segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Grund-Tharg - Cap. 24: "- A ascensão de Akron!"


O drow abre os olhos, as energias explodem ao seu redor, Akron é atingido em cheio por algo como uma espécie de campo de força que o arremete com violência para longe da copa da árvore, caindo a rolar pelo campo de mato elevado, encerrando de vez suas chances de exterminar com o feiticeiro, porém, apesar do golpe recebido e da percepção do inimigo, Akron sorria, pois o estrago já estava feito…
Assim que a imagem mostrou ao grupo que aguardava ansiosamente o momento e de agir, a onda de choque rompendo do corpo do drow e avançando contra o aliado, nenhum dos aventureiros sequer se olhou, todos instantaneamente se lançaram ao campo de batalha e orcs foram os primeiros a ouvir o som da corrida, o barulho das armaduras, e tudo isso parecia muito esperado com exceção da situação atual, afinal ouviam, mas nada viam; e embora não vissem de onde vinham os invasores, eles sabiam que estavam vindo, sabiam que o embate se iniciara, tudo isso era esperado, mas havia algo que eles não esperavam, algo que eles sequer tinham cogitado…

Grund–Tharg, primeiro que qualquer um dos aventureiros, irrompeu em corrida assim que o drow abriu os olhos, e com sua força poderosa se lançou aos céus, girando e ganhando impulso ao chegar topo, com seu machado erguido e pronto para o ataque! A única coisa que alertou os orcs de onde o primeiro ataque vinha, fora o berro de fúria do selvagem que o tirou da invisibilidade metros acima da distância ideal, descendo sobre eles como um meteoro furioso e, girando seu machado assim que tocou ao chão, em um golpe circular devastador, partiu ao meio pelo menos seis orcs de um só golpe!

Não bastasse o susto do ataque inicial descomunal, não somente os orcs que tombaram sofreram consequências, os que não foram atingidos cogitaram ser um ataque aéreo e descuidaram da onde os sons de armaduras haviam sido notados antes, ficando assim totalmente desorientados e como consequência, foram devastados pelos ataques precisos e poderosos de Jhon Raven, assim como as chamas e magias gravitacionais de Nissa e Syndra, incinerando dezenas e implodindo outras dezenas com seus ataques! A batalha havia iniciado e Grund-Tharg já corria dezenas de metros à frente dos demais indo em direção ao primeiro ogro vermelho, ignorando orcs e demais ogros pelo caminho ou os atacando direta e brutalmente conforme a necessidade para seguir seu trajeto, deixando inimigos partidos em pedaços pelo caminho!

Já Akron, caído algo distante da árvore onde iniciou sua investida, escorria sangue pelos ouvidos, narinas e lábios, sua pulsação estava alterada e ele lutava para manter os sentidos, não fora apenas o impacto do campo de força, algo mais havia acontecido e ele estava por demais longe de onde foi atingido para os ferimentos que apresentava, mas em conta-partida, mesmo com essa reação não esperada, ele podia ver de onde estava, o drow, estava com sua lateral direita aberta da frente até a parte das costas e no lado esquerdo do rosto, um corte profundo que banhava seu rosto enegrecido em rubro sangue a escorrer se sobressaía…

Os dois oponentes se observam, Akron sorria ao mesmo tempo que intercalava com gemidos de dores enquanto o feiticeiro, estremecia levemente os lábios ao mesmo tempo que pressionava com a mão sua lateral ferida, mas toda a tensão e sentimentos pioraram, quando retirando do ferimento sua mão, o drow a observa, farta em sangue, sua carne exposta pelo ataque bem sucedido de Akron, apesar do “despertar” em último instante do inimigo arcano…

“- Parece que fui atropelado por uma manada de bárbaros, mas… Valeu a pena!” A dor era lancinante, tanto no tiefling que sofrera todo o impacto que parecia ter reverberado em todos os seus órgãos e esqueleto, efeito do escudo arcano ativando-se, quanto do feiticeiro que apesar da ativação da magia defensiva, fora tardia tamanha a furtividade do especialista e agora, jazia com um ferimento profundo em seu torso, assim como uma cicatriz no rosto que dificilmente desapareceria um dia, efeito do golpe duplo preciso do aventureiro Akron!

- Como conseguiu chegar sem minha magia te perceber, como conseguiu transpor minhas defesas, nenhum ser físico conseguiria isso… O que é você, como pode simplesmente chegar do meu lado sem que eu percebesse?” O drow vociferava enquanto o próprio Akron, por segundos esqueceu de erguer-se e fugir para ponderar sobre tal possibilidade, pois sim, ouvindo o questionamento do arcano, fazia sentido pensar sobre isso, como ele conseguiu transpor magias estabelecidas no perímetro? Como pode vencer tão facilmente armadilhas que o feiticeiro com certeza preparou e ativou com todo o tempo do mundo? A ponderação termina quando o drow urra em fúria e alarma os orcs que cuidavam do perímetro naquele ponto…

Akron ainda cambaleante tenta erguer-se e correr, mas os orcs eram mais rápidos, agressivos, acrobáticos e famintos! Ele tenta se arrastar, mas os atacantes chegam até ele e saltam para o ataque enquanto o drow continuava a gritar, porém, algo atinge um dos orcs o arremetendo para longe, partindo o mesmo em duas partes igualmente agonizantes… Os orcs detém seus movimentos e observam e então uivos são ouvidos e três lobisomens surgem por detrás de um quarto lobisomem que fora o responsável pelo ataque ao orc mutilado, e estranhamente, aquele último licantropo ostentava uma barba incrivelmente bem tratada e aparada…

Akron sorri, e não consegue deixar de exclamar mesmo com sua dor: “- BULL!” O licantropo acena positivamente e aponta na direção da floresta, indicando que seguisse por ali enquanto eles dariam conta dos orcs e, novamente os lobisomens lançavam-se em combate na travessia do Ravini, desta vez, não somente pelos seus, por seus lares, mas por amigos que os conquistaram através de suas atitudes e de seus feitos!

Enquanto isso, Grund-Tharg combatia o primeiro ogro vermelho, que urrando girava sua espada no estilo cimitarra, porém muito maior do que a arma homônima; o chão estremecia com suas pisadas destrutivas e a criatura, confiante e focada em sua única ordem, desafiava o bábaro para o embate! Grund dava sua resposta de aceite, acelerando ao máximo que podia, retesando seu machado à retaguarda e atacando com toda força que detinha naquele momento! Cimitarra monstruosa e machado selvagem se chocam, uma onda de impacto reverbera pelo local e alguns orcs menores são inclusive desequilibrados pelo poder do ataque sonoro! Os dois gigantes por alguns segundos mediram forças e então Grund eleva seu tom vocal emitindo algo semelhante a um rugido gutural que ia aumentando conforme sua força parecia aumentar igualmente e de forma incrível - e aterrorizante para o ogro vermelho, se poderia dizer - Tharg começa a reverter o “braço de ferro” armado e consegue impor sua vontade sobre o ogro, conseguindo espaço ínfimo, mas suficiente para "manobrar", atingindo uma potente cabeçada na testa do monstro que sente o impacto e desatenta do combate por milésimos de segundos, tempo também o suficiente para Tharg se arremeter para cima, chutar o peito do monstro com os dois pés, se arremetendo logo em seguida para trás com um giro perfeito no ar, abrindo espaço valioso entre os dois…

A cimitarra do ogro cai devido ao impacto, ele volta rapidamente à posição normal e passa a mão na testa e no peito, como se computasse o que lhe tinha acontecido, para logo em seguida - talvez assim que conseguiu processar o que aconteceu - olhar par Tharg urrando, finalmente furioso por ter sido atacado! O monstro corre em direção ao gigante selvagem e esse sorri, atirando seu machado para o lado completando, enquanto iniciava a correr igualmente: “- TÁ CERTO! VAI SER NO BRAÇO MESMO!” Os dois poderosos lutadores alcançam distância de ataque, o ogro abre os dois braços para bater na cabeça do oponente dos dois lados, com intenções de amassar a mesma, mas a agilidade de Grund-Tharg era anos luz maior, ele desvia do ataque se abaixando, avançando um passo à frente, ficando em perfeitas condições de atingir o queixo da criatura com um perfeito “upper” que fez o monstro erguer o rosto para cima devido ao novo impacto!

Tharg aproveitou o momento de abertura, golpeou desferindo diversos diretos no abdômem da criatura, logo depois mirou e atingiu o pescoço, completando então com diversos golpes de punho nas laterais do ogro, buscando ferir de alguma forma suas estruturas internas, para logo em seguida desferir o mais potente soco que poderia desvencilhar naquele momento, visando o nariz do monstro, sendo possível ouvir o estalar dos ossos da face da criatura, que agora recuava, agonizante, derramando sangue pelo local atingido e novamente, bastante confusa!

O monstro se detém novamente demonstrando ser extremamente lento para entender acontecimentos, com a provável dor dos golpes isso se tornava ainda mais complicado para o ser... Ele observa o sangue em seu nariz ao passar a mão, olha então para o bárbaro e novamente para sua mão sangrando e pausa por mais alguns segundos enquanto Grund-Tharg cuspia ao chão e se preparava para continuar o combate tão logo a criatura se recuperasse… O monstro então libera um urro animalesco e desta feita apanha sua cimitarra, lançando-se novamente contra o oponente selvagem, que por sua vez apanha seu machado e o segurando com as duas mãos, sorri sarcasticamente enquanto se lançava em carga igualmente: “- JÁ DESISTIU CHACAL? ENTÃO QUE VENÇA A ARMA MAIS AFIADA!” Os dois gigantes novamente se chocam mas desta feita recuam logo em seguida, e enquanto ambos desferiram e aparavam golpes com fúria avassaladora, bem próximo dali outro cenário de carnificina se desenrolava!

Um novo grupo de orcs chegava berrando ao combate diante da tríade Jhon, Nissa e Syndra, eles usaram flechas enquanto andavam, mas todas elas foram derrubadas pelos poderes gravitacionais de Syndra; vendo sua primeira investida barrada, todos seguem para a alternativa restante e atacam corpo-a-corpo, o que se mostrou mais um grande erro pois logo em seguida todos estavam destroçados por completo pelo ataque conjunto dos aventureiros, pois Nissa invocava terríveis jatos congelantes que transformavam os atacantes em pedras de gelo, facilmente destruídas por completo após, por golpes de punho e pés de Syndra, que usando do controle da gravidade, fazia pedras se deslocarem pelo campo de batalha de forma furiosa, perfurando e destruindo os orcs congelados! Os que escapavam de tal destino, sequer tinham tempo de ver o resultado de seus iguais, pois a determinação e lâmina sagrada de Jhon Raven em busca de encontrar Akron e Kinseph - assim como os aldeões - em segurança, era simplesmente impiedosa! Mas todos a tríade sabia, tinha plena consciência de que, haviam muitos deles, se algo não fosse feito e rápido, embora a superioridade de combate, os monstros poderiam vencer pela superioridade numérica em breve!

Enquanto isso, Akron que acabara de ser salvo pelos licantropos à comando de Bull, o anão de barba diferenciada, e o feiticeiro drow observava tudo que estava a acontecer, a ver seu plano e estratégias sendo derrubadas... Sua expressão de fúria mesclava-se à da dor e em um ato no mínimo inesperado, ele desaparece do local em meio a uma névoa negra, deixando para Akron, além das terríveis dores e a incapacidade de combater naquele instante, apenas a opção de acatar o conselho do licantropo aliado e correr em direção à mata, onde descobriria ele logo em seguida, dois clérigos de Bahamut o aguardavam, para levá-lo ao local onde os demais aldeões estavam! No instante que fora recebido pelos dois seguidores do deus de platina, rapidamente ambos prostraram suas mãos em direção ao tiefling e energias dourados fluíam deles para o especialista, tratando seus ferimentos e machucados de forma poderosa, aliviando em segundos a maioria das dores e mal estar que o pequeno sentia…

Os clérigos então levam Akron até os outros aldeões e enquanto andavam, o tiefling questiona por Kinseph, pois pensava ele, se os moradores do Ravini estavam livres, é porque o clérigo havia cumprido sua missão! O líder dos seguidores de Bahamut, mais velho entre todos, explica, que tentou ficar e ajudar o seguidor de Luuthander na batalha, mas o mesmo o imbui de cuidar dos feridos e indefesos e ficou para lutar junto dos demais, indicando logo em seguida o velho clérigo, a direção onde vira Kinseph pela última vez! Akron agradece e faz menção de partir em direção ao combate, o clérigo ancião tenta impedi-lo, devido aos ferimentos, às condições da batalha e de inimigos, mas o tiefling sorri e alega: “- Eles me aceitam como eu sou, eu nunca tive isso antes senhor... Acha que vou deixar pessoas assim pra lutarem sozinhos? Antes eu prefiro morrer lutando ao lado deles!” E em poucos segundos já não era mais possível ver o tiefling que desapareceu em correria por meio da mata abundante naquele local, indo em direção ao ponto onde Kinseph supostamente estaria!

O especialista consegue finalmente chegar ao local indicado, Kinseph não estava ali, mas um pouco mais adiante, empunhando seu escudo e sua maça estrela, invocando magias para si próprio como a denominada "Força do Touro" e "Vigor do Urso", ampliando suas capacidades físicas de combate para sobrepujar a horda que os atacava, combatendo assim de forma corajosa os barulhentos e irritantes orcs em meio ao caos que a Travessia do Ravini havia se tornado! Akron sorri, se põe em corrida frenética, saca suas adagas e se lança em combate sem que o clérigo percebesse sua chegada, mas, inutilmente seu esforço furtivo foi em vão, uma vez que Kinseph começou a perceber orcs caindo em meio à batalha, sem que se pudesse ver claramente o atacante que os derrubava! 

Antes mesmo que o tiefling, após derrubar pelo menos meia dúzia dos inimigos, detivesse seus movimentos e sorrisse para o clérigo, o seguidor de Luuthander detinha seus ataques no breve instante proporcionado pelo aliado, e extasiado gritava: “- AKRON!! O abissal gesticula e novamente se lança em ataques furtivos, enquanto Kinseph parecia recuperar suas energias e golpear e destroçar os inimigos com mais vontade ainda e assim, um segundo esquadrão de orcs caía, pouco antes do terceiro que jazia completamente destroçado, metros adiante… Akron observou a cena, olhou para Kinseph e cogitou em sua mente: “- Quem derrubou aqueles? Não vejo Bull e os seus nem mesmo Jhon e os demais…” Uma árvore então é arremessada contra Akron que desvia instintivamente, interrompendo sua divagação, era o grupo contendo os ogros que se aproximava, arremetendo tudo que estivesse em sua frente para longe!

Com suas clavas, eles destruíam carroças, quebravam plantas, abriam buracos nas construções e paredes das moradias… Akron então se posiciona com as adagas em mãos se preparando para o embate, Kinseph arremete o último orc em direção aos escombros com a pancada de sua maça estrela e também focaliza no grupo, até que o especialista sorri e questiona o clérigo: “- Kinseph… Você ainda consegue fazer aquela parada de ficar gigante?” Kinseph olha para o tiefling e um sorriso escorre por seu rosto com a sugestão do pequeno, denotando a sugestão ter surgido em hora mais que adequada!

O luuthanderiano ergue seus braços e brada: “- Para proteger a vida inocente e espalhar o bem destroçando todo o mal… Eu invoco… FORÇA DOS JUSTOS!” O clérigo imediatamente brilha como o sol, os ogros são obrigados a cobrirem seus rostos ou virarem de costas devido à luz cegante que o sorridente luuthanderiano emanava e tão logo ela cessou, sem conseguir compreender o que acontecera, os ferrenhos inimigos observam o clérigo diante deles, quase quatro metros de altura, os braços e tórax do divino guerreiro empunhando sua maça e escudos também reajustados, observando a turba monstruosa de cima, e para um deles, sequer houve tempo para reação, pois com a perna direita Kinseph desferiu um chute avassalador que arremeteu o menor dos ogros para longe, centenas de metros do local de combate, o destruindo com toda certeza!

Akron, com um salto posicionando-se ao lado da cabeça de Kinseph em seu ombro, que agora era um gigante perto do tiefling, sorri e grita ao mesmo tempo: “- E OFICIALMENTE SOU O PRIMEIRO TIEFLING COM FORTE MÓVEL! VAMOS DESTROÇAR TODOS ELES KINSEPH!” O especialista se lança em direção ao segundo ogro que corria com seu tacape em direção às pernas do clérigo e enterra suas duas adagas, uma de cada lado do pescoço do inimigo, girando pelo pescoço do mesmo e descendo até o chão pelas costas, usando os punhais como ponto de fixação, simples destruindo a garganta do inimigo e tirando sua vida, mas o terceiro ogro já erguia sua clava cheia de cravos e, tão focado estava em atacar o pequeno que esqueceu do gigante Kinseph e sua maça sagrada, sendo acertado de forma brutal em sua lateral, sendo arremetida a criatura com violência, por entre galhos de árvores à distância imensa igualmente!

Três ogros haviam sido derrotados facilmente, mais três estavam vindo e então, mais orcs surgem por entre a mata correndo como doidos em direção ao clérigo! Akron surge novamente ao lado da cabeça de Kinseph e o alerta, ao passo que o clérigo segue em direção aos ogros, totalmente despreocupado com os orcs, explicando seus motivos: “- Talvez vá gostar de saber que Herindor e seus soldados também estão aqui, eu dou conta dos ogros se quiser se juntar a eles, fique tranquilo!” Akron não compreende de início e olha atemorizado para a turba de orcs quase chegando neles, quando então, os primeiros da tropa são completamente destroçados por ataques selvagens vindo do nada, e novamente o uivo dos lobisomens imperava e assumia o combate contra os barulhentos inimigos!

- Nossa… Então assim como Bull, Herindor e seus também entraram no combate usando suas capacidades da licantropia??” Kinseph sorri enquanto esmagava um pequeno ogro anão que tentou fugir do embate e completava: - Sim, tão logo me dispus a combater, Herindor e Bull chegaram até mim e disseram que iriam entrar na luta, afinal, a Travessia do Ravini é seu lar! Desde então, nenhum orc teve sossego, hahahaha!” Akron novamente olha para o combate e se empolga, agora sim compreendendo tudo e então apenas dá um leve tapa no ombro do aliado, se lançando novamente para a confusão, fosse contra os orcs, fosse ajudando o gigante Kinseph, enquanto às dezenas, orcs e ogros estavam caindo como moscas diante dos ataques poderosos e imparáveis de Akron, Kinseph e os licantropos, algo não esperado por nenhum deles, principalmente pelo drow que desaparecido do local continuava!

Enquanto isso no campo de batalha onde atuavam Grund-Tharg, Jhon Ranve, Nissa e Syndra, mais orcs se aproximavam em caos inimaginável, Jhon fora o primeiro a observar os ogros se aproximando da mesma forma embora mais lentos e cogita qual grupo deveriam atacar primeiro, mas a resposta veio de forma brutal, quando os licantropos invadem a cena, saltam por sobre a imensidade de orcs iniciando a destroçá-los velozmente, enquanto Herindor rosnava à tríade: “- Deixe os orcs conosco, concentrem-se nos ogros e no drow!” Tharg estava distante da cena em combate com o ogro vermelho, mas os três da tríade acenam positivamente uns aos outros, ao mesmo tempo que um sorriso de satisfação enfeitava lhes o semblante, afinal, aliados foram feitos, amizades foram estreitadas e agora, eles vinham em seu socorro… Não estavam sós, não estavam esquecidos naquele mundo, estavam fazendo diferença na vida de pessoas à ponto de merecerem suas ajudas!

A tríade, determinada e orgulhosa, se lança então contra os ogros e percebe antes do ataque que um ogro, de forma totalmente bizarra, tendo sido provavelmente arremetido de longe de onde estavam, passara voando por sobre eles, ao passo que buscando pela fonte, em poucos segundos puderam ver, saindo de trás das copas das elevadas árvores, o gigante Kinseph à enfrentar vários dos mesmos ogros tendo Akron como que a relampejar pelo campo de batalha, tamanha a agilidade e velocidade, cortando tendões, atingindo órgãos, cegando inimigos e retornando à uma suposta segurança ao ombro do agora descomunal clérigo sorridente de Luuthander: “- A vida é uma dádiva a ser protegida, não matarão mais inocentes malditos!” bradava o gigante Kinseph enquanto atacava com vigor!

Jhon e o grupo se empolgavam com a cena, corriam como nunca, suas esperanças eram renovadas à cada nova visão e o grupo de ogros finalmente estava ao alcance de ambos! Jhon à frente dos três se lança em salto promissor, que fez a criatura acreditar que ele visava atacar sua cabeça, e visto a distância e mal cálculo do monstro, não fora possível à fera perceber a verdade até ser tarde demais, Jhon Raven pousando pouco à frente do mesmo, com espaço e tempo suficiente para girar seu corpo agachado, atingia o abdômen da criatura grotesca diversas vezes, à fazendo colocar as mãos ao centro tentando segurar seus intestinos que começavam à sair para fora do corpo devido aos brutais ferimentos!

Os outros ogros pouco se lixaram para o “aliado” que gritava e viam nas duas arcanas além de comida, diversão devido suas curvas proeminentes, mas o primeiro deles sequer percebeu quando sua cabeça implodiu diante do ataque de Syndra, ou mesmo o segundo, que queimava em chamas apenas extasiado com a carne - em duplo sentido - da qual poderia se banquetear após subjugá-la, até que caiu carbonizado e sem vida diante das duas, sem nem entender como isso havia acontecido! Ambas viram-se para onde a horda investia de novo, mas Jhon estava ao centro do local, banhado em sangue e restos mortais, com três ogros caídos ao seu redor…

As duas sorriem, se olham e então seguem em frente junto do kellintorita para o próximo grupo de inimigos, Kinseph varria o local à chutes e golpes de maça, acompanhados dos ataques furtivos de Akron! Os licantropo levavam os orcs a quase extinção e debandada enquanto Grund duelava com o ogro vermelho; mais ogros surgiam, alguns acompanhados de poucos orcs, Nissa e Syndra os levavam ao chão com chuvas de estalactites de gelo, chamas destrutivas, relâmpagos poderosos e devastadores, bem como chuvas de pedregulhos avantajados, implosões gravitacionais e arremessos devido a extinção da mesma gravidade ao redor de alguns!

E estando distante alguns passos das duas arcanas, Jhon Raven movia-se com graça aliada a brutalidade, em uma cena que não se imaginaria compatível dada a oposição de uma condição para a outra, mas o cenário era sem dúvida alguma, esse… Com movimentos precisos e poderosos, o kellintorita girava por entre as hordas, sua espada retalhava com precisão cirúrgica cada criatura que encontra, era possível dizer, ao ver as metades ou braços e pernas voarem pelos ares, que alguns ferimentos pareciam ficar inclusive cauterizados, devido ao calor avassalador do atrito da lâmina contra as fibras do tecido orgânico dos monstros e então, completando ainda mais todo o clima de caos e morte, o chão novamente começava a tremer…

Jhon observa a retaguarda, um dos ogros vermelhos vinha em carga contra as duas arcanas e iria atacá-las diretamente! Jhon se lança em correria desenfreada tentando impedir o ataque covarde, sua distância não permitiria que ele chegasse a tempo ele sabia e então, em um ímpeto de ainda assim evitar o ataque surpresa, ele grita, ele gesticula, ele tenta alertar as duas aliadas, mas o espaço era curto! Syndra e Nissa finalmente percebem a chegada do inimigo, sendo surpreendidas, não possuem concentração adequada para conjurar ou mesmo redirecionar suas magias, o ogro estava retesando a cimitarra em frente a elas em pleno movimento de investida, iria atingir sem dúvida as duas com um único ataque, auando algo grotesco e pesado atinge a rubra criatura de forma inesperada, com brutalidade, o arremetendo para o lado esquerdo de forma estrondosa, impedindo finalmente o ataque certeiro e o fazendo cair contra uma das construções do local ainda sem entender nada do que acontecera…

O ogro se ergue, olha por sobre ele e percebe que, o que o atingira, o que o tirou de seu ataque certeiro, fora na verdade outro dos ogros vermelhos, de alguma forma o gigantesco corpo se impactara com ele, mas faltava entender como isso seria possível, porque teria acontecido, forçando sua mente a criatura em sua pouca capacidade de raciocínio tentava de todas as formas entender mas, a divagação fora interrompida porque novamente algo voava em sua direção, desta feita menor era fato, não causaria estragos e foi facilmente apanhado pelo ser modificado, porém, talvez se ele soubesse o que havia apanhado com tanta facilidade, não teria ficado tão satisfeito com o resultado de seus reflexos…

A criatura detém-se por alguns segundos a observar o que segurava e de certa forma incrédulo, acaba por finalmente compreender que ele segurava a cabeça do ogro que o atingira e ao centro do campo de combate, guarnecendo as duas arcanas, estava agora Grund-Tharg, arfando em fúria, coberto de sangue do ogro que havia acabado de arremessar… “- ME DISSERAM QUE… OGROS VERMELHOS EXPLODIAM… PARECE QUE ESSE CHACAL NEM PRA ISSO PRESTOU!” A criatura rubra que segurava a cabeça decepada do ogro derrotado então explode em fúria, era impossível dizer se por conta da afronta ou porque detinha algum apreço por seus pares, mas muito mais provavelmente, o único motivo para tal ato fora enxergar em sua frente, um inimigo o afrontando, programação padrão de crias brutais como ogros vermelhos! Ele arremete detritos em sua atitude de intimidação, o corpo do outro ogro e tudo mais que tinha ao seu redor fora para longe arremetido e empunhando sua cimitarra de guerra, colocou-se em prontidão de combate, preparando-se para uma investida, ao passo que Grund, demonstrando esforço hercúleo para conter sua força, resmunga: “- Se reúnam com os outros… Encontrem o bruxo… Eu cuido do ogro…”

Jhon, Nissa e Syndra acenam positivamente e partem para onde viram Kinseph pela última vez, não era necessário, depois de Tharg arremeter o corpo sem cabeça de um dos ogros vermelhos, questionar se o bárbaro era capaz de lidar com o segundo da mesma linha! Assim, partiram atendendo o pedido do aliado e, como Kinseph já não aparecia mais por entre as árvores, era fato que sua magia “Força dos Justos” havia terminado e ele estaria agora, de volta ao tamanho normal, muito provavelmente fadigado e precisando de ajudao! Tharg por sua vez, segurando seu machado e bastante feroz, rosnava ao passo que o ogro avançava, sem diálogos ou mesmo xingatórios, apenas ataque físico descontrolado, quebrando tudo que via pela frente… “- TÁ NA HORA DE QUEBRAR MAIS OGROS ENTÃO!” Os dois poderosos seres se arremetem de novo em carga e um novo estrondo ecoa pelo local com o choque dos dois gigantes!!

A tríade por sua vez avançava, Kinseph surge correndo por entre a vegetação e encontra o grupo que corria para próximo da árvore onde Akron havia confrontado o feiticeiro! O clérigo sorri ao ver que todos estavam bem e Akron chega logo em seguida tranquilizando a todos igualmente, o grupo estava praticamente reunido e a gritaria e estrondos metros atrás deleso indicava que Grund-Tharg estava bem também! Os licantropos reúnem-se com o grupo de aventureiros e era Herindor quem questionava: “- Vocês têm um plano para enfrentá-lo? Sabem que ele não precisa estar ao nosso alcance físico para nos atacar!”

O grupo em sua maioria gesticula que compreende tal situação e é Nissa quem rebate: “- Precisamos encontrar sua localização primeiramente, sem termos um contato visual com ele tudo se tornará mais difícil!” Todos ouvem e Akron é quem se manifesta, alegando mesmo sem ter certeza de que valeria de alguma coisa: “- Eu o feri, eu consegui fazê-lo sangrar antes de ser atacado… Se estiver aqui e não houver nenhum clérigo ao seu lado, eu duvido que já tenho se recuperado…"

Bull então bate uma mão na outra e cogita: “- Talvez possamos farejar o sangue de elfo negro dele Herindor… Não sei se saberíamos distinguir um do outro, mas talvez seja possível!” Nisso, a voz de Tharg é ouvida bem próxima deles, alegando: “- GRUND-THARG AJUDA!” Antes de qualquer explicação, o corpo aberto ao peito do segundo ogro vermelho voa por cima de todos, indo em direção à arvore onde o drow estava ao início de tudo e se choca contra a mesma, sem causar novamente qualquer efeito além do estrondo físico do corpo gigante… Tharg então cospe ao chão e novamente esbraveja: “- OGROS COM ALQUIMIA RUIM, NÃO EXPLODEM!”

Osa licantropos olham para Tharg, Jhon Raven também o interroga com o olhar, mas parecia que alguns integrantes do grupo conheciam o que Tharg estava explorando com esses arremessos aparentemente sem sentido útil, e foi Akron quem explanou: “- Então, é que Ogros Vermelhos são apenas uma variação dos ogros normais, a diferença é que estes vermelhões aí, passaram por processos alquímicos e místicos, sendo alterados para que se tornem ainda mais letais - ao custo da própria vida. Além do tom vermelho rubro de sua pele, eles não diferem quase dos demais ogros, até que entrem em combate, que é quando algumas modificações deles começam a se manifestar... Ao sofrer o menor ferimento, um ogro vermelho entra em um estado de fúria que aumenta várias vezes suas capacidades de combate. Nesse estado, não distingue entre aliados e inimigos, por isso muitas vezes os ogros vermelhos são tele transportados ou jogados por catapultas no meio das fileiras inimigas, combatendo longe das demais tropas. Após sofrer muito dano, um agro vermelho passa por um processo ainda mais impressionante... Alguns começam a exalar um vapor ácido, outros crepitam em chamas, um terceiro grupo pode emitir um frio enregelante e isso afeta todos ao redor do ogro, desestabilizando ainda mais as forças inimigas. E por fim, quando um ogro vermelho finalmente morre, ele explode com os efeitos que se manifestaram antes, liberando assim uma explosão concentrada de ácido, fogo ou frio. É isso que Tharg está reclamando que não acontece no caso desses ogros vermelhos que provavelmente, tiveram processo precário de alquimia induzido neles ou simplesmente, lhe foram negados esses adicionais…”

O grupo novamente se volta para o local onde cogitam que o drow poderia estar e Tharg dá passos à frente explicando: “- Meu nariz não é aprimorado como o de vós licantropo, porém, eu conheço a maioria dos cheiros que temos aqui… Eu posso não reconhecer o sangue de drow mas com certeza posso saber se tiver aqui um cheiro que nunca senti antes e isso poderá guiar seus olfatos para encontrar o bruxo…” Os licans concordam, Syndra, Nissa e Kinseph que estavam impossibilitados - embora seus dons arcanos - de localizar o feiticeiro, uma vez que ele ocultava-se da busca por magia, concordam com a ideia e todos se preparam para encontrar e destruir o inimigo finalmente, porém, algo como um nevoeiro começou a tomar conta do local e atacar diretamente o grupo de guerreiros!

A névoa tinha tom esverdeado como líquido apodrecido, e além de dificultar a visão por todo o espaço, trazia consigo um fedor insuportável que ardia as narinas de todos ali presente, sem exceção; no caso de Tharg e dos licantropos, que possuíam um olfato ainda mais sensível devido ao aguçamento do mesmo, o nevoeiro repentino se tornou uma arma mortal, colocando todos os licans e o selvagem ao chão, contorcendo-se de uma espécie de ardência incontrolável em suas narinas! Nissa rapidamente tenta alertar os outros: “- É o drow, ele está usando magia Névoa Fétida…”

A voz de Nissa desaparece, a boca dela começa a ser fechada como se estivesse sendo costurada com a própria carne de sua face, quase da mesma forma que fora usado contra ela ainda na taverna de pedra quando da luta anterior… Syndra se assusta com a cena e percebe o mesmo acontecer consigo entrando em desespero igualmente e Kinseph é quem, observando para a frente percebendo que a batalha já havia começado e eles apenas não haviam notado, completa: “- Ele sabe que minhas magias não poderiam chegar a ele por conta do Círculo de Proteção contra o Bem que ele ergueu, eu posso sentir o escudo emanando suas trevas agora… É uma espada de dois gumes, ao mesmo tempo que posso localizá-lo, ele removeu de Syndra e Nissa a capacidade de conjuração e derrubou Grund-Tharg e os licans…”

O kellintorita percebe a situação aterradora, o fedor nauseante corroía internamente uma parte do grupo, as duas arcanas se debatiam em pânico com suas bocas lacradas e Kinseph tinha apenas sua força como recurso naquele momento pois se tentasse ajudar os demais a se soltar, perderia mais tempo e daria mais oportunidades ao inimigo de atacar do que se o confrontasse de vez… Quanto ao valente Akron sequer sentia cheiro de sangue, magia de escudo ou via qualquer coisa, lutava contra o fedor da névoa, mas já tinha sentido coisas piores nos lugares onde viveu por tempos, e foi então que Jhon tentou antecipar-se: "- Me mostre a direção Kinseph, eu chegarei até ARRGGHHHH!”

A mão de Jhon vira-se para trás largando a espada, sua perna direita se retorce lhe tirando o equilíbrio, o braço esquerdo larga o escudo e contorce-se como se estivesse sendo puxado e sua cabeça vai virando-se lentamente até quase quebrar seu pescoço enquanto ele caía e não mais conseguia se mexer… Kinseph observa tudo e entende o erro que cometeram: “- Ele estava próximo o tempo todo Akron… Ele nos ignorou inicialmente por não considerar que oferecemos risco a ele, e enquanto esperamos buscando por ele, o desgraçado ficou livre para conjurar e nos encurralar… Não há outra opção agora, eu vou te mostrar a direção, somos a única chance agora, ME SIGA!”

O clérigo empunhando sua maça estrela se lança em carga, ele sabe que a barreira contra o bem não permitiria sua passada, mas Akron era uma cria abissal, talvez o especialista conseguisse o feito, pensava o clérigo, e assim guiou com coragem e determinação o pequeno tiefling até o ponto onde o drow ocultava-se e, sentindo a distância da barreira, atacou com sua força máxima conjurando a energia divina do deus sol sobre sua arma, desferindo o mais potente impacto que conseguia, e o que obteve de resposta, fora um contra-ataque de retroalimentação, a barreira absorveu a energia do impacto e a direcionou contra o clérigo arremetendo e ele Akron metros para trás, rolando pela mata, galhos, terra e pedras até finalmente deterem-se próximo de uma das construções avariadas!

Uma vez que conseguiu o feito e considerou ter dominado a situação, o drow finalmente sai de sua invisibilidade e mostrou-se diante de todos, com expressão de ira completa, quase salivando ao falar: “- Eu ainda não compreendi como se aproximou de mim pequeno diabo, mas guardarei minha última ação para arrancar suas entranhas com calma e prazer… Vocês todos me humilharam diante do mestre, derrubaram meus inúteis guardas e por conta disso cogitaram que poderiam me vencer… Mas vejam suas insignificâncias, estavam em mais de dezenas e sequer conseguiram me tocar seus vermes…” Akron, erguendo-se ainda meio zonzo e ferido por conta dos galhos e pedras que o cobriam depois do impacto, ergue a mão ainda meio sôfrego e responde, atrevidamente: “- Hã… Desculpa estragar o seu discurso aí, mas… Sei que foi no início da batalha e não agora... Mas eu cheguei até você e fiz um estrago e tanto... Alias, tô vendo o curativo daqui… Tá feio isso aí né seu drow?”

O feiticeiro observa Akron se erguendo e entende que o mesmo zombava de sua incapacidade de impedir o ataque primeiro contra ele, seus olhos transbordavam fúria, não conseguindo mais se manter com aspecto calmo e ponderado, acionando então uma nova magia, desta feita com intentos assassinos visíveis: “- Está bem pequeno diabo, que morram todos juntos então… TENTÁCULOS NEGROS DE LORKATH!” Uma explosão sonora ocorre e então, dezenas de tentáculos vindos de uma espécie de portal minúsculo por detrás do feiticeiro surgem e varrem o local em busca dos inimigos de seu conjurador, agarrando cada um deles com força e agressividade, erguendo a cada um deles do chão como um verdadeiro polvo monstruoso do qual não se via o corpo!

Akron consegue saltar e esquivar do ataque de forma que só ele conseguiria, começando então a correr em direção ao feiticeiro com suas adagas em punho: “- Sou pequeno, sou ágil, seus tentáculos terão que se esforçar pra me pegar maldito, e se eu chegar até você, tenha certeza, você nunca vais mais conjurar desgraçado!” O drow urra em fúria com mais uma provocação do pequeno tiefling e tenta intensificar o ataque dos tentáculos, visando barrar o especialista prioritariamente, reverberando novamente um detalhe que até mesmo Akron havia ficado confuso: “- Eu ainda não descobri como você chegou a me atingir antes, mas tenha certeza, você não passará por minhas defesas outra vez verme!”

Akron então, embora não desconectasse um segundo sequer de sua investida absurdamente ágil, desviando por entre tentáculos que visavam agarrá-lo e destruí-lo, divagava internamente: “- Como foi realmente que cheguei nele se haviam tantas proteções? Como cheguei ao seu lado sem acionar defesas contra movimentos?” Sua mente se volta ao cenário de forma abrupta, quando uma verdadeira legião de tentáculos vem em sua direção, tentando cobrir toda e qualquer rota de fuga para apanhar o pequeno de vez: “- CHEGA DE BRINCAR DE CAÇA E CAÇADOR, DESTA VEZ VOCÊ MORRE!”

Tanto Akron quanto o drow urram em fúria e apostam tudo naquele último movimento e, não saberiam ambos explicar o acontecido era fato, mas de alguma forma, assim que os tentáculos iam aprisionar o tiefling e destruí-lo, para surpresa de qualquer um que observasse a cena, Akron simplesmente desapareceu da frente dos braços cefalópodes trevosos e então, o tempo parecia haver desacelerado para os combatentes… Ainda bastante surpreso e sem conseguir compreender os fatos corretamente, Akron do nada se via surgindo já diante do feiticeiro, ao mesmo tempo que o drow, abria uma expressão de completo pavor sem compreender como o tiefling chegara até ali, até que então, a boca de Akron expressou o que o drow provavelmente compreenderia em segundos também: “- Teleporte involuntário... Eu posso me teleportar!”

A cena volta ao normal, o tiefling aproveita a oportunidade e ágil como nenhum deles, muito mais que o feiticeiro diga-se de passagem, ataca com sua adaga esquerda, varrendo em um corte profundo toda a lateral esquerda do inimigo, fazendo com que o arcano liberasse um urro descomunal de dor e automaticamente todas as suas magias, que dependiam de sua concentração para se manter ativas, começam a desaparecer e deixar de ter o efeito inicial e devastador que obtiveram ao início!

O feiticeiro coloca a mão ao lado do corpo, agora suas duas laterais estava feridas e ele observa Akron, o especialista já estava distante dele alguns metros, arfando em cansaço e êxtase devido ao acontecido… Os olhos do feiticeiro se enrubescem com chamas carmesim e o pequeno abissal se concentra e novamente teleporta, para cima da árvore, fugindo do que quer que fosse que o feiticeiro iria fazer, aumentando ainda mais sua fúria!

Mais movimentos e verbalizações por parte do feiticeiro, Akron devido ao momento esqueceu de impedir o drow de conjurar e novamente os tentáculos surgiam, mas desta vez apenas em direção a ele,  no entanto o abissal agora estava completamente confiante, repleto de adrenalina e disposto a completar a missão que iniciou, dar fim ao feiticeiro negro! Com coragem e muita empolgação, Akron "A sorte" como ele se denominava se lança contra os tentáculos agressores gritando: “- EU CONSEGUI UMA BRECHA, VOU CUMPRIR MINHA PROMESSA, VOCÊ NÃO VAI CONJURAR NUNCA MAIS!” Os tentáculos rasgam o vento, Akron desaparece assim que se aproximou deles e, novamente aparece ao lado do drow, expressando o tiefling um sorriso sarcástico enquanto o drow expressão mais fúria, mais indignação, e sem chance de se defender, uma vez que controlava a magia dos tentáculos, era agora a perna direita do feiticeiro que recebia um ferimento profunda, sendo aberta dolorosamente e fazendo com que perdesse além da sustentação física, a concentração mental, e por consequência sua magia!

Akron pousa ao chão, metros longe do feiticeiro, se lança de novo como se fosse para mais longe e desaparece em pleno ar, reaparecendo no lado esquerdo, desferindo um novo golpe de adaca que atinge o braço do feiticeiro e logo em seguida, repetindo o processo de desaparecer, reaparecer e desferir pequenos golpes que embora não tivessem - ainda - a chance de tirar a vida do arcano, com certeza o impediria de continuar a conjurar magias! O feiticeiro então usa recurso de um esforço hercúleo e erguendo as duas mãos envolto em poderosa energia brada: “ - TRANCA DIMENSIONAL!”

Akron ao ouvir as palavras é tomado por uma expressão de espanto, ele sabia que a maré de sorte iria mudar após aquela conjuração, mas já havia se lançado em ataque outra vez, não havia como deter o movimento, apenas enfrentar seu efeito! O teleporte não acontece como vinha se sucedendo até então, o tiefling passa de forma física pela lateral do inimigo sem qualquer magia à proteger-lhe e, recebe dos olhos do drow uma descarga energética que o atinge em cheio, o arremetendo dezenas de metros para longe do arcano, caindo aos pés enormes de algo que parecia tingido de rubro… A mão igualmente vermelha desce, apanha o pequeno pela cabeça e o ergue à altura do rosto o observando por segundos e então era o drow feiticeira quem berrava novamente: “- OGRO BURRO E LERDO, ELE QUASE ME MATOU, ONDE ESTAVA VOCÊ? O ARREMESSE CONTRA AS ROCHAS E ACABE COM ELE DE VEZ!”

O ogro vermelho apenas obedece e então o pequeno é arremetido com poder absurdo contra as rochas ali perto, de forma que seria impossível sair inteiro de algo assim, mas tão logo fez tal ataque contra o tiefling, o ogro começa estranhamente a flutuar, sendo erguido sem qualquer controle dezenas de metros do solo... O drow embora exausto e ainda sem concentração suficiente, percebe a magia sendo conjurada, mas ferido, sangrando, era quase impossível definir tudo em seus detalhes... Eis que então o gigante ogro cai ao chão pesadamente, aparentemente a magia que o levitava fora interrompida antes do tempo, e mesmo assim a queda acabou, devido ao peso enorme do ogro, causando uma fratura exposta que atingiu somente um dedo de sua mão direita, era verdade, mas que lhe trouxe de qualquer forma, gigantesca dor e agonia…

O feiticeiro olha para o campo de batalha um pouco mais recuperado, mas já conseguia definir Syndra como a conjuradora, agora sendo apoiada por Nissa, ambas ofegantes e tendo suas funções voltando ao normal, apesar de bastante afetadas pelo terror que sofreram; mas não só elas se erguiam, Kinseph desvencilhava-se do ataque de energia das trevas, Jhon Raven vinha caminhando como podia enquanto seus membros começavam a retornar ao local correto e Grund-Tharg, caminhava pesado, com sangue escorrendo pelo nariz, olhos em intenso amarelo que ameaçavam e, antes que qualquer outro tomasse atitude diferente, o selvagem brada: “- BRUXOS SÃO FRACOS CONTRA O MACHADO… A BETERRABA GROTESCA ALI É MINHA, FAÇAM ESSE ELFO SOFRER!”

Jhon Raven e Kinseph se unem na caminhada e seguem em direção ao drow que parecia estar realmente sentindo todos os efeitos dos ataques de Akron, mas ainda assim se erguia e conjurava magias de proteção talvez, era impossível precisar o que o aflito conjurador iria fazer, ao passo que Jhon solicita ao amigo clérigo: “- Vai até Akron… Só você pode ajudá-lo agora e ele com certeza está precisando… Eu vou encerrar esta batalha!” Kinseph olha para Jhon, percebe sua determinação e consente que ele tinha razão na estratégia e lucidez nas decisões, avançando então confiante e veloz pelo terreno, indo como solicitado na direção onde Akron fora arremessado.

Jhon chega diante do drow e finalmente posiciona-se frente à ele com a espada em punho: “- Sabe que não vai mais conseguir conjurar corretamente depois desse ataque..." O drow tira a mão da boca, era possível ver o lado esquerdo aberto até próximo da orelha, assim como a lingua ferida na lateral igual, sangrando com a mutilação infligida e, Jhon Raven prossegue: "- Akron disse que te impediria de conjurar novamente e cumpriu… Agora saque sua arm ou fuja!”

O drow urra em fúria, desembainha uma espada adornada em pedras preciosas de lâmina completamente negra, avançando contra Jhon: “- SEGUIDORES DE LORKATH NUNCA FOGEM OU SE RENDEM! VOCÊ E SEUS ALIADOS INFIÉIS É QUE VÃO MORRER!” O drow ataca e apesar de parecer ser bom espadachim, ele estava ferido, cansado, sem chance de revidar ou mesmo encarar alguém disciplinado e marcial como Jhon Raven… Ao passo que tentava algum ataque com sucesso e falhava, Jhon Raven defendia, contra-atacava e explanava: “- Qualquer um que observasse essa luta que travamos, diria que ela fora desigual, afinal dezenas contra um só drow, mas você usou de todas as artimanhas e trapaças para nos superar, fez prisioneiros, matou alguns e ainda trouxe criaturas alquímicas para o embate… Você não merece a honra de lutar de igual para comigo, mas somente assim poderei ter a certeza, se sua morte deve ser agora ou deve ser adiada, por isso, novamente oferto… Largue a arma e fuja ou enfrente a morte!”

Os dois ganham distância e então o drow faz a expressão mais furiosa de todas e investe novamente em carga contra Jhon, ao passo que o mesmo posiciona-se, aguarda o momento certo e, tão logo o feiticeiro chega em carga até ele, o espadachim agacha-se,  gira sobre os calcanhares traçando um círculo completo com sua lâmina, desferindo um aniquilador golpe com sua espada, de forma horizontal, ao centro do corpo do drow, abrindo um verdadeiro rasgo no mesmo que, dando mais dois passos, percebia seus intestinos a deixarem o interior de seu corpo… O feiticeiro então vira-se e expelindo sangue pela boca, mas sem perder a oportunidade de ameaçar uma vez mais: “- Não… Terão… Chance… Contra… O… Mestre…” No instante seguinte ele se ajoelha e Jhon se lança para trás com vigor percebendo que mais um ogro vermelho era arremessado por sobre ele, visando atingir exatamente o drow e sim, desta vez o ogro que agora estava em chamas, explode ao bater ao chão, varrendo o lugar onde o drow estava, desintegrando por completo os dois corpos - até onde se podia ver pelo menos - não deixando vestígios de ogro vermelho ou feiticeiro drow!

Eis que Grund-Tharg era quem agora surgia, coberto de sangue exclamando: “- Quando iniciei o combate ele já parecia em um frenesi anormal, mas assim que o ataquei de verdade, ele se cobriu com chamas… Uma vez que o venci, resolvi testar se este explodia e, finalmente um Ogro Vermelho com boa alquimia!” Jhon e as arcanas ainda arfantes observam o selvagem e quase esboçam um sorriso, ao passo que Kinseph surge com Akron sendo apoiado por ele e pelos licantropoa… “- Aproveitei que Akron estava somente com paralisia e fraturas múltiplas pelo corpo, ou seja, não estava tão mal assim, e já fomos ver nossos amigos do vilarejo, os restituindo a saúde igualmente!” Desta vez até mesmo Jhon esboçou um sorriso e todos tinham a certeza, o combate estava definitivamente encerrado na Travessia do Ravini!

A noite havia caído, até mesmo Tharg que não via qualquer sentido naquilo, foi obrigado a se banhar para participar do banquete… Tudo muito rústico, muito sem acomodações, afinal a vila estava aos pedaços com os embates mas, carnes, frutas, pão e um fogo de chão regado à muita cerveja e suco de frutas, era uma refeição formidável para todos eles e simples de se preparar… Kinseph então toma a palavra diante da conversa amistosa da qual todos participavam e fomenta: “- A cidadela está salva, os licantropos mostraram seu poder e dificilmente esta vila seja novamente visada para subjugação de qualquer ser, afinal, encarar lobisomens determinados como esses, pode ser a última coisa que tal andarilho venha a fazer em sua existência... O necromante vai entender que aqui não é mais seu domínio e os deixará em paz… Nós partiremos pela manhã e não mais atrairemos confusões para cá… Creio que terão uma vida feliz e próspera meus amigos!”

Jhon Raven que acabava de sorver um gole do suco que bebia toma a palavra e completa: “- Aproveitando o ensejo de Kinseph, acho que é nosso dever pedir desculpas pelos transtornos, tudo ocorreu depois de nossa chegada, por isso, eu peço que nos perdoem…” Todos fazem gestos de que aquilo era desnecessário ou errado e então é Herindor quem toma a palavra e complementa: “- Vivemos por muitos meses subjugados pelo necromante, muito antes de vocês surgirem aqui… Muitos de nós só sobreviveram porque vocês vieram, talvez todos nós estivéssemos mortos agora não fossem suas chegadas… Assim, não há nada do que se desculpar, pois infelizmente em nosso mundo, para haver a paz, primeiro é necessário que se faça a guerra… Serão sempre bem vindos aqui!”

Todos assentem positivamente e Syndra era quem se manifestava agora: “- Precisam se reestruturar, convoquem ou descubram entre vocês, alguém com dons para magia, precisam ter alguém como o bom Hector à cuidar da parte arcana para vocês, isso os fortalecerá e ajudará muito!” E Nissa acena também positivamente completando: “- Um clérigo será muito bem vindo, talvez alguns dos seguidores de Bahamut queiram ficar por aqui mais um tempo e ajudá-los nisso, mas caso não possam, assim que derrubarmos Adramanter, se for possível e precisarem, voltaremos aqui e ajudaremos como pudermos!”

O grupo e os moradores comemoram e então Akron encerrava as falas: “- E no final das contas, a gente venceu várias coisas, conheceu bons amigos, nos superamos, descobrimos novos dons… A vila se tornará mais forte que antes, não existe mais controle sobre vocês… Eu acho que apesar de tudo podemos dizer que o saldo foi positivo não é mesmo Grund?” A resposta não veio, e todos começam a procurar com os olhares pelo gigante e eis quem um dos licantropos que bebia cerveja satisfeito, grita: “- Tão procurando pelo loiro musculoso? Foi lá pra floresta com três jovens, tem acho que quase meia hora, e uma delas era tua filha Herindor!”

Todos começam a rir às gargalhadas enquanto Herindor atirava sua caneca longe, começava a ficar com os olhos em chamas e a se converter novamente em lobisomem, partindo com fúria total na direção onde o outro licantropo apontou que seguiram: "- MALDITO BÁRBARO FILHO DE UMA CADELA!”

Continua…

Galeria de imagens:

Akron, "A sorte"!
E o que é um tiefling? Ser saudado com olhares e sussurros, sofrer violência e insultos nas ruas, ver desconfiança e medo em todos os olhos: esse é o destino do tiefling. E torcendo a faca, os tieflings sabem que isso ocorre porque um pacto firmado há gerações infundiu a essência de Asmodeus – senhor dos Nove Infernos – em sua linhagem. A sua aparência e a sua natureza não são culpa sua, mas o resultado de um pecado antigo, pelo qual eles, os seus filhos e os filhos dos seus filhos serão sempre responsabilizados.

Os tieflings são derivados de linhagens humanas e, no sentido mais amplo possível, ainda parecem humanos. No entanto, a sua herança infernal deixou uma marca clara na sua aparência. Tieflings têm chifres grandes que assumem uma variedade de formas, possuem caudas grossas, de um a um metro e meio de comprimento, que chicoteiam ou enrolam em suas pernas quando ficam chateados ou nervosos. Seus dentes caninos são pontiagudos e seus olhos são de cores sólidas sem esclera ou pupila visíveis. Seus tons de pele cobrem toda a gama de cores humanas, mas também incluem vários tons de vermelho. Seu cabelo, caindo em cascata por trás dos chifres, é geralmente escuro, e sua altura varia como nos humanos, alguns se aproximam da altura média dos humanos e outros, ficam bem abaixo beirando os 1,50 metros.

Tieflings subsistem em pequenas minorias encontradas principalmente em cidades ou vilas humanas, muitas vezes nos bairros mais violentos desses lugares, onde crescem e se tornam vigaristas, ladrões ou senhores do crime. Às vezes vivem entre outras populações minoritárias em enclaves onde são tratados com mais respeito. Na falta de uma pátria, os tieflings sabem que precisam abrir seu próprio caminho no mundo e que precisam ser fortes para sobreviver. Eles não confiam rapidamente em alguém que afirma ser amigo, mas quando os companheiros de um tiefling demonstram que confiam nele, o tiefling aprende a estender a mesma confiança a eles. E uma vez que um tiefling oferece lealdade a alguém, o tiefling se torna um amigo firme ou aliado para o resto da vida.

Orcs:
Os Orcs variam em aparência, com base na região e sub-raça, mas todos compartilhavam certas qualidades físicas. Orcs de todos os tipos geralmente tinham pele acinzentada, cabelo áspero, posturas curvadas, testas baixas, grandes ou pequenos corpos mas sempre musculosos, com faces suínas e caninos inferiores que se assemelhavam a presas de javali. Muitos também tinham orelhas de lobo pontudas nas pontas, semelhantes às dos elfos. Orcs, em sua maioria, apesar de poderem variar de tamanho, são mais vistos tendo como comparação, o mesmo tamanho que humanos e outros humanoides semelhantes, embora como já citado, mais robustos e musculosos. A culinária orc é notoriamente desagradável para muitas outras raças.

Ogros:
Os ogros são tão lentos de raciocínio quando fortes de corpo. Eles vivem invadindo, saqueando e matando por comida e prazer. Um espécime adulto padrão tem entre 2,70 e 3 metros de altura e pesa aproximadamente 500 quilos. Os ogros são notórios por seus temperamentos voláteis, que se inflam com a menor percepção de ofensa. Insultos e xingamentos podem despertar a ira de um ogro num instante – assim como roubar deles, esbarrar, apontar ou cutucar, rindo, fazendo caretas, ou simplesmente olhando pra ele de forma errada. Quando sua fúria é incitada, um ogro ataca, em um acesso de raiva frustrada, até que não reste mais nenhum objeto ou criatura para esmagar. Ogros comem praticamente tudo, mas eles tem uma preferência especial pelo gosto dos anões, halflings, humanos e elfos. Sempre que podem, eles combinam jantar com prazer, perseguindo vítimas correndo nas redondezas antes de comê-las cruas. Se restarem vítimas suficientes após o ogro ter se empanturrado, ele pode fazer uma tanga da pele de suas presas e colares de seus ossos restantes. Essas miscelâneas macabras são o ápice da cultura dos ogros.

Ogros Vermelhos
Ogros vermelhos passaram por processos alquímicos e místicos, sendo alterados para que se tornem ainda mais letais - ao custo da própria vida. Podem ser diferenciados dos ogros comuns pelo tom vermelho vivo de sua pele. Seu comportamento não difere dos demais ogros, até que entrem em combate. Ao sofrer o menor ferimento, um ogro vermelho entra em um estado de fúria que aumenta várias vezes suas capacidades de combate. Nesse estado, não distingue entre aliados e inimigos - portanto, muitas vezes os ogros vermelhos são teletransportados ou jogados por catapultas no meio das fileiras inimigas, combatendo longe das demais tropas. Após sofrer muito dano, um agro vermelho passa por um processo ainda mais impressionante.. Alguns começam a exalar um vapor ácido, outros crepitam em chamas, um terceiro grupo pode emitir frio enregelante. Isso afeta todos ao redor do ogro, desestabilizando ainda mais as forças inimigas. Quando o agro vermelho finalmente morre, explode com os efeitos que se manifestaram antes: seu corpo libera uma explosão de ácido, fogo ou frio.

Drows
Drows, ou Elfos Negros, são um povo descendente dos primeiros seguidores de Lolth, a deusa aranha, e assim como ela, eles foram banidos ao subterrâneo, como castigo pelas perversões e conspirações de sua deusa maligna. Facilmente identificados por suas peles escuras e cabelos brancos, os drows construíram civilizações extensas e poderosas no subterrâneo, que rivalizam os poderes da superfície. Dentre todas as raças élficas, os Drows são os mais perversos, não por natureza, mas pela cultura de suas civilizações e cidades, seu sistema de casta e escravidão e também pela adoração a deusa aranha.

A Travessia do Ravini ocupada:

4 comentários:

  1. Mais um episódio de tirar o fôlego !

    Eu fico impressionado com a sua capacidade de descrever os pormenores de batalhas
    sem ser repetitivo e cansativo.

    É algo difícil !

    Parabéns por isso!

    Quanto ao episódio em si, já tinha um tempo que você
    preparava esse apogeu de Akron.

    O tiefling está cada vez mais decisivo.

    É muito bom ver alguém subestimado e desprezado por sua condição e aparência dar a volta por cima!

    Você explorou bem as suas habilidades ,acrescentando o teletransporte.

    A atuação de Kinseph, também foi um ponto de destaque, assim como os lobisomens.

    Fazer amizades,criar vínculos faz toda a diferença! Ficou bem narrado está parte !



    No fim, Grund sendo Grund (rsrsrs).

    Só posso te aplaudir por mais esse episódio incrível e eletrizante!

    Grande abraço!

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    1. Grande amigo Jirayrider, mais uma vez obrigado pela leitura, comentário e incentivo de sempre, é muito gratificante poder receber esse retorno e ter a confirmação de que estou seguindo um bom rumo na trama! Sim, Akron (assim como todos os personagens) precisam evoluir, isso é natural na mesa de RPG, mas aqui como uma trama sendo contada, precisa ser mais trabalhada ainda pra evitarmos pontas desamarradas... Akron tem potenciais únicos, a classe dele no RPG, o ladino, é alguém chamado de especialista pois somente seus sentidos e capacidades podem por vezes permitir acesso a lugares que nem na magia ou força bruta se consegue, é o toque de perícia, de conhecimento... Eu quero muito, a exemplo do que as classes no RPG buscam, extrair o máximo de cada um deles para que possam todos sem exceção ter sua grande vantagem diante dos demais, o grupo se completa reunindo todas essas especialidades de cada um, passando também a mensagem de que, não crescemos ou vencemos ou superamos sozinhos, precisamos de ajuda, por mais que achemos não precisar... E essa questão de "precisar dos outros" eu procuro dar um up a mais com a questão da amizade entre o povo do Ravini e os aventureiros, forjadas unicamente porque eles tentaram, os aventureiros, cada um a seu modo, fazer o certo, ou seja, salvar os inocentes dos orcs, salvar a vila do necromante, salvar a vila de novo do drow, isso demonstrou que eles mereciam confiança e ajuda, e por isso, a ajuda chegou da forma correta, sem super seres se envolvendo e trazendo mais super seres para a batalha! Fico feliz que tenha curtido meu amigo, espero manter tua atenção na saga até seu último episódio! Grande abraço e mais uma vez obrigado!!

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  2. Mais um capítulo que termina e você nem percebe o tempo que passou.
    As lutas estão alcançando outros patamares, o jeito que você as descreve faz com que o leitor pergulhe no meio delas... às vezes, mesmo involuntariamente, a gente acaba até movendo o corpo para um lado, tentando desviar de um soco, ou mesmo de um ogro vermelho que seja jogado na nossa direção!
    Aliás, adorei esse uso dos mostros... Grund mandou bem demais.
    Mas não tem como não dizer que o destaque do capítulo foi o modo como o Akron cresceu sobremaneira aqui... Adorei o momento em que ele descobriu como conseguia atacar o Drow, foi uma descrição de teleporte extremamente criativa e que funcionou demais!
    Os reforços chegando, os heróis se ajudando, se ferindo, caindo, para então se reerguer e mudar a maré da batalha, tudo minuciosamente descrito e coordenado.
    E, para um descanso merecido, um fim de capítulo muito bem voltado para uma cena mais puxada para comédia... Muito, muito bom.
    Como sempre, é um prazer suas histórias amigão!
    Meus parabéns!!

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    1. Grande Norb, a cada novo comentário eu fico mais sem palavras para responder adequadamente tamanho incentivo e palavras animadoras! Eu estou caprichando em Grund-Tharg visto ser um nicho que eu nunca tinha abordado e porque também, é mais um personagem autoral meu que consigo colocar no papel! RPG tem muitos ensinamentos, muitas lições que somente vivenciando ele tu compreende, queria levar um pouco de tudo isso pra quem lesse e quem sabe, despertar a curiosidade de mais pessoas nessa mídia tão incrível... Cara, tenho procurado caprichar nas lutas, lembro na live o pessoal falando sobre "colocar os sentidos na escrita" e lá na batalha de Seijuro contra Endo eu comecei a utilizar isso... Narrar os cheiros, as texturas, as visões, os gostos sentidos, isso ajuda a puxar o leitor pra dentro da narrativa pois a gente se imagina sentindo tais situações, foi uma dica incrível reforçada pelo JV Santiago que funciona muito bem e que traz toda uma visão diferente pro combate! E sim, agora era a vez do Akron, era o momento dele brilhar e mostrar seu potencial ainda oculto, nem ele mesmo sabia, mas nada melhor que perceber que tu é muito útil em meio a um monte de gente poderosa, principalmente quando estás te sentindo inferior, sem falar que deu um baita gás pra lutar contra o feiticeiro, ou ele detinha o teleporte do Akron eu não conjurava mais nada, e uma vez que ele deixou de conjurar, terminou o perigo do feiticeiro! Fico muito feliz que esteja curtindo e espero conseguir manter esse padrão, gratidão sem fim pelas palavras e pelo incentivo e um grande abraço meu amigo! \0/

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