagem retratado dentro do contexto apresentado. Se por ventura se sentir constrangido ou não concorda com tal tipo de texto, não recomendamos a leitura.
O dia começava a clarear uma vez mais, Kinseph e Jhon Raven, como se fossem despertados por algo, acordam simultaneamente segundos antes dos primeiros raios de sol banharem a margem do penhasco onde haviam passado a noite… Os dois, cada um à seu modo, reverenciam o nascimento de um novo dia. Jhon em preces elaboradas de forma polida e respeitosa em intenção à sua divindade, enquanto Kinseph, mais parecia se banhar em uma chuva imaginária, de braços abertos sentindo o calor da luz do sol à tocar-lhes… Mas algo entre os dois conjuradores divinos era semelhante, o tempo que dedicavam à fazer preces por suas divindades, ambos ocupavam pelo menos um hora do amanhecer para tal e só então se permitiam iniciar os demais afazeres, principalmente estando entre aliados como era o caso…
Syndra, Akron e Nissa continuavam a dormir, mas o cheiro de comida quente e saborosa invadia o acampamento fazendo com que finalmente os dois conjuradores prestassem atenção ao fato de que Grund não estava deitado junto dos demais no local onde dormiram, mas sim, distante alguns passos junto de Patas de Ferro e os demais cavalos que haviam, como o bárbaro falou, contornado o desfiladeiro e chegado até eles outra vez… O jovem Tangdarth oferecia água e alimento aos animais e acariciava todos eles conforme ia passando de cavalo em cavalo, era nítido que apesar da falta de palavras, o selvagem agradecia a cada um deles pela missão bem cumprida! Tharg então percebe Jhon e Kinseph a observá-lo e vai em direção aos dois, demonstrando estar bastante satisfeito com tudo…
“- Viram só? Eu disse que eles conseguiriam… São bons animais… Corajosos e vigorosos… Como bons bárbaros!” Grund-Tharg estava radiante, em seu íntimo parecia que muita coisa havia mudado em seu modo de ver o mundo, mas o fato de ter através de uma atitude totalmente caótica, conseguido ajudar todos a sair da situação terrível em que se encontravam no dia anterior e ainda terem conseguido manter suas montarias e suas vidas, o deixava extremamente feliz consigo mesmo… Muita coisa ainda havia para ser pensado sobre tudo que houve e sobre como ele encarava as divindades agora, mas ele sabia que algo havia mudado em si apesar de seu modo de vida selvagem…
Jhon e Kinseph, principalmente o jovem clérigo, estavam igualmente felizes e cumprimentando Tharg por tudo que havia acontecido e enquanto se dirigiam ao centro do acampamento para servirem-se do cozido que borbulhava ao fogo, eles observam que os demais erguiam-se sonolentos, indo em direção à fogueira também e, a primeira notícia chocante do dia chegava… Grund-Tharg era quem tinha preparado a refeição! Entre zombarias e deboches de que, alguém do tamanho e modos do bárbaro seria incapaz de cozinhar algo ele berrava alegremente: “- E POR ACASO COMERÍAMOS COMO SEM COZINHAR? QUALQUER BÁRBARO SABE PREPARAR ALGO PRA COMER!” Seguiram-se as risadas, explicações, conversas e muito entrosamento do grupo, todos se serviram e impressionaram-se com o resultado final da refeição!
O sol se tornou alto, o acampamento estava removido e os cavalos prontos para seguir marcha, mas todos concordaram que evitariam galopar rápido uma vez que os animais fizeram longo trajeto para voltar até o local! Antes de partir, apenas precisavam definir a rota que seguiriam, e a cidadela de FerrBahrr, onde poderiam descansar em segurança e reabastecer para mais alguns dias de viagem, era o alvo traçado naquele momento!
“- O trajeto até lá nos dará pelo menos um dia de cavalgada lenta… Com algumas paradas pelo meio do caminho, podemos ir recuperando o fôlego dos cavalos e quem sabe chegamos antes do anoitecer por lá…” Grund-Tharg explicava seu ponto de vista enquanto terminava de preparar Patas de Ferro, sua montaria, para a viagem! Os demais, conhecendo pouco a região se limitaram a concordar com o plano do selvagem, tanto pela confiança adquirida em sua capacidade de os guiar pelo terreno, quanto por ser ele dentre todos ali naquele momento, o que mais conhecia a região, seus caminhos e seus perigos! Desta forma, ambos montaram e finalmente partiram, em busca de mais um avanço em sua jornada!
A cavalgada felizmente fora tranquila, cruzando por extensos trechos da floresta o grupo visualizou diversos tipos de criaturas, a grande maioria ignorava os aventureiros, outros mais selvagens fugiam ao confirmar a presença dos mesmos… Como queriam poupar os cavalos, tão logo o sol atingiu quase o centro do céu, pararam à beira de um lago onde os animais beberiam e descansariam por pelo menos meia-hora, mas Akron, um tanto receoso visto o que já haviam passado, questiona: “- Tharg… Tem certeza que não seremos atacados por aqueles monstros de novo? É seguro nos determos neste ponto da floresta?”
O selvagem desce de Patas de Ferro, dá um tapa leve em sua garupa e o mesmo segue em direção ao lago, sendo seguido pelos demais cavalos, tão logo os outros foram descendo de suas montarias! Somente então o bárbaro responde: “- Essa floresta é protegida por druidas poderosos e tão antigos quanto estas próprias terras… Aqui a vida selvagem se respeita, pelo menos nessa área… Mais em frente, ponto que atingiremos mais para o meio da tarde, passaremos por locais de caça, onde os druidas permitem a ação de caçadores mas não dos monstros… Eu não saberia explicar direito, é uma coisa complicada essa visão dos druidas mas, a natureza não tem bem e mal, ela é neutra e a vida segue apenas como deveria ser… Descansemos, aqui estamos sob proteção de aliados… Ah… Não maltratem nada, isso ativa a ira dos druidas… Ninguém quer bater de frente com um druida furioso…”
Tharg se senta ao lado de Patas de Ferro à beira do lago e enfiando a cabeça para dentro da água, bebia o precioso líquido com vontade e satisfação… Os demais apenas se olharam e então se aproximaram do lago bebendo e enchendo seus cantis e, talvez inspirados pelas atitudes de Tharg, Nissa e Syndra já tocavam e acariciavam suas montarias igualmente, iniciando um elo entre cavalos e cavaleiros que talvez jamais tivesse sido despertado sem as atitudes atuais de Grund-Tharg…
O grupo fica debaixo das árvores, muito próximo ao lago e aos cavalos, conversam algumas frivolidades, da refeição feita por Tharg, da fuga do Carnozzard e da grande missão que ainda tem pela frente… Uma maçã caída ao chão chama a atenção de Akron que pega a mesma e pensa em levá-la a boca porém, lembra-se das palavras de Tharg e se detém, considerando que poderia estar afrontando ao druida que permitiu sua estadia ali… No entanto, uma voz carregada pelo vento sussurra em tom audível a todos: “- As maçãs caídas são ofertas da floresta àqueles que a respeitam… Podem comê-las…”
Akron, Nissa e Syndra buscam pelo foco da voz, Tharg apenas sorri sem sequer se mover de onde estava, Kinseph acena positivamente como se agradecesse ao invisível e Jhon continuava sério, a observar a copa das árvores… Sendo questionados pelos três se não haviam ouvido a voz, era Jhon quem tomava a palavra: “- O druida responsável por esta floresta, conectado à natureza nos observa a cada segundo… Ele leu sua intenção de comer a maçã Akron, mas mais chamou-lhe a atenção, o seu pensamento em não tomar tal atitude, de se preocupar com a permissão para tal ato, uma vez que se lembrou do aviso de Grund-Tharg… Seu respeito, mesmo que talvez por receio, fez o protetor considerar a atitude e permitir nossa alimentação…”
Kinseph acenava positivamente com um sorriso, completando: “- Se trilharmos o caminho correto, sempre teremos ajuda dos bons aliados… As florestas são os lares dos druidas que por sua vez são os protetores das florestas… Respeite as leis e pedidos dos druidas e a floresta o ajudará sempre… Mas é importante lembrar das palavras de Tharg, a natureza não tem bem ou mal, ela é neutra, para atingir seus objetivos, ela faz qualquer coisa, inclusive varrer quem estiver a impedindo… Bem mais do que apenas florestas e animais, a natureza também é ventos, incêndios, terremotos, a natureza não escolhe lados, ela faz o que precisa fazer, estejam sempre atentos…”
Akron então mais tranquilo come a maçã, Nissa e Syndra seguem sua atitude observando novas maçãs que caíram da macieira próxima deles e Kinseph também se delicia com uma delas… Grund por sua vez apanha uma das grandes e arremessa para Patas de Ferro que abocanhou a mesma com vontade, dando exemplo aos demais cavalos que foram em busca de maçãs que caíam em quantidade suficiente para todos, demonstrando uma ação diferente da que conheciam, agindo naquele local…
O grupo então decide retomar jornada, montam seus cavalos e começam a saída, enquanto cada um à sua maneira, agradecia à estadia segura proporcionada pelo druida protetor do local ao qual não viram ou conheceram, mas já respeitavam pela ajuda fornecida… Enquanto seguiam à passos lentos, Akron era quem comentava agora, ainda impressionado: “- Eu já tinha visto falar sobre os druidas mas acreditei que eram mais fábulas que realidade... Me disseram… Akron, imagine um idoso inofensivo na floresta que de repente se transforma em um urso de mais de três metros de altura, ou uma elfa crescida na natureza que manipula o terreno ao seu redor, ou ainda um drow que manipula os fungos e reanima criaturas por alguns instantes... Druidas entendem e respeitam a força da natureza, o mundo natural e a vida em si são o foco principal de um druida, podem ser desde o animal mais minúsculo até o mais forte e poderoso. Usam a fúria e a energia da natureza a seu favor e alguns inclusive focam seus poderes na tênue linha entre a vida e a morte. Além disso, eles não deixam de ser conjuradores igualmente, pois tem acesso a um arsenal grandioso de magias de diferentes escolas e é através delas que conseguem manipular o terreno, curar e fortalecer seus aliados ou a si mesmo, manipular a natureza para causar dano a seus oponentes e muito mais. Mas eu confesso que não estava preparado para sentir isso tão verdadeiro como senti agora…”
O grupo seguiu mais alguns metros em cavalgada tranquila, a conversa girava em torno das capacidades e poderes que um ser desta classe detinha e com exceção de Jhon que sempre se mantinha calado na maioria do tempo e de Tharg que os guiava e controlava o terreno em que seguiam, todos estavam admirados com as capacidade de tais seres… Percebendo o bem-estar das montarias, Grund-Tharg sugeriu que acelerassem o passo para cruzar o território de caça bem antes do sol começar a completar seu ciclo, pois poderiam ter que perder algum tempo ali dependendo do que encontrassem na cruzada… Os cavalos foram incitados a aumentar o ritmo e como verdadeiros corredores eles se puseram em marcha vigorosa permitindo que ganhassem muito espaço em poucas horas até que finalmente atingiram os territórios de caça, onde sob recomendação do bárbaro uma vez mais, voltaram a diminuir suas marchas…
“- Daqui pra frente, estejam atentos… Os druidas não interferem na caça deste ponto em diante e os seres que aqui andam também estão caçando… Monstros e abominações não entram neste terreno sagrado, mas às vezes, os piores monstros estão em pele de cordeiro…” Era Grund-Tharg que seguia à frente observando tudo e conduzindo os colegas… Jhon Raven estende sua mão direita à frente à mantendo espalmada para assim usar de uma de suas habilidades especiais e, após algumas buscas ele completa: “- Realmente não há maldade nessa floresta… Estamos livres de criaturas mal-intencionadas, mas jantar nunca foi considerada uma má intenção… Estejamos atentos como diz Grund-Tharg…”
O grupo segue mais alguns minutos em cavalgada lenta até que Grund-Tharg ergue o braço fazendo todos deter suas montarias, descendo logo em seguida o selvagem, do dorso de Patas de Ferro, se colocando à frente do grupo, em pé, apenas observando… Suas narinas abriam e fechavam lentamente, farejando o ar, buscando por algo que na expressão do bárbaro, ele sabia exatamente do que se tratava mas talvez, precisasse localizar… Grund sorri, um zunido rompe o silêncio e o gigante estende a mão capturando uma flecha que visava o grupo logo atrás do bárbaro… Sem nenhum esforço ele aperta a mesma e a quebra com a mesma mão para logo em seguida sentenciar: “- SE ACHAM RENEGADOS MAS ATACAM SEM MOTIVO À DISTÂNCIA PRA SE PROTEGEREM… ESTÃO SE BORRANDO FEDELHOS?”
O grupo de aventureiros que acompanhava o bárbaro nada entende, se olham entre eles buscando se alguém havia compreendido algo até que, como que em resposta, cinco jovens descem das árvores pousando diante de Tharg… Todos sem exceção apresentam vestimentas, armamentos e aparência de selvagens, porém, muito mais jovens do que todos que o grupo pelo menos já tinha visto… Os aventureiros nada questionam apenas observam e ficam em prontidão, enquanto Grund-Tharg e o jovem que estava à frente dos cinco, aparentemente o líder do grupo empunhando uma espada bastarda rústica, se encaram por segundos e eis que Tharg novamente se pronuncia: “- A líder de vocês está se borrando tanto assim para não descer aqui?”
O mais jovem faz expressão de fúria com as palavras proferidas e avança contra Tharg, que como um relâmpago se abaixa, desvia do golpe desajeitado da espada rústica, apanha o jovem pela parte de trás da roupa, tão logo ele passou em carga por Tharg e o atira de encontro aos outros quatro de volta, tomando postura novamente e com expressão agora, nada amistosa, berra: “- TENHA RESPEITO SE NÃO TEM HONRA PIRRALHO FEDIDO!”
O grupo de caça ajuda o jovem a se erguer novamente e ainda furioso, era o próprio jovem derrubado que berra com Tharg: “- QUEM TU PENSA QUE É PRA QUERER IMPOR RESPEITO SEU VELHO DE MERDA!” Grund então se aproxima do grupo, o grupo se prepara para combater e o gigante chega à frente deles encarando o jovem que acabara de gritar com uma expressão mais que intimidadora… O silêncio se instaura por alguns segundos, o grupo de aventureiros apenas observa sem ter coragem de se envolver por não compreender do que se tratava, até que Grund baixa a cabeça, suspira e olhando para o jovem novamente completa: “- Seus bosta de cabeça quente, não tem ideia do que é ser livre… Tá certo… Como bons Tangdarth, só respeitam a força então... Vem pro pau…”
Tharg recua cinco passos e fica parado esperando… Ele gesticula para que eles venham e aguarda… O grupo se olha, pondera, fica nervoso e então o berro do selvagem explode: “- ANDA LOGO SEUS PROJETOS DE MERDA!” O mais jovem se enfurece com as falas de Tharg novamente e avança atirando sua espada ao chão, os demais ganham coragem e seguem o exemplo, atacando em conjunto…
O primeiro a chegar recebe um soco no nariz e é arremetido com o impacto contra o segundo, chocando sua nuca ao nariz do aliado, caindo ambos engalfinhados ao chão, com seus narizes vertendo sangue! O terceiro se assustou com a cena dos dois primeiros, os observou se chocando inclusive, mas ao lembrar-se que Tharg estava diante dele, mal teve tempo de olhar e rodopiou pelo ar com o impacto do braço estendido à sua frente e na altura de seu peito, que travou sua trajetória e o fez cair de cara ao chão! O quarto tentou frear e interromper a carga diante do fracasso, mas recebeu uma bofetada com a mão direita de Tharg aberta, no lado esquerdo do rosto que o fez rodopiar lateralmente e cair ao chão estatelado com o lado direito do corpo enquanto o quinto, sem sequer ter planejado como atacar seu oponente, deixou a guarda aberta e recebeu o impacto certeiro e potente do pé direito do bárbaro em meio ao seu peito, o que o arremeteu de volta de onde tinha saído inicialmente, caindo de costas ao chão, quase sem ar! Em resumo, bastaram segundos para que os cinco estivessem ao chão com os narizes e bocas ensanguentados, aglomerados novamente onde estavam inicialmente, pois Grund-Tharg ali os amontoou outra vez…
O bárbaro então coloca as mãos à cintura, vira o rosto para o lado em reprovação e finalmente falando com os aliados explica: “- Juventude Tangdarth… Jovens guerreiros que se afastaram dos ensinamentos dos xamãs, desejam as riquezas dos civilizados e decadentes… Eles acham que isso é liberdade, tomar posse de tudo aquilo que lhes tenta as ideias e saem por aí, arriscando suas vidas e pelo visto, atacando sem necessidade…”
Grund então olha para o topo das árvores e completa, bastante desolado: “- Confesso que não esperava te ver entre eles… Albânia…” Um movimento logo pode ser sentido entre as copas das árvores e então uma jovem de cabelos ruivos e preparada para o combate até na expressão, pousa diante de todos, encarando Grund-Tharg e rebatendo: “- Preferia então que eu estivesse ainda correndo atrás de ti enquanto tu te deita com as primeiras cadelas que aparecem em teu caminho?” Grund baixa a cabeça e fica pensativo, ao passo que Albânia gesticula e continua: “- Quando despertei, soube que tu e teus amigos nos salvaram, mas… Tu sequer fostes me ver… Desaparecesse, nunca mais perguntastes por mim… Então, como nosso aventura foi na verdade um grande nada, busquei aventuras de verdade pelo mundo à fora… Algo a dizer sobre isso poderoso Grund-Tharg?”
O gigante vira-se surpreendendo a todos, muitos poderiam até cogitar que ele se calou diante das verdades ditas pela jovem, mas assim que montou em Patas de Ferro, o selvagem começou a cavalgar lentamente e quando chegou do lado de Albânia, deteve o movimento de seu corcel, apenas elucidando: “- Não deu tempo de nada.. Mal vocês voltaram e precisamos sair nessa missão que ainda estamos… Mas tens razão… Somos guerreiros, cada um busca suas aventuras como melhor lhe convier… Eu encontrei algo pelo qual vale a pena arriscar minha vida e até mesmo ser tratado como inimigo por ti… Se o que fazes agora com esses pirralhos vale suas vidas, continuem… Um dia a vida vai bater na cara de vocês e entenderão o tempo que estão perdendo… Uma única ressalva… Não se esqueça que Goryn não sou eu, ele merece teu respeito… Boa liberdade Albânia!”
Grund-Tharg segue em frente, a jovem fica remoendo as palavras ditas pelo bárbaro e não ousa olhar para ele enquanto se afasta… Os demais, incitados por Kinseph que começou a seguir o bárbaro, avançaram, lentamente tal qual Tharg e logo que tomaram alguma distância, o grupo novamente acelerou o passo, deixando os jovens Tangdarth em meio à floresta a tratar ferimentos e talvez, os ferimentos que mais estariam doendo para tratar, eram as palavras…
Cavalgaram por algumas horas rumo a esperada cidadela FerrBahrr, o trajeto ainda se estendia diante deles e viam o sol despontar de um quarto de céu para a linha do horizonte… A floresta havia se modificado um pouco, árvores pareciam estar sem vitalidade, plantas não pareciam ter vigor para formar uma floresta era como se algo impedisse o crescimento natural da vegetação ou... As estivesse matando aos poucos… Grund deteve o movimento do grupo novamente, desceu de Patas de Ferro e observou tudo… Agachou-se, apanhou um punhado de terra e a cheirou… Por alguns instantes ficou em silêncio e logo avistou uma lebre em meio à uns arbustos que parecia não ter forças para se manter em pé… Usando de sua capacidade de comunicação recém adquirida, Grund tenta acalmar o pequeno animal e o segura, no intuito de pedir à Kinseph que o ajudasse, mas o clérigo já estava junto dele muito antes de ser chamado e com cuidado, ministrou energias curativas no pequeno animal moribundo…
Enquanto o grupo - com exceção de Tharg e Kinseph - se mantinha montado, Jhon Raven parecia estar captando algo, como se sentindo alguma coisa que já conhecia… Com passos lentos ele vai avançando e eis que novamente um vento surge pelo local, como se assobiasse, surpreendendo a todos por novamente a carregar uma voz: “- A morte vigia este trajeto…” Jhon sem olhar para qualquer lado, apenas acena em concordância com a cabeça e desce de sua montaria, tomando a frente de grupo desta feita, pedindo logo em seguida que Kinseph se aproximasse dele, o que foi prontamente atendido, ouvindo então o clérigo a constatação do Kellintorita: “- Sabes o que estamos a enfrentar aqui não é mesmo?”
O clérigo por sua vez acena positivamente e responde: “- E não são poucos… Sinto a presença de uma velha masmorra aqui próximo de onde eles estão vindo… É um domínio conquistado por eles, por isso a vegetação e os animais sentem a ausência de vida e começam a perecer… Diga-me como posso te ajudar e vamos agir antes que o grupo realmente fique em perigo…” Jhon Raven então explica sua estratégia ao clérigo, que então retorna ao grupo e pede que todos se aproximem dele: “- Estamos em área de mortos vivos… Uma cripta esquecida está à direita de onde estamos e os soldados entre dois mundos estão vindo… Preciso que fiquem próximos a mim, pois irei criar uma barreira que nos protegerá enquanto nosso amigo Kellintorita irá cuidar deles…”
Grund-Tharg foi o primeiro a querer contrariar a decisão do clérigo e se preparava para ir para junto de Jhon Raven, mas o mesmo não se encontrava mais onde antes estava há segundos atrás… Kinseph observa Tharg e explica, tentando obter o apoio do selvagem: “- Jhon tem a capacidade e o dever de lutar contra tais criaturas, não tente tirar dele o que ele mais honra em fazer… Espere sua vez de agir como todos nós temos esperado a nossa, tal qual temos seguido sua guia até aqui meu amigo… Confie em Jhon, ele sabe o que faz…”
O bárbaro não concorda, não acha correto, não deseja ficar parado enquanto soldados esqueletos começam a surgir do meio das árvores, mas agora existe entre eles algo mais que a individualidade, Tharg respeita seus aliados e resolve acatar o pedido de Kinseph, que então acena positivamente agradecendo, abre seus braços e clama por Luuthander conclamando: “- Círculo de Proteção contra o mal!” A redoma de energia dourada cobre a todos, inclusive as montarias e logo os esqueletos aparecem pela borda da mata, marchando com sofrimento, em tropeços e desestabilização total, ainda assim macabros, assustadores, malignos e empunhando armas igualmente mortas, seguindo em direção ao grupo protegido!
Dentro da redoma todos preparam seus golpes - com exceção de Kinseph que mantinha a barreira - e ficam prontos para lutar, mas tão logo todos seres abomináveis adentraram a estrada de terra e estavam aparentemente prontos para avançar, um clarão brilha acima dos esqueletos, ofusca os olhos dos aventureiros e o brado de Jhon Raven ecoava pelo local: “- KELLINTOR! DESTRUIÇÃO DE MORTOS VIVOS!” O kellintorita desce como um raio ao centro do grupo inimigo que com certeza beirava dezenas de integrantes e simplesmente, cravando sua espada sagrada ao chão e espalhando o ataque devastador em forma de ondas de energia luminosa, desintegra com todos eles em uma explosão de luz sagrada e agressiva, restando apenas pó e pedaços de armamentos e armaduras apodrecidas voando pelo ar…
Dentro da redoma, os olhares e sorrisos de todos foram o primeiro resultado ao ver a vitória impecável do seguidor do senhor da morte, mas um som inconfundível se fez ouvir por detrás do grupo sem dar espaço para maiores comemorações… Todos buscam a fonte do barulho, Jhon olha atemorizado a fonte daquele réquiem da morte e sabe, não chegaria a tempo nem teria sua magia recarregada em condições de repetir o feito em tão poucos segundos! É então que, surpreendendo a todo o grupo novamente, era Kinseph quem direcionava seu olhar intimidador aos arremedos de vida e como um raio passou pelos integrantes do grupo de aventureiros, saindo fora da redoma que se manteve intacta enquanto ele rangia os dentes em uma expressão que sequer se poderia imaginar que ele teria visto seu semblante normalmente tranquilo… Suas palavras e conjuração indicavam o porquê de tal reação e os mortos vivos de maneira alguma - se é que tinham consciência para tal - considerariam tal contra-ataque: “- O deus sol abomina toda e qualquer coisa não natural… Em nome de Luuthander… DESAPAREÇAM ARREMEDOS DE EXISTÊNCIA! DESTRUIÇÃO DE MORTOS VIVOS!”
Tão poderoso e luminoso quanto o ataque de Jhon Raven, tão devastador quanto a fúria do Juiz dos Condenados Kellintor, a luz ofuscante agora explodia de Kinseph e seu símbolo sagrado do deus sol, irradiando como em sequências de pulsos de ondas energéticas, cada pulso destroçava, empurrava, derrubava, moída e desintegrava os esqueletos, até que nada mais estava de pé, e logo em seguida, nada mais conseguia se manter em condições de estar visível sequer e então, tal qual o ataque do Kellintorita, o que restaram foram pedaços de armas e armaduras se destruindo pelos ares…
A redoma finalmente se desfaz, Kinseph e Jhon Raven, ofegantes, estão ajoelhados recuperando o fôlego… O grupo comemorava, os dois atacantes se observam e sorriem, acenando com a cabeça como se cumprimentassem um ao outro pelo feito e era Akron quem se manifestava, empolgado: “- Kellintor explica que a morte é apenas uma parte natural da vida e não deve ser temida enquanto seja compreendida... Como resultado de seu profundo respeito pela vida e pela morte, ele mantém mortos vivos com gigante desprezo… Luuthander é aivindade da criatividade, amanhecer, renovação, nascimento, atletismo, primavera, auto perfeição, vitalidade e juventude, favorece aqueles que dissipam mortos-vivos e abençoa aqueles que são intolerantes com o mal, especialmente esse seres sem vida! Esses desgraçados não tinham como ter aparecido em um local pior para suas existências!!”
Todos sorriem e acreditam que venceram, afinal a ação dos dois conjuradores sagrados foi de uma eficácia épica, mas então a floresta novamente os contra-ataca, a terra começa a tremer, um terrível cheiro de morte invade todo o local e aterrorizados, os aventureiros observam, centenas de esqueletos começarem a se formar novamente, se empilhando como peças conectados em um terrível som de ossos colidindo entre si! Todos percebem estarem sendo cercados e não foi preciso o grito ou comando de nenhum deles, o grupo pulou imediatamente em suas montarias e se colocaram em corrida vigorosa antes que os mortos-vivos os fechassem em um círculo mortal! “- O poder de um necromante muito forte está agindo aqui, os mortos-vivos estão sendo despertados de forma intensa… Alguém os está convocando Jhon Raven!” O kellintorita observa Kinseph, range os dentes e vocifera: “- Maldito Adramanter, como sempre se antecipa aos nossos movimentos…”
Olhando para trás com intuito de ver em que situação o inimigo estava e no instante seguinte olhando para frente para ver quanto ainda faltava, o grupo consegue atingir uma clareira e logo em seguida um espaço mais aberto para então metros adiante, finalmente, a floresta terminar permitindo que saíssem da área dos mortos-vivos! Mas a sorte não estava tão disposta a ajudá-los desta vez, o som dos quase milhares de passos seguindo em vigorosa corrida incansável e macabra se tornara cada vez mais forte ao invés de diminuir! Impressionantemente como se estivessem sendo empurrados por alguma força invisível, os soldados esqueletos ganhavam terreno, estavam quase igualados à velocidade das montarias que eram extremamente rápidas e eis que o terror começou a tomar conta de todos…
Mortos-vivos transmitem sua maldição através da mordida, uma vez que os esqueletos cravassem suas mandíbulas em seu alvo, a vítima seria em poucas horas convertida igualmente em um morto-vivo condenado a vagar eternamente por estas terras… Se o grupo fosse alcançado pelos esqueletos, seriam derrotados sem dúvidas, era um fato inegável… Os cavalos pareciam raios em direção à cidadela FerrBahrr que agora já se podia ser avistada na montanha à frente e quanto mais os soldados esqueletos avançavam, mais o grupo corria e mais parecia que estavam realmente perdidos e sem chance de sobreviverem!
Tharg ia à frente, acenava como doido para os vigias da cidadela, olhava para trás para tentar acompanhar se algum deles chegava até os aliados da retaguarda e a cada olhada para frente enxergava a cidadela mais perto, a única chance que eles tinham de sobreviver… “- VAI DAR CERTO… VAI DAR CERTO PORRAAAAAAA!” Tharg incitava Patas de Ferro a correr e esse que como o relâmpago avançava cada vez mais, a seu modo chamava os demais cavalos para o esforço supremo! Enquanto isso, o jovem selvagem montado, buscava que os guardas de FerrBahrr abrissem o portão, gritando, acenando, chamando suas atenções! Jhon e Kinseph por sua vez olhavam para o gigantesco grupo de esqueletos, ciente de que nem mesmo todo seu esforço com a Destruição de Mortos-vivos poderia dar conta de tamanho exército, eles pareciam finalmente aceitar que o fim de sua aventura havia chegado diante da falta de atitude dos anões de FerrBahrr e do avanço dos seres malignos atrás deles…
A cidade estava há minutos, os portões continuavam fechados, os guardas observavam à tudo mas pareciam esperar por algo, talvez pela ordem do monarca para abrir o caminho e enquanto tudo isso acontecia, os soldados esqueletos de aproximavam, suas mãos quase agarravam a garupa dos últimos cavalos do grupo e mesmo que Syndra, Nissa e Akron estivessem ao centro, se os atacantes chegassem aos últimos do grupo, eles chegariam à todos encerrando suas vidas de vez!
Todos aceleravam ao máximo em um esforço hercúleo para tentar inverter o que estava por vir, os portões da cidadela continuavam fechados mesmo com a cena diante deles, Tharg continuava a gritar sem parar, enquanto Jhon se mantinha como o último empunhando sua espada para tentar impedir que os demais fossem tocados pelos esqueletos e o momento de chegar à cidade se aproximava a cada passo e ainda assim, os portões continuavam vedados…
Então, como se tudo que estivesse acontecendo passasse da velocidade normal para a câmera lenta, o grupo pisa na ponte de madeira sobre o fosso que levava à entrada da cidade e percebe desiludido que a mesma apesar de todo seus esforços ainda continuava fechada… Na mente de Grund-Tharg os guardas não os reconheceram e não iriam abrir seus portões então, restava ao bárbaro se jogar em combate e usar sua força para proteger seus amigos até que o socorro chegasse, isso era tudo que ele poderia fazer agora e mesmo ciente de quem se tornaria um maldito morto-vivo, ele entendia e aceitava que pelo menos deixaria esse mundo feliz em proteger aqueles que ele considerava amigos!
Eles passam da metade da ponte levadiça, Grund detém seu cavalo, empunha seu machado e se prepara para partir contra os esqueletos, tentaria salvar seus aliados de todas as maneiras quando um grito finalmente corta o ar, ressoando como um trovão:
“- NÃO!! ELES SÃO MEUS!! A BENÇÃO MAIS PODEROSA DE LUUTHANDER… DESTRUIÇÃO SAGRADA DE MORTOS-VIVOS”
Como se um relâmpago descesse dos céus ao solo, nenhum deles conseguia definir a silhueta dentro do raio muito menos na explosão energética sagrada que tocou e varreu o solo, mas sem dúvida todos eles reconheciam a voz trovejante e poderosa de Wigferth, o clérigo de Luuthander da cidade de WinterLess! A energia se expande, a explosão ecoa, a luz sagrada dissolve e oblitera todo e qualquer morto-vivo num raio de quinhentos metros e finalmente ela cessa, tanto na radiância quanto na sonoridade onde enfim se podia avistar o poderoso seguidor do Deus Sol, pousado ao centro do ataque, joelho direito ao chão, mão esquerda da mesma forma para firmar o apoio, enquanto a mão direita segurava imponente a ainda radiante maça de batalha sagrada!
O clérigo então vira-se para os aventureiros e berrando a plenos pulmões, não para eles mas para os anões de FerrBahrr na vigia, corria vigorosamente na mesma direção, tentando abrir a passagem para todos: ‘- ABRAM OS PORTÕES! WIGFERTH, SERVO DE LUUTHANDER, INTEGRANTE DE WINTERLESS E ALIADO E AMIGO DE LONGA DATA DE FALLROR BLAZINGRIVER SOLICITA AUXÍLIO!” Imediatamente os portões começam a baixar, os aventureiros se lançam para dentro em velocidade enquanto Wigferth pulava na garupa de Kinseph que aguardava mais na retaguarda para dar suporte ao companheiro de crença! Finalmente, todo o grupo adentrava a cidadela FerrBahrr com o gigantesco portão se elevando atrás deles deixando claro que, pelo menos do ataque de mortos-vivos eles estavam salvos!
O grupo avança veloz até o centro da cidadela onde a guarda real de anões do local os aguarda, lanças e escudos em prontidão enquanto a ordem do líder da tropa reverberava: “- DETENHAM SEU MOVIMENTO, DESÇAM DE SUAS MONTARIAS, ERGAM SUAS MÃOS E AGUARDEM A VISTORIA!” Wigferth é o primeiro a saltar da garupa do cavalo de Kinseph e com sua maça estrela já às costas, vai caminhando em direção aos guardas, mãos erguidas como solicitado e berrando, desta vez aos aliados socorridos: “- AMIGOS… ORCS E TODO O TIPO DE INIMIGO TENTAM TOMAR ESTA CIDADE HÁ MUITO… RESPEITEM AS REGRAS DE NOSSOS ANFITRIÕES, POR GENTILEZA EU PEÇO…” Os aventureiros se observam, Jhon foi o primeiro, os demais o seguiram e Tharg era o único relutante, e eis que Kinseph quando passa por ele, solicita novamente, amistoso: “- Por favor meu amigo… Precisamos da ajuda deles… Eu lhe peço…”
Contrariado o gigante selvagem obedece, com a maior das má vontades desce de Patas de Ferro e caminha com os braços erguidos até próximo de Wigferth e então é que o clérigo poderoso, troveja com sua voz novamente: “- TRATA OS AMIGOS ASSIM AGORA FALLROR?” E eis que uma figura em poderosa armadura de combate surge por detrás da tropa, com dois guardas ao seu lado, parando diante de Wigferth e o observando aos olhos, com expressão de poucos amigos… Os dois ficam a se encarar por alguns segundos e então o anão questiona: “- Taverna do Ogro Caolho, no vilarejo da Foice Morta, equinócio de outono, dois anos atrás…” O clérigo começa a rir sem parar e então depois de gastar um tempo para se recompor, deixando todos sem entender qualquer coisa, olha para o anão limpando as lágrimas de tanto rir: “- A anã barbuda… Que não era anã AHAHAHAHAHAHAHAHA!”
Nenhum dos aventureiros consegue entender nada, mas Kinseph faz uma expressão de riso amarelo… Já Wigferth ri muito e o anão começa a rir também e então ambos se abraçam euforicamente até que o anão é quem diz, entre uma risada e outra: “- Preciso mudar minha forma de confirmar tua identidade bom amigo, estou expondo minha intimidade demais com essas perguntas de nossas viagens AHAHAHAHAH!” O anão então vira-se para a guarda e ordena: “- GUARDEM AS ARMAS, WIGFERTH E SEUS ALIADOS SÃO NOSSOS CONVIDADOS, RECEBAM A TODOS BEM! GENERAL, OS PROCEDIMENTOS PARA A PURIFICAÇÃO PODEM INICIAR!”
O grupo então finalmente pode relaxar e baixar as mãos, enquanto Wigferth gesticulava para que o grupo o seguisse… Os guardas corriam em direção aos cavalos os levando para os estábulos enquanto a comitiva, liderada pelo anão de armadura pesada, seguia rumo à uma das construções rochosas ali existentes! Ao adentrarem, uma mesa gigante ali estava e todo tipo de comida que pudessem imaginar estava diante deles… Wigferth como bom diplomata age antes que os aventureiros iniciassem a comer: “- Este é o regente de FerrBahrr, Fallror Blazingriver, descendente direto da linhagem real dos anões do Salão de Mithral e meu grande amigo pessoal de batalhas e claro, de muitas viagens!” Todos reverenciam o rei Fallror e então era o próprio rei quem falava:
“- Em nome de todos os anões de FerrBahrr, peço perdão pelo mau jeito inicial… Nosso grupo não vos conhecia, e mesmo quando Wigferth se identificou… Oras, tem tantos feiticeiros e dragões e drows que assumem formas diversas, eu precisava ter certeza de que era ele… Somos atacados quase que diariamente então, a precaução apesar de incômoda é necessária! Sirvam-se meus amigos, comam à vontade, seus cavalos estão sendo cuidados também e aqui estarão protegidos!”
O grupo gesticula novamente agradecendo e então sentam-se, visivelmente com fome, porém Jhon Raven parecia preocupado com algo, e pedindo permissão ao rei, questiona: “- Majestade, e quanto aos mortos-vivos, eles devem erguer-se novamente, podemos ajudar na luta contra eles…” O rei então sorri e pede que Jhon observe pela abertura da sala para fora... Da grande janela aberta na pedra era possível ver as muralhas e o terreno onde lutaram, e acima das muralhas, pelo menos seis clérigos da divindade venerada pelos anões, o poderoso Guinnradin, recitavam suas magias e direcionavam as mesmas ao campo de batalha à frente dos portões de entrada…
Os ossos que ali restavam começam a desaparecer, o terreno começava a se revolver e se encher de nova vegetação ao passo que Kinseph, parando ao lado de Jhon explica: “- Eles usam uma magia poderosa chamada “Consagrar”... Tornam aquele solo santo e essa energia benéfica fica emanando do chão por diversas semanas, impedindo que mortos-vivos se aventurem para estes lados ou mesmo que surjam do chão ali mesmo… O solo se torna sagrado e esse poder funciona como o calor de uma fogueira para nós humanos, se nos aproximarmos demais, ela nos queima… Com eles funciona de forma similar!”
Jhon acena positivamente, a cena o deixa tranquilo, ele percebe que o que pedia a ele o dogma de sua divindade estava sendo cumprido, os mortos-vivos estão sendo destruídos, mesmo que não seja por sua ação… Kinseph o convida a voltar para a refeição, os dois novamente sentam-se e então o rei novamente se manifesta: “- Enfrentamos muitos ataques seguidamente aqui mas de todos eles, os mortos-vivos são os menores de nossos problemas, as bênçãos de Guinnradin os mantém longe, dentro das florestas… Nossos problemas são Orcs e demais raças conquistadoras, mas enfim, são assuntos de nosso cotidiano com os quais precisamos lidar!” Virando-se então para Wigferth, o rei Fallror questiona: “- E então, como podemos ajudar, além de abrigo e comida caríssimo Wigferth?”
O clérigo com um sorriso de satisfação ao rosto, explica: “- Preciso além do que já foi citado por você nobre amigo, suprimentos para seguirem viagem, dicas de rotas a tomarem de acordo com os conflitos que possam estar havendo por aqui por esta região, de forma a evitarem tais combates desnecessários e o mais importante… Sabes me dizer onde está… A Lágrima de Mystranirr?” O rei anão olha com expressão de surpresa para Wigferth e então completa, com um questionamento: “- Porque eu deveria te dar essa informação meu amigo?” Wigferth então senta-se à mesa e explica:
“- Esses jovens estão em missão importante, resgatar a Esfera Dimension, hoje aprisionada na torre do necromante…” E o rei então interrompe: “- Adramanter… Por isso tantos mortos-vivos atrás de tão poucos… Agora tudo faz sentido… Se FerrBahrr não fosse tão protegida pelas bênçãos de Guinnradin…” Agora era Wigferth quem interpelava demonstrando ter total conhecimento da situação: “- Se fosse menos protegida, nós nunca poderíamos ter procurado ajuda aqui, eu sei disso, mas confio na proteção desta cidade para podermos tratar deste assunto vital, sem a atenção de olhos indesejados…” O rei silencia e observa o clérigo, para logo em seguida sentar-se à frente dele pronto para ouvir tudo… Wigferth então continua:
“- Para recuperar a Esfera Dimension, eles precisam desativar as proteções da Torre maldita, para somente então ser possível confrontar o necromante, mas estão sendo atacados por todo o percurso por conta da vigilância arcana que ele mantém sobre eles…” O rei acena positivamente, sabendo do que se tratava enquanto que o grupo parecia espantado, porém Jhon Raven expressava através do rosto a sensação de que agora conseguia entender muita coisa dos acontecimentos vividos por eles…
Wigferth então olhando mais para os aventureiros que para o rei, o qual parecia já entender do que o clérigo falava, continuou: “- Através de seu observador místico, uma espécie de cristal ovoide impregnado de diversas magias, Adramanter acompanha o trajeto de vocês a cada instante, por isso tantos acontecimentos e batalhas… Consegui descobrir isso há pouco tentando entender como goblins, meio-dragões, trolls, orcs e mortos-vivos se põe em seu caminho à todo instante, mas o mais importante eu creio, é que também consegui obter a próxima informação que irão querer, ou seja, como se desativa essa vantagem dele…”
Todos ficam atentos e o rei é quem continua a fala: “- Precisam de dois arcanos, não poderosos demais para serem detectados, nem de menos para falharem na ressonância… Também precisarão da “Lágrima de Mystranirr” que amplifica os poderes arcanos por alguns segundos, permitindo que tais magias possam se combinar e então, vem a parte mais arriscada e perigosa… Os dois arcanos precisam garantir que alguém entre, pegue o observador místico e saia de lá, antes que Adramanter perceba tudo e tenham certeza, ele fará isso em questão segundos…” O grupo então se entreolha e Nissa e Syndra erguem-se rapidamente, sendo a maga loira quem definiu a intenção das duas: “- Nos ensine Wigferth… Majestade… E faremos isso, tenha certeza!”
Wigferth ia se manifestar e Akron bate a caneca na mesa limpando a boca e com um sorriso no rosto completa: “- E sou eu quem vai atravessar esse portal e pegar o tal Observador Místico!” O clérigo então sorri olhando para todos, o rei anão também demonstra satisfação com a ação do grupo, o que motivou o resto do grupo rapidamente com Jhon se erguendo e definindo:
“- Seja onde for que estivermos e que irão fazer tão ritual, por Kellintor juro, ninguém os atrapalhará…” Kinseph era quem se erguia então auxiliando:
“- E eu estarei junto reforçando essa segurança!” Por último, Grund-Tharg que sempre era o menos comunicativo apesar de sempre ser o primeiro a agir, arrota longamente, bate seu punho na mesa e sentencia:
“- Meu machado está com todos vós! Ninguém passará, as garotas e o mini demônio farão o que tem de ser feito, garantiremos a segurança deles nem que tenhamos que colocar tudo abaixo, tenham certeza!”
O grupo todo então se observa e sentem a amizade e a força que os une na atualidade… Wigferth vibrava internamente com a emoção da união em grupo e o rei Fallror, esse rejubilava na demonstração de honra e irmandade, o que agradava os anões de forma intensa!
O grupo todo então se observa e sentem a amizade e a força que os une na atualidade… Wigferth vibrava internamente com a emoção da união em grupo e o rei Fallror, esse rejubilava na demonstração de honra e irmandade, o que agradava os anões de forma intensa!
Eis que então Wigferth se aproxima colocando um mapa sobre a mesa e exclamando: “- Certo!! O que faremos então é o seguinte:"
Continua…
Galeria de Imagens:
Os cinco jovens das tribos Tangdarth que abandonaram suas tribos:
Albânia - Filha de Goryn Travor e flerte mais intenso de Grund-Tharg:
Mortos vivos - Subtipo esqueleto:
Esses são bem clássicos, os esqueletos são criaturas animadas através de magia de algum conjurador, que os manipula para servir ao seu mestre. São basicamente ossadas vivas, autômatos com pontos de luzes avermelhadas que circundam suas cavidades oculares vazias, e quase sempre são colocados como escravos ou somente para lutar sob as ordens desse chefe. Em algumas vezes eles possuem os restos apodrecidos da armadura ou das roupas que vestiam quando morreram, em outras estão completamente sem nada, apenas seus ossos como base completa e nada além! Estes seres uma vez convocados atacam até serem destruídos pois é para isso que foram criados... A maior parte das vezes não possuem consciência e a maioria dos RPG’s que tratam de esqueletos convocados são na sua forma de guerreiros usando espadas e escudos, sendo comandados pelos mestres necromantes à lutar ou somente servir como escravos “sem consciência”.
Wigferth - Clérigo de Luuthander - Conjurador divino:
Cidadela FerrBahrr:
Rei Fallror Blazingriver:
Grande Lanthys!
ResponderExcluirMais um episódio intenso e denso como Grund-Targ tem que ser!
É maravilhoso ver como tu estás inspirado,nos presenteando nessa sana com dois capítulos maravilhosos de suas sagas autorais.
Começamos a semana com Indomável,num capítulo tão maravilhoso quanto esse de Grund.
Esse episódio tem muitas nuances que seria difícil comentar tudo.
Mas, além da grande aventura contra os mortos-vivos conjurados pelo terrível Adamanther, o que me chamou a atenção foi a questão dos druidas da floresta e a preciosa lição aprendida pelos amigos de Grund,quanto ao respeito pela natureza.
Lindo isso!
O entrosamento da equipe mais uma fez foi algo gratificante de se ler, bem como o destaque dado a Jhon Raven e a Kinseph.
Os dois se complementam.
A cena do Kinseph abrindo os braços para o despertar do Sol como que se fosse uma chuva seródia, foi incrível e emocionou
Agradecer!
É sempre importante agradecer!
Outra lição aprendida.
A atitude de Grund vim os jovens rebeldes de sua tribo, foi outro ponto de destaque.
"Se não me respeitam,respeitem Goryn!"
Muito bom ver a evolução de Grund.
O selvagem tem crescido como ser humano,começando a pensar e a agir fora da caixa .
Isso é maravilhoso!
Por fim, a cena da fortaleza dos anões e seu medo de ajudar aqueles desconhecidos aventureiros,no que quase custou a vida de todos,numa cena pra lá de dramática e de alto suspense .
Fiquei com medo ali.
Vejamos agora como de posse de informações preciosas sobre as ações de Adamanther e o porquê de tão intenso e terríveis ataques, nossos aventureiros conseguem chegar ao destino de suas missões e vencer o grande conjurador do mal.
Meus parabéns!
Grande amigo Jirayrider, mais uma vez obrigado pela leitura, apoio, incentivo e parceria de sempre!! É, a produção tá a mil, provavelmente ela desacelere um pouco agora, mas aproveitei enquanto pude kkkk! É cara, foram bastante coisas exploradas nesse episódio... Uma coisa interessante e que me levou a abordar os druidas é que, a gente mesmo jogando não tinha se tocado disso e o mestre nos falou, praticamente toda floresta tem um druida pelo menos vivendo nela, pois são milhares deles espalhados pelos mundos de RPG e como são igualmente selvagens e vivem longe das cidades, a coisa mais certeira é ter um druida em cada floresta que se vai, e aproveitei essa deixa pra mostrar um pouco mais deles pra que caso eu precise inserir um druida agindo ou de algum socorro em áreas assim, o público já tem a noção do que é um druida e o que eles são capazes de fazer, fico contente que tenha curtido isso! Jhon e Kinseph, apesar das divindades e das técnicas diferentes, ambos conjuram contra mortos-vivos e possuem poder de cura... Claro, Jhon é um guerreiro, tem o básico do básico, sua função é derrubar inimigos na porrada então é normal que ele seja focado em menos quantidade de magias, mas Kinseph, apesar de ser capaz de sair na porrada igualmente, seu verdadeiro foco é o arsenal de magias de cura em alguns níveis, capaz de ressuscitar personagens mortos! De qualquer forma, embora eles tenham focos diferentes, ambos seguem divindades que abominam mortos-vivos e nessa caso específico, a união deles era inevitável, atraindo até mesmo o poderoso Wigferth, outro seguidor de Luuthander e muito mais experiente! Acho que ficou bem interessante a gente abordar esses parâmetros sobre os conjuradores divinos, fico contente que curtisse também! Sobre a juventude desviada, achei que era o momento para mostrar Albânia de novo, uma vez que ela da primeira vez havia sido sequestrada e sequer puderem ter um tempo deles, com as missões que Tharg já havia coletado pra si... Bárbaros são poligâmicos, mas isso depende da aprovação da mulher, caso ela não aceite a poligamia, eles não a forçam, o respeito existe, precisa ser de comum acordo... No caso Albânia, não parece ter concordado com a ideia e embora ele não esteja mais sobre as regras da tribo, Grund aceitou as reclamações dela e chamou à razão de que, embora a atitude dele, arriscar a vida dela dessa forma também não era nada inteligente, eis Grund amadurecendo como bem dissestes! Agora é ver como vão lidar com Adramanther, o cara quer parar eles à todo custo, mas o grupo pretende deixar a coisa mais difícil para o necromante, esperamos que consigam né? Mais uma vez gratidão e muito obrigado pela parceria, leitura, apoio e incentivo de sempre meu amigo, grande abraço e fique com Deus!! \0/
ExcluirGrande semana de produção de Lanthys: um dos maiores escritores de fics!
ResponderExcluirDepois de termos o super episódio de Indomável, agora você nos brinda com mais um capítulo de "Grund-Tharg Força Infinita - Saga"!
Neste capítulo, foi de fato maravilhosa a forma como você mostra Grund-Tharg e os demais tentando finalizar a cruzada brutal pela densa e perigosa Floresta Enluarada.
Não está sendo nada fácil para a trupe bárbara chegar até a cidadela FerrBahrr uma vez que eles precisam enfrentar vorazes inimigos.
Uma coisa que quero logo enfatizar: SIMPLESMENTE AMEI a galeria de Imagens!
Em especial, eu gostei demais das seguintes imagens:
1 - Os cinco jovens das tribos Tangdarth que abandonaram suas tribos
2 - Albânia - Filha de Goryn Travor e flerte mais intenso de Grund-Tharg (Dá pra entender ele se apaixonar por ela!).
3 - Wigferth - Clérigo de Luuthander - Conjurador divino.
Essas imagens são do jogo do RPG? Você desenhou? Alguém desenhou para você?
Estou impressionado com elas.
Gostei muito de você ter se preocupado com um detalhe fantástico: apresentar um mapa mostrando o destino deles no momento - Cidadela FerrBahrr.
Talvez você não imagine o quanto amei isso. Mesmo sendo uma ficção e RPG, tal fato traz a gente senso de posição e referência. Bom, geólogos amam qualquer tipo de mapa! Risos.
Quanto ao episódio... Vamos lá...
Esse episódio foi maravilhoso mesmo, amigo!
Algumas coisas merecem destaque, quais sejam:
a) batalha cruenta contra os mortos-vivos. Adamanther se mostrou um maldito manipulando esses seres contra Tharg;
b) todo o cenário envolvendo os druidas da floresta;
OBS: Cara, você conseguiu com seu texto de fato me remeter de fato numa aula de se entender o que seria um druida. Muitas pessoas saem usando as terminologias. Mas, não é fácil dentro de uma narrativa, conseguir fazer a gente entender o conceito do que é o ser DRUIDA.
Os Druidas foram os povos de origem indo-européia que habitava extensas áreas da Europa pré-romana. Na verdade, eles eram sacerdotes do lendário povo celta.
Hoje é uma das vertentes do paganismo: o druidismo. Todo druida é um pagão. Você não fez uma explicação teórica assim, mas seu texto de modo prático, deixou claro o que é isso!
Parabéns, cara! Amei isso!
c) A importância em relação a preservação ambiental.
OBS: Outro ponto que tenho de ressaltar. Nós vivemos tempos anti-TUDO nesse mundo. E, isso, é algo sério que afeta o planeta. Quem duvida da ciência e da pesquisa, obviamente, vai machucar a MÃE NATUREZA.
Só que não tem jeito, isso será cobrado de nós. Creio que os amigos de Tharg aprenderam isso. Mesmo com avanços, conquistas e batalhas como a que eles estavam vivendo, é preciso preservar o meio ambiente!
Bárbaros entenderam, mas gente civilizada não, né, mano? Mataste a pau nisso!
Muito bom notar a união de Jhon Raven e a Kinseph. Você criou um elo magnífico entre eles.
Kinseph abrindo os braços para o despertar do Sol foi um ponto chave e emocionante também!
Preciso destacar a forma como você está mudando Tharg. Nossa, cara!
Eu confesso que não curto assim RPG e muito menos ainda... do Tharg... Mas, hoje, lendo Tharg e conversando com você, tenho outra ideia sobre o jogo...
Mais que isso: você me fez até cativar pelo Tharg. Ele está evoluindo muito como pessoa. Talvez até sua esposa o veja com diferentes olhos depois.
A ação dos anões deu medo... Mal comparando: me lembraram os duendes e gnomos de Blue Red! HAUHAUAHA! Mas, o seus são bem mais violentos e não tarados se comparados aos do meu Universo. Risos.
Adamanther parece ser um grande demônio na verdade. Estou curioso para ver o desenrolar disso e entender a razão dessa rivalidade dele em relação a Tharg.
Cara. Só posso te aplaudir por um trabalho tão intenso e maravilhoso.
PARABÉNS!
Grande amigo ShadowMoon, mais uma vez obrigado pela parceria e leitura de sempre e, mais uma vez tu realmente faz um comentário poderoso, gratidão imensa por isso cara! Sobre a galeria de imagens, são todas imagens de internet, não teria como eu desenhar ou mesmo pagar alguém pra desenhar, então eu busco imagens na internet que se aproximem, modifico algumas, e as uso como referência... Até que alguém me peça para removê-las, eu as sigo usando, quando algum direito autoral for cobrado (o que até hoje desde que estou na internet nunca aconteceu) eu a removo do local sem qualquer problema, mas espero que fiquem por lá pra sempre! Quanto aos mapas, sempre que posso e é necessário procuro os colocar para que quem está lendo possa ter uma ideia do trajeto que os aventureiros estão fazendo... Mesmo que eu ficasse descrevendo em todos os detalhes possíveis, dificilmente eu poderia passar a mesma ideia quem uma arte passa, então, sempre que necessário, vamos agradar aos geólogos e colocar mais mapas kkkk! Quanto aos mortos-vivos, o cenário de RPG está repleto deles... Clérigos tem uma magia que se chama Consagrar, que torna uma terra normal em terra sagrada, impedindo que ali se formem mortos-vivos... Também os clérigos podem usar uma magia chamada "Descanso seguro", isso, conjurado sobre alguém falecido, impede também que eles se levantem como mortos-vivos, seja por magia ou outros meios, então, isso mostra que mortos-vivos são muito comuns nos cenários de RPG... Assim, basta haver uma floresta, uma cripta abandonada, alguma construção repleta de mortes e corpos enterrados, e isso será suficiente para termos mortos-vivos atacando e uma vez que o inimigo atual é um necromante, mortos-vivos sempre virão! E como Jhon e Kinseph possuem capacidade de expulsar e destruir mortos-vivos, achei que os dois poderiam protagonizar a batalha mais intensa desse episódio e considerei que ficou muito bom, que bom que gostou também cara!! Quantos aos druidas é importante a gente frisar que a ideia aqui é usar os personagens como eles são no RPG e que nem sempre representam (quando eles existem na vida real) a forma como eles são em nosso mundo... Por exemplo, os druidas no nosso mundo jamais se transformaram em animais ou mesmo poderiam lutar com poderes assim, mas no RPG, para que pudessem ser uma classse de uso padrão, isso foi incorporado, então, importante a gente deixar claro que a descrição de druida do RPG é bem diferente (no sentido de combate) dos nossos druidas, mas com certeza, tuas observações sobre os druidas reais, é perfeita igualmente, te agradeço meu amigo! Sobre a preservação da natureza, creio que nós ainda não aprendemos isso porque não temos druidas cuidando de nossas florestas kkkk, se a cada investida na Amazônia surgisse um indígena transformado em crocodilo gigante atacando todos, não teríamos tanto descaso com nosso meio ambiente né? kkkkk!
ExcluirContinua...
Mas tu tem razão nisso também, como vi outra vez, dizem que os indígenas são selvagens, mas eles conseguem viver COM a natureza, enquanto nós os civilizados precisamos derrubar tudo pra fazer valer nosso modo de vida... Quem são os selvagens mesmo? Excelente reflexão meu amigo, meus parabéns! Quanto ao amadurecimento do Tharg, isso se torna necessário, tanto pra história evoluir, quanto para ser mais realista com o personagem, afinal, ele vai passando por muita coisa, muitas situações farão ele mudar e a vida ensina, com ele não vai ser diferente, ele vai precisar aprender o que Seijuro dá aula, o plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória, não tem escape! Creio que o Grund que verás no final da saga vai te fazer querer que ele continue em aventuras, pois a mudança, de forma coesa e verossímil, vai existir sem dúvidas, espero que curta e muito! A parte dos anões foi realmente tenso, eles não tinham certeza do que era aquela treta toda e com um monte de esqueletos correndo pra lá, eles que não iam abrir os portões assim por nada kkkkk, mas no final, a amizade de Wigferth e o rei salvaram o dia, felizmente kkkk! Quanto ao Adramanther, em breve entenderás tudo, espero que eu faça uma explicação à altura! Muito obrigado uma vez mais pela leitura, pelo incentivo, pelo apoio e principalmente, pelo detalhamento nos comentários, prestando atenção em detalhes que as vezes nem eu mesmo me ligo de início, obrigado de coração meu amigo!! \0/
ExcluirMais um capítulo excelente meu amigo!
ResponderExcluireu curto demais a forma como você usa o Akron, para narraer os detalhes que acabariam em recordatórios ou em notas que interromperiam a ação, tirando o leitor da imersão que você consegue logo nos primeiros parágrafos.
Apesar de muitos pontos fortes desse título ser a ação, eu pessoalmente adoro a forma como você detalha também as interações mais "mundanas", como o grupo não crendo nas habilidades culinárias do Grund.
A descrição do Druida, mais como conceito do que com um aparecendo de verdade, ficou excelente! a cena das maçãs foi ótima.
E depois seguimos para uma corrida com diversos obstáculos, sendo o primeiro Albânia e suas "crianças perdidas"... Cara, adorei esse conceito e, futuramente, já aguardo algum spin-off focado nesse grupo.
E como escritor de mão cheia que você é já embalou um enfrentamento contra mortos vivos e o foco deixa de ser Grund para Jhon e Kinseph, além, é claro, da chegada triunfal de Wigferth.
Muitos poderiam encerrar o capítulo aí, mas não, ainda temos mais.
A chegada na terra dos anões, o relacionamento entre Wigferth e o Rei Fallror, caceta, cenas incríveis e muito bem escritas, onde todos tem algum tipo de destaque.
Esse gancho final, com todos se colocando plenamente a postos para a missão, só deixa a já granse expectativa pelo próximo capítulo, ainda maior.
Meus parabéns!
Grande Norb, gratidão sem fim pela leitura, apoio, incentivo e amizade de sempre meu amigo! Essa ideia do Akron surgiu justamente quando escrevendo o episódio em que ele surge, que ele era alguém inteligente (na campanha ele realmente tinha muitos pontos gastos na habilidade inteligência) e capaz de ter muitas informações por conta da sabedoria alta também (bastante pontos gastos outra vez nessa habilidade)! Então cogitei, ao invés de ficar fazendo "quebras" nos textos, posso dissertar sobre as capacidades do Akron usando ele como o "explicador" dos detalhes da saga, considerei que isso poderia ser um diferencial e parece que realmente foi bom, te agradeço por esse retorno cara! Sobre as interações "mundanas", realmente acho que elas são necessárias, pois elas que dão todo o "fundo" ou motivos, pra tu se importar com os personagens... O próprio fato do sexo entre Tharg e as arcanas, ou as tretas com Jhon e os não civilizados, a fobia da Nissa por baratas, o medo da Syndra de ser inferior como arcana, o Akron com o racismo, acho que tudo isso faz tu gostar ou detestar os personagens e sem esse peso, tu não se importa com anda que aconteça a eles, fico feliz que tenha acertado mão nisso também! Quanto aos druidas, era necessário porque ambos passamos por isso na campanha, não tínhamos essa noção de que, se druidas são selvagens e vivem fora das cidades, e são em número de milhares, era certo que praticamente toda floresta tivesse um druida cuidando de tudo, sem falar que um druida ajudando (ou atacando, pois existem druidas malignos) pode vir a ser uma boa carta na manga em alguma situação, assim, na hora que um aparecer, a galera já vai ter uma noção de que pode ser um druida em ação, fico feliz que curtiu cara! Albânia, na verdade, na verdade, eu tinha esquecido dela kkkkkk, como na trama original Grund não se preocupou mais com isso porque fomos para outros assuntos, relendo os posts eu vi que não tinha mais tocado no assunto e, nessa área onde andavam, diz no livro, "jovens bárbaros renegados caçam por esses bosques em busca de riquezas e ostentações de civilizados decadentes", então resolvi colocar esse encontro pra frisar esse tipo de atitude na tribo e trazer Albânia de volta à trama, e agora sim, ela já tem participação mais elaborada em um próximo futuro! Então chegamos ao foco principal, a ação conjunta dos dois conjuradores divinos, mostrando que tu pode ser os opostos em um personagem de RPG se precisar, Jhon, guerreiro taciturno e destruidor, mas odeia mortos vivos e tem magia sagrada, assim como Kinseph é mais cura e restauração mas pode sair na porrada também e vou mostrar isso mais a frente! Então, quando os mortos-vivos surgem e temos uma ameaça complicada, logo pensei, vamos unir dois opostos e fazer uma limpa no terreno, com a ajudinha básica do Wigferth melhorou um pouco mais então, acho que ficou bem legal! Quanto aos anões, na campanha oficial por conta de falta de atitude nossa mesmo dos jogadores, interagimos muito pouco em FerrBahrr e eu quis corrigir isso! Rei Fallror vai dar informações importantes que colocarão o grupo em condições de cumprir a missão de "cegar" Adramanther, mas cada um terá de fazer sua parte da melhor forma possível pra que tudo der certo, o que com certeza promete novas cenas de tirar o fôlego, pelo menos assim eu espero kkkk! Muito obrigado meu amigo, por mais esse comentário incrível, incentivador e que faz valer a pena escrever nesse blog, gratidão Norb!! \0/
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