Grund-Tharg parte como um búfalo para cima do golem de pedra e esse por sua vez, embora mais lento, fazia o mesmo rumo ao oponente, evidenciando um choque poderoso e destrutivo em iminência entre os dois combatentes e, no momento exato de suas áreas de alcance atingidas, ambos retesam seus braços para trás e os levam à frente novamente desferindo o mais poderoso ataque que poderiam dispor de mãos nuas e por mais impossível que fosse cogitar tal cena, Grund estava segurando o impacto do construto de pedra como se sua mão não fosse feita de carne e ossos como os demais integrantes do grupo! O golem parecia não acreditar no fato, afinal, era pedra contra ossos e nervos, não deveriam ser coisas que se equiparassem... Tentando então surpreender e inverter a situação, abusando de sua força bruta, a criatura ergue o outro braço desferindo novo impacto, feito esse que permitiu ao bárbaro demonstrar sua experiência em combate, saltando para trás agilmente, evitando o golpe devastadore deixando, ao utilizar a força do inimigo contra ele mesmo, com que o golem caísse ao chão de forma violenta por não ter encontrado nada a ser golpeado além do vento!
Grund então se arremete o mais alto que pode se lançando novamente contra o inimigo, mas dessa vez vindo por cima, surgindo ameaçadoramente sobre o golem ainda caído, começando então a golpear as costas do monstro com vigor, realizando diversos impactos desferidos com o punho livre, o que impressionantemente feria o construto apesar de sua composição mineral! O monstro tenta se erguer, Grund salta e empunha sua maça estrela atingindo a nuca do inimigo o fazendo chocar-se ao solo de novo, movimento esse que o permitiu continuar, dessa vez empunhando a arma entregue ao selvagem por Lady Betrayal ainda em WinterLess, golpeando de forma furiosa o atacante que cruzou largas distâncias unicamente para desafiá-lo de novo!
O monstro então ruge em fúria, seu corpo inexplicavelmente trepida e as pedras que o compunham começam a mover-se ao redor de si, como se estivessem presas a um eixo central individualmente e com isso, o inimigo que estava de bruços há segundos atrás, sem sequer erguer-se do chão, estava agora com as costas ao solo e de frente para Tharg em um cena bizarra, amparando os ataques da maça com uma das mãos e com a outra, batendo de punho fechado no peito do selvagem, o arremetendo por entre as árvores, por pelo menos dezenas de metros, tamanha a força do impacto! O Golem de pedra ganhava espaço e tempo precioso, em segundos estava em pé uma vez mais e a batalha recomeçaria!
Tharg se ergue em meio a mata, ele observa o golem a convocá-lo para a luta e entrando em estado de fúria, brilha seus olhos e parte em carga contra o inimigo uma vez mais! A criatura por sua vez começa a brilhar em intenso tom arroxeado, tornando-se quase que transparente quando o bárbaro então chega sobre ele, se arremete com um novo golpe de punho livre, e inexplicavelmente, tal qual tivesse atacado um fantasma, o selvagem atravessa o golem como se ele não existisse, o que, no seu estado atual, não faria qualquer sentido... É então que a criatura esbraveja: “- Acha que vim despreparado bárbaro imbecil? O necromante melhorou minhas capacidades, tenho várias surpresas para você criatura embrutecida!”
O golem ainda energizado desliza para o lado com velocidade extrema enquanto Tharg investia com novo ataque atingindo tão somente o chão onde o monstro estava antes e na sequência, a criatura construto brilha sua mão uma vez mais, disparando uma rajada cinética contra o bárbaro que, como um relâmpago, desvia do mesmo e continua a avançar conforme podia! O monstro passa então a disparar rajadas intermitentes tentando acertar Grund-Tharg, mas este habilmente desviava, saltava, se reposicionava continuando a seguir em direção ao seu oponente, cada vez mais próximo, cada vez mais ameaçador!
Percebendo que sua estratégia, apesar dos novos poderes não seria suficiente, o golem cria então portais, todos em forma circulares e cada um deles dispostos às dezenas ao redor do bárbaro, que servem então de passagem aos ataques místicos do golem, desferindo rajadas intermitentes contra Grund e uma verdadeira nuvem de poeira se forma ao redor do bárbaro, uma vez que os disparos atingiam o chão e revolviam a terra com brutalidade! No entanto, quando menos o golem esperava, por dentro de um dos portais que ele monitorava e estava bem próximo de si, os braços de Grund-Tharg surgem, o agarram de forma vigorosa o puxando para dentro do portal aberto, fazendo então com que atravessasse o mesmo e fosse lançado como um meteoro contra uma das rochas ali presentes, abrindo uma pequena depressão com peso do corpo e impacto do mesmo contra a pedra!
Segundos depois, novamente em carga visceral de encontro ao inimigo, Grund chegava com o punho retesado, velocidade assustadora, olhos brilhando e um rosnar na boca que mostrava os dentes e deixava visualizar espuma de tamanha fúria! O impacto é poderoso, desferido através dele um novo golpe de mãos nuas contra o peito do monstro que literalmente destroçou a pedra atrás deles, criou rachaduras no peito do golem e ainda abriu um largo sorriso no rosto de Grund: “- SE TE PEGO DE SURPRESA… ENTÃO O ESTILO ASSOMBRAÇÃO DESAPARECE NÃO É MESMO CHACAL?” Grund aproveitando a surpresa tanto do golpe quanto da descoberta, desfere dezenas de impactos de punho encaixados perfeitamente por todo o tronco do construto, o deixando desorientado, com diversas avarias e terrivelmente furioso por estar sendo novamente subjugado!!
O Golem então tenta se multiplicar e cercar Tharg com cópias de si mesmo, mas o bárbaro não poderia ser enganado em todos os seus sentidos, principalmente em estado de fúria… Grund sorve o ar com potência, abrindo e fechando suas narinas reconhecendo através do olfato a posição real do inimigo, e então, ainda de olhos fechados desfere na sequência um potente murro em uma das supostas cópias escolhidas pelo odor emanado, colocando a nova artimanha do golem por terra! A "cópia" é atingida em cheio se revelando o verdadeiro inimigo, é arremetida para trás, mas quase que simultaneamente é segura pelo pé esquerdo enquanto decolava-se pela força do impacto, em frações de segundos na verdade, e logo era novamente arremessada para o lado oposto, caindo e rolando pelo descampado, abrindo crateras e arremetendo relva e mato para os altos com o impacto!
O monstro ergue-se, Grund-Tharg bate ao peito e urra enquanto a criatura golem bate ao chão com os dois punhos lançando uma potente onda vibratória pelo chão que vinha arrebentando tudo em seu caminho, aumentando ainda mais a cortina de resíduos lançada aos céus pelo embate, e milésimos de segundos antes da onda se impactar com Grund, o selvagem se lança aos céus, gira pelo ar descendo como um bólido em direção ao golem, seu machado de guerra em punhos atingindo o ombro do monstro, abrindo uma espécie de pequena fenda no mesmo - o que podia parecer pouco se a criatura fosse de carne, mas era pedra contra aço, uma pequena fenda, era um grande estrago nessa situação -, da esquerda para a direita, de cima para baixo, deixando o monstro de constituição pedregosa, com mais e mais pedaços de sua composição sendo arrancadas dele a cada novo golpe!
Grund então gira o corpo em sentido horário e bate novamente no mesmo ponto ao qual já havia atingido as costas e o peito, porém o golpe agora era lateralmente, como se estivesse cortando uma árvore e logo - sob tal impacto violento - o braço esquerdo do Golem voa pelos céus! Grund salta novamente, apanha o pesado braço deixando o machado em queda livre, e desce com o mesmo sendo usado com um tacape, atacando a criatura golem novamente ao centro do corpo onde novas rachaduras se abriram devido ao ataque e finalmente os dois combatentes ganham distância um do outro devido a onda de choque gerada… Por alguns segundos então os dois arfam de cansados, a batalha estava sendo frenética mas notava-se o Golem estar em piores condições uma vez que para uma criatura mágica como ele, se sentir exausto, significava que o esforço estava sendo gigantesco, muito maior que de um ser vivo que dependia de pulmões… Contrariado e sem entender o porquê de estar sendo derrotado de novo, o golem esbraveja: “- O necromante me melhorou, sou mais poderoso e mais resistente que você, como você ainda assim está superando meu poder?”
Quase rosnando, mas com uma força que parecia não esmorecer o selvagem responde antes de se colocar em ataque: “- PORQUE EU SOU… FORÇA INFINITAAAAAAA!” Tharg então empunha novamente o braço arrancado, corre como nunca e se prepara para desferir um novo ataque e se arremetendo ao alto, gira em sentido anti-horário agora e, novamente visa o centro do corpo do monstro gritando de forma assustadora! Eis que então um estrondo poderoso de algo sendo despedaçado foi ouvido, o golem é arremetido com brutalidade contra outra parede rochosa do local e o impacto pedregoso contra a rocha natural fora o último ruído a ser presenciado até que a voz de Grund se pronunciasse de novo, enquanto a poeira baixava após algumas dezenas de segundos de visibilidade quase zero… “- E PORQUE SOU BOM EM ACHAR O PONTO FRACO DE CHACAIS COMO TU!”
O golem não conseguia entender a que Grund se referia quando então escutou novo estalar… A criatura olha para si mesmo, percebe o ponto atingido onde Tharg o havia golpeado de forma avassaladora às costas no primeiro ataque, para na sequência concentrar os ataques pela frente, ou seja, exatamente como uma árvore à ser derrubada, atacando e abrindo cortes no tronco em ambos os lados, enfraqueceu o ponto central da criatura e tudo que necessitava para finalizar o embate, era um golpe potente o suficiente para que a ligação entre os dois pontos rompesse, feito conseguido com o braço destrutivo da própria criatura! E essa era a cena que se presenciava agora…
O golem estava ao chão, dividido basicamente em duas partes com uma espécie de micro explosão ocorrida no ponto fragilizado e em segundos, nova micro explosões ocorriam e pedaços das duas partes principais ruíam pelo campo de batalha, permitindo que ao final da cena, tudo que havia diante de Grund-Tharg eram duas metades corroídas de um golem, uma da cintura pra baixo, outra da cintura pra cima, indicando que o inimigo estava fora de combate em definitivo… O selvagem então se aproxima e detém-se diante do construto derrotado, espera por sua reação, ao passo que o golem, embora uma criatura mágica mas dotado de individualidade, sentindo a energia necromântica que o criou esvair-se de seu corpo, observa o bárbaro ainda ofegante e completa em sua despedida: “- Desfrute da vitória bárbaro… O necromante não tem ideia de quanto evoluíram e me deixou aquém da capacidade de enfrentá-lo… Em outra chance eu voltarei e te mostrarei uma verdadeira vitória, mas por hora me consolo em saber que, apesar de o bruxo ter razão em temê-los, contra ele precisarão de muito mais que força bruta…“
A energia se esvai, o golem se desintegra gargalhando e Grund o observa nos olhos até que os mesmos desaparecessem… O selvagem vira-se para ver como estavam seus aliados, se precisariam de sua ajuda com os demais golens, porém o que avistou foram amontoados de pedras se soltando como se estivessem se esfarelando, logo se tornando uma escura areia, que então se tornou pó muito fino e este pó enfim flutuou com os ventos para a eternidade… Grund se aproxima dos aliados ainda arfando, tentando entender como venceram os quatro golens tão fácil, é Nissa quem explica: “- Syndra aumentou a gravidade ao redor deles os afundando ao chão, depois disso apenas aguardamos, pois se notavam as tramas mágicas partindo do seu adversário para eles… Uma vez que o derrotasse, essas pedras artificiais iriam desfazer-se como ocorreu com o golem…”
Grund limpa o rosto com as costas da mão e então vai em direção à sua montaria resmungando, e do pouco que se poderia ouvir, captavam-se palavras como: “- Odeio feitiçaria… Espadas não funcionam… Isso é coisa para bruxos…” Os aliados se observam, sorriem ao entender a exteriorização do bárbaro por tudo que é antinatural e então todos retornam às suas montarias igualmente, pois a viagem ainda era longa e precisavam chegar ao próximo ponto de sua rota, a conhecida e espetacular, Travessia do Ravini… Enquanto marchavam, era Kinseph que quebrando o silêncio pergunta: “- Já ouvi relatos sobre esse local, dizem que magicamente eles plantam em semeadores flutuantes, é isso mesmo?”
Akron então pigarreou e se preparou, fazendo expressão de paraninfo guiando uma cerimônia, antes de começar sua atual explanação: “- Apesar de seu tamanho e nível constante de atividade pequenos se comparados a outros locais, a aparência física da Travessia é única! Fruto de mentes que evitam tomar partido em combates e vivem suas vidas praticamente isolados do mundo, devido ao pouco espaço de plantio adequado, um de seus integrantes do conselho criou canteiros flutuantes, e diz-se que tudo que ali se planta, cresce viçoso e delicioso... Sem dúvida é uma das coisas que mais chamam a atenção no local, e supostamente é um dos únicos neste mundo a cultivar assim... Mas tem muito mais sobre Ravini! Com SilverRavine há pelo menos oitenta quilômetros ao norte, a conhecida vila que passou a ser reconhecida como Travessia do Ravini, durante os últimos séculos, iniciou como ponto de comércio vindo do reino élfico de Illefarn, que por vezes passava por esse caminho, especialmente quando monstros ou o clima ruim tornavam a rota que acompanhava o rio Ravini particularmente difícil ou perigosa. Como era o único local de abastecimento por vários dias de viagem em qualquer direção, esta área com frequência atraía as atenções de ogres, bárbaros e outros saqueadores, sempre à espreita para emboscar as caravanas. Diante dessa situação, os anões do Dorso da Espinha contra-atacaram erguendo um pequeno forte em frente ao vale mais próspero, equipando-o com vigias atentos. Sob a proteção do forte, um pequeno povoado se formou para atender aos viajantes que procuravam um local para descansar e se refazerem em segurança. Este forte foi abandonado pelos anões uma vez que o local fora pacificado e assim surgiu o primeiro vilarejo no local que hoje é chamado por esse nome incomum! Ao longo dos anos, conforme o comércio diminuía nesta rota, o povo que ali ainda vivia criou um conselho composto por seis moradores para administrar os assuntos locais até que algo melhor pudesse ser decidido. Com o tempo, o Conselho dos Anciãos se tornou o verdadeiro governante do vilarejo e hoje a única autoridade além deles, é o prefeito! Ali vivem humanos, anões, elfos, até mesmo fadas e outras raças em relativa harmonia. Para os Anciãos da Travessia do Ravini, a vila está bem como está, sem grandes crescimentos, sem grandes feitos, sem grandes destaques, de certa forma, parece até mesmo que eles querem se manter quase que ocultos... Muitos alegam que o necromante é o responsável por tal postura, outros dizem que a vila esconde segredos, mas até hoje, ninguém realmente definiu do que se trata…”
O grupo pondera sobre as palavras de Akron, o local para onde se dirigiam parecia ser realmente um tanto misterioso, mas, era sua rota, e assim como os antigos caravaneiros, era um ponto de descanso supostamente seguro entre toda uma distância longa que ainda precisavam percorrer… O grupo então seguiu marcha e não tardou muito para começarem a perceber coisas estranhas pelo caminho… O riacho Lança de Gelo por exemplo, um dos mais fortes afluentes do Rio Ravini, estava completamente seco, sem nenhuma água corrente, assim como eram possíveis de se ver, vegetações diversas, árvores secas e retorcidas avançando mata à dentro… Não havia também a presença de animais e o cheiro do ambiente era estéril, reinavam a poeira e a desolação apenas…
O Rio Ravini, talvez por seu tamanho, não parecia ter sido afetado, ainda, mas todos concordavam que o fato de estarem mais perto das zonas de necromancia controladas por Adramanter, muito provavelmente associada a presença maligna do feiticeiro ali, era o que agora afetava o ecossistema atual do local… Grund detém seu movimento, ergue o punho fechado esperando que os demais façam o mesmo e fareja como nunca… Um odor repugnante invade suas narinas e o faz passar a mão pelo mesmo tentando remover tal cheiro de seu olfato, mas é Jhon quem se posiciona ao lado dele e fala sem qualquer pudor: “- Cheiro de carne humana queimando!”
O grupo logo cogitou que alguma caravana ou vilarejo menor que o Ravini pudesse estar sendo atacado e resolvem acelerar o passo em direção ao cheiro horrível, buscando sua fonte e a possibilidade de intervirem ao possível massacre! Bastaram minutos para a fumaça ser avistada ao longe, erguendo-se aos céus, porém não se tratava de uma vila, muito menos era uma caravana sendo atacada, mas sim, uma represa orc, com um pequeno exército das criaturas trabalhando e vivendo por ali, com uma fogueira ao centro, responsável pela fumaça avistada e pelo cheiro insuportável que atormentou os olfatos de todos! A cena era repugnante, humanos, elfos e até mesmo gnomos queimando vivos ao centro do acampamento para fartura dos orcs!
O grupo sob a convocação de Jhon Raven agachou-se e começou a planejar a estratégia, afinal, haviam ali talvez uma centena de orcs, e embora fosse um grupo relativamente pequeno e de trabalho, não de combate, as coisas poderiam dar muito errado sem um plano adequado devido a diferença de números! Desta feita, o kellintorita, sem dúvida alguma o mais frio e estrategista de todos do grupo, preparou-se para iniciar sua narrativa quando um urro assustador fora ouvido algumas dezenas de metros deles, ribanceira abaixo… Grund-Tharg em fúria avassaladora, com seu machado em punho e com a velocidade de um touro desenfreado, estava em carga contra o acampamento orc e dezenas de orcs já voavam pelos ares com seus crânios, braços e pernas partidos pelos golpes violentos - e sem qualquer cuidado com o efeito causado pelo machado do selvagem - os atingiam de forma brutal! Jhon meneia a cabeça em negativa, mas então todos sorriem e o grupo avança em carga igualmente, contra os cruéis e destrutivos orcs!
Poucos segundos foram necessários, Nissa com uma avassaladora magia invocou uma torrencial chuva sobre a fogueira apagando por completo a mesma enquanto parte dos orcs queimava diante de seus ataques flamejantes, a raiva era visível na arcana, da mesma forma que Syndra, em outra parte do território, simplesmente obliterando com seus poderes gravitacionais dezenas de orcs em carga! Jhon retalhava a todos sem piedade, com ferocidade e bílis em sua garganta, diante da covardia contra aldeões e seres indefesos ao passo que Akron, como alguém livre de amarras, saltava com acrobacias incríveis, atingindo pontos vitais de forma impecável, a cada golpe um orc tombava! Kinseph fora rapidamente libertar e ajudar os seres ainda presos às fogueiras extintas e iniciou o processo de cura todos ali mesmo, tentando salvar o máximo de vidas possíveis e enquanto isso, Grund-Tharg rechaçava aos berros, dezenas de orcs armados, carroças, catapultas, tudo que viesse por sua frente, era destroçado sem piedade, ele simplesmente odiava Orcs! Após perceber que o exército praticamente havia tombado, tomado pela fúria imparável, Grund foca sua atenção na viga principal que sustentava e represava o rio, e com um único golpe de seu machado, o selvagem avança e ataca, destruindo a mesma por completo, permitindo que uma vez mais o rio Lança de Gelo voltasse a fluir por suas margens como deveria ser… Em total e visível pânico, os orcs estavam sendo dizimados, não conseguiam reagir, o ataque brutal e surpresa os desestruturou por completo e a morte era a única coisa que os aguardava naquele combate poderoso
As águas então seguiram seu curso de forma brutal, levando tudo que no leito do rio, artificialmente havia sido colocado, dando vazão à natureza e seu ciclo normal naquele lugar, uma vez mais! Tharg olhando ao redor não via mais qualquer inimigo e começava a diminuir sua raiva, assim como os demais iniciavam também a baixar a guarda uma vez o combate vencido… As arcanas e Jhon seguem em direção à Kinseph que insistia em curar todos os prisioneiros que encontrava e em questão de minutos, todos estavam reunidos em um espaço aberto do acampamento, com pelo menos doze sobreviventes e Tharg à rosnar ao redor deles, observando se algum inimigo ainda poderia estar à espreita… Um dos gnomos que preso estava em uma das carroças, se pronuncia chegando humildemente até o grupo: “- Agradecemos imensamente por ter nos livrado da morte certa… Se pudermos fazer algo por vocês, nos digam, estamos em débito!”
Tharg se atira ao chão recuperando a respiração, Nissa, Syndra e os demais não cogitam nenhuma recompensa e então é Jhon, quem entendendo o grupo responde: “- Nada queremos em troca pequeno senhor, apenas vamos enterrar os mortos e seguir viagem até a Travessia do Ravini, se possível ainda esta noite!” O kellintorita vira-se e começa a arrastar os corpos para uma fogueira a ser acendida alguns metros mais longe do rio, seguindo para cumprir sua obrigação como encaminhador de almas ao mundo dos mortos, porém seus aliados já conheciam suas metodologias e seguem juntos para preparar tudo, seguindo viagem o quanto antes…
O gnomo por sua vez, aproximando-se de Nissa visto que Jhon se preparava para o ritual, olha para os demais antes de se pronunciar como se buscasse suas aprovações e então virando-se para a arcana, explica: “- Podemos levá-los até a Travessia… Fomos sequestrados de lá, somos moradores da Travessia do Ravini… Se nos permitirem, seria maravilhoso poder recompensá-los com comida e bebida em nossa taverna pelo menos!”
Grund-Tharg ouve a proposta, seu espírito parecia então encher-se de vibração com a sugestão e, se antecipando a qualquer outra consideração, responde antes de todos: “- Há dias não tomo sequer uma caneca de cerveja! Assim que terminar de carregar estes defuntos, Grund-Tharg aceita sua hospitalidade!” Jhon Raven sorri levemente, os demais quase gargalham diante da resposta mas lembram-se dos mortos anteriores às suas chegadas e contém seus risos em forma de respeito aos demais… Por cerca de trinta minutos, todos inclusive os resgatados, que incluíam gnomos, elfos, humanos e anões, ambos já de idade madura, trabalharam na encomenda das almas ao mundo dos mortos e tão logo todos os procedimentos e preces foram feitas, o grupo colocou-se em marcha em direção à Travessia do Ravini, guiados pelo gnomo Bellhands Woodsheart, o mesmo que havia feito a proposta tentadora que Tharg aceitou com entusiasmo!
Levaram pouco mais de três horas de caminhada por uma trilha praticamente oculta, tanto para avistá-la como para que fossem avistados e logo após esse prazo, começou o grupo a aproximar-se em definitivo da vila destino de todos os andarilhos que ali seguiam em caravana… Era possível a todos avistar dali mesmo, os fantásticos plantios flutuantes que podiam ser manipulados como uma roda gigante, trocando entre o térreo onde podiam ser cultivados e tratados e o topo onde repousavam enquanto germinavam… Os casebres eram humildes e, em sua maioria esmagadora, tinham o suficiente de estrutura para uma vida nas mínimas condições, nada além disso… Tudo era iluminado por tochas arcanas simples e se podia ouvir o som de pessoas se divertindo em reuniões aqui e acolá! Também pelo tom mais elevado da diversão, antes mesmo de identificar por placa ou estrutura, era possível situar perfeitamente onde se localizava a taverna, como que oculta ou protegida pelas demais moradias, bem ao centro do vilarejo… O som dos canecos cheios sendo batidos em brindes, o cheiro da cerveja espumante, o aroma de carne assada e muitas outras comidas, acolhiam e agradavam imensamente um certo sedento e faminto bárbaro, no entanto… Algo se destacava tanto naquele local ao qual estavam conhecendo que, até mesmo Grund-Tharg percebeu o erro, esbravejando mas não a plenos pulmões como sempre… “- Que porra é essa, cadê todo mundo?”
Não havia ninguém nas ruas, apesar de ouvirem os barulhos dentro das casas e se perceber as movimentações, era como se um toque de recolher tivesse sido instaurado e todos sem exceção escondiam-se dentro dos ambientes…
O grupo segue avançando incentivados por Bellhands e, se aproximaram tanto que já se podia ler a placa do estabelecimento tão esperado por Tharg: “Taverna do Orc Morto”. O bárbaro animou-se ainda mais com o ambiente após ler o nome do estabelecimento, era sabido de seus colegas que orcs eram o que ele mais odiava no mundo, mas sem fazer menções aos inimigos representados pela placa, o selvagem convidou aos demais a segui-lo e sem pensar duas vezes subiu correndo as escadarias que davam acesso ao local, adentrando o mesmo com estardalhaço e buscando imediatamente por uma mesa vazia onde se sentaria e pediria sua primeira cerveja!
Claro que essa entrada teve consequências, afinal, devido à forma rude com que o selvagem desconhecido aos moradores adentrou ao local, em poucos segundos um anão e uma guarda bem armada de anões estava cercando a mesa de Tharg com expressão de incomodo com tal ato! No entanto, antes que o líder do grupo pudesse tomar alguma atitude contra o selvagem, o gnomo Bellhands Woodsheart adentra o local e gera uma comoção geral nos usuários da taverna, quase todos eles correndo em direção ao pequeno e o cumprimentando! Isso fez com que o chefe da guarda observasse a cena e optasse entre um dos dois, correndo também de encontro ao pequeno…
Todos perguntavam sem parar como Bellhands estava, como estavam os outros, como eles tinham conseguido escapar vivos e pedindo que todos tivessem um pouco de calma, o gnomo explica partes das perguntas: “- Calma gente, eu responderei a todos, podem ficar tranquilos! Infelizmente nem todos de nós voltaram, mas…” Bellhands olha para o grupo parado à porta da taverna e virando-se para os usuários que o cercavam, continua: “- Se não fossem por essas pessoas, nenhum de nós teria retornado… Eles inclusive restauraram o curso do rio e destruíram todos os orcs…” Bellhands então aponta para Tharg e completa: “- Foi graças ao pânico que ele causou entre os orcs com sua investida furiosa, que pudemos ter a chance da intervenção dos demais e nossa posterior soltura que nos trouxe de volta ao nosso estimado lar… Eu peço que sirvam do melhor que tiverem à eles, eu pagarei por tudo!”
Os usuários da Taverna explodem em alegria, a guarda que cercava Tharg é convidada a se retirar por seu líder enquanto o selvagem fazia expressão de quem havia ganhado a discussão! Os demais são convidados a entrar e dirigidos até a mesa conde Tharg estava e uma vez mais o pequeno gnomo se aproxima deles, agradece e depois segue com os demais que o rodeavam comemorando a sua volta de vários outros moradores da vila… A comida então começa à chegar, quem atendia a taverna eram pequenas fadas, tudo era levado, trazido, servido e removido através de magia, menos o preparo dos alimentos que contava com anões, humanos e elfos à cozinhar em euforia e felicidade devido aos últimos acontecimentos!
A primeira rodada de cerveja então chega à mesa, Tharg de forma quase automática empina a caneca, bebe tudo com êxtase, com alegria, com necessidade, liberando na sequência um sonoro arroto junto à batida da caneca vazia à mesa! O fato então novamente chamou a atenção da taverna inteira que, silenciou por completo por alguns segundos enquanto todos o observavam para logo em seguida, extravasarem em risos, comemorações, gritos e aplausos, com alguns poucos tentando a sorte de conseguir um arroto tão potente quanto o bárbaro! Somente um único integrante da taverna se mantinha sério e logo dirigiu-se à mesa, com semblante fechado e compenetrado, sem sequer ser notado pelos demais usuários enquanto realizava seu trajeto pelo salão… Parando ao lado do grupo de aventureiros, o anão, líder da guarda que havia cercado a mesa com Tharg nela anteriormente, observa o bárbaro por segundos e então se pronuncia:
“- Sou Herindor, responsável pela guarda da cidade… Forasteiros são bem-vindos aqui, mas geralmente são apresentados antes de adentrarem nossa taverna… Ainda assim peço desculpas por meu gesto um tanto hostil, é a força do hábito de um lugar tão desprotegido quanto nosso vilarejo! Orcs não costumam vir até aqui, mas com a represa que estavam fazendo, creio que lhes faltou mão de obra ou comida e nos atacaram… Não conseguimos impedir e tão pouco poderíamos sair daqui em perseguição então por isso, o meu muito obrigado por terem trazido nossos cidadãos de volta!” Todos acenam positivamente, menos Tharg que seguia bebendo… O anão então gesticula para que aproveitem e se retirou do local, momento em que finalmente o grupo relaxou, conversou, comeu e bebeu… Tharg e Kinseph eram os mais empolgados, Akron entrava na onda de forma mediana, sempre procurando não se sobressair demais, enquanto Nissa e Syndra observavam e misturavam-se à tudo conforme era viável, apenas Jhon se mantinha tranquilo e mesmo ele expressava um sorriso leve ao rosto diante da comemoração, sem beber cerveja é claro, apenas um suco fresco de frutas agradava muito mais seu paladar!
Após fartarem-se de tudo que era provido, todos estavam a beber calmamente, satisfeitos com a refeição e ocupavam o momento de descanso e de folga dos combates e riscos, com conversas e risos, um pouco entre o próprio grupo outro pouco com os moradores e fadas que os serviam… Grund atirado na cadeira apenas observava tudo enquanto Akron, talvez entediado, começou a caminhar pela taverna, bebendo sua cerveja e analisando as criaturas do local. Curioso, chamou-lhe a atenção um anão ao canto da taverna que, despontando de tudo que ele já tinha visto, não tinha uma longa e solta barba como sempre os anões se apresentavam, até mesmo seu cabelo destoava, afinal era aparado, com marcas nas laterais que denotavam um cuidado extremo com o mesmo... E apesar da barba existir, ela estava tramada em três feixes, em perfeitas tranças, às deixando por vezes, diante do castanho da mesma, quase invisível… É sabido que anões mantém grande apreço por suas barbas longas e soltas então ver um deles com o referido adorno modificado, cutucou a necessidade de aprendizado do tiefling que foi até o mesmo, sendo bem recebido e iniciando um diálogo mais que proveitoso… Akron descobre que o anão era do sul da região, que se chamava Bull e acabou ouvindo coisas desconcertantes em sua conversa:
“- Veja meu pequeno diabo… Você provém de ancestrais abissais, no entanto, diferente deles tenta fazer coisas certas... Curioso não? Mas eu entendo, entendo porque... As coisas nem sempre são como são, ou se parecem com o que deveriam ser, porém ainda assim o são… Você está preocupado por eu não usar barba solta, mas observe minha companheira de viagem!” O anão puxa um buraco portátil e de dentro do mesmo mostra apenas o cano de uma espingarda personalizada e de grosso calibre! Bull guarda a mesma outra vez e então torna a falar: “- Uso pólvora em minhas caçadas, quanto mais barba solta, mas fácil uma queimadura ou explosão nas fuças meu amigo… E como meus ancestrais e pares acham desonroso usar uma arma de fogo, já não há motivos para arriscar morrer em uma explosão para agradar esses teimosos de uma figa com estética anã para barba!”
Akron fica maravilhado com a explicação mas antes que questionasse mais coisas, o anão continua: “- E assim é a vida, por exemplo, vocês encontraram nosso povo e os trouxeram de volta, mas aqueles orcs são apenas uma parte da sujeira… Prince o Orc desgarrado mantém uma caverna três dias acima de onde lutaram, cheio de escravos… Os que sobrevivessem ao cativeiro que desmantelaram, seguiriam para as minas mas veja…Lobisomens vagam por estas terras e estranhamente só atacam aventureiros, deixando deixam os orcs livres para agir… Em Bhandabhar os anões perderam a cidade para um bando de orcs liderados por um orc albino e, também estranhamente, os anões não foram mortos, foi permitido a eles se retirar e abandonar a cidade! Oras, onde já se viu, um anão abandonar seu reino, ele morreria lutando, mas não daria o braço a torcer a um invasor… E Orcs, deixando inimigos sobreviverem enquanto simplesmente tomam a cidade, quem acreditaria nisso? Mais ainda, um rio que nunca secou por eras, facilmente é fechado por orcs, a vida mesmo com abundância ao redor, seca nas margens de um e, se os lobisomens que andam aqui atacam somente viajantes, porque os moradores fazem toque de recolher, se ocultam de que afinal? Mas isso é o que é contado e o que é acontecido e ninguém sabe explicar os motivos ou suas lógicas, porém estão aí… O que me diz nobre especialista, poderiam as coisas naturais serem apresentadas dessa forma tão... Antinatural?”
Akron pensou muito em frações de segundos como era costumeiro de sua mente agitada, tentava achar uma lógica na narrativa que se esforçava para parecer ilógica… Ele sabia que algo havia ali a ser percebido, que alguma informação estava sendo passada… Usando de sua sagacidade e buscando confirmar suas suspeitas, Akron então rebate: “- Na verdade senhor Bull, isso seria algo que exigiria que algo completamente ao oposto da vida, se mantivesse próximo e em constante ação, mudando o verso para o inverso, e alterando as propriedades naturais das coisas!” O velho Bull então sorri e gesticula positivamente com a cabeça completando: “- Exato meu amigo, exatamente isso… Me compreende agora? E digo mais, se não fosse nosso estimado prefeito, as coisas seriam bem diferentes, tenha certeza… Nosso dedicado prefeito é quem se empenha poderosamente para manter nosso vilarejo como ele considera que tem de ser! Pode ter certeza da ação incansável deste grande político diante de nossos dias atuais!” Akron então pede duas cervejas, entrega uma para Bull e acena positivamente agradecendo a informação, tentando partir até aos demais para avisá-los, iria precisar de uma distração pensava ele, uma vez que com certeza haviam "olhos" observando seus movimentos após as revelações... No entanto, antes que o tiefling precisasse pensar em algo, Tharg mesmo sem entender que estava fazendo tal ato, acabou ajudando Akron e o grupo naquele momento em que era imperativa a discrição, pelo menos do especialista e sua mensagem!
Talvez cansado ou entediado de estar sentado, talvez buscando por adrenalina ou um pouco de movimento, o selvagem ergueu-se indo em direção onde se reunia Herindor e seus guardas e enquanto ele avançava, os anões percebendo a aproximação do gigante, pararam de beber e ficaram observando o mesmo à chegar até eles… A Taverna como um todo começou a silenciar e observar a cena, todos acreditando que devido ao atrito inicial entre o bárbaro e Herindor, algo poderia acontecer e essa, foi a deixa perfeita para Akron sair de onde estava sem ser notado de qualquer forma, conseguindo assim seu intento de transferir a mensagem aos demais sem chamar atenção! Enquanto o especialista realizava sua proeza, Tharg já parado diante da mesa observa a todos por alguns segundos, a tensão aumenta com o silêncio geral e somente essa aprensão é quebrada, quando o bárbaro diz sem qualquer papas na língua: “- Já que agradeceu ao salvamento e eu não pedi nada em troca… Vou pedir agora então: Quero saber do cagalhão do Adramanter… Alguém o viu? Sabe por onde se desloca? Onde se esconde?”
Os anões se observam e então observam Herindor… A taverna mantém o silêncio aguardando o resultado de tudo e o grupo de Tharg, já informados agora por Akron sobre suas desconfianças, se volta para a cena igualmente tensos, esperando o pior daquela situação, porém, eis que o anão responde de forma séria, mas sem qualquer agressividade, quebrando a expectativa de quem aguardava uma boa briga de taverna: “- Qual tua intenção com o necromante selvagem?” Tharg sem tirar o foco da visão do líder anão, responde quase rosnando: “- Eu vou esmagá-lo… Despedaçá-lo… Arrancar sua cabeça do corpo e pisotear seu coração morto vivo até não restar mais nada…”
Os anões então ficam focando o olhar de Grund que ouve a seguinte resposta do líder da guarda, Herindor: “- O demônio vem até nossa vila seguidamente, é bem quisto por boa parte de nós apesar de ser um demônio… Creio que deves entender, tu viajas com um e parece ter apreço por ele… O necromante apresenta shows de marionetes para as crianças, distribui coisas para o povo e depois vai embora… Nunca ouvimos falar nada de mal referente ao mesmo… Onde vive, de onde vem? Não sei e não tenho interesse em saber!”
Herindor volta à fazer sua refeição, Grund franze o cenho e cria uma expressão que deixava explícita a ideia de “não tem qualquer chance dessas informações serem verdadeiras” mas ainda assim, acreditando que não iriam lhe revelar nada mais sobre o necromante, acena positivamente preferindo então retirar-se do que causar nova confusão, no entanto, assim que virou as costas, uma última frase do guarda faria grande diferença e mudaria o rumo da noite e dos acontecimentos: “- Mora na cidade alguém chamado Ector Moonwax, ele terá acomodações adequadas e seguras para vocês por esta noite… Diga que fui eu, Herindor que os enviou e terão uma noite tranquila de sono! Sigam ao norte na entrada da cidade, a casa dele se parece com uma árvore, não há como se perder!” Tharg então gesticula com a cabeça sem virar-se para Herindor e os demais, saindo da mesa no instante seguinte, caminhando pela taverna observando tudo e a todos, não havia como não ficar desconfiado com qualquer olhar depois das palavras de Herindor e, eis que então, o gigante percebe algo que chama sua atenção de forma poderosa… Ao canto oposto de onde estava o anão com quem Akron conversou, um minotauro de pelo menos três metros de altura, trajando vestimentas de couro e um machado gigante às suas costas, observava o bárbaro calmamente…
Tharg fica encarando a criatura, tal qual fez na entrada de Bhandabhar para com o guarda minotauro de lá, mas assim que chegou à mesa do grupo, relatou aos demais o que havia ouvido e algumas ponderações foram feitas por eles… Akron cogita se os cidadãos, apesar de terem os recepcionado bem, seriam confiáveis à ponto de seguirem todas suas indicações; Nissa e Syndra alegam que a taverna e talvez até mesmo o vilarejo todo fosse impregnado por magia, pois devido à presença das fadas, era quase impossível separar as tramas mágicas e perceber alguma magia em ação os afetando… Kinseph alega sentir-se bem no local e que isso poderia ser um indicativo de que o ambiente era confiável, ao posso que Jhon, sério como sempre pondera: “- Mal e bem se misturam nesse ambiente de uma forma que é praticamente impossível separá-los também, porém foquei minha detecção em Herindor quando ele esteve em nossa mesa, não há maldade nele, assim como não há mal no anão sem barbas com quem falou Akron… Precisamos dormir e, pela fala de Herindor, aqui na taverna não seria uma opção viável ou segura, então, creio que depois de tantos lugares em que já pernoitamos, a casa de alguém hospitaleiro, pode ser bem confortável… Eu voto por irmos conhecer o tal Ector Moonwax!”
O grupo se observa e consideram lógicas as palavras do Kellintorita e assim, erguem-se de onde estavam e partem da taverna em busca de falar com o referido Moonwax, se retirando calmamente do ambiente, não sem Tharg e o minotauro ficarem encarando-se como antes ou de Akron deixar registrado sua ressalva: "- Tomara que ele seja realmente hospitaleiro…"
O grupo segue em direção ao norte na entrada da cidade conforme instruções de Herindor e encontram, após alguns minutos de caminhada, a tal casa similar à uma árvore… Todos pareciam concordar, menos Tharg que bastante contrariado completa: “- Isto é a porra de uma árvore… Gigante, mas é uma árvore, não se parece com uma!” A porta do local se abre e de dentro dele surge um velho elfo, bastante franzino, mas com um sorriso convidativo ao rosto… O idoso abre os braços, sorri como podia e gesticulava para que se aproximassem!
Na sequência ele pede que todos entrem e os convida a se sentarem para que pudessem conversar! O anfitrião olha para todos e então exclama: “- Dentro dessas paredes ele não pode nos ouvir, mas, uma vez que os recebi, saberá que existe o risco de que eu tenha dito o que ele não quer que seja dito, por isso não vou perder tempo… Eu sou Ector Moonwax e, como Bull tentou avisar meio que, pedindo socorro a vocês, é fato que somos prisioneiros de Adramanter! Ele controla o vilarejo e arredores, os orcs estavam à seu serviço e realizam diversos trabalhos para ele… Como forma de garantir que seguiremos suas ordens, ele nos visita e nos intimida com sua proximidade de nossas crianças, por isso os teatros de marionete… Tentando evitar que saiamos à rua por muito tempo, o que nos permitiria sair em busca de ajuda, ele nos infectou com a licantropia… Assim se nos afastamos da Travessia do Ravini ou à comando dele podemos nos tornar lobisomens o que nos torna alvos de aventureiros que ao nos avistar, considera-nos um risco e atacam antes de questionar qualquer coisa... Também nós mesmos sob o controle da sede sanguinária da fera, devido a esse instinto predador, geralmente cedemos a selvageria e matamos à quem fomos buscar ajuda, por isso nos escondemos e ficamos em nossas casas, para evitar a transformação… Assim surgiram os rumores de que os lobisomens aqui atacam somente aventureiros… Tudo pela presença de Adramanter por mais tempo do que seria o desejado por qualquer um… Por conta dele e suas magias profanas, o rio, as vegetações, os animais estão morrendo e em breve, todos nós também se sua influência se mantiver… Nossos canteiros não mais produzem como antes e mesmo eu, sinto estar perdendo minha magia, pouco a pouco… Aqueles que contrariam o necromante desaparecem, vivemos com medo dos orcs e de nós mesmos pois à qualquer momento podemos sofrer metamorfose e em uma falha, nos matarmos… Filhos, filhas, esposas, maridos, mães, pais, avós e avôs… Amigos e parentes, não há um de nós que não tenha uma perda à chorar…”
O grupo fica a observar a narrativa do idoso elfo, atrás dele sobre a lareira que adornava a casa feita dentro do tronco de uma árvore gigantesca, uma pintura ostentava Ector e mais elfos… Nenhuma delas parecia estar mais na casa o que deixava apenas uma opção à ser cogitada… Com essa dor em seus âmagos, Nissa e Syndra tinham lágrimas aos olhos, Akron virava o rosto observando o sofrimento daquele povo nas mãos do necromante… Kinseph tentava emanar boas energias mantendo a casa livre da influência pesada do necromante e permitindo assim que obtivessem ambiente salutar às informações e Jhon e Grund, ambos deflagraram um ranger de dentes diante da maldade do arcano negro para com os demais… Com uma respiração profunda como se tomasse fôlego, o velho elfo uma vez mais se pronuncia: “- Estou arriscando tudo nessa tentativa… Ajudem a nos livrarmos do jugo do necromante… Nosso povo já sofreu demais, temos nossos problemas e talvez duraremos pouco assim como a maioria das pessoas nesses mundos esquecidos, mas… Que seja uma vida curta, porém livre e de decisões próprias…”
O velho elfo então faz alguns gestos com as mãos e uma energia alva e tranquila exala por entre seus dedos, flutuando pela sala como uma leve brisa, percorrendo o espaço entre os aventureiros e o anfitrião e por segundos, até mesmo Grund-Tharg se mantinha de olhos fechados como se ouvindo algo, e assim o estavam… A mente de Moonwax falou unicamente com eles e ambos abriram os olhos ao mesmo tempo, suas expressões eram de surpresa e atônitos se olhavam, confirmando que todos haviam ouvido o mesmo… O elfo então faz um gesto com a mão pedindo silêncio e proclama: “- Durmam aqui esta noite, estarão seguros, mas amanhã de manhã precisam partir… Se precisarem de algo, estarei no quarto dos fundos, seus aposentos ficam acima, basta subir as escadas…”
O velho elfo começa a se retirar e tão logo a porta de seu quarto se fecha, eles ouvem o sussurrar do anfitrião como se estivesse ao seu lado novamente: “- Não saiam antes do amanhecer… Ele espera por essa atitude impensada…”
A manhã havia chegado, a noite passara para todos como um relâmpago… Nenhum deles conseguira dormir, cada qual a seu modo, parecia despertar de um torpor onde percebiam, Adramanter não era apenas uma missão, ele era alguém que por todo o trajeto da jornada do grupo, havia usado de morte e destruição para detê-los e com isso, diversos inocentes haviam perdido suas vidas… Agora estavam na Travessia do Ravini e, muito provavelmente outros inocentes pagariam a conta ainda naquele dia, pois suas presenças ali provavelmente trariam essa sina sobre o local, era necessário saírem de lá o quanto antes, era esse sentimento forte que habitava o peito de cada um dos aventureiros naquele instante… No entanto, apesar de suas determinações e da vontade inabalável de combater o feiticeiro o quanto antes e terminar com o sofrimento da vila - e de tantos outros seres - todos eles também mantinham uma certeza em seus íntimos... Eles sabiam que após as revelações da noite passada, Adramanter não os deixaria sair dali sem combatê-los!
O grupo se preparando para sair, despede-se de Moonwax, mas Jhon é quem se aproxima dele e exprime a determinação de todos naquele momento: “- Sei que muitos ainda podem sofrer no processo que nossa presença aqui deflagrou senhor Moonwax mas quero que saiba… Não iremos parar até derrubar o necromante, nós assim o prometemos!” O idoso elfo então sorri e completa, sinalizando para que seguissem seus rumos: “- Um dos dons que a vida longa desses quase mil anos me deu jovem Raven, é ver o futuro depois que ele se consolida… Tenho certeza de que suas palavras serão cumpridas! Cuidem-se e não chorem pelos mortos… Eles também seguem o caminho que devem seguir e muitas vezes, são os estopins para uma era de paz! Tenha fé e não deixem a coragem lhes faltar, nem o ódio os corromper, é isso que ele espera para poder pará-los…” Jhon acena positivamente, mas muito mais que isso, ele guarda aquelas palavras para si, eram como alertas ou avisos, de formas a se proteger de Adramanter, pelo menos assim o kellintorita entendia…
Apesar de sua pouca demonstração de emoção rotineira, aquela despedida se encravou fundo em Jhon Raven, de alguma forma ele sentia que aquele encontro ficaria marcado em suas vidas, embora ainda não entendesse o porquê… O guerreiro então vira-se e segue acompanhando o grupo, todos em direção ao vilarejo, pelo qual deveriam passar para poder seguir em frente na busca pelo confronto com o necromante… Cada um com suas emoções particulares, agora desenvolvia motivos pessoais também para combater seu inimigo declarado… Eles haviam saído de WinterLess com uma missão para a academia e assim fora por bom tempo, mas esse encontro rápido e impensado com a vila dominada e aterrorizada pelo necromante, por algum motivo, havia mudado muito o pensamento de todos… O que era apenas a necessidade de derrubar seu alvo e cumprir sua missão, agora se transformava em uma promessa de que Adramanter deveria pagar pelo que fez aos inocentes! Os presos e torturadas no Fosso do Réptil, os orcs usados como massa de manobra, os espíritos da vila fantasma bem como o tiefling albino que perdeu sua vida justo quando um lampejo de empatia parecia surgir em sua mente… Eram muitos a sofrer pela mão de Adramanter e para eles, a destruição do necromante havia deixado de ser uma missão, se tornara uma questão pessoal de justiça!
O grupo apressa o passo, queria chegar rápido ao vilarejo, comprar suprimentos e seguir viagem o quanto antes, em suas mentes, uma vez que Ector havia lhes confessado mentalmente informações vitais para seu combate derradeiro, borbulhavam ideias para confrontar a ameaça da forma mais eficaz possível, segundo o pensamento de cada aventureiro… Talvez anular suas capacidades especiais de alguma forma seria o mais efetivo ou talvez, entrar de surpresa e o atingir furtivamente, talvez até mesmo a menos impensada de todas as estratégias, entrar em carga e tentar rachá-lo ao meio com um único golpe, mas logo eles deixaram as cogitações de lado e detiveram seus caminhos, pois, como se surgidos em um passe de mágica, dezenas de lobisomens estavam há metros de distância à frente deles, em prontidão de combate, garras e presas à mostra, prontos para um ataque fulminante…
O grupo fica de certa forma confuso, porque os estariam atacando, teria o necromante os “ativado” e enviado em seus encalces? Cogitando tal opção, eles até pensam em empunhar suas armas e defenderem-se, mas, antes que fizessem qualquer gesto, antes que tivessem tempo de qualquer coisa, todos podiam ouvir algo, como o “encerrar de uma espada na bainha”, vindo o som diretamente de onde haviam deixado Ector minutos atrás.
O grupo vira-se a tempo de ver, ainda estupefatos, o corpo do idoso elfo ser partido em dois, caindo cada metade para um lado, de forma lenta e agonizante, embora não pudessem de maneira alguma avistar o assassino! O grupo se enche de fúria e prepara-se para combater o invisível, mas uma explosão de energia os arremessa para trás com força jamais pensada enquanto que os Lobisomens, parecendo não serem afetados, empreendiam carga em direção ao corpo de Ector, como se conseguissem perceber algo que os aventureiros não! No exato momento em que passavam arrastados pela onda de choques através da investida dos lobisomens, como se a cena ficasse em câmera lenta, Tharg observa os olhos de um dos lobisomem que o encarava de forma determinada, enquanto o selvagem tinha certeza de ouvir em sua mente a voz de Herindor partindo da criatura licantropa: “- Salvem todos que puderem! Nós ganharemos tempo para vocês!”
A cena volta ao normal, o grupo de aventureiros é arremetido para dentro da taverna e as portas são violentamente fechadas, enquanto se podia ouvir apenas os uivos e sons de batalhas entre os lobisomens e um inimigo que não podiam ver! O grupo consegue se erguer e percebem então que não foram empurrados, mas sim atraídos… Eram as fadas que os puxavam para se guarnecer enquanto a tropa de lobisomens atacava e se sacrificava para que eles pudessem sobreviver e libertar o que sobrasse da aldeia em uma atitude altruísta e profundamente triste!
A equipe - aqueles que se dispõe a tal ato - chora, lamenta à cada uivo de agonia que ouvem e, embora contrariados com a ação de terem sido removidos da batalha, só restava a eles agora, se posicionar para o combate, reforçarem as portas e janelas e tentar fazer valer a pena o esforço dos cidadãos transformados! Tharg observa ao canto da taverna as crianças, mulheres e fadas recolhidas próximos ao balcão, uns protegendo aos outros, tentando salvar os idosos e resistir àquela investida avassaladora… Os olhos daqueles seres, apesar de temerosos demonstravam claramente que, acima do medo, talvez por terem sido convencidos à isso por Herindor, eles confiavam que o grupo de aventureiros os iria salvar… Tharg urra em ódio com a cena, ele lembra-se dos olhos e do pedido de Herindor, lembrança essa que ativa sua fúria natural, deslocando-se para diante da porta principal a esperar o que quer que fosse adentrar por ali e ser destroçado por se machado: “- POR HERINDOR!! PELOS SEUS!! POR TANGDARTH!!”
Então, um leve tremor de terra atinge a cidade, as fadas em esforço contínuo pareciam usar seus dons ao que tudo indicava, para proteger a integridade física do local! Alguns dos moradores preferiram ficar em suas moradias, mas alguns preferiram se ocultar sob a proteção mágica das fadas... Seria sem dúvida aquele grupo de aldeões e criaturas, as mais afetadas caso eles falhassem pensava o grupo… Tharg e Jhon guarneciam a porta e logo o selvagem começa a avisar aso berros: “- DEMÔNIO! ESTOU SENTINDO CHEIRO DE UM MALDITO DEMÔNIO!” Syndra e Nissa ativam suas magias, mas nada conseguiam detectar, Jhon buscava pela fonte do mal, mas suas emanações não captavam essa sensação! Kinseph ergue uma barreira divina protegendo a todos visto que assim, mesmo invisível, ninguém penetraria naquele solo sagrado, mas tudo mudou drasticamente assim que Kinseph abriu os olhos e aterrorizado gritou a todos: “- Alguém invisível… Caminha entre nós… Ele.. Ele rompeu a barreira sagrada!”
Todos começam a ouvir os passos de algo ou alguém por entre eles, tudo ao redor em termos de objetos começou a flutuar, as fadas pararam de se mover e um novo tremor foi sentido bem mais forte que o anterior, assim como as portas e janelas foram recobertas por magias poderosas e agressivas as lacrando em definitivo! Então, o grupo foi jogado ao chão de forma brutal uma vez que era visível e notável, sem sombra de dúvidas, que a Taverna Orc Morto estava sendo elevada de forma abrupta e veloz às alturas, sem qualquer explicação plausível!
Continua...
Continua...
Galeria de imagens:
Golem de Pedra:
Vislumbre da Travessia do Ravini:
Herindor - Chefe da Guarda:
Bull - Anão sem barba:
Ector Moonwax:
Lobisomens da Travessia do Ravini:
Grande Lanthys Lionheart!
ResponderExcluirO fictor das fábulas detalhadas e épicas!
Por mais up''s arcanos que o Gólen possa ter recebido ,seria impossível parar Grund, cada vez mais poderoso!
Não só na força, mas com um poder místico interior que cada vez mais se manifesta, mostrando claramente que Grund ,ainda que, selvagemente forte , possui algo a mais ...
Na sequência,Akron faz importantes esclarecimentos sobre a Passagem de Rabino, para em seguida, Grund e os aliados detonarem os Orcs que represaram o rio e mataram covardemente muitos anões , queimados vivos.
Toda vida é uma vida , já dizia Tsurigi, e as vidas salvas, renovaram as esperanças,ainda que modo secreto, pediram socorro para os guerreiros.
O jugó de Adramanther é demais pesados, e os anões não pensaram duas vezes em se sacrificarem quando tiveram a certeza que a caravana de Grund, poderia modificar aquela realidade,ainda que mais vidas tombassem...
Dramático e triste!
Tú tá me saindo um baita de um escritor dramático, ainda que seu estilo permaneça intacto e cada vez mais aprimorado.
Na suas histórias não faltam lutas, não faltam magias e acontecimentos épicos .
Mas, quem ler seus últimos trabalhos com atenção , perceberá que o drama tem ganhado espaço.
E de forma linda;
Parabéns, meu amigo!
Agora é torcemos para que Grund e seus amigos vençam essa poderosa ameaça invisível.
Será Adramanther?
Tudo indica que sim...
Aguardo ansioso o fechar desse arco!
Grande amigo Jirayrider, uma vez mais gratidão pela leitura, incentivo, apoio e amizade de sempre, escrever Grund tem sido uma deliciosa aventura, visto que posso viajar junto deles em universos que eu jamais veria em qualquer outra saga imaginável, assim sendo, meu muito obrigado a esse apoio sem fim! Sim, o golem não poderia parar Grund, pois, pelo motivo certo, com a fúria ativada, dificilmente se derruba um bárbaro, ainda mais um que está descobrindo muito mais além do combate, para realmente lutar, isso muda todo o foco e faz do Grund alguém completamente perigoso nesse mundo complicado em quem vivem! Coisas estão acontecendo com Grund e iremos abordar isso mais pra frente, mas no momento atual, basta sabermos o que ele gritou lá, ele é força infinita, e muito ainda virá disso! Akron é um verdadeiro acróbata, eu imagino muito ele como o Noturno de X-Men, só que armado de adagas e bem mais perigoso e mortal por não ser de certo forma, um herói... Se precisar matar, ele mata, diferente da equipe de Xavier, então, Akron é alguém que tu nem tá vendo ele, mas ele já te arrancou o rim e tu só vai sentir a dor depois que ele sorrir maliciosamente pra ti, sem falar que mesmo fora da linha deles, ele ainda é um ser abissal, então, temam o pequeno tiefling mortais!! Porém, achei que um sobrevivente como ele, também precisaria da sagacidade, da inteligência, ele não é alguém que pode se garantir pelo tamanho, então aliar a agilidade, esperteza, inteligência e sagacidade, acho que descrevem perfeitamente o Akron, fico feliz que curta ele! Quanto ao Adramanter, ele antes estava atacando diretamente o grupo, agora, o grupo descobriu que ele faz muito mais que isso, que seu "passatempo" por assim dizer, é subjugar e escravizar outros em prol de seus intentos... De alguma forma, Ector e os demais cativaram o grupo e agora, ao fazer vítimas na vila que os recebeu tão bem, o necromante cavou um poço do qual não vai conseguir sair tão fácil! Quanto à minha escrita, se ela melhorou, isso se deve à todo e qualquer trabalho postado no MindStorm e de outras mídias que acompanho, mas principalmente pelas dicas, comentários, sugestões e aprendizados que vocês trazem até mim, seja com seus trabalhos ou com nossos bate-papos rotineiros, o meu muito obrigado de sempre, por esse incentivo ímpar que só um bom comentário pode trazer para nosso texto! Grande abraço!! \0/
ExcluirMais um capítulo excelente dessa obra épica.
ResponderExcluirO começo, com a batçaha entre Grund e o Golem foi espetacular... Tão bem detalhada que dava para "visualizar" perfeitamente cada soco, cada finta... Com destaque para o poder de reposicionar as pedras que o Golem usou, na minha cabeça a cena ficou perfeita e empolgante.
No encontro com os orcs eu adorei o jeito do Bárbaro sair correndo prá luta, deixando de lado qualquer estratégia e, o que poderia ser um motivo de atrito no grupo, se revela como mais uma demonstração de como eles estão em sintonia, seguindo o companheiro sem questionar, pelo contrário, mostrando uma divertida cumplicidade.
Todas as cenas na vila ficaram excelente, servindo muito para continuar o desenvolvimento dos personagens principais, bem como mostrando suas capacidades de cfriar locais incríveis, que renderiam por si só, várias histórias.
Curti muito o exército de lobisomens, bem como suas ações e sacrifício... Ficou sensacional isso.
E o que foi esse gancho final?
Inimigo invisível e a construção se erguendo nos ares!
Quero muito ler logo o próximo capítulo!
Meus mais sinceros parabéns amigo!
Fala Norb, grato pela leitura, apoio e incentivo de sempre, fico feliz que Grund possa estar atendendo ao teu gosto cara! Grund vs Golem, a gente precisava rever isso, sem dúvida alguma, porém dessa vez, nosso bárbaro tava mais maduro, ele já valoriza mais o combate justo (ou se tiver que ser em defasagem que seja ele o defasado) de forma que a vitória seja completa ou uma derrota honrosa! Isso se dá porque ele tá amadurecendo e coisas, tão acontecendo com ele, então, era necessário que ao invés de simplesmente vencer, ele tivesse agora técnica, certeza e honra ao fazer o que fez, sem claro deixar a ferocidade de lado, eu curti muito essa batalha estilha lenhador de árvore petrificada kkkkk, fico feliz que tenha curtido! Quanto ao poder de reposicionar as pedras, lembrei do inimigo do Thor no primeiro filme, acho que é o Destruidor, tentei me espelhar na ideia, ficou legal eu concordo! Quanto ao encontro dos orcs, não podia deixar a clássica cena bárbara de fora, todo mundo arquitetando estratégia, e o bárbaro "aos infernos com táticas, eu vou é dar porrada" kkkkk! Parece quinta série, reprisando piadas velhas, nesse caso, ações comuns e batidas, mas achei que era um bom momento e dessa vez, dando certo, sem causar o efeito do Fosso do Réptil! Dessa todos preferiram a investida sem mais delongas e assim, todos exorcizaram suas fúrias para cima dos orcs desavisados da maneira que a gente mais queria! Travessia do Rauvin no original, é um cenário bem legal, a gente enfrentou uma tropa de lobisomens lá na aventura jogada, mas achei que poderia ficar melhor dessa maneira, com eles se aliando aos aventureiros e ao invés de inimigos sem sentido como foi em nossa jogatina, torna-los aliados desejosos de liberdade e que o grupo pudesse dar a eles essa liberdade! No original, Herindor nem era um dos lobisomens e muito menos teve essa afinidade com Tharg, mas na minha permissão de liberdade poética sem o rolar de dados, me permiti alterar o rumo da saga e deixar tudo mais lógico e arrumadinho, fico feliz que tenha surtido efeito! Quanto a quem conseguiu matar Ector, os lobisomens, adentrar a taverna, romper a barreira de proteção contra o mal de Kinseph, se manter invisível e ainda assim estar elevando a taverna céu acima, véio do céu, só o episódio seguinte poderá dizer, mas confesso que até eu senti o clima de tensão com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo e a eminência da morte respirando no cangote deles, realmente foi uma cena ímpar, eu curti muito! Muito obrigado meu amigo, por acompanhar essa saga, por me incentivar a continuar e melhorar sempre e que Grund-Tharg possa figurar entre nossos personagens divertidos de se ler, pra sempre! Grande abraço!! \0/
ExcluirGostaria de elogiar o episódio 21 da fanfic "Grund Tharg" de Aldo Lanthys, que é uma obra-prima de narrativa épica. A construção dos personagens e a intensidade das cenas de batalha são magistralmente executadas, mantendo o leitor em constante estado de tensão e emoção.
ResponderExcluirEm especial, gostaria de destacar a parte em que o grupo, ainda estupefato, assiste ao sacrifício dos lobisomens que lutam para ganhar tempo para os aventureiros. A descrição do sacrifício e a comunicação mental de Herindor com Tharg, com a mensagem "Salvem todos que puderem! Nós ganharemos tempo para vocês!", é extremamente poderosa e comovente. Esse momento de heroísmo e altruísmo é narrado com uma profundidade emocional que realmente se destaca.
A cena em câmera lenta, onde Tharg percebe os olhos determinados do lobisomem, é particularmente bem feita, criando uma atmosfera de tensão e heroísmo que deixa uma impressão duradoura. O uso de palavras e o ritmo da narrativa nesse trecho são excelentes, provocando uma forte resposta emocional no leitor.
Parabéns, Aldo Lanthys, por este episódio extraordinário. A habilidade em equilibrar ação intensa com momentos profundamente humanos é verdadeiramente notável, fazendo deste episódio uma leitura inesquecível.
Salve irmão, gratidão te ter por aqui de novo e mais feliz ainda, em ver que um personagem tão "chulo" digamos assim, está conseguindo te mostrar bons momentos! Sim, essa é uma das cenas que mais me marcou nesse episódio também, o grupo achou que os lobisomens o estavam enfrentando, mas uma revolta, pela morte inesperada do velho Hector, inflamou a coragem nos aldeões antes controláveis, e os fez tomar atitudes nunca pensadas antes... Anões por si só são corajosos, mas entes queridos nos fazem recuar diante de ações por vezes, nos fazendo não tomar decisões que se sozinhos fôssemos, tomaríamos, talvez isso tenha deixado o povo do Ravini submisso por tanto tempo! Mas vendo o velho Hector ser esquartejado daquela maneira, os licantropos tomaram a decisão que podiam, muito provavelmente inspirados pelo grupo também, e deixaram a segurança de seus parentes e amigos, nas mãos de quem poderia realmente salvá-los, ou seja, os aventureiros! E achei que essa cena poderia justamente exprimir todo esse contexto, noto nas tuas palavras que felizmente obtive sucesso na minha intenção e fico extremamente feliz em ter conseguido captar tua atenção nessa cena que pra mim também foi extremamente marcante, tanto que verás menções à ela nos próximos episódios! Mais uma vez gratidão por ter destino um pouco do teu tempo tão corrido para ler meu trabalho, espero que os próximos possa continuar a te fazer sentir satisfeito ao acompanhar a leitura, grande abraço e mais uma vez obrigado! \0/
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