A pequena sala era iluminada tranquilamente por luzes arcanas conjuradas pelos clérigos do povo anão, clérigos esses que compunham a pequena guarda que sempre se mantinha de prontidão próximo ao rei Blazingriver, ao passo que sob influência de tais luzes arcanas, o mapa se tornava completamente visível aos olhos de todos! Com as intercessões mágicas de cada clérigo à apoiar as explanações do rei, iam-se demonstrando detalhes em movimento, como se uma espécie de animação os ajudasse a entender tudo… Era o rei dos anões quem apontava o pergaminho, explicando:
“- No mundo dos anões, em muitas das vezes, família é algo mais problemático que um grupo de orcs armados e, Yenorin Blazingriver, meu primo por parte de mãe e atual líder na cidadela Bhandabhar é exemplo disso… A “Lágrima de Mystranirr” está em posse dele, roubado de meu acervo na verdade, à mando dele, pelo simples fato de que ele se considera mais digno do que eu… Viemos de tantas brigas que não quis levar isso adiante e mesmo sendo um item belíssimo e meu por direito, deixei que ela, a “lágrima”, continuasse como sua posse… Ela fica junto aos seus demais tesouros, é fácil percebê-lo ao olhar, é literalmente como uma lágrima aumentada, uma pedra preciosa e transparente como as águas puras, revestidas e repletas do poder da magia dos dragões… Com ela, ao toque de suas mãos, por segundos suficientes se forem aptas, suas magias atingirão precisão e potência, sem chamar a atenção da trama mágica, impedindo que as localizem em ação ou mesmo ao ato premeditado… Mas como conseguirão adentrar os domínios daquele primo desagradável eu já não saberia dizer, posso dar-lhes algumas dicas do local pois o conheço bem, mas por mais que seja um belo troco por ter me roubado a “lágrima”, temo que talvez não consigam avançar o suficiente no intento contra Yenorin…”
Jhon Raven observa todos os colegas e acena positivamente para eles como dizendo “daremos um jeito, certo pessoal?” ao passo que todos responderam prontamente o aceno… Akron sorria empolgado com a possibilidade de ação diferenciada, infiltração era sua especialidade e ele queria mostrar que podia realizar a missão como nenhum outro poderia… Nissa e Syndra vibravam, a missão dependeria delas, era uma chance de Syndra se sentir tão confiante quanto Nissa e de Nissa sentir-se útil uma vez que o episódio das baratas ainda a incomodava… Kinseph parecia irradiar luz solar de tão amistoso e positivo que se mantinha enquanto Tharg, sentia que tinha uma cidade inteira para derrubar se fosse preciso e isso por si só já era motivo para colher sua atenção… Jhon vira-se para o rei e respeitoso como era seu estilo, pede: “- Por gentileza majestade, nos mostre o caminho!”
O rei sorri, anões por natureza são seres que amam a lealdade, a disposição de proteger os seus, de se apoiarem mutuamente sem qualquer ressalva e as atitudes do grupo traziam essas sensações a Fallror Blazingriver! Ele então passa a mão pelo mapa o mudando e colocando em seu lugar um novo mapa, esse mostrando em detalhes a cidade de Bhandabhar: “- A cidade é de certa forma comum, afinal é uma cidadela humana que hoje está sob controle anão… As ruas, as moradias, as estruturas continuam desde quando fora construída e basta decorarem o caminho tranquilamente até o castelo que é onde realmente as dificuldades iniciarão… Por ser uma cidade mista, muitas raças vivem lá sob as ordens de meu primo então sua guarda é mesclada, não encontrarão apenas anões como guarda da cidade e principalmente, ele não tem guardas fêmeas, acha que elas não são poderosas o suficiente para proteger-lhe a vida… Seja qual for o tipo de guarda que ele tem à seu dispor, terão de achar um meio de lidar com isso… Quanto ao local dos tesouros, basta acionar a trava atrás de seu trono, a porta para a sala fica logo atrás e os leva até a torre principal da cidade, o ponto mais alto que os permitirá executar a ação que precisam e arrancar da posse do necromante o tal “observador místico”… Isso é o que posso fazer por vocês nesse momento meus amigos, espero ter sido útil de alguma forma…”
Todos observam o mapa e ponderam as palavras do rei enquanto ideias começam a surgir na mente de todos, cada qual de sua maneira de agir e capacidades que lhe incentivam… “- Se me derem tempo suficiente para agir, e isso afirmo, não serão necessários mais que alguns minutos, eu descubro a trava e como abri-la mesmo com armadilhas arcanas atrás do trono… Posso desobstruir a passagem aos tesouros sem qualquer problema se criarem alguma distração para tirar os olhos dos guardas de mim…” Era Akron quem olhava para os companheiros, esperando que de sua atitude inicial, um plano se traçasse para atingirem seus objetivos!
Nissa olha para Syndra e esta retorna o olhar para a aliada, mesmo sem entender corretamente a ideia, ela entendia que se Nissa confiava nela, ela iria atender a expectativa, então era a maga ruiva quem explanava: “- Você falou majestade sobre seu primo não gostar de guardas fêmeas, que as considera não suficientemente aptas… Assim temos uma guarda repleta de homens… Eu e Syndra podemos dar uma distração impecável a eles…” Todos então fazem uma expressão de certo espanto analisando de forma direta as palavras da maga e a própria percebeu que deveria ter explicado melhor para evitar meios entendimentos: “- Não seus tontos, eu estou falando de dançarmos para eles…”
Todos então desfazem a expressão assustada, inclusive Syndra parecia ficar aliviada ao passo que Nissa tinha uma expressão de quem questionava mesmo que não tivesse expressado em palavras: “- Como podem pensar que cogitaria algo tão baixo e com uma guarda inteira…” Todos riem da situação uma vez que percebiam o engano do plano e alguns deles já haviam inclusive montado em suas mentes a cena do plano que imaginaram, diante do trono do anão! A arcana nada satisfeita com as insinuações, bate no mapa e convoca: “- Prestem atenção aqui seus pervertidos!”
Ela desenha com o dedo e alguns gestos mágicos o trajeto que considera o mais correto e então explica: “- Tharg e Jhon com certeza não seriam as melhores opções para mentir aos guardas e tentar ludibriá-los, então, vocês serão os “seguranças” de nossa caravana artística! Kinseph será o “proprietário” do show e de nós duas, uma vez que queremos ser apresentadas ao rei e à plateia! Desta forma, Akron terá o tempo necessário para poder mexer no trono e tão logo ele abra a trava, teremos de agir instantaneamente… Syndra e eu iremos lançar magias para confundir a visão, Kinseph se encarrega de não deixarmos ninguém para trás, Jhon e Tharg cuidam da resistência e da porta da torre depois de fechada enquanto Akron encontra a lágrima e sobe torre acima! Tão logo a lágrima esteja conosco, Syndra e eu iremos no encalço de Akron iniciando o ritual enquanto vocês seguram a guarda que tentará chegar de qualquer forma até nós e se tudo der certo, conseguiremos retirar o observador místico de Adramanter antes mesmo dele perceber isso…”
Nissa sorri observando todos enquanto aguardava o retorno deles sobre seu plano e todos foram receptivos, porém Wigferth faz uma pergunta crucial: “- E como vocês saem da torre fechada depois de tudo isso?” Todos ficam parados a perceber a situação e enquanto os segundos passavam, Nissa começava a ficar cabisbaixa por ver que seu plano estava impecável de certa forma, porém uma falha brutal se incrustou na conclusão do mesmo, pois se não conseguissem sair dali, tudo então teria sido em vão… É então que Grund toma a frente, bate na mesa e conclui: “- Eu abrirei a saída para nós… Mesmo que signifique derrubar aquele castelo inteiro… O plano de Nissa e Syndra é perfeito e nenhum de nós pensou em algo melhor… Assim, vamos confiar nelas e nos deuses, iremos entrar, iremos ter a tal lágrima e iremos reaver o tal olho de bruxo que nos vigia… Uma vez feito isso, sairemos de lá de qualquer maneira, eu garanto… Algo contra o plano Wigferth?”
O clérigo sorri e ergue um pouco as mãos como demonstrando não ter nada a contestar, enquanto Syndra e Nissa pareciam ter recuperado o fôlego e um sorriso de satisfação tomava forma em seus lábios com as palavras poderosas do selvagem! O clérigo de Luuthander vindo de WinterLess, vendo tais reações, passava a olhar firmemente para Tharg e, também o rosto do Luuthanderiano exibia um sorriso de satisfação com as atitudes ali demonstradas mas, antes que o mesmo pudesse dizer algo, a reação dos colegas do bárbaro foram mais rápidas e mais viscerais…
“- Nissa e Syndra podem sim fazer este plano dar certo e reitero, onde Tharg abrir caminho, eu mantenho as armas deles longe de nós, de uma forma ou de outra nós o faremos, pois confio em Kellintor e nossa hora de cruzar a fronteira da morte não é agora!” Era Jhon Raven quem definia seu apoio à estratégia final para o plano, trazendo mais um sorriso às duas arcanas, quanto então Kinseph se pronuncia: “- Por Luuthander todos sabem que feliz seria um seguidor do deus sol com duas beldades como Syndra e Nissa como dançarinas particulares então, não somente pela satisfação de por segundos ter a posse de duas mulheres lindas - e o clérigo gargalha nessa hora demonstrando sua intenção bem humorada - como a confiança nos deuses me demove de qualquer observação contrária! Não sou poderoso como meus dois amigos aqui, mas meu escudo e maça estrela estarão à seu dispor para abrir esse caminho e sairmos de lá vivos!”
Wigferth mantinha o mesmo sorriso e de quando em vez olhava para o rei anão, que também entendia a jogada do clérigo para com o grupo, ficando ele também altamente satisfeito com o retorno obtido! As duas arcanas então se olharam e se sentiram como queriam, úteis e ativas no grupo e assim, uma nova jornada e missão estava traçada para o grupo imbatível!
O clérigo da cidade de WinterLess então bate na mesa com empolgação e ergue-se, sorrindo e observando todos: “- Então está feito! Seus planos foram traçados, suas estratégias organizadas e o destino de sua ação perfeitamente desenhados em suas mentes! Eu agora devo partir antes que WinterLess desconfie de minha ausência…”
Nissa é quem então interpela a fala de Wigferth e indaga, logicamente: “- Wigferth... Essa missão é importante, bolamos diversas estratégias, mas... Se fosse conosco, poderia ajudar e muito a resolver essa questão… Talvez até mesmo Adramanter fosse um inimigo menos temeroso se poderosos como você se unissem… Ou assumissem essa missão… Porque não unir as forças ao invés de dividi-las Wigferth? Porque com tanto poderio simplesmente não destroem Adramanter de WinterLess mesmo, sei que possuem poder para isso…” Nissa fica a focar o clérigo enquanto os demais que a observavam desferindo as palavras contra o Luuthanderiano, como se endossassem sua pergunta - à exceção única de Kinseph que se mostrava sério e como se tivesse tal resposta pronta igualmente - focam seus olhares em Wigferth que de cabeça baixa ouvia tudo e então toma novamente a palavra:
“- Nissa… Pessoal… Entendam algo… E não somente para esta missão mas para suas vidas… A existência e seus problemas são um conglomerados de situações, acontecimentos e fatalidades… Cada um de nós tem missões que podem cumprir e missões que não podem… O que me diria se eu trouxesse ordens de WinterLess para que adentrassem a Dorsal do Mundo, reino dos gigantes de gelos que trocam favores e crimes com os Orcs, Trolls e demais criaturas sanguinárias, e lá sozinhos enfrentassem exércitos de gigantes devoradores de qualquer tipo de carne?”
O grupo fica a observá-lo enquanto Kinseph era quem baixava a cabeça agora e ouvia com calma e sabedoria seu irmão em crença, continuar a narrar algo que para ele era sabido desde sempre: “- Os animais não inteligentes devem ser protegidos por nós, como os deuses protegem a nós e como alguém, acima deles os protegem e velam por eles… Cada qual em seu patamar e capacidade executa o que está ao seu alcance e assim, permite que os que podem fazer além, vão à frente e resolvam o que não pode ser resolvido pelos primeiros… Meu irmão Kinseph já os explicou tal fato, mas não quero que pensem mal de nós ou de mim… Eu tenho atribuições e compromissos que vocês não poderiam cumprir e que ao final do todo, são compromissos que direta ou indiretamente auxiliam vocês em suas missões… Se eu não estiver lá, perdem vocês grande ajuda que podem ser direcionadas por mim, como o fiz aqui com meu amigo rei Blazingriver… Compreenda Nissa, cada um de nós resolve e se esforça por aquilo que pode, assim como estão lutando aqui arriscando suas vidas, seres além de seus poderes atuais agem em situações como a do Dorso do Mundo, e outros mais poderosos além deles resolvem situações titânicas entre divindades e seres igualmente ou mais poderosos… De tal feita, é justo comparar minha explanação com guardas de uma cidade, inverter os papéis seria como pedir que vocês cinco protejam os portões de WinterLess! Suas capacidades lhes permitem ir ao encalço de maquiavélico e mortal necromante, enquanto que os pobres guardas, não conseguiram segurar Grund-Tharg quando chegou à nossa maravilhosa cidade… Cada um de nós tem atribuições poderosas, dentro do nível a que estamos capazes de agir... Na verdade, eu diria mais, eu diria… Responsabilidades às quais podemos dar conta… Dentro do nível de vocês que, estão obviamente acima do nível de praticamente três quartos de todo e qualquer cidadão que vive neste mundo, essa é a atribuição poderosa que nós e os deuses confiamos a vocês… Consegue me compreender minha amiga? Entende como os níveis de heroísmo e ação exigem o máximo do que cada um consegue?”
Nissa então abaixava a cabeça em sinal de concordância, ao passo que todos pareciam ter entendido as palavras de Wigferth… O rei anão acena levemente de forma positiva, demonstrando que mesmo com toda a sapiência que os anos de reinado e de vida haviam trazido ao velho Blazingriver, ele se sentia obrigado a concordar que o imponente clérigo merecia méritos pelas palavras corretas e bem explicadas sobre a situação em sua real forma… Eis que a arcana ruiva então ergue o rosto e com lágrima aos olhos, completa: “- Me… Desculpe! Grund-Tharg, Kinseph, Jhon… Todos vocês creem mesmo no impossível pois confiam em suas divindades, vocês se sentem seguros, poderosos e úteis… Akron sobreviveu e sobrevive tanto tempo solitário, apesar de todas as situações cruéis e discriminativas que presenciou, ele parece não temer nada… E Syndra… Ela é corajosa, poderosa, mesmo diante dos maiores desafios ela sempre se mostra altiva e incapaz de recuar, mas eu… Eu tenho medo de baratas… Tenho tanto medo de falhar com todos vocês… Me desculpem por isso…”
O gigante clérigo de Luuthander então se aproxima, segura a maga pelos ombros e fica a observando firmemente nos olhos… Akron exibia um sorriso gigante, nunca em sua vida alguém demonstrava ter prestado atenção no que ele chamava como sofrimento e agora, Nissa expunha isso a todos, de forma elogiosa… Syndra não era capaz de computar o que havia ouvido, justo ela que tanto se considerava inferior à Nissa, via agora a maga rubra à dizer que espelhava-se justamente na arcana loura… Jhon, Tharg e Kinseph mantinham-se de cabeça baixa, sendo o Kellintorita e o selvagem naturalmente avessos à demonstrações de afeto, enquanto Kinseph parecia tentar se aproximar da sabedoria exposta por seu irmão em Luuthander diante de todos eles, pois compartilhava sem dúvida da mesma visão sobre as missões e os escolhidos para ela… Nissa finalmente olha nos olhos de Wigferth que sorrindo completa: “- Seres vivos sem medo, são seres que abandonaram suas almas, seus sentimentos… O medo não implica em temer algo grande ou mortal, o medo implica em sentir e usar esse sentimento de forma correta, justa, honrosa… Tudo que vejo diante de mim é uma poderosa arcana que se culpa por algo que muitos dos inimigos que enfrentamos hoje, se tornaram inimigos justamente por perder tais capacidades… Primeiro o medo, depois a empatia e por final os sentimentos… Se você tem medo de algo Nissa, significa que tem sentimentos, e isso te qualifica como um ser vivo ainda capaz de ter empatia! É em pessoas assim que me sinto confortável em confiar o destino do mundo! Me compreende?”
Syndra então se aproxima e toca no braço da aliada e ambas acenam positivamente uma para a outra, enquanto os demais olhavam para a arcana sinalizando que estavam com ela e que compreendiam as explicações de Wigferth… Kinseph olha para seu irmão em Luuthander, ambos acenam um para o outro e então o enviado de WinterLess se afasta em direção à porta da sala, agradecendo ao rei e se referindo aos aventureiros igualmente: “- Apanhem a “Lágrima de Mystranirr”, subam o mais alto que puderem na torre, abram um portal rápido e controlado apanhando o “Observador Místico” e o destruam, evitando assim serem monitorados por Adramanter de novo! Nissa encontrará a localização do “Observador” dentro do forte do necromante através das emanações dele, pois não está protegido como a “Esfera Dimension”… Lhes desejo sorte e sucesso meus amigos e amigas! Rei Blazingriver, peço que lhes dê uma boa noite de sono e comida para se recuperarem e agradeço uma vez mais por sua ajuda, mas principalmente por nossa amizade!”
Laryana, a bela elfa - ou pelo menos era a imagem que ela mais usava - surge através de um portal e Wigferth adentra o mesmo desaparecendo do local… Blazingriver então ordena aos guardas que atendam os pedidos dos hóspedes e despede-se deles igualmente: “- Desejo-lhes sorte em sua missão e peço à Guinnradin que os proteja conforme for possível e aceitado por cada um de vocês… Enviarei amanhã, depois que partirem, um ou dois anões para ver a cara de babaca que aquele maldito Yenorin ficará ao ver que perdeu a “Lágrima de Mystranirr” AHAHAHAHA! Adeus jovens aventureiros e sejam sempre bem-vindos, enquanto eu reinar, nas terras desta cidadela!”
O rei se retira e todos sentam-se novamente, algumas conversas aleatórias sobre as palavras trocadas com Wigferth e a ordem pela qual as coisas deveriam acontecer… Kinseph arrematava tudo com uma última explicação: “- Dentre nós clérigos de Luuthander, basta conseguirmos a primeira etapa de nossos dons, ou seja, curar, e já podemos ir aos campos de batalha, porém, devido à nossa restrição potencial, vamos para a guerra somente para isso, curar, nada além, pois não temos o poderio de combate necessário, ainda! No entanto e obviamente, existem irmãos que além de curar e sem precisar se concentrar, podem combater, invocar poderosos dons de Luuthander entre outras bênçãos… Esses são despachados para as missões mais poderosas e por isso, por eu não poder enfrentar o que eles enfrentam, fico nas linhas de retaguarda salvando vidas enquanto eles fazem o que não posso, poupando-lhes o consumo de suas capacidades com os irmãos feridos… Eis como tudo se resume e vejam, não tomem isso como uma ofensa, todo aquele que tem um mínimo de raciocínio, sabe que existe um limite sobre o que pode ser enfrentado por cada ser… Avancemos contra o que podemos combater, o primo do rei e depois Adramanter e um dia, com nossos dons desenvolvidos, poderemos ir à frente… Da mesma forma, tenham em mente, enquanto nós enfrentamos esta missão sozinhos, estamos dando permissão e segurança, para que os acima de nós enfrentem aquelas ameaças ao mundo que nós não poderíamos dar conta… Eles confiam em nós, e de certa forma, eles dependem de nós nesta missão… Eu não saberia como me sentir mais honrado do que ser confiado à mim alguma missão que outros não podem cumprir, fosse por qual razão ou motivo…”
Todos à exceção de Tharg e Jhon sorriem levemente e, mesmo estes dois, apesar da não demonstração física, sentiam-se inspirados pelas palavras de Kinseph… Influência de sua divindade ou ele realmente conseguia chegar ao cerne da alma dos aliados? Ninguém no grupo precisava dessa resposta, apenas estavam encorajados e tinham a certeza de que cumpririam sua meta, fosse ela do tamanho que fosse, pois, a missão havia sido confiada a eles! O grupo então termina a refeição, guarda os mapas, se recolhe sob a indicação dos guardas e a noite passou, diferente das demais, confortável, limpa, segura, sem que qualquer um deles precisasse montar guarda ou manter vigilância por suas vidas e o resultado no dia seguinte, era que ao raiar do sol, até mesmo aqueles que não tinham esse compromisso, se erguiam vigorosos, esperançosos, determinados e sentindo que poderiam realizar qualquer coisa, até mesmo o impossível!
Os grandes portões da cidadela anã eram abertos, o grupo seguindo em seus cavalos deixava o porto seguro confiantes… Os guardas como sempre taciturnos e sérios sequer demonstraram satisfação ou insatisfação com o grupo, eram rígidos, ordeiros, eles seguiam as leis e as regras de seu povo e isso era tudo! A formação constava de Grund-Tharg à frente como bom rastreador e guia e Jhon Raven à retaguarda para proteção do grupo… Os demais seguiam ao centro mas todos eram capazes de se ouvirem mutuamente e, enquanto seguiam pelo terreno agora semiárido e de esparsas vegetações com ausência completa de florestas ou lagos e rios, os planos iam sendo lapidados…
“- Bom, então chegando na cidade, vamos em direção ao castelo, Kinseph faz as apresentações e consegue nossa entrada até a presença do rei…” Era Nissa quem repassava tudo em voz alta e embora não estivesse nervosa a ponto de prejudicar a ação, ela sentia aquele frio no estômago de algo incrível à ser feito logo à frente… Syndra então continuou:
“- Exato e, assim que estivermos diante do tal rei, usaremos de tudo pra manter a atenção e principalmente os olhos deles em nós e…” Nesse momento era Grund-Tharg quem se manifestava interrompendo a fala da arcana, com um sorriso sarcástico no rosto sem olhar para trás: “- Enquanto Jhon e eu fazemos o nosso melhor para que eles mantenham apenas os olhos em vocês!” Todos pensam por menos de um segundo processando tudo e então riem largamente à exceção de Jhon que apenas sorri levemente com a piada, pois apesar de oportuna, não deixava de ser uma preocupação real! Syndra então retoma a compostura e a fala: “- Enquanto a gente se exibe e vocês nos escoltam, chamamos a atenção deles para que nosso amigo ali possa agir!” Eis que então Akron era quem erguia o braço direito com o punho fechado como se concentrasse forças em seus bíceps, e otimista dizia:
“- Sim, enquanto vocês mentem descaradamente, eu irei procurar sequer ser visto ou notado pela guarda ou os demais, tenho certeza que com tamanha distração eu chego atrás do trono, abro a passagem e então, esquecerei de vocês por completo, pois minha prioridade será encontrar a lágrima e correr para o topo da torre onde irei esperar até chegarem!” Todos acenam positivamente, o plano estava traçado, todos sabiam o que fazer e a viagem seguia, determinada e em ritmo calmo visto que não mais que duas horas os separavam de seu destino atual!
O sol havia deslocado-se um quarto de céu quando chegavam a praticamente metade do trajeto, pois estavam diante do conhecido "Desfiladeiro Ancestral", um corredor enormemente largo atravessando uma extensão montanhosa em toda sua imponência... Sem dúvidas seria um local adequado para ataques de saqueadores e outros tipos de criminosos, porém, a disposição de espaço era tão grande, que qualquer um poderia ser avistado há quilômetros de distância, diminuindo assim, de forma poderosa, as capacidades de emboscadas em tal ponto... Surpreso com o que via, era Kinseph quem comentava: "- Eu já havia ouvido falar desse local, mas nunca achei que fosse tão incrível..." Akron se aproxima de Kinseph em sua montaria e inicia seu desfile de conhecimento, com um sorriso de satisfação ao rosto:
"- Muitos acreditam que o desfiladeiro na verdade, era o lar, em algum tempo perdido nos primórdios da existência, de um gigantesco e poderoso rio que corria furioso até o topo destas paredes, colocando toda essa área como zona de mar aberto... Em algum momento do tempo que sequer temos condições de reconhecer ou arriscar palpites, ele secou, ou foi removido, é impossível dizer ao certo o que possa ter acontecido mas de alguma forma, a água simplesmente desapareceu daqui e foi então, depois de algumas centenas de anos com as terras já áridas e arenosas como ficaram que, uma civilização ainda desconhecida aqui viveu por eras e sua cultura, embora nenhuma escrita ou desenho, está por toda a parte na forma de estátuas e imagens como pode ver..."
Kinseph analisava tudo e à exceção de Tharg e Jhon, todos observavam as extensas e gigantes muralhas, repletas de estátuas e esculturas que lembravam diversas criaturas já conhecidas e algumas, totalmente incapazes de serem identificadas... O grupo seguiu à frente, a névoa tomava conta de certas partes, mas a visibilidade ainda assim era boa e então foi que Kinseph quis satisfazer sua curiosidade uma vez mais: "- Consigo claramente reconhecer a semelhança e inspiração em marfíneos na maioria das estátuas, mas aquelas à frente, bem no alto, são bem distintas e eu diria, até mesmo assustadoras... Sabe dizer à que se referem Akron?"
O tiefling observava com interesse as esculturas que estavam ainda distantes centenas de metros e mais alto ainda outras centenas, e realmente ele não fazia ideia do que poderiam ser tais criações estranhas: "- Realmente você tem razão Kinseph, eles destoam de tudo... Na verdade não parecem pertencer a este ambiente, é como se... Fossem estátuas colocadas em locais errados..." Nesse momento Grund-Tharg detém sua marcha, suas narinas se abriam e fechavam buscando por um cheiro que havia impregnado seus sentidos o alertando.... O selvagem olha para cima, visualiza as estátuas das quais Akron e Kinseph falavam até então - e que ele vinha ignorando por completo - e as observa com desconfiança, abrindo e fechando suas narinas, buscando o cheiro que o incomodava... Como que percebendo que seus odores os haviam denunciado, as estátuas viram suas faces para os viajantes, sorriem de forma demoníaca, abrindo asas tais quais morcegos de poderosa envergadura, alçando voo na sequência em gritos estridentes e aterrorizantes!
O sol havia deslocado-se um quarto de céu quando chegavam a praticamente metade do trajeto, pois estavam diante do conhecido "Desfiladeiro Ancestral", um corredor enormemente largo atravessando uma extensão montanhosa em toda sua imponência... Sem dúvidas seria um local adequado para ataques de saqueadores e outros tipos de criminosos, porém, a disposição de espaço era tão grande, que qualquer um poderia ser avistado há quilômetros de distância, diminuindo assim, de forma poderosa, as capacidades de emboscadas em tal ponto... Surpreso com o que via, era Kinseph quem comentava: "- Eu já havia ouvido falar desse local, mas nunca achei que fosse tão incrível..." Akron se aproxima de Kinseph em sua montaria e inicia seu desfile de conhecimento, com um sorriso de satisfação ao rosto:
"- Muitos acreditam que o desfiladeiro na verdade, era o lar, em algum tempo perdido nos primórdios da existência, de um gigantesco e poderoso rio que corria furioso até o topo destas paredes, colocando toda essa área como zona de mar aberto... Em algum momento do tempo que sequer temos condições de reconhecer ou arriscar palpites, ele secou, ou foi removido, é impossível dizer ao certo o que possa ter acontecido mas de alguma forma, a água simplesmente desapareceu daqui e foi então, depois de algumas centenas de anos com as terras já áridas e arenosas como ficaram que, uma civilização ainda desconhecida aqui viveu por eras e sua cultura, embora nenhuma escrita ou desenho, está por toda a parte na forma de estátuas e imagens como pode ver..."
Kinseph analisava tudo e à exceção de Tharg e Jhon, todos observavam as extensas e gigantes muralhas, repletas de estátuas e esculturas que lembravam diversas criaturas já conhecidas e algumas, totalmente incapazes de serem identificadas... O grupo seguiu à frente, a névoa tomava conta de certas partes, mas a visibilidade ainda assim era boa e então foi que Kinseph quis satisfazer sua curiosidade uma vez mais: "- Consigo claramente reconhecer a semelhança e inspiração em marfíneos na maioria das estátuas, mas aquelas à frente, bem no alto, são bem distintas e eu diria, até mesmo assustadoras... Sabe dizer à que se referem Akron?"
O tiefling observava com interesse as esculturas que estavam ainda distantes centenas de metros e mais alto ainda outras centenas, e realmente ele não fazia ideia do que poderiam ser tais criações estranhas: "- Realmente você tem razão Kinseph, eles destoam de tudo... Na verdade não parecem pertencer a este ambiente, é como se... Fossem estátuas colocadas em locais errados..." Nesse momento Grund-Tharg detém sua marcha, suas narinas se abriam e fechavam buscando por um cheiro que havia impregnado seus sentidos o alertando.... O selvagem olha para cima, visualiza as estátuas das quais Akron e Kinseph falavam até então - e que ele vinha ignorando por completo - e as observa com desconfiança, abrindo e fechando suas narinas, buscando o cheiro que o incomodava... Como que percebendo que seus odores os haviam denunciado, as estátuas viram suas faces para os viajantes, sorriem de forma demoníaca, abrindo asas tais quais morcegos de poderosa envergadura, alçando voo na sequência em gritos estridentes e aterrorizantes!
Grund-Tharg e Jhon Raven e uníssono gritaram à plenos pulmões na ação seguinte de ambos: "- GÁRGULAS!! CORRAM, PROCUREM ABRIGO, SAIAM DO ESPAÇO ABERTO!" Com todos reagindo instantaneamente ao comando dos dois guerreiros e guiados por Grund, a caravana corria em direção à parede lateral direita, para buscar espaço nas fendas de pedra onde pudessem não ser atingidos de cima e então eram Tharg e Jhon quem ficavam diante do espaço, com suas armas em mãos, preparando-se para o combate que seguiria! Akron, Syndra e Nissa, assim como Kinseph haviam sido quase que empurrados para trás à força pelos dois guardiões e enquanto eles pensavam em como reagir, as criaturas davam rasantes por entre o desfiladeiro gargalhando, tentando impor terror...
Eis que então uma das gárgulas detém seu movimento diante do grupo, com distância segura e, com voz estridente, debocha: "- Ora, ora, ora... O necromante nos disse que iríamos nos divertir, no entanto, acho que não vamos sequer conseguir a reação deles... Que decepcionante, ahahahahahah!" A criatura bate asas e sobre novamente enquanto todos os monstros continuavam seu show de horrores, como se fossem morcegos grotescos e monstruosos à tentar se apoderar de uma presa... Akron por detrás dos dois guerreiros comenta: "- São feitos de pedra, não possuem sangue ou mesmo órgãos a serem perfurados... Lâminas não resolvem Jhon, precisam de armas de concussão ou nada farão nesses monstros..."
Syndra então era quem argumentava: "- Eu posso usar minhas magias de vácuo e gravidade e esmagá-los!" Nissa eram quem colocava a mão no pulso da aliada que preparava-se para conjurar, chamando a mesma à razão: "- Se fizer isso, o desfiladeiro todo pode ser afetado e todos morreremos aqui dentro... Minhas magias atuais também não são eficazes contra eles, somente força bruta com armas adequadas pode destruir uma gárgula!" É nesse momento que Grund-Tharg compreende que ele será o único capacitado para enfrentar os monstros, seus músculos dilatam-se, seus olhos energizam-se e ele prepara-se para disparar em carga contra os monstros ativando sua já conhecida capacidade de fúria, mas não antes de recomendar: "- Perto do Golem de OgreBould lá na floresta, esses carniceiros voadores são nada... Jhon... Sem uma maça estrela não vais poder ajudar, deves ficar aqui e proteger aos demais caso eu falhe! Deixe essa batalha comigo!"
Jhon praticamente inflama seus olhos ao ouvir tal frase e pragueja: "- ACASO ACREDITA QUE VOU FICAR PARADO VENDO VOCÊ IR PARA O COMBATE SOZINHO?" É então que uma mão toca ao ombro do kellintorita o fazendo reconhecer o aliado ao seu lado, Kinseph que sorrindo, empunhando sua maça estrela e o escudo do deus sol, explica: "- Ele não estará sozinho bravo Jhon Raven! Eu disse a vocês que aqueles dentre nós que conseguem curar, podem ir à campo de batalha, mas que aqueles que podem fazer mais que isso, assumem missões maiores... É minha vez de mostrar que também estou crescendo na fé e nos dons de meu senhor Luuthander e assumir responsabilidades maiores!" Jhon fica a observar Kinseph se aproximar de Grund-Tharg enquanto seu corpo começava a emanar forte brilho dourado que parecia surgir e emanar de si mesmo e não algo advindo de origem divina como se esperaria!
"- Eu te darei cobertura meu amigo, derrubarei eles do céu, destrua à todos sob seu alcance!" E assumindo posição ofensiva com o escudo à frente firme pela mão esquerda, assim como a maça estrela empunhada firmemente pela mão direita, o jovem clérigo pronuncia, inicialmente em tom suave para logo, sua voz ir aumentando e se tornando cada vez mais forte e imponente: "- Ó Senhor do Amanhecer... Teu filho clama por tuas dádivas para expulsar o mal e proteger meus aliados... Não sou ainda merecedor, mas teu nome como protetor dos que merecem tem de prevalecer diante deste cenário... É por isso que invoco... FORÇA DOS JUSTOS!!"
Como um sol que começava à surgir diante deles, Kinseph brilha, seus músculos aumentam tonificando completamente sua força muscular assim, como sua estatura e largura começavam a aumentar e atingindo a marca de aparentemente quatro metros de altura, Kinseph se tornava literalmente um gigante diante dos aliados e era Grund-Tharg quem finalmente entendia a estratégia do aliado para aquele momento desesperador... Todos sem exceção, admiravam-se sobremaneira com o poder manifestado pelo calmo e benevolente clérigo, impressionados com seu poder magnânimo e jamais pensado, fato esse que não passou despercebido ou sem causar temor nos inimigos que quase que instantaneamente, as gárgulas avançam percebendo que o grupo era muito mais poderoso do que julgaram prematuramente! A maça estrela de Kinseph assim como seu escudo então brilham de form,a ofuscante e finalmente começam sua dança avassaladora!
As criaturas se aproximavam com garras em riste e sua fúria sanguinária como combustível e, inevitavelmente, diferente do que planejaram, ou eram avariadas pelo escudo vigoroso que os repelia com violência contra as demais paredes os fazendo cair de forma brutal ao chão, ou eram estilhaçados pelo impacto da clava gigante que os atingia de forma violenta, sem chance de defesas! Urrando como uma fera sem controle, Grund-Tharg corria pela campo de batalha, protegido pelo agora, meio-gigante Kinseph, enquanto toda e qualquer gárgula que caísse ao chão era explodida pelo impacto de sua maça estrela presente - lembrava o bárbaro sempre - de Lady Betrayal. embora ele ainda não compreenda o porquê... De centenas as criaturas se tornaram dezenas e de dezenas em questão de segundos, apenas o líder que havia mantido-se longe restava, planando, os observando de cima como se os estudando...
Kinseph e Tharg o observavam enquanto o monstro finalmente resolve agir... Abrindo suas asas e berrando em uma língua incompreensível, o gárgula rei é atingido por poderoso raio negro, raio esse de origem desconhecida mas que pela fala inicial do monstro, todos imaginavam de onde estaria vindo... O ataque do raio aumentou levemente o gárgula rei de tamanho, descendo finalmente contra o meio-gigante Kinseph com suas garras em posição de ataque, sedento - e convencido - de que iria derrubar pelo menos aqueles dois... O clérigo por sua vez sorri, observa o monstro vindo veloz em sua direção e aguarda, reserva o momento correto e se prepara, e eis que a gárgula atinge distância de ataque, se estica e desfere seus golpes de garras visando o corpo de Kinseph que finalmente se mexe, gira seu corpo em sentido anti-horário e de forma brutal, com seu escudo deflete e reprojeta o monstro de pedra para sua lateral acabando por completo com a investida inimiga, de uma forma que mais parecia estar o clérigo estapeando um inseto! Na sequência do movimento impossível de ser detido, o punho de Kinseph, agora gigante diante dos demais segue junto, coberto pela poderosa energia solar que realizava o trabalho de uma armadura arcana, atingindo com um golpe de maça extremamente poderoso, no ponto exato onde a gárgula impactou-se....
Alguns segundos então de silêncio e a criatura incrustada na parede rochosa despenca, ainda com vida, ainda acreditando ter nova chance, ainda crendo que poderia pelo menos fugir e retornar com nova horda, mas ao cair ao chão um tanto atordoada, sua última visão fora o corpo energizado de Grund-Tharg, descendo em direção ao monstro com sua maça em punho, seus olhos transbordando em fúria e no segundo seguinte, a cabeça do monstro se desfazia em pedaços de granito espalhado pelo chão, onde se confundiria com o solo, esquecido para sempre com o passar das gerações...
Grund vira-se e olha para Kinseph, esse por sua vez bate com a maça em seu escudo e então reduz seu tamanho de volta ao normal, caindo ao chão logo em seguida com certa dificuldade para ficar em pé... Todos correm para ajudar o amigo enquanto Jhon se dirige à Tharg perguntando se o mesmo estava bem... O selvagem limpando o sangue da boca, exclama rindo: "- E não é que o filho de chacal tinha feitiçarias úteis com ele?" Os dois guerreiros sorriem e seguem em direção ao aliado que parecia estar se recuperando rapidamente do choque... Jhon reitera a pergunta de todos e eis que o clérigo, já bem menos ofegante tranquiliza o grupo: "- Uma vez por dia, os clérigos já mais avançados de Luuthander, podem invocar a "Força dos Justos"... Todos os nossos atributos se elevam assim como nosso tamanho, uma benção de nosso deus aos que se julgam dignos, mas ela dura pouco tempo e devido ser minha primeira vez, creio que não soube lidar com o desgaste que tal dom causa... Eu peço desculpas por isso!"
O grupo depois de alguns segundos de silêncio começa a rir e todos estão dando tapas às costas do clérigo, maravilhados com o feito que eles jamais esperariam que o calmo e centrado aliado pudesse ostentar! Várias piadas foram feitas e muitas perguntas surgiram querendo entender aquela capacidade única para eles e ao final, o saldo que restara na mente aliviada de todos, era que realmente o clérigo Kinseph, literalmente havia sido gigante naquela situação, sendo sem sombra de dúvidas a grande diferença durante aquele combate! Após alguns minutos para descanso o grupo ergueu-se e começou sua trajetória novamente, dessa vez sem mais qualquer imprevistos... Entre os integrantes, a conversa girava em torno do ataque sofrido, de como as criaturas se confundiam com as rochas naturais e claro, sobre a fala do líder alegando que o necromante havia falado sobre eles, ou seja, Adramanter continuava enviando inimigos para pará-los... Sem perceber o tempo passando pelo embate de palavras, como cogitado antes, não mais que duas horas de marcha lenta com as montarias, e o grupo finalmente - e sem mais combates surpresas - estava diante da cidade Bhandabhar…
Tão extensa e brilhante quanto qualquer cidade importante daqueles mundos esquecidos, a cidade era aparentemente receptiva, bandeiras e flâmulas tremulavam por toda a extensão de seus domínios, bem como casebres e pequenas locações de plantio que se estendiam ao redor das muralhas às margens dos pequenos rios que se aglomeravam ao redor de Bhandabhar… Essas aglomerações por assim dizer, formavam lagos e pontos pesqueiros antes de dar acesso aos pontos de navegação maiores, expoentes e recipientes de seus comércios e formas de sustentabilidade… Era Syndra quem então maravilhada, comentava olhando tudo enquanto se aproximavam: “- Uma cidade fora das entranhas das montanhas sendo governada por anões, é bastante curioso não acham?”
Akron com um sorriso nos lábios analisava tudo, quase cheirava o ar sentindo o mesmo ser agradável ao extremo depois de tantos fossos e vilas fantasmas pelas quais passaram: “- Já fora conhecida como uma das cidades mais ricas e militaristas dentro desta nação e embora fosse originalmente uma cidadela humana, devido ao comércio geral e os confrontos, ela mudou bastante, precisou unir forças para resistir! Hoje seria justo dizer que tem metade de sua população em humanos, uma outra parte significativa em anões e o restante se divide entre as demais raças como gnomos, meio-elfos, halflings e outros... Os humanos que aqui reinaram no início dos tempos eram vigilantes, cautelosos até demais… Grupos de forasteiros, transeuntes entusiasmados como nós que simplesmente faziam perguntas demais eram vistos com desconfiança e apreensão dentro de Bhandabhar... Como eles viviam sofrendo constantes ataques de orcs durante algo próximo de quinhentos anos de existência da mesma, esse comportamento era natural e necessário e foi o que manteve a cidade longe do poder dos orcs, permitindo o reinar dos humanos e depois dos anões que governam até hoje... Poucas décadas nos separam do tempo em que os novos habitantes humanos se estabeleceram e se uniram com seus irmãos anões, para então iniciar a remodelação da fortaleza levando ao nascimento de uma nova cidade, à medida que o artesanato dos anões se entrelaçava perfeitamente com o mercantilismo humano, florescendo assim o que se vê hoje, símbolo de força que ostenta no norte. Além da rua principal em destaque, a cidade tem o comércio, o palácio central do rei, dois portões maiores e uma série de portões menores permitindo acesso ao seu interior… Eu creio que isso mostra que o controle de entrada e saída não é mais o forte deste local e acho que essa “falha”, se podemos chamar assim, se deve ao fato de que o rei anão contrata regularmente aventureiros para resolver crises fora da cidade, coisas que possam ameaçar sua segurança, assim o entra e sai é frenético e quase sem controle, apenas o palácio mantém um pouco mais de vigilância e mesmo o palácio não é nada impecável! E claro, se quiserem adquirir algo, aqui se vendem armas mágicas, comida, itens, enfim, tudo que o dinheiro puder pagar, se encontra, legal ou ilegalmente dentro de Bhandabhar!”
O grupo se aproximava dos portões com os ouvidos de Tharg quase zunindo devido à falação incontrolável de Akron, mas que sem dúvidas servia para situar a todos do que os aguardava atrás daquelas muralhas desconhecidas ao grupo, talvez não apenas a Akron, devido ao conhecimento amplo demonstrado em sua explanação… O portão da cidade estava aberto, ao longe se podia ver, mas então alguma movimentação acontece mesmo que não seja percebida por todos e eis que Grund-Tharg detém a marcha e questiona, sem olhar para o grupo, de olhos fixos ao portão da à frente deles: “- Ô diabete… Que tipo de raça tu falou que vivem nessa cidade mesmo?”
Akron se aproxima do gigante detendo sua montaria ao lado do mesmo, respondendo com certa dúvida sobre o motivo de tal pergunta: “- Até onde sei, humanos, anões, gnomos, halflings, alguns poucos meio-elfos e afins… Porque exatamente está me perguntando isso Tharg?”
O gigante aponta os portões e para quem não tinha a visão tão apurada e não conseguia definir tão bem as criaturas dada a distância, o selvagem completa, com expressão de quem estava totalmente surpreso embora a explicação detalhada dada pelo Tiefling até ali: “- Porque tem dois minotauros bem mais altos que eu com trajes de guardas, cruzando as lanças diante da entrada do portão…” O bárbaro então vira-se para o pequeno especialista, questionando novamente: “- Quase explodiu meu ouvido de tanto falar e esqueceu de dizer que talvez precisássemos dar de cara com essas vacas crescidas como recepção da cidade?”
Akron fica sem saber o que dizer, os demais se aproximam e ficam a analisar a situação, enquanto mais guardas se aproximam dos dois minotauros na entrada da cidade, observando ao longe o grupo aventureiro que se aproximava de seus portões!
Continua...
Galeria de imagens:
O Desfiladeiro Ancestral:
Gárgulas - As criaturas de pedra:
O Desfiladeiro Ancestral:
Gárgulas - As criaturas de pedra:
Dentre os diversos tipos de construtos mágicos, as gárgulas estão entre os mais populares. São estátuas de pedra na forma de criaturas quiméricas horrendas... Muitas são realmente apenas estátuas, feitas sob o valor simbólico de proteger o local contra espíritos malignos (assustando-os) ou intimidar a população (no caso de castelos e templos de tiranos). No entanto, não é raro que algumas destas estátuas tenham sido animadas com magia, atuando como guardiões da construção. O ritual de criação de gárgulas é considerado como relativamente simples, pois como na criação da maioria dos construtos, consiste no aprisionamento de um espírito elemental (geralmente da terra, mas há variantes) no interior da estátua, seguido de uma série de encantos para dominar o construto e programá-lo para suas tarefas. Gárgulas possuem uma inteligência limitada, seguindo sua programação, que costuma ser “proteja o local contra invasores”, sendo que invasor é qualquer um menos a pessoa designada como mestre e, pessoas que possuam uma salvaguarda (um amuleto ou uma senha). Para evitar problemas de gárgulas atacando inocentes, a maioria dos rituais de criação inclui a limitação das gárgulas se moverem apenas à noite, protegendo a construção contra possíveis saqueadores, mas isto não é uma regra.
A cidade de Bhandabharr vista de fora:
O mapa da cidade de Bhandabharr, visualizando a mesma de cima:
O item mágico, "Lágrima de Mystranirr":
Rei Fallror Blazingriver - Rei dos anões da cidadela Ferrbahrr:
Wigferth - Clérigo de Luuthander:
Laryana - A feiticeira misteriosa, aliada de Wigferth:
Antes de mais nada... Ô saudades que eu estava de ler as aventuras desse grupo!
ResponderExcluirE vamos lá.
Curti muito o rei dos anões, achei ele muito espirituoso e, como estou fazendo minha maratona anual de Senhor dos Anéis, não pude deixar de relembrar do Gimli...
Curti demais como o capítulo focou bastante no grupo, ajudando a desenvolvê-los ainda mais, fossse em situações inteiras, como o medo de baratas de Nissa voltando à baila, ou em uma única frase, com o Akron ficando tocado com as palavras ditas sobre ele.
Essas cenas dos frelacionamentos entre os membros do grupo, aliás, são tão bem descritas e boladas quanto às épicas lutas que você nos descreve... Conseguir se destacar na escrita dos dois momentos não é para qualquer um.
Gostei também da explanação sobre as diferenças de poder e os tipos de desafio que cada um deve enfrentar, uma ótima resposta que esse tipo de cenário de rpg sempre gera, se existem heróis com poderes divinos, o que os aventureiros menos podem fazer para ajudar, uma vez que esses seres tão poderosos poderiam, por exemplo, eliminar uma hora de zumbis com um estalar de dedos.
Muito bem escrito e esclarecedor.
E então chegamos à batalha onde o Kinseph, literalmente, brilhou.
Simplesmente fantástica essa habilidade de crescer, não apenas em poder, mas também em tamanho e força... Eu consegui visualisar toda a cena e, juro, se passasse num cinema, faria o público vibrar como nunca!
A batalha contra o Gárgula foi brutal e durou o tempo certo, nem curta demais, nem alongada demais. Perfeito.
Akron, como sempre, servindo de mestre, sempre ajuda os leitores a se localizarem e a piada final, com as "vacas", num humor sem exagero e sem ser deslocado, que também foi usado em outros momentos, terminou de coroar esse excelente capítulo!
Meus mais sinceros parabéns!
Grande Norb, mais uma vez obrigado pela atenção e consideração de sempre, receber teus comentários, sempre recheados de apontamentos e visualizações boas e ruins me faz evoluir muito, gratidão meu amigo! Vamos ao comentário e gratidão por sentir falta dessa trupe bem diferenciada! \0/
Excluir- Rei anão - Senhor dos Anéis é tudo de bão, sem sombra de dúvida, eu realmente tirei muitas noções de lá... Rígidos às leis de seus povos, suas famílias são o tudo, na felicidade e nas brigas, e quanto mais velhos, mais se destacam de um lado ou de outro, na sabedoria ou na falta de noção! Blazingriver foi uma tentativa de pegar um rei velho e bastante sábio do tipo que considera, vê se tu se lembra disso, que devemos nos afastar do que nos intoxica! Assim ele fez com seu primo chato e deixou a lágrima com ele... Mas uma vez que ele podia ajudar o grupo e ainda dar o troco em seu primo, não pensou duas vezes e passou os detalhes da cidade! Que bom que curtiu cara!!
- Trabalhar o grupo, fazer eles mostrarem seus medos e determinações, abranger cada vez mais a personalidade de cada um deles, os mais fechados, os mais prosas, os mais de boas, os mais ranzinzas, acho que isso dá vida à história, habilita cada um deles a uma situação específica e te permite jogar com isso durante os acontecimentos para cada um ter seus momentos! Acho importante que fique claro que todos eles tem acertos e erros, vantagens e desvantagens, se sobressai em algo mas perde em outro, desponta um grande poder, mas recebe uma boa penalidade também... Isso é o que torna a situação divertida, interessante, atrativa, pois nos faz pensar em que atitudes cada um pode tomar, em qual situação pode tomar e como pode fazer isso, claro, sofrendo as consequências de seus atos! Claro, é necessário um cuidado pra não sair do foco e deixar os personagens intrínsecos demais e acabar indo pra outro lado na narrativa, mas é sem dúvida necessário trabalhar esse ponto! Que bom que tô acertando!
- Sobre as diferenças de poderes, ainda ontem comentava com minha esposa, é importante mostrar como isso funciona pra não ficar a velha ideia dos super sentais "se os caras tem um robo gigante, porque esperam o monstro ficar gigante pra destruir ele?" Eu queria que isso ficasse muito bem explicado em Grund-Tharg, porque seres que passam dificuldades tem que cumprir missões quase impossíveis pra eles as vezes, enquanto seres muito mais poderosos vagam pelo mundo podendo encerrar aquela batalha com um estalar de dedos... Isso leva a explanação de que cada um nesse mundo tem uma função, um potencial, e não existe trabalho que seja ofensa, existe escalas de missões e para que os poderosos possam cuidar das super missões, os demais tem de cuidar das outras missões que também são importantes, deixando os super para seguiram em suas super tarefas, cuido muito isso da questão da coerência em tudo e por isso quis avançar nessa explicação... Que bom que estou mantendo o controle!
Continua...
- Kinseph - Como te falei no chat, eu revisei tudo e achei que tava faltando algo e agora vimos que estava... E eu precisava de uma estrela pra brilhar dessa vez, e lembrei dessa capacidade que os clérigos tem no RPG... Ae juntei uma coisa com a outra, ele ficando maior e com a armadura arcana que os deuses conferem e achei que as gárgulas seriam fáceis pra ele, dando chance pro Grund que, com uma arma adequada, também poderia lutar contra as criaturas! Era uma forma de mostrar que mesmo o mais calmo e sereno deles, em momento adequado, pode se tornar, literalmente um gigante! Óbvio, esse poder tem custo e isso será abordado também, fico contente que curtiu essa parte igualmente!
Excluir- Akron - Esse virou o narrador oficial kkkk, ao invés de eu meter alguém explicando temos o bom Akron exercendo seus conhecimentos vastos diante dos outros, deixando todos esclarecidos e o Grund irritado com a falação kkkk!
É isso meu amigo, espero ter abordado tudo, agradeço e muito o comentário recheado de dicas, de apoio e incentivo e principalmente, que a história esteja te agradando e continue a agradar! Grande abraço e desculpa pela demora em responder, valeu mesmo!! \0/
Grande Lanthys!
ResponderExcluirA lição que podemos aprender aqui ,é muito bem vinda e muito importante : a função e missão de cada um no mundo.
Dentro de días atribuições e limitações,todos dão importantes!
Somado a isso o conceito de hierarquia,, é plenamente justificado e faz a diferença.
Cada coisa no seu lugar, cada um com seus deveres ,obrigações, e missões.
Quando cada um compreende a sua função no mundo , a engrenagem da vida toda de modo continuo.
As palavras de Wigferth , reforçadas por Kinseph, fez com que cada um da equipe sentissem valorizados naquilo que sabiam fazer de melhor.
Essa fala serviu como fator de coesão e união muito intensa e forte, motivando nossos guerreiros a prosseguirem em sua jornada.
A luta contra as gárgulas foi b construida, assim como a evolução dos poderes de Kinseph, que se tornou um gigante.
Kinseph, é um dos personagens que mais curto nesse universo de RPG, tão bem construído por ti.
A entrada dele na saga,enriqueceu muito a narrativa.
Foi um grande acerto teu, inserir personagens desse universo , onde cada um tinha suas histórias particulares e unir Grund-Tharg.
Ao fazer isso, você elevou Grund-Tharg de patamar.
Vejamos como se dará o duelo em Bhandabharr e tomada da Lágrima de Mystranirr.
Parabéns, meu amigo!
Episódio maravilhoso, onde muito mais que as lutas, constantes nesse universo, temos uma narrativa poderosa, onde os personagens também são o foco.
Tú sabes que sou fã declarado de histórias que privilegien o desenvolvimento dos personagens.
Parabéns!
Grande amigo Jirayrider, antes de mais nada, queria me desculpar pela demora e falta de tempo em poder vir aqui responder esse belíssimo comentário, infelizmente meu tempo tem sido extremamente curto e com isso, preciso organizar entre escrever, gerenciar, ler, comentar responder, por isso, não se sinta chateado com minha demora, mas sempre irei tratar e responder a todos vocês com o máximo de carinho e consideração que puder! Dito isso,quero agradecer uma vez mais a amizade, parceria e apoio de sempre, que nunca deixa de me incentivar e ajudar a seguir com meus projetos, meu muito obrigado mais uma vez! Agora vamos ao comentário:
Excluir- Sim, RPG é um jogo baseado em cooperação, às vezes acontece de se perguntar, "quem vence no RPG no final?" A resposta mais adequado seria, ou todos ou nenhum, porque o grupo só vence unido! Não existe maneria de sair se aventurar em uma campanha de RPG sem determinadas classes, veja, se fizermos por exemplo um grupo só de bárbaros, força e resistência absurdas, racham quase tudo ao meio, mas basta um mago ou feiticeiro com um poder de controle de mente, e todos os bárbaros estariam à seu comando... Da mesma forma, um grupo de magos, contra um único guerreiro, se errarem suas magias, morrem todos com golpes em sequência pois são terrivelmente fracos fisicamente, suas vantagens são a magia! Ainda temos de citar que nem tudo é combate, muito, mas muiito mesmo no RPG é tática, é inteligência, é pesquisa, sem um especialista, sem um rastreador, sem um curandeiro, tu não sobrevive ao primeiro embate! Transpondo isso pra vida, como muito bem argumentaste, somos feitos pra viver em sociedade e nenhum de nós vai à frente na vida se não for em conjunto! Puxemos do base, nascemos e precisamos dos pais até pra nos mantermos vivos, precisamos da educação e regras que nos passam, precisamos dos professores pra nos transmitir os conhecimentos para o aprendizado, precisamos de emprego, de salário, de transporte, de médicos, de segurança, de comida, enfim, sem outras pessoas não vivemos, muito talvez, sobrevivemos precariamente... E no caso de nossa saga, dado tudo que estão enfrentando, eles não podem ter espaço para estrelismo, "eu quero fazer tudo", não, eles não conseguirão... Grund e Jhon não tem vocação pra mentira, teatro e sutileza, eles vão pra cima e isso tem a parte boa e ruim... Quando precisam negociar, isso é péssimo, mas quando precisam abrir caminho entre inimigos, nossa, isso é majestoso! Da mesma forma, no mesmo caso, precisamos de Akron, de Kinseph, e até mesmo da sedução de duas mulheres lindas pra resolver o que a força e o combate não resolvem, assim como todos irão depender de Akron pra achar a trava e abrir o cofre, nenhum deles conseguirá fazer isso... Eu acho, como sempre digo, que se a gente, das nossas criações espalhar reflexões para quem está lendo, podemos sem forçar de qualquer forma, fazer com quem todos pensemos nisso... Somos parte de uma engrenagem cósmica, como muito bem dissestes, todos precisamos de todos e, mais importante ainda, cada um de nós tem seu potencial correto e usemos o blog como referência pra isso, citando que cada um de nós compõe uma pequena parte do todo, com doroma, tokusatsu, fictions, autorais, fantasia, história, fusões de mundos, terror, enfim, temos praticamente um pouco de tudo e é isso que faz o grande, o poder real de nosso blog, e assim é com a vida, com as tramas, com a sociedade... Fico muito feliz que tenha curtido isso!
Continua...
- As gárgulas - Cara, como comentei ao Norberto, isso não estava quando concluí o episodio, mas, ao terminar de revisar tudo na terceira vez, a sensação de que faltava algo me acometia de forma poderosa e então eu pensei... Vamos colocar inimigos tentando os parar de novo, como fizeram antes, mas o que colocar... Lembrei das gárgulas construtos como o gigante Golem da floresta (aliás, ele não tinha despertado em episódios passados?) que seguem ordens de seus criadores e os coloquei como emboscada... Mas ae faltava quem iria brilhar na história, e lembrei que Kinseph também tinha poder de combate, muito específico, mas tinha e Força dos Justos é um dom muito poderoso (e desgastante) que os clérigos tem e achei que poderia ser maravilhoso contra esses inimigos, e assim o fiz! Pra tu ver como uma revisão bem feita, uma análise antes de postar o episódio faz maravilhas e isso não é a primeira vez que acontece comigo, um acréscimo após o "fim da escrita" deixa o episódio incrivelmente mais poderoso e traz mais comentários que todo o resto que tinha sido dado como principal, por isso sempre reviso muito antes de postar, que bom que gostou disso meu amigo!
Excluir- Quanto a inserir novos personagens, ou melhor, os meus demais personagens de fantasia medieval, foi uma sugestão tua que achei muito bem vinda e comecei a fazer com total satisfação, tanto porque comentários além de nos trazer retorno, servem pra nos inspirar a melhorar e como tal, ae está o retorno, personagens fazendo grandes momentos em uma trama que originalmente não se encontravam! Ainda temos personagens à aparecer na saga, mas em breve teremos esses momentos, fique tranquilo! Por enquanto meu amigo, o meu muito obrigado pelas palavras, pelo incentivo, pelo apoio, pela amizade e uma vez mais, perdão pela demora em retornar ao teu comentário tão bem feito! Um grande abraço e até a próxima!! \0/
Grande amigo, muito obrigado pela leitura e comentário de sempre, fico muito feliz que tenha curtido! Sim, RPG é algo que, como já disse em outras respostas, mas sempre gosto de relembrar, se alguém perguntar quem vence no RPG a resposta é "não existe um vencedor", existe um grupo, colaborando entre si pra atingirem um objetivo comum e, para atingir esse objetivo, muita coisa aleatória acontece durante essa tentativa! Assim, quando um grupo de jogadores consegue a façanha de cada um usar o melhor que seu personagem tem, esse grupo se torna quase imbatível, e isso é que estou tentando fazer aqui... Todos eles são especialistas em algo, todos eles são únicos em algo, cada um deles tem a chave para a solução do problema que se apresentar seja ele qual for e isso é que faz o RPG andar... Durante os episódios em procurei demonstrar isso, nesse por exemplo temos o Tharg como único - além do Kinseph - que tinha uma arma boa para atacar pedras, então e Kinseph tinham que tomar a frente, esse é o correto... Quando se apresentam mortos vivos e demais coisas espirituais, Kinseph e Jhon Raven... Em termos de magia, Syndra e Nissa são as maiorais e quando o assunto é delicadeza, inteligência, manipulação e furtividade, ninguém é melhor que Akron! E quando tudo isso falhar e não tiver outra opção além de "colocar a casa abaixo", então Grund-Tharg é o especialista, assim como guia, conhecedor da natureza e por ae vai... Por isso o grupo é coeso, pois todos se colocam em seus lugares e usam tudo que tem da melhor forma! Quanto a evolução do Kinseph, é uma das magias divinas que clérigos e paladinos podem lançar mão, a Força dos Justos, com a qual eles dobram de tamanho e claro, dobram todos os seus atributos! Com uma maçã estrela nas mãos e um tamanho muito superior ao de Tharg, as gárgulas não teriam chance, aliás, escolhi as gárgulas porque são construtos que obedecem sem questionar além de serem fáceis de serem controlados! Quanto ao maestro e o monstro, eu agradeço mas com toda certeza do mundo não mereço kkkk! Meus mais sinceros obrigado meu amigo, pela leitura, pelo apoio e pelo incentivo de outro e que Grund-Tharg possa te cativar sempre, grande abraço cara!!
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